Lucros do Santander em Portugal crescem 21,4% até março

Banco reconhece que abrandamento dos depósitos se deve ao uso das poupanças para pagar os empréstimos da habitação e ao recurso a certificados de aforro.

Os lucros do Santander em Portugal cresceram 21,4% no primeiro trimestre, para 180 milhões de euros. O banco, no entanto, reconhece que há menos depositantes e que os novos empréstimos para a compra de casa estão em mínimos do início de 2020.

“A subida nas taxas de juro está a começar a ter impacto na procura por crédito, com os novos pedidos a caírem para os níveis mais baixos desde o início de 2020, quer para a compra de casa quer para as empresas”, refere a apresentação de resultados divulgada nesta terça-feira. O banco nota ainda que famílias e empresas estão a “começar a antecipar a amortização de empréstimos, tendo em conta que os custos de financiamento estão a aumentar, sobretudo nas opções por taxa variável, em linha com o aumento das taxas de juro”.

No final de março, o Santander tinha um total de 39,3 mil milhões de euros em empréstimos a famílias e empresas, menos 2,1% do que no primeiro trimestre de 2022 e menos 1,9% do que no final do ano passado.

O Santander também sente o impacto nos depósitos, que caíram 5,1%, para 41,1 mil milhões de euros. O banco assume que “famílias e empresas estão a começar a usar as poupanças para reduzir os empréstimos” e que “há uma diversificação” nos depósitos, com o recurso aos certificados de aforro do Estado, “com maior remuneração do que os depósitos bancários”.

Para a melhoria dos lucros contribuiu o aumento de 11,8% nas receitas, para 405 milhões de euros. O aumento das despesas foi inferior, de 5,2%, para 132 milhões de euros. No primeiro trimestre do ano, o Santander tinha 377 balcões em funcionamento, menos 1,6% do que no último trimestre de 2022. No final de março, o banco tinha 4.957 trabalhadores em Portugal, menos 1% do que no primeiro trimestre de 2022 mas mais 0,1% do que no final do ano passado.

No final de março, o Santander contava com 2,9 milhões de clientes, menos 100 mil do que no mesmo período de 2022.

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“Como podemos ser egoístas perante os emigrantes dos outros”, questiona Marcelo

Presidente da República defende que, graças à democracia, "o povo pode continuar a escolher o 25 de Abril que quer". Marcelo assume responsabilidade pelo "bom e o mau" da colonização.

O Presidente da República chamou a atenção para a forma como Portugal trata os imigrantes. No discurso que encerrou a sessão solene do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o país tem de “assumir o pior e o melhor” do período da colonização e falou mesmo em “responsabilidade para o futuro”. Sobre a revolução, o chefe de Estado lembrou que “o povo pode continuar a escolher o 25 de Abril que quer”.

“Como podemos nós, pátria de emigração, que temos de ser mais solidários com os dramas dos nossos emigrantes, ser egoístas perante os dramas dos imigrantes, que são dos outros?”, questionou o Presidente da República durante o discurso no Parlamento, arrancando aplausos de praticamente todos os partidos.

Ao longo da intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a vinda do Presidente do Brasil a Portugal por altura do 25 de Abril. O Presidente português lembrou que o Brasil foi o primeiro país a tornar-se independente do então império lusitano e partiu daí para o assumir das responsabilidades de Portugal nessa época.

“Assumimos plenamente a responsabilidade do que fizemos. Não é apenas pedir desculpa, devida, sem dúvida, pelo que fizemos. Pedir desculpa é o mais fácil, porque vira-se as costas e está cumprida a função. É o assumir da responsabilidade para o futuro do bom e do mau que fizemos no passado”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

No caso do Brasil, o bom foi “a língua, a cultura, a unidade do território brasileiro”. De mau, “a exploração dos povos originários, a escravatura, o sacrifício do interesse do Brasil e dos brasileiros e a arrogância do seu quase desconhecimento, deslumbrados que andávamos com outras paragens mais orientais e outras riquezas”.

Voltando ao 25 de Abril, o Presidente da República procurou responder aos saudosistas e aos desiludidos com a revolução lembrando a possibilidade do voto em eleições. Para Marcelo, o povo tem a possibilidade de “continuar a escolher o 25 de Abril que quer, mesmo que saiba que é imperfeito, durará pouco tempo e ficará aquém das expetativas“. Concluiu o Presidente: “o 25 de Abril nasceu para criar a ambição, a insatisfação, o não acomodamento, a exigência crescente, incessante e imparável de mais e melhor sempre”.

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Euribor a 3 e a 6 meses descem após máximos de 2.ª feira e sobem a 12 meses

  • Lusa
  • 25 Abril 2023

A taxa Euribor desceu nesta terça-feira a três e a seis meses, após os novos máximos desde novembro de 2008 atingidos nos dois prazos na segunda-feira.

A taxa Euribor desceu nesta terça-feira a três e a seis meses, após os novos máximos desde novembro de 2008 atingidos nos dois prazos na segunda-feira, e subiu a 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, fixando-se em 3,900%, mais 0,035 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, desceu hoje, para 3,635%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira, em que tinha atingido um novo máximo desde novembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, desceu hoje, para 3,268%, menos 0,020 pontos face ao novo máximo desde novembro de 2008 que tinha atingido na segunda-feira. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Bruxelas dá ‘luz verde’ à extensão do mecanismo ibérico prevendo eliminação no final do ano

  • Lusa
  • 25 Abril 2023

Já a partir de abril e até ao final deste ano haverá uma alteração da evolução do limite máximo do preço para permitir uma eliminação “suave e previsível” da medida.

A Comissão Europeia aprovou nesta terça-feira a extensão, até ao final deste ano, do mecanismo ibérico que vigora em Portugal e Espanha para limitar o preço do gás na produção de eletricidade, já prevendo uma eliminação “suave e previsível”.

“A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo das regras em matéria de auxílios estatais, a prorrogação e as alterações da medida espanhola e portuguesa destinada a baixar os preços grossistas da eletricidade no mercado ibérico [MIBEL] reduzindo os custos dos fatores de produção das centrais elétricas alimentadas a combustíveis fósseis”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Bruxelas aponta que a medida temporária, que vigorará até 31 de dezembro de 2023, foi prorrogada “reconhecendo que as economias espanhola e portuguesa continuam a sofrer uma grave perturbação” causada pela crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia.

“A alteração é adequada, necessária e proporcionada. A medida continua a ser temporária e limita-se à ação mínima necessária para fazer face às graves perturbações da economia enfrentadas por Espanha e Portugal, garantindo uma salvaguarda contra os aumentos súbitos dos preços da eletricidade no mercado ibérico da eletricidade no atual contexto de volatilidade geopolítica”, argumenta a instituição.

Em causa está o mecanismo temporário ibérico aplicado desde meados de maio passado para colocar limites ao preço médio do gás na produção de eletricidade, que no caso de Portugal e Espanha é de cerca de 60 euros por Megawatt-hora (MWh).

Este instrumento foi solicitado a Bruxelas por Portugal e Espanha devido à crise energética e à guerra da Ucrânia, que pressionou ainda mais o mercado energético na Península Ibérica, com limitada capacidade de interligação ao resto da UE.

Dados de Bruxelas revelam que, entre junho e dezembro de 2022, o limite máximo foi fixado em 40 euros por MWh, passando a ser de cinco euros por mês após o primeiro semestre.

Já a partir de abril e até ao final deste ano haverá uma alteração da evolução do limite máximo do preço para permitir uma eliminação “suave e previsível” da medida, em convergência com os preços previstos no mercado do gás, passando o teto então de 56,1 euros por MWh neste mês para 65 euros por MWh em dezembro de 2023.

As autoridades espanholas e portuguesas adiantaram à Comissão Europeia que a poupança líquida total tendo em conta os custos de ajustamento ascendeu a cerca de 5 mil milhões de euros entre junho de 2022 e janeiro de 2023 para os consumidores espanhóis e portugueses no seu conjunto.

Portugal e Espanha notificaram há algumas semanas à Comissão Europeia a sua intenção de prorrogar a medida, tendo o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, dado conta da ‘luz verde’ preliminar, no final de março passado.

Desde há um ano, e inicialmente previsto até 31 de maio de 2023, está em vigor um mecanismo temporário para limitar o preço de gás na produção de eletricidade na Península Ibérica até 2023, orçado em 8,4 mil milhões de euros e dos quais 2,1 mil milhões são referentes a Portugal.

Ao abrigo dessa medida, os produtores de eletricidade recebem um pagamento que funciona como uma subvenção direta para financiar parte dos seus custos de combustível, sendo que o pagamento é calculado diariamente com base na diferença entre o preço de mercado do gás natural e um limite máximo do preço do gás.

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Joe Biden anuncia recandidatura a Presidente dos Estados Unidos

"Este é o momento de nos defendermos pela democracia", refere o democrata Joe Biden no anúncio da recandidatura para um segundo mandato à frente dos Estados Unidos.

É oficial: Joe Biden vai recandidatar-se à presidência dos Estados Unidos. O atual líder anunciou a candidatura para o segundo mandato nesta terça-feira, através de uma publicação na rede social Twitter. Kamala Harris volta a ser a escolhida para vice-presidente, caso Biden, com 80 anos, consiga a reeleição.

Todas as gerações têm um momento em que têm de defender a democracia. De tomar posição pelas liberdades fundamentais. Eu acredito que este é o nosso momento. Vamos concluir o trabalho”, refere o atual Presidente e agora recandidato no texto que acompanha o vídeo publicado no Twitter.

O anúncio da recandidatura tem em conta a tensão social em que os Estados Unidos continuam a viver desde que Joe Biden venceu as eleições de novembro de 2020. “Quando concorri para Presidente há quatro anos, disse que estamos numa batalha pela alma dos Estados Unidos. E nós continuamos assim”, sinalizou o atual líder, com as imagens da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, como ilustração.

Biden vai mais longe e questiona: “o que enfrentamos nos próximos anos é se vamos ter mais ou menos liberdade. Mais ou menos direitos. Sei qual é a resposta que quero e penso que vocês também. Não é tempo para sermos complacentes. Por isso apresento-me para a reeleição”.

Não se espera que Joe Biden, o Presidente mais velho de sempre, tenha concorrência dentro do Partido Democrata. Do lado republicano, Donald Trump já anunciou a sua candidatura à Casa Branca mas pode ter a concorrência interna do governador da Flórida, Ron DeSantis.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

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Lucro do UBS cai 52% no trimestre de compra do Credit Suisse

  • Lusa
  • 25 Abril 2023

UBS espera concluir aquisição do Credit Suisse até ao final de junho e reafirma o seu otimismo face ao processo forçado pela crise que há anos afetava a instituição.

O lucro líquido do banco suíço UBS recuou 52% em termos homólogos, para 1.029 milhões de dólares (931 milhões de euros), no primeiro trimestre deste ano, período em que comprou o rival Credit Suisse para o salvar da falência.

Segundo os resultados divulgados nesta terça-feira, de janeiro a março as receitas do banco ascenderam a 8.744 milhões de dólares (7.900 milhões de euros), um decréscimo de 7% face a igual período de 2022.

As despesas operacionais, por sua vez, subiram 9% para 7.210 milhões de dólares (6.500 milhões de euros), incluindo uma provisão de 665 milhões de dólares (600 milhões de euros) relacionada com litígios nos Estados Unidos.

O resultado operacional antes de impostos ascendeu a 1.495 milhões de dólares (1.350 milhões de euros), um decréscimo homólogo de 45%.

“Os nossos fortes resultados e entradas de ativos demonstram que continuamos a ser uma fonte de estabilidade para os nossos clientes em períodos de grande incerteza”, afirma, citado no relatório, Sergio Ermotti, nomeado presidente executivo do UBS em março para liderar o complexo processo de aquisição do Credit Suisse.

No comunicado hoje divulgado, o UBS avança que espera concluir esta aquisição no segundo trimestre em curso e reafirma o seu otimismo face ao processo forçado pela crise que há anos afetava o Credit Suisse.

A fusão “vai reforçar a nossa posição de liderança e global como gestor de fortunas, com cerca de 5.000 milhões de dólares (4.500 milhões de euros) em ativos de investimento”, refere o UBS, considerando que sairá fortalecido “como banco líder e universal na Suíça”.

Face aos receios de que a crise do Credit Suisse e a sua venda apressada ao UBS pudessem afetar a imagem da economia suíça, Ermotti considera que “a transação fortalecerá a posição da Suíça como centro financeiro e beneficiará toda a sua economia“.

O UBS indica que, no primeiro trimestre, a sua divisão de gestão global de fortunas atraiu 28.000 milhões de dólares (25.300 milhões de euros) em novos ativos, sendo que um quarto desse montante foi recebido “nos últimos 10 dias de março, já após o anúncio da aquisição do Credit Suisse”.

“Num momento em que os clientes reposicionaram os seus investimentos face ao aumento das taxas de juro, atraímos a procura por rendimentos mais altos”, enfatiza.

O banco recorda ainda que, no primeiro trimestre, recomprou ações próprias no valor de 1.300 milhões de dólares (1.170 milhões de euros) no âmbito de um programa lançado há um ano, que interrompeu devido à aquisição do Credit Suisse, mas que pretende retomar “assim que possível”.

Para o resto do ano de 2023, o UBS prefere não avançar com grandes previsões, dadas as incertezas que persistem no setor bancário, bem como as tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China e as relacionadas com a guerra na Ucrânia.

“As preocupações com a estabilidade dos bancos diminuíram, mas não estão totalmente dissipadas”, admite, afirmando que o UBS concentrará os seus esforços no curto prazo na fusão com o Credit Suisse e no desenvolvimento da sua estratégia no negócio da gestão de fortunas.

Os resultados do UBS foram divulgados um dia depois dos do Credit Suisse, que, na segunda-feira, reportou perdas patrimoniais de 61.200 milhões de francos (62.400 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2023, sobretudo devido à retirada de depósitos, especialmente nos dias em que foi decidida a fusão com o UBS.

De janeiro a março, o Credit Suisse reportou um lucro líquido de 12.432 milhões de francos suíços (12.600 milhões de euros), explicado principalmente pela redução a zero das suas obrigações AT1, ordenada pelas autoridades suíças precisamente para facilitar a sua compra pelo UBS.

Em 19 de março passado, o UBS adquiriu o Credit Suisse, a pedido do Governo suíço, por 3.000 milhões de francos (3.050 milhões de euros), como forma de o salvar da falência.

As perdas acumuladas pelo Credit Suisse, aliadas aos inúmeros escândalos de imagem e à perda de confiança dos investidores na bolsa após a queda do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, nos Estados Unidos, levaram o segundo maior banco da Suíça a uma grave crise que o Governo do país tentou reprimir com a ajuda do UBS.

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Salário real cai em 35 países da OCDE e Portugal está em 19.º lugar

  • Lusa
  • 25 Abril 2023

Os salários tiveram em Portugal um aumento médio de 4,5%, em 2022 mas caiu 3,5% em termos reais por conta da inflação alta.

O salário médio nominal aumentou em todos os países da OCDE em 2022, mas recuou em termos reais em 35 dos 38 Estados-membros desta organização, com Portugal a registar uma queda de 3,5%, situando-se na 19.ª posição da tabela.

Segundo o relatório ‘Taxing Wages 2023’ da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado nesta terça-feira, os salários tiveram em Portugal um aumento médio de 4,5%, em 2022, valor que acabou por ser mais do que absorvido pela inflação registada, ditando uma redução real dos salários antes de impostos de 3,5%.

Portugal surge assim, na 19.ª posição de uma tabela entre os 35 países com quedas reais de salários, com as maiores reduções a ocorrerem na Estónia (10,0%), Turquia (8,8%), Países Baixos (,8,3%, República Checa (7,0%), México (6,8%) e Lituânia e Letónia (6,3% e 6,2%, respetivamente).

Apesar da inflação ter atingido em 2022 valores máximos desde 1988, o relatório assinala que em três países (Colômbia, Hungria e Suíça) não se registou perda real do poder de compra.

Relativamente à carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, a OCDE indica que esta aumentou em 23 dos países, incluindo Portugal, e para a generalidade das tipologias de agregados familiares e rendimentos analisados, tendo recuado em 11 e ficado inalterada em quatro.

Uma das razões que explica a subida da carga fiscal reside na conjugação da subida dos salários médios com o esquema de taxas progressivas do imposto sobre o rendimento do trabalho. Outro dos motivos, adianta o estudo, “foi impulsionada” pelo facto de “uma maior parte dos rendimentos ter passado a estar sujeita a imposto”, devido a uma redução dos benefícios e deduções fiscais.

Segundo o relatório, em 2022 Portugal era o 9.º (10.º em 2021) entre os 38 países membros da organização com o peso mais elevado da carga fiscal (IRS e contribuições para a Segurança Social pagos pelo trabalhador e pelo empregador) sobre o trabalhador médio, com 41,9%, revelando uma ligeira subida (de 0,06%) face ao ano anterior.

Na lista que compara o total da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, a Bélgica surge em primeiro lugar (53,0%), seguida da Alemanha (47,8%), França (47,0%), Áustria (46,8%). No extremo oposto está a Colômbia, com uma carga fiscal de 0,0%, seguida do Chile (7,0%).

Ainda que indique que a carga fiscal aumentou para a generalidade de agregados e rendimentos, entre 2021 e 2022, os relatório sublinha “que os maiores aumentos foram observados em famílias com dependentes, sobretudo dos que têm menores rendimentos”.

Para um casal com dois filhos, em que um dos elementos ganhe um salário equivalente a 100% da média da OCDE e o outro tenha um salário equivalente a 67% daquela média, a carga fiscal foi de 29,4% (média da OCDE), traduzindo uma subida de 0,45% face ao ano anterior.

Em Portugal a carga fiscal foi, para este perfil de família, de 37,5%, subindo 0,31% face a 2021.

Estes resultados, refere a Organização, “reforçam a importância de políticas para mitigar o agravamento fiscal, fenómeno pelo qual a carga fiscal aumenta devido à insuficiente adaptação dos sistemas fiscais à inflação”.

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Lucros do grupo Santander sobem 1% no primeiro trimestre para 2.571 milhões de euros

  • Lusa
  • 25 Abril 2023

O grupo espanhol Santander teve lucros de 2.571 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, mais 1% do que no mesmo período de 2022, anunciou o banco.

O grupo espanhol Santander teve lucros de 2.571 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, mais 1% do que no mesmo período de 2022, anunciou o banco em comunicado. Os lucros do Santander teriam aumentado 10% sem o efeito do imposto temporário e extraordinário sobre a banca em vigor em Espanha desde o início do ano, que no caso do banco se traduziu no pagamento de 224 milhões de euros entre janeiro e março, segundo os resultados comunicados pelo grupo às autoridades espanholas.

Num período em que as taxas de juro continuaram a aumentar, o Santander, que é dono em Portugal do Santander Totta, diz que o lucro que conseguiu no primeiro trimestre apoiou-se “num aumento das receitas de 13%”, superior ao aumento de 11% das despesas devido à inflação.

O banco destaca ainda o aumento em 6% dos depósitos em todas as regiões do mundo onde opera (Europa, América do Norte e América do Sul) e o crescimento de 3% dos créditos que concedeu, comparando com o mesmo período do ano passado.

Os empréstimos para habitação aumentaram 2% e o crédito ao consumo 9%, enquanto a taxa de morosidade (atrasos ou incumprimento nos pagamentos das prestações) foi de 3,05%.

Apesar do crescimento global do crédito concedido, os empréstimos caíram 2% na Europa, “por causa da menor procura e amortizações antecipadas”, segundo o comunicado desta terça-feira do Santander.

Globalmente, os lucros do Santander na Europa (que incluem a atividade no Reino Unido) chegaram aos 1.189 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 19% do que nos mesmos meses de 2022, “graças ao forte crescimento da margem de juros”.

A Europa contribuiu em 42% para os resultados globais do grupo. Na América do Norte (Estados Unidos e México), o Santander teve lucros de 627 milhões de euros no primeiro trimestre e o contributo para os resultados globais do grupo foi 22%. Já a América do Sul contribuiu com 28% para os resultados do grupo Santander, mas os lucros nesta região desceram 14%, para 790 milhões de euros, “principalmente devido às maiores provisões e ao aumento dos custos por causa da inflação”.

A presidente do Santander, Ana Botín, citada no comunicado divulgado, diz que o banco teve “um muito bom começo de ano” e, “apesar da recente volatilidade” dos mercados financeiros, a expectativa do grupo é cumprir com os objetivos que tem para 2023.

O grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões de euros, um valor recorde que representou um aumento de 18% em relação a 2021.

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Do mercado de trabalho ao salário mínimo, como evoluiu a economia desde o 25 de Abril

Quase cinco décadas depois, há mais mulheres no mercado de trabalho e menos agricultores. O salário mínimo aumentou, mas a taxa de poupança reduziu-se.

Celebra-se esta terça-feira o 49º aniversário do 25 de Abril, momento que marcou o início da democracia em Portugal. Muito mudou desde aí, quer seja no mercado de trabalho, que tem agora mais mulheres; na economia, com um PIB per capita no dobro; ou nos rendimentos dos portugueses, com um salário mais elevado, mas uma menor taxa de poupança.

Olhando para o comportamento da economia, o PIB per capita a preços constantes era de 9.483,3 euros em 1974, tendo evoluído para 18.949,5 euros em 2021, segundo os dados agregados pela Pordata, pelo que este indicador duplicou nestas cinco décadas.

O período que atualmente se vive também em Portugal é marcado por uma elevada inflação, com a taxa a fixar-se em 7,4% no mês de março. No entanto, os valores não se comparam com os dos anos 1970, em que atingiu dois dígitos. Em 1974, a subida do índice de preços no consumidor foi de 26%.

Esta inflação atingia assim os salários, sendo de notar a evolução do salário mínimo, cujo valor cresceu em cerca de 157 euros. Era de 3.300 escudos em 1974 (16 euros), tendo sido instituído logo em maio desse ano, o que corresponde a um valor real de 603 euros, a preços constantes de 2022, descontada a inflação, de acordo com os cálculos da Pordata. Abrangia 1,5 milhões de trabalhadores industriais. Atualmente, fixa-se nos 760 euros.

Apesar do salário mais elevado, as estatísticas mostram, por outro lado, que a taxa de poupança diminuiu. Era de 26,2% em 1975, tendo recuado para 9,7% em 2021, segundo os dados mais recentes agregados pela Pordata.

A moeda utilizada pelos portugueses é outra mudança óbvia. Portugal entrou na União Europeia em 1986 e adotou o euro em 1999, tendo a moeda única europeia entrado em circulação em 2002. O 25 de Abril trouxe também a nacionalização do Banco de Portugal, a quem foi atribuído o estatuto de banco central, tendo no ano a seguir assumido a missão de supervisão bancária.

O cenário no mercado de trabalho é também bastante diferente face a 1974. A população empregada evoluiu de 3,694 milhões de pessoas para 4,908 milhões em 2022. Com uma presença mais forte das mulheres, que até ao 25 de Abril não podiam exercer algumas profissões, como magistrada ou diplomata. A proporção de mulheres no mercado de trabalho aumentou de 39% para 50%, representando assim metade da força de trabalho.

Mas a mudança não se fica pela participação feminina. A própria composição do mercado de trabalho mudou. Em 1974, mais de um terço dos portugueses trabalhava no setor primário, que diz respeito à agricultura e pecuária. Fatia que passou para apenas 3% nos dias de hoje. A grande passagem foi para o setor dos serviços, que há meio século agregava 31% dos trabalhadores e era a área com menor proporção; e atualmente junta 73% dos trabalhadores, isto é, quase três em cada quatro trabalhadores.

Já o setor secundário, que corresponde à indústria, viu reduzida a sua expressão no mercado de trabalho, ainda que a um ritmo de degradação menor face à agricultura: a proporção de trabalhadores nas fábricas passou de 34% em 1974 para 25% em 2022. Concentra, ainda assim, um quarto dos trabalhadores em Portugal.

Finalmente, a força de trabalho é também mais escolarizada: a taxa de analfabetismo evoluiu de cerca de um quarto da população em 1970, segundo os Censos, para 3,1% em 2021, os dados mais recentes usados para esta análise.

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Há mais oito opções para o novo aeroporto. Ota, Rio Frio e Sintra entram na lista

A Comissão Técnica Independente acrescentou mais oito opções para o novo aeroporto. Há agora 17 possibilidades diferentes, incluindo Ota, Rio Frio, Sintra ou Évora.

A Comissão Técnica Independente (CTI) acrescentou mais oito opções para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, na sequência da consulta aberta aos cidadãos no início de março. A lista, que passa a incluir Ota, Rio Frio ou Sintra, será em breve encurtada. As “finalistas” serão conhecidas na quinta-feira.

Começaram por ser cinco, cresceram para sete, depois nove e agora saltam para 17. A lista de opções estratégicas para reforçar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa passou a incluir também Ota, Rio Frio ou Poceirão, que já foram consideradas no passado, e ainda Apostiça, Évora, Sintra, Tancos e Pegões.

O novo incremento resulta das propostas que foram deixadas através do site Aeroparticipa.pt, criado pela comissão técnica responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para auscultar os cidadãos. “Recebemos mais de 700 propostas, das quais retivemos oito, que foram as que tinham informação para podermos considerar”, afirmou Rosário Partidário, que preside à comissão, em declarações ao ECO.

A lista provisória vai ser encurtada. A CTI organiza na quinta-feira uma conferência no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) onde vai dar a conhecer os critérios de viabilidade técnico-científicos adotados, bem como as opções “finalistas” com base na aplicação desses critérios.

A “corrida” à futura localização do aeroporto começou com cinco opções avançadas pelo Governo no lançamento da nova AAE. Foram elas a manutenção da Portela em conjugação com o Montijo, nas versões como aeroporto principal ou secundário, uma nova infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete, Santarém e Portela mais Santarém.

A CTI acrescentou no final de janeiro o aeroporto de Beja e Portela+Alverca, depois de os projetos lhe terem sido apresentados. A 8 de abril foi adicionada a Base Aérea de Monte Real e, por iniciativa da comissão técnica, Alcochete+Portela.

Rosário Partidário faz um balanço positivo do processo de auscultação dos cidadãos. “No final do ano vamos chegar a uma solução que já tinha sido abordada ou até uma nova, o certo é que vai acontecer algo que não aconteceu até agora que é ter um processo participativo. No total recebemos à volta de 27 mil contribuições”, revelou.

“Não só as pessoas se manifestaram como acrescentaram sugestões e levantaram questões. Permite-nos ter a perceção sobre o que as pessoas pensam” sobre as localizações, refere a coordenadora-geral da CTI. “Temos recebido muitas manifestações de apoio por termos um processo tão aberto e transparente”, sublinha.

Na conferência de quinta-feira serão ainda apresentados os resultados das reflexões estratégicas realizadas em mesas temáticas com diversos especialistas, das reuniões com entidades públicas e privadas e da participação pública na nossa página Aeroparticipa.pt.

Nos próximos meses a CTI vai avaliar as opções finais à luz das dimensões aeroportuária, operacional, de acessibilidades, financeira, económica, social, jurídica, ambiental e o prazo de execução. O relatório final terá de ser entregue ao ministro das Infraestruturas até 31 de dezembro.

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De acampamento outra vez montado, professores insistem que não vão parar

  • Lusa
  • 24 Abril 2023

Durante uma noite, a Praça do Rossio, em Lisboa, vai ser ocupada por várias dezenas de professores e trabalhadores não docentes. O acampamento passará depois para o Largo Camões até 1 de maio.

Professores e funcionários das escolas iniciaram esta segunda-feira um novo acampamento em defesa da escola pública e, já com as cerca de 30 tendas montadas, insistiram que a contestação não vai parar. Durante uma noite, a Praça do Rossio, em Lisboa, vai ser ocupada por várias dezenas de professores e trabalhadores não docentes, num novo acampamento por melhores carreiras e pela recuperação do tempo de serviço, que deverá prolongar-se até dia 1 de maio.

Depois de as cerca de 30 tendas estarem montadas, o coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) falou aos jornalistas para reafirmar que a contestação, que se prolonga desde o final do ano passado de forma quase ininterrupta, não vai parar até que o Governo responda às reivindicações.

A principal reivindicação é antiga, mas, desta vez, os professores parecem não aceitar outra resposta que não a recuperação integral do tempo de carreira que esteve congelado: seis anos, seis meses e 23 dias. Ana Custódio, professora de História e Geografia, confirma, sublinhando que os profissionais da educação, mais unidos do que nunca, não estão dispostos a aceitar que a recuperação do seu tempo de serviço volte a ser adiada.

Na terça-feira, estes mesmos profissionais vão participar na manifestação nacional do 25 de abril e o coordenador do Stop, André Pestana, voltou a apelar à participação da sociedade civil, defendendo que, além da escola pública, que deve ser uma luta de todos, está também em causa a defesa da saúde pública, dos trabalhadores e da habitação.

Após a manifestação, o acampamento passará para o Largo Camões, onde deverá manter-se até 1 de maio.

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FC Barcelona fecha financiamento de 1.450 milhões para remodelar Camp Nou

  • Lusa
  • 24 Abril 2023

Para financiar o projeto de remodelação de Camp Nou, o Barça conta com um total de 20 investidores, entre as quais “algumas das principais entidades financeiras de prestígio internacional”.

O FC Barcelona anunciou esta segunda-feira ter fechado o quadro de financiamento do ‘Espai Barça’, um projeto de remodelação do estádio Camp Nou e arredores, por um valor a rondar os 1.450 milhões de euros.

Em comunicado, o ‘Barça’, líder da Liga espanhola de futebol, dá conta da conclusão da fase de arrecadação de financiamento, com um total de 20 investidores, entre as quais “algumas das principais entidades financeiras de prestígio internacional”.

A verba cobre os custos totais com obras e tem ‘tranches’ de pagamento flexíveis, a cinco, sete, nove, 20 e 24 anos, começando o emblema catalão a pagar assim que as obras terminem. Os trabalhos estão previstos para arrancarem no verão, o que obriga a equipa principal masculina de futebol a jogar no Estádio Olímpico Luís Companys até novembro de 2024, período em que o estádio renovado estará concluído, como ‘pedra de toque’ de um projeto entregue à construtora turca Limak.

A investigação judicial por pagamentos milionários ao antigo vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros, José María Enríquez Negreira, acabou por atrasar o anúncio do acordo, num caso ‘desbloqueado’ por conversas entre o presidente ‘blaugrana’, Joan Laporta, e os líderes de UEFA e Liga espanhola.

O projeto ‘Espai Barça’ arrancou em 2014, quando foi aprovado pelos sócios, e desde então muitas foram as etapas intermédias, desde o acordo com a autarquia de Barcelona até à demolição do Miniestadi, seguido da construção do Estádio Johan Cruyff, inaugurado em 2019.

A pandemia de covid-19 e as eleições de Joan Laporta, no lugar de Josep Bartomeu em 2021, atrasaram os avanços, com os sócios a reaprovarem a decisão em assembleia-geral, já com o preço revisto em alta.

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