Lucros da Sonae caem 41,6% no primeiro semestre para 69 milhões
O volume de negócios do grupo Sonae aumentou 12% nos primeiros seis meses, mas a margem de rentabilidade recuou ligeiramente.
A Sonae fechou o primeiro semestre com um lucro de 69 milhões de euros, menos 41,6% do que no mesmo período do ano anterior. O volume de negócios cresceu 12% para 3,83 mil milhões, mas a margem de rentabilidade caiu ligeiramente devido ao aumento dos custos.
“Em termos de desempenho operacional, as nossas equipas continuaram a trabalhar arduamente para mitigar os impactos da inflação nos consumidores e oferecer a melhor qualidade aos preços mais baixos, tendo sido capazes de reforçar as posições de liderança de mercado do Continente e da Worten”, afirma a CEO, Cláudia Azevedo, no comunicado de imprensa divulgado esta quinta-feira.
“Durante o segundo trimestre de 2023 os negócios da Sonae continuaram a enfrentar um contexto macroeconómico desafiante, com a inflação persistentemente elevada e uma pressão significativa ao nível dos custos”, nota o grupo.
O crescimento de 12% do volume de negócios do semestre deveu-se sobretudo ao desempenho da Modelo Continente (MC) e da Worten, que ganharam quota de mercado, aponta a Soane. As vendas cresceram 13,1% na MC, para 3.048 milhões, e 6,9% na Worten, para 557 milhões de euros, com o canal online a representar mais de 15% das vendas totais. No imobiliário, a Sonae Sierra viu o resultado líquido crescer dez milhões para 38 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 9,5% para 350 milhões de euros. Já a margem EBITDA recuou duas décimas para 9,1%, o que a Sonae atribui à absorção de parte das pressões inflacionistas.
Os lucros recuaram 41,6% para 69 milhões, com o agravamento das depreciações, amortizações, provisões e imparidades para 196 milhões e deterioração de 37,3% do resultado financeiro para os 59 milhões negativos.
A Sonae prosseguiu com a sua estratégia ativa de gestão de portefólio nos primeiros seis meses do ano. A MC chegou a acordo com os acionistas da Druni e da Arenal para a combinação das duas empresas, negócio que “criará um operador líder no segmento de saúde, bem-estar e beleza na Ibéria”, com vendas na casa dos 800 milhões. O fecho da operação está previsto para o segundo semestre de 2023.
A Bright Pixel continuou a reforçar o seu portefólio, com três novos investimentos no segundo trimestre, totalizando seis este ano. Conta já com mais de 40 empresas participadas.
Já em julho, a Sonae anunciou que vai sair da aliança de moda desportiva Iberian Sports Retail Group (ISRG), que integrava ainda os britânicos do JD Group e a família Segarra (espanhóis da Balaiko, donos da Sprinter). O grupo liderado por Cláudia Azevedo vai vender a posição de 30%, obtendo um encaixe financeiro de 300 milhões de euros e uma mais-valia estimada de 175 milhões.
A dívida líquida reduziu-se ligeiramente, em termos homólogos, dos 1.103 para os 1.067 milhões de euros.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Lucros da Sonae caem 41,6% no primeiro semestre para 69 milhões
{{ noCommentsLabel }}