Emprego de licenciados com destruição recorde
Maior quebra no emprego e na população ocorre entre mulheres licenciadas a meio da carreira. Economista aponta para "fenómeno de emigração" entre pessoas com ensino superior.
O emprego de licenciados registou uma queda homóloga de 6,1% no primeiro trimestre, o que significa que, num ano, desapareceram 105 mil empregos entre quem tem o ensino superior. É a maior redução desde 2011, ano em que se iniciou a série do Instituto Nacional de Estatística (INE), noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).
O emprego só atingiu um novo máximo no primeiro trimestre — crescendo menos do que o desemprego — graças a setores como o alojamento e restauração ou a construção, enquanto em ocupações mais qualificadas o emprego recuou. Apesar disso, o desemprego entre os licenciados aumentou apenas 2,7%.
Perante menos 138 mil licenciados na população residente no período de um ano, o economista João Cerejeira aponta para um “fenómeno de emigração”. O INE também admite esta hipótese, mas lembra que “as variações da população total resultam tanto do saldo migratório como do saldo natural”. Os dados mostram que as perdas se concentram largamente entre os 35 e os 54 anos e sugerem que serão sobretudo as mulheres a sair do mercado de trabalho — e, eventualmente, do país: são 94% dos licenciados em falta.
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