Trabalhadores das Tintas Barbot em greve de uma hora diária

  • Lusa
  • 2 Maio 2023

Para além da paralisação diária entre as 11:00 e as 12:00, no plenário “foi também decidida greve a todo o tipo de trabalho suplementar durante o mês de maio”.

Os trabalhadores da Barbot, em Vila Nova de Gaia, cumprem na quarta-feira e a 10, 17, 24 e 31 de maio uma hora de greve diária, por aumentos salariais e “respostas concretas” ao caderno reivindicativo, anunciou o Site-Norte.

Num comunicado divulgado esta terça, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) avança que, para além da paralisação diária entre as 11:00 e as 12:00, no plenário realizado no passado dia 18 de abril “foi também decidida greve a todo o tipo de trabalho suplementar durante o mês de maio”.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da empresa de tintas não quis fazer comentários, afirmando apenas que a Barbot está “empenhada na resolução interna da questão”. Salientando ser a “primeira vez na história da empresa” que os trabalhadores realizam uma greve, o sindicato destaca que os grevistas se irão concentrar diariamente, durante o período da greve, à porta da unidade de Canelas da Barbot, que emprega cerca de meia centena de funcionários.

No plenário ficou bem demonstrado o enorme descontentamento no seio dos trabalhadores devido aos valores dos aumentos salariais decididos e aplicados em janeiro pela administração da empresa” de tintas, sustenta. Segundo avançou à agência Lusa o dirigente sindical Filipe Pereira, estes aumentos variaram entre os 20 e os 30 euros, sendo que os salários praticados na Barbot “andam muito próximos do salário mínimo nacional”.

De acordo com o Site-Norte, os trabalhadores “sentem que, ao longo dos anos, a degradação do valor do seu salário tem agravado as suas condições de vida, ainda por cima perante um momento em que os trabalhadores se confrontam com uma enorme degradação do seu poder de compra causado por um aumento do custo de vida sem precedentes”.

Reivindicando um aumento salarial mínimo no valor de 55 euros, a “acrescer à atualização já realizada”, os trabalhadores reclamam ainda um subsídio de alimentação igual para todos, “com efeitos imediatos”, e a atribuição do dia de aniversário do trabalhador, “nos moldes propostos no caderno reivindicativo”.

O Site-Norte refere ainda que, “apesar de a administração, após a emissão dos pré-avisos de greve, ter rapidamente marcado reunião com o sindicato (28 de abril), infelizmente o que trouxe para a mesma foi muita disponibilidade ‘futura’ sem concretizar, mas nada para, no imediato”, ir ao encontro das reivindicações dos trabalhadores. “Neste momento difícil, os trabalhadores precisam é de respostas às suas mais que justas reivindicações e não de disponibilidades futuras e de palavras de louvor”, conclui.

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