Start Campus liga “parcialmente” mega data center em Sines em outubro
“A primeira fase vai arrancar em operação a partir de outubro [e] a segunda fase está neste momento em processo de licenciamento", segundo administrador jurídico e de sustentabilidade da Start Campus.
O primeiro edifício da Start Campus, empresa responsável pela construção do mega centro de dados, em Sines (Setúbal), começa a “operar parcialmente” em outubro, estando a decorrer o licenciamento para a segunda fase do projeto.
“A primeira fase vai arrancar em operação a partir de outubro [e] a segunda fase está neste momento em processo de licenciamento“, sendo que o objetivo é ter o projeto “licenciado até ao final do ano”, avançou à agência Lusa o administrador jurídico e de sustentabilidade da Start Campus, Rui Oliveira Neves.
De acordo com o responsável, que falava à margem da entrega dos prémios do projeto comunitário GAMMA, em Sines, os calendários e os orçamentos “são para cumprir”, estando previsto o arranque das operações em outubro em “um terço do edifício” por “questões técnicas ligadas à infraestrutura elétrica”.
“A partir de outubro começamos a operar parcialmente e, depois, mais dois meses, no princípio do ano, teremos a totalidade da capacidade já a funcionar”, especificou.
Segundo Rui Oliveira Neves, a segunda fase do projeto compreende a construção de “cinco edifícios com o máximo de até 480 megawatts [MW] de capacidade a instalar de servidores”, numa “grande escala industrial de processamento de dados”, explicou o responsável.
Após o licenciamento da segunda fase do projeto, a empresa tem como objetivo arrancar com a construção dos edifícios, no âmbito de “um plano que se estende de 2024 a 2028”. “Não é possível construir os cinco edifícios ao mesmo tempo, em primeiro lugar, por uma questão de segurança”, e, em segundo lugar, pela “necessidade de mão-de-obra” tendo em conta “a capacidade da região para ter vários projetos ao mesmo tempo” e os investimentos em curso neste território, acrescentou.
A intenção, indicou, é “adaptar a cadeia de valor local”, uma vez que 80% da mão-de-obra “é portuguesa e a maioria dos concelhos de Sines e Santiago do Cacém”.
Instado pela Lusa a divulgar alguns dos clientes que irão operar no mega centro de dados, o administrador da Start Campus avançou apenas que serão os “grandes players internacionais que trabalham na dimensão do processamento de dados”.
“Nós damos uma infraestrutura de dimensão industrial para processamento de dados, depois os clientes farão o que entenderem do ponto de vista da comunicação. O que queremos é entregar um projeto a funcionar com um nível de qualidade que é de standard mundial e com um aproach na sustentabilidade”, frisou.
O responsável garantiu ainda que a empresa “não podia estar mais satisfeita” com a instalação do projeto no Complexo Industrial de Sines. “Um projeto com dimensão industrial, seja ele de infraestruturas digitais, seja de indústrias mais convencionais, em Sines encontra uma localização favorável para se desenvolver porque é uma região que está preparada e está a funcionar nessa escala”, considerou.
Para o responsável, o posicionamento geoestratégico de Sines permite “usar o Atlântico como porta de entrada e de saída para dados para a América do Norte, América do Sul, Oeste Africano, Mediterrâneo e Norte da Europa”.
A Start Campus é responsável pelo desenvolvimento do projeto SINES, um campus Hyperscaler Data Centre com capacidade de 495MW, num investimento de até 3,5 mil milhões de euros.
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