Carlos Lopes Pires é o novo secretário de Estado da Defesa
Primeiro-ministro nomeou Carlos Lopes Pires para substituir Marco Capitão Ferreira como secretário de Estado da Defesa. A proposta foi aceite pelo Presidente da República e a tomada de posse é amanhã.
O primeiro-ministro nomeou Carlos Lopes Pires para substituir Marco Capitão Ferreira como secretário de Estado da Defesa, que apresentou a demissão, após estar envolvido em várias polémicas e ter sido constituído arguido no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita”. A proposta foi aceite pelo Presidente da República e a tomada de posse está marcada para esta quinta-feira, pelas 19h.
“O Presidente da República aceitou a proposta do Primeiro-Ministro de nomeação de Carlos Alberto Raheb Lopes Pires como novo secretário de Estado da Defesa Nacional do XXIII Governo Constitucional”, informou a Presidência da República, numa nota publicada no site da Presidência. Marcelo Rebelo de Sousa adianta ainda que a tomada de posse está prevista para esta quinta-feira “pelas 19h00 no Palácio de Belém”.
Carlos Alberto Raheb Lopes Pires, 49 anos, era até agora diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), que integra as secretas do país. Diplomata de carreira, nascido em Beirute, é licenciado em relações internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa e com mestrado em Estudos Europeus pela London School of Economics.
O novo secretário de Estado não é estreante nas lides políticas. Já integrou vários gabinetes ministeriais, tendo sido adjunto do então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, entre setembro de 2010 e junho de 2011, adjunto no gabinete do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (de junho de 2011 a fevereiro de 2013), chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus Miguel Morais Leitão (entre fevereiro a julho de 2013), e chefe de gabinete do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Manchete (de julho de 2013 a agosto de 2014).
Vai deste modo substituir Marco Capitão Ferreira que foi constituído arguido a 7 de julho na sequência de buscas judiciais realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Ministério Público (MP) à sua residência e na Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita”, que já contava, pelo menos, 19 arguidos. Em causa estão suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, designadamente corrupção e participação económica em negócio, segundo o comunicado da PJ.
O pedido de demissão do antigo secretário de Estado da Defesa surgiu no dia em que o Expresso noticiou que Marco Capitão Ferreira terá contratado um “assessor fantasma” quando era presidente da holding das indústrias de Defesa, antes de entrar no Governo. Antes disso, foi conhecido que Marco Capitão Ferreira cobrou 61 mil euros ao Ministério da Defesa por serviços de assessoria que duraram cinco dias.
(Notícia atualizada pela última vez às 21h55)
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