Taxa de inflação nos EUA desacelera em abril para 4,9%
A taxa de inflação abrandou para 4,9% em abril, menos um décima em termos homólogos, mas, em termos mensais, os preços subiram quatro décimas.
A inflação nos Estados Unidos voltou a abrandar em abril, pelo décimo mês consecutivo, e situou-se em 4,9%, em termos homólogos, menos uma décima do que em março, indicou esta quarta-feira o Departamento do Trabalho. Na comparação mensal, os preços subiram quatro décimas, segundo o índice CPI divulgado pelo Departamento do Trabalho.
A descida de uma décima na comparação com o mesmo mês do ano anterior ocorre na sequência de sucessivos recuos da inflação desde julho de 2022 e o nível de 4,9% é o mais baixo desde maio de 2021. Estes dados eram esperados com particular expectativa, uma vez que podem contribuir para a decisão que a Reserva Federal (Fed) tomará na sua próxima reunião em relação às taxas de juro.
O índice de habitação foi o que mais contribuiu para o aumento mensal dos preços, com uma subida de quatro décimas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, acumula um aumento de 8,1%. Já a energia teve um aumento mensal de 0,6% e regista uma queda homóloga de 5,1%.
O índice da alimentação manteve-se em abril e regista na comparação com abril de 2022 uma subida de 7,7%. A inflação subjacente, que mede a subida dos preços excluindo os alimentos e a energia, os mais voláteis, subiu quatro décimas em abril e a taxa de inflação homóloga atingiu 5,6%.
Em junho de 2022, a inflação atingiu um pico de 9,1%, tendo desacelerado paulatinamente. Os dados da inflação são conhecidos num momento-chave, em que se analisa se as constantes subidas das taxas de juro decididas pela Fed desde março do ano passado têm o efeito desejado na contenção dos preços.
A última subida das taxas de juro teve lugar na semana passada e foi de 25 pontos base, com a taxa dos fundos federais situada atualmente entre 5% e 5,25%. O presidente da Fed, Jerome Powell, explicou em conferência de imprensa que futuras subidas das taxas de juro dependem dos dados macroeconómicos das próximas semanas e que os números do desemprego e da inflação serão fundamentais para decidir se continuam.
No passado dia 05, foi anunciado que a taxa de desemprego baixou uma décima em abril para 3,4%.
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