Militar Jack Teixeira fica em prisão preventiva
Jack Teixeira, 21 anos, da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, foi acusado de "retenção e transmissão não autorizadas de informações de defesa nacional".
O suspeito de divulgar documentos secretos dos Estados Unidos sobre a guerra na Ucrânia foi esta sexta-feira formalmente acusado e vai ficar detido até à audiência de detenção, na quarta-feira, decidiu o tribunal federal de Boston.
Jack Teixeira, 21 anos, da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, foi acusado de “retenção e transmissão não autorizadas de informações de defesa nacional”, segundo a TV norte-americana CNN, que cita documentos do tribunal. O jovem militar também foi acusado de “remoção e retenção não autorizadas de documentos ou materiais classificados”.
Teixeira não foi obrigado a fazer qualquer declaração sobre a sua possível culpabilidade. O arguido limitou-se a responder calmamente quando o juiz o aconselhou sobre os seus direitos, segundo a agência espanhola EFE.
A certa altura, durante a audiência, um homem gritou “amo-te, Jack” do fundo do tribunal, ao que o suspeito respondeu sem se virar: “Também a ti, pai”, acrescentou a EFE. Um magistrado federal ordenou que ficasse detido até pelo menos à audiência de detenção, marcada para a próxima quarta-feira, 19 de abril.
Jack Teixeira, natural de Swansea, estado de Massachusetts, foi detido na quinta-feira. O FBI (polícia federal norte-americana) deteve Teixeira por as pistas o apontarem como responsável por uma fuga de documentos secretos nos Estados Unidos.
Os registos de faturação de uma plataforma de comunicação social na Internet ajudaram o FBI a identificar o suspeito, de acordo com os registos do tribunal consultados pela agência norte-americana AP. Teixeira começou a divulgar os documentos numa sala de chat Discord, mas o seu alcance explodiu em março, quando um utilizador espalhou os documentos a outros grupos com mais membros.
Os ficheiros detalham a avaliação norte-americana da guerra na Ucrânia e dados sobre o estatuto das forças russas, bem como material sensível sobre o Canadá, China, Israel e Coreia do Sul.
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