Cabaz “IVA zero” mais barato pela quinta semana seguida
Na última semana, cabaz monitorizado pela Deco ficou 71 cêntimos mais barato. Ainda assim, as ervilhas, o carapau, o arroz e o azeite estiveram entre os produtos que subiram de preço.
O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” baixou 71 cêntimos na última semana, passando a custar 127,05 euros, segundo os cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). É a quinta semana consecutiva de alívio de preços.
Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem o peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.
Se a 5 de julho o cabaz “IVA zero” monitorizado pela Deco custava 127,76 euros, esta quarta-feira custava 127,05 euros. Contas feitas, trata-se de uma redução de 71 cêntimos (0,56%). É a quinta semana seguida de alívio de preços, depois de, na semana de 7 de junho, ter subido quase um euro.
Já se a comparação for feita com o dia anterior ao arranque da medida, 17 de abril, a diferença é mais expressiva: nesse período o cabaz monitorizado pela Deco ficou 11, 72 euros mais barato, o que se traduz numa quebra de 8,45%.
De notar que esta semana, o Governo tinha referido que o custo do cabaz caiu 9,67% até ao final de junho, segundo dados da ASAE. O alívio de preços é aliás sinalizado pelo INE, que revelou na quarta-feira que a inflação caiu para 3,4% no mês passado, registando o valor mais baixo desde janeiro de 2022, isto é, antes da guerra.
Ervilhas, carapau, arroz e azeite entre os maiores aumentos
Na última semana, as ervilhas congeladas foram o produto que mais subiu de preço, tendo registado um aumento de 11% (mais 34 cêntimos) face à semana anterior. Segue-se o carapau (+9%), o arroz carolino (+6%), o azeite virgem extra (+5%), a laranja e a dourada (ambos +4%) e a carne de novilho para cozer, os brócolos, a batata vermelha e a couve-flor (todos 3%).
Já em termos de categorias de produtos, o peixe foi o que mais beneficiou com a entrada em vigor desta medida, dado que uma cesta deste produto recuou 14,09% (menos 4,91 euros), passando a custar 29,96 euros. Segue-se a a mercearia, cujo preço recuou 10,06% (menos 2,24 euros), passando a custar 20,06 euros; os laticínios, que baixaram 9,43% (menos 1,33 euros) para 12,77 euros; a carne, que recuou 6,17% (menos 2,52 euros) para 38,37 euros; os congelados, cujo preço caiu 4,87% (menos 17 cêntimos), passando a custar 3,42 euros; e, por fim, a fruta e legumes, cuja cesta recuou 2,34% (menos 54 cêntimos) para 22,49 euros.
Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. Só na última semana, o cabaz de bens alimentares ficou 1,31 euros mais barato, passando a custar 212,77 euros. É a terceira semana consecutiva a recuar. Desde o início deste ano ficou 6,64 euros mais barato (3,03%).
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