Plano de Reestruturação da TAP não existia no arquivo do ministério das Infraestruturas
A chefe de gabinete de João Galamba revelou que documentos importantes da TAP, como o plano de reestruturação, só existiam no computador do ex-adjunto, Frederico Pinheiro.
A chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que documentos financeiros da TAP, incluindo o plano de reestruturação aprovado por Bruxelas, não existiam em arquivo no ministério. Eugénia Correia revelou que a informação estava apenas no computador do ex-adjunto, Frederico Pinheiro.
A responsável pelo gabinete de João Galamba afirmou aos deputados que os documentos enviados à comissão parlamentar de inquérito “foram extraídos do computador de Frederico Pinheiro, porque não constavam do arquivo do Ministério das Infraestruturas”. Entre esses documentos estava o plano de reestruturação da TAP, aprovado por Bruxelas.
Na sua audição, também esta quarta-feira, Frederico Pinheiro referira que existem cópias do plano de reestruturação em vários computadores, no ministério das Finanças, na Comissão Europeia e na própria TAP.
A chefe de gabinete remeteu a responsabilidade pela inexistência dos documentos no arquivo do ministério para os responsáveis anteriores pela pasta, sem os nomear. Até 3 de janeiro o ministro era Pedro Nuno Santos e a chefe de gabinete era Maria Antónia Barbosa de Araújo.
“Desde 4 de janeiro todo os documentos estão no arquivo. Têm ofício de entrada e saída. Antes de 4 de janeiro não sei. Não estando no arquivo do gabinete será certamente muito mais difícil o controlo dessa informação”, disse, tendo-lhe colocado dificuldade na compilação dos documentos para remeter à CPI.
Eugénia Correia afirmou que ao contrário do que Frederico Pinheiro afirmou na sua audição, não foi ele que fez a lista dos documentos para serem classificados e depois enviados à CPI. Questionada por Paulo Rios Oliveira, do PSD, a responsável disse que “os documentos para exercer as normais competências deste gabinete, se não estão neste gabinete, estarão noutros ministérios que também tutelam a TAP ou na própria TAP“.
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