“Temos de nos concentrar em tirar partido da IA”, diz EIOPA
A EIOPA vai lançar, em breve, um relatório no qual serão dadas as chaves para uma "harmonização da IA".
O setor dos seguros enfrenta inúmeros riscos, “mas se há algo que lhe é natural é alinhar-se com eles e transformá-los numa oportunidade“. Com este objetivo, Petra Hielkema, presidente da Autoridade Europeia para Seguros e Pensões Ocupacionais (EIOPA), delineou uma série de desafios que o setor segurador europeu terá de enfrentar nos próximos anos, com a digitalização na linha da frente.
Para a líder, o principal desafio trazido pela revolução tecnológica é a forma e a compreensão da regulamentação, uma vez que, como explicou, é uma área com a qual os seguros não estão familiarizados.
“Até agora, conhecíamos a legislação que tinha impacto no nosso mercado, agora a regulamentação relativa à digitalização vem de diferentes comissões gerais. Isto não tem de ser um problema, mas temos de aprender sobre o assunto, uma vez que as dependências e os requisitos são alargados”, afirmou.
Para Petra Hielkema, é necessário olhar para as oportunidades da digitalização e avaliar onde precisamos de investir esforços. “Sempre trabalhámos numa lógica de Inteligência Artificial (IA), mas não o sabíamos. Os dados estão no nosso ADN”, observou. “Penso que temos de nos concentrar em tirar o máximo partido da IA“, acrescentou.
A responsável revelou que a IA vai tornar-se mais regulamentada e que haverá uma evolução para “normas harmonizadas”. Por este motivo, indicou que a organização lançará em breve um relatório no qual serão dadas diretrizes para estes desafios.
A presidente da EIOPA referiu-se também a outras tecnologias como o blockchain, que considera “com pouca utilização, atualmente, na Europa, e que é sem dúvida, forte nos E.U.A.”.
A análise de dados e os seguros ‘abertos’ estão, atualmente, a duas velocidades na Europa. “A Comissão vai lançar uma proposta, mas penso que precisamos de nos basear mais em casos de utilização (user cases). Precisamos de um caso de utilização concreto para analisar processos e ver como poderemos regulamentar, com base nisso”, reconheceu Petra Heilkema.
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