Galamba “nega categoricamente” acusações do ex-adjunto
O ministro das Infraestruturas afirma que a exoneração teve a ver com o facto de Frederico Pinheiro ter "repetidamente negado a existência de notas de reunião que eram solicitadas pela CPI".
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, “nega categoricamente qualquer acusação de que, por qualquer forma, tenha procurado condicionar ou omitir informação prestada” à comissão parlamentar de inquérito (CPI) da TAP.
“Pelo contrário: toda a documentação solicitada pela CPI foi integralmente facultada”, acrescenta o governante, depois de ter sido acusado esta sexta-feira por um adjunto do seu próprio gabinete, Frederico Pinheiro, de pretender mentir à Assembleia da República.
Também em comunicado, o antigo membro do gabinete afirmou ainda que Galamba se reuniu com a ex-CEO da TAP antes da audição no Parlamento para explicar a demissão de Alexandra Reis e que foi o governante a informar Christine Ourmières-Widener da reunião do grupo parlamentar do PS.
Em causa estão as notas tiradas por Frederico Pinheiro durante a reunião entre o grupo parlamentar do PS e a ex-CEO da companhia aérea, que posteriormente teriam sido partilhadas com o ministro. Ainda na versão do adjunto, o gabinete de Galamba preparava-se para responder à CPI que “não existiam notas da reunião”.
“Nesse momento Frederico Pinheiro indica à técnica que, como sabia, tal era falso e que (…) era provável que fosse chamado à CPI e seria obrigado a contradizer a informação que estava naquela proposta, com a qual discordava”, denunciou ainda o adjunto, que acabou por ser afastado de funções.
A propósito da exoneração de Frederico Pinheiro, o Ministério das Infraestruturas contrapõe que “a mesma decorre do facto de o então adjunto ter repetidamente negado a existência de notas de reunião que eram solicitadas pela CPI, o que poderia ter levado a uma resposta errada à CPI por parte do gabinete” ministerial.
Em duas mensagens, a que o ECO teve acesso esta sexta-feira à noite, Galamba pediu através do WhatsApp que o adjunto exonerado lhe enviasse as notas com a “máxima urgência”. Na primeira mensagem, enviada a 25 de abril, o ministro parece surpreendido. “Frederico, Parece que agora há notas da reunião que quando reunimos não tinhas. Manda as notas para mim e para a Cátia com a máxima urgência sff. Obrigada”, escreveu.
Mais tarde, no mesmo dia, Galamba questiona de novo Frederico Pinheiro: “Como é que tu te lembras que tens notas um mês depois da reunião em que a Eugénia pediu tudo o que havia sobre a reunião com o grupo parlamentar?!?!? E por causa disso tivemos de pedir prorrogação de prazo para envio de documentos”.
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