Porto põe iPhones a validar viagens de transportes ainda neste ano
Lançada em junho de 2018, aplicação móvel Anda permite validar viagens nos transportes públicos apenas com o telemóvel e pagando a tarifa do sistema Andante até ao limite de 30 ou 40 euros.
Será ainda neste ano que passará a ser possível utilizar o iPhone para validar viagens nos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto (AMP). A garantia é deixada ao ECO pelo Transportes Intermodais do Porto (TIP), agrupamento que gere a bilhética desta área metropolitana.
Para transformar o telemóvel num bilhete de transportes é necessário instalar a aplicação móvel Anda. Lançada em junho de 2018, a solução apenas foi disponibilizada para os smartphones com o sistema operativo Android, desenvolvido pela Google. Depois de instalar a aplicação, é necessário criar uma conta de utilizador e associar uma forma de pagamento, o cartão de débito ou de crédito (ativado imediatamente) ou então a opção pelo débito no cartão Multibanco (pode demorar algumas horas a verificar).
Esta opção, contudo, nunca foi disponibilizada para os utentes do iPhone. “A Apple não tem ainda aberta a possibilidade de se criarem e validarem cartões de transporte virtuais. Não é, portanto, um problema exclusivo do Andante, mas um assunto comum a vários sistemas de bilhética a nível mundial”, justifica ao ECO fonte oficial do agrupamento. O problema parece estar “em vias de resolução”, pois o TIP “conta poder disponibilizar o Anda para [o sistema operativo] iOS até ao final do presente ano”.
Para que a aplicação seja disponibilizada para o iPhone na AMP, é necessário desbloquear, primeiro, o funcionamento dos cartões de transporte virtuais junto da autoridade que gere os transportes públicos da região de Paris (RATP). A situação explica o adiamento sucessivo do lançamento da solução para os telemóveis da Apple.
Como funciona?
A viagem é contabilizada depois de encostar o telemóvel ao validador. Desde esse momento até acabar o percurso é preciso ter em funcionamento internet, sistema NFC (sem contacto), bluetooth e localização. Quando a viagem acaba, o sistema pára o registo automaticamente.
O preço por viagem com esta aplicação é igual ao dos bilhetes do sistema Andante: por exemplo, numa viagem de autocarro entre a Praça da República e Arca d’Água paga 1,30 euros, da zona Z2. Se fizer várias deslocações no mesmo dia na mesma zona, o valor máximo é o equivalente ao Andante 24.
O utente apenas paga as viagens no mês seguinte, como se fosse um débito direto: caso viaje apenas num concelho, o preço mensal não ultrapassa os 30 euros; dentro da área metropolitana, o valor máximo não é superior a 40 euros.
A aplicação Anda é diferente do projeto-piloto para pagar as viagens com cartões bancários sem contacto. Neste caso, cada bilhete 2,15 euros (o mesmo que um título Z4) e é válido para todas as viagens no Metro do Porto e na STCP durante 1 hora e 15 minutos. Se o utente realizar quatro ou mais viagens num dia, aplica-se o bilhete diário, que custa sete euros.
No final de 2022, a aplicação Anda contava com 30 mil utilizadores ativos, depois de o projeto ter recebido um financiamento de mais de um milhão de euros em 2017 por parte do Fundo Ambiental. Segundo o TIP, a solução ganhou cerca de 1.000 novos utilizadores por mês. No final de 2021, a aplicação apenas representava 0,53% do total de validações nesse ano.
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