Crédito à habitação contrai pelo quarto mês consecutivo

Se em termos mensais o montante de crédito à habitação está a cair há quatro meses consecutivos, em termos homólogos verifica-se um abrandamento desde setembro do ano passado.

Os bancos continuam a registar uma redução do ritmo de contratualização do crédito à habitação. Segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal, no final de abril, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,6 mil milhões de euros, menos 100 milhões de euros do que no final de março.

É o quarto mês consecutivo que o crédito à habitação regista uma contração mensal, mas em termos homólogos a contração é ainda maior. Segundo dados do Banco de Portugal, a concessão dos empréstimos à habitação desacelerou, relativamente ao mês homólogo do ano anterior, pelo nono mês consecutivo, com a taxa de variação anual a passar de 4,36% em agosto de 2022 para 1,35% em abril de 2023.

Os dados do Banco de Portugal mostram também uma desaceleração homóloga do crédito ao consumo desde outubro do ano passado, com os montantes dos empréstimos a passaram de um crescimento homólogo de 6,3% em setembro para 4,4% em abril, para cerca de 20,7 mil milhões de euros.

Nas empresas, os dados do Banco de Portugal revelam que também a concessão de crédito está a abrandar. “No final de abril de 2023, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 74,2 mil milhões de euros, menos 0,4 mil milhões de euros que em março”, refere o regulador em comunicado.

Quando comparado com abril do ano passado, o Banco de Portugal refere que o volume dos empréstimos concedido às empresas decresceu 1,6%. “Este foi o quarto mês consecutivo em que os empréstimos às empresas se reduziram relativamente ao mês homólogo do ano anterior”, sublinhando que “esta redução foi mais expressiva nas pequenas, médias e grandes empresas e nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras.”

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