Governo aponta início de abril para saída da presidente executiva da TAP
Ministro das Infraestruturas afirma que entrada do novo presidente executivo da companhia deverá acontecer na primeira semana de abril.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou o início do mês de abril para a saída da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, altura em que o novo titular do cargo assumirá funções na companhia aérea.
“Essas questões têm prazos legais e procedimentos legais que têm de ser cumpridos. Terminou ontem [terça-feira] o prazo de pronuncia da ainda CEO [presidente executiva] da TAP e, como já foi dito, findo este processo, entrará o novo CEO, que deverá ser no início de abril, primeira semana de abril“, especificou.
O governante, que falava hoje aos jornalistas à margem de uma visita ao Terminal XXI, no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, em conjunto com o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, disse que a intenção é que o futuro presidente executivo da TAP assuma funções assim que Christine Ourmières-Widener sair da presidência da transportadora aérea.
“O nosso objetivo é que quando sair a atual CEO, entre o novo CEO“, adiantou João Galamba, apontando o “início de abril” para a mudança da liderança na TAP, escusando-se a especificar “um dia exato” para essa alteração.
Questionado pela agência Lusa sobre se o Governo vai acionar uma cláusula contratual para pagar a Christine Ourmières-Widener 18 mil euros por mês, nos primeiros quatro meses após o termo do mandato, para a gestora não trabalhar em empresas concorrentes da TAP, o ministro das Infraestruturas rejeitou essa possibilidade.
“Não equacionamos acionar essa cláusula, ela não é necessária e portanto não vai ser acionada. No momento em que deixar de ser CEO da TAP [Christine Ourmières-Widener] deixará de receber pela TAP“, frisou.
Segundo a edição de hoje do jornal Correio da Manhã, a TAP terá de pagar a Christine Ourmières-Widener 18 mil euros por mês, nos primeiros quatro meses após o termo do mandato, se quiser que a gestora francesa não vá trabalhar para uma companhia aérea concorrente.
No final da visita de trabalho ao Porto de Sines, no âmbito da iniciativa Governo + Próximo, o ministro das Infraestruturas destacou as obras de expansão do Terminal XXI, a cargo do concessionário PSA, que permite “a duplicação da capacidade de contentores no Porto de Sines”, considerando tratar-se de “um grande investimento“.
“Estamos também, do ponto de vista das infraestruturas rodo e ferroviárias, a dotar este território da capacidade para acomodar esta expansão. O Porto de Sines já é central e estratégico para o país e com esta expansão, obviamente, será ainda mais”, realçou.
Os ministros efetuaram a visita às diferentes obras em curso no Porto de Sines, sem serem acompanhados pelos jornalistas, cujo autocarro que os transportou apenas acedeu ao Terminal XXI onde os governantes ficaram a conhecer o projeto de expansão e prestaram declarações.
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