Já foram pagas 221 mil viagens no Metro de Lisboa com contactless

Desde que a medida foi implementada, já foram realizadas 221 mil viagens no Metro de Lisboa que utilizaram contactless como forma de pagamento, com o montante a ascender a 365 mil euros.

No espaço de um mês, já foram realizadas 221 mil viagens no Metropolitano de Lisboa que utilizaram contactless como forma de pagamento, com o montante total destas viagens a ascender a 365 mil euros, revelou fonte oficial da empresa, ao ECO.

Em causa está uma medida que entrou em vigor a 28 de junho e que permite pagar as viagens no Metro de Lisboa via contactless com cartão bancário, smartphone ou smartwatch, diretamente nos canais de validação de títulos. Com esta opção, não é necessário ir às máquinas pagar mais 50 cêntimos para comprar um cartão Navegante, sendo que o preço por viagem se mantém nos 1,65 euros.

Desde então e até à passada sexta-feira, 28 de julho, “o Metropolitano de Lisboa registou 221.000 viagens que utilizaram contactless como forma de pagamento“, cujas viagens “correspondem a um valor de 365.000 euros”, adianta fonte oficial da empresa liderada por Vitor Domingues dos Santos, em resposta ao ECO.

Esta nova modalidade de pagamento está disponível em toda a rede do Metro de Lisboa, sendo que para o efeito a empresa investiu “2,5 milhões de euros” na “instalação e atualização de todos os 752 canais de acesso e 1.504 validadores do metro“.

Metro reembolsa pagamentos indesejados, pelo menos, para já

Paralelamente, para os mais distraídos, o Metro de Lisboa lançou uma campanha de sensibilização sob o mote “Passe o cartão, não a carteira”, tendo em vista que os clientes apenas validem “um cartão na sua viagem, evitando pagamentos indesejados”, explica a empresa. No entanto, pelo menos para já a empresa assegura o reembolso da viagem para quem tem passe mensal.

“Sempre que, por utilização indevida do cartão bancário, é efetuado o desconto de uma viagem a um cliente titular de passe mensal válido e tal situação é reportada ao Metropolitano de Lisboa, é solicitado o preenchimento de um impresso próprio, no caso de o contacto ser feito em estação ou nos Espaços Cliente ou, caso a reclamação seja efetuada via telefone, é solicitado ao cliente o envio de um e-mail para o atendimento@metrolisboa.pt reportando a situação”.

Para tal, além da sua identificação, o cliente deverá indicar “o seu número de cartão navegante personalizado e número de cartão bancário (6 primeiros e últimos 4 dígitos) através do qual o débito tenha sido processado”, explica o Metro de Lisboa, em resposta ao ECO, sublinhando, no entanto, que “as eventuais devoluções serão apenas aplicadas no período inicial em que é conferido ao cliente uma fase de adaptação gradual ao novo sistema de contactless.

O Metro de Lisboa não refere, contudo, quanto tempo é que os eventuais reembolsos deverão vigorar, referindo apenas que “a responsabilidade de utilizar o cartão pretendido para efetuar a viagem é do cliente, pelo que num futuro próximo as devoluções serão apenas garantidas por algum erro atribuível ao sistema”.

Venda de bilhetes simples em cartão rendeu 22,8 milhões em 2022, abaixo da pré-Covid

Esta nova modalidade entrou em vigor cerca de um mês antes da Jornada Mundial da Juventude, que decorre entre esta terça-feira e domingo, em Lisboa e onde são esperados entre um milhão a 1,5 milhão de peregrinos. O objetivo passa por assegurar uma maior rapidez e segurança nos pagamentos, bem como é mais sustentável, dado que se enquadra numa lógica de desmaterialização dos cartões. Mas, afinal, quanto é que o Metro arrecada com a venda de bilhetes simples?

Só em 2019, foram vendidos 19.629.386 bilhetes simples em toda a rede do Metro de Lisboa, cujas viagens correspondem a 29.422.902,75 euros, segundo os dados fornecidos pela empresa ao ECO. Nesse ano foram também registadas 13.857.447 viagens zapping. De notar que o zapping é um título de transporte pré-pago, carregado em cartões personalizados ou ocasionais, que pode ser usado em vários operadores de transporte, pelo que a repartição da receita é feita pelos vários operadores, em função do número de validações que ocorram em cada um.

Já em 2020 e 2021, os números caíram a pique na sequência da pandemia, que obrigou a confinamentos forçados e numa altura em que o teletrabalho veio ganhar ênfase. No primeiro ano de Covid-19, o Metro de Lisboa vendeu 6.639.783 bilhetes simples, cujo montante ascendeu a 9.959.674,50 euros, isto é, quase três vezes menos do que o valor arrecado no ano anterior. Em 2020, foram registadas 5.364.779 validações zapping.

Já no ano seguinte, em 2021, foram vendidos 7.850.237 bilhetes simples, num montante de 11.775.354 euros. Nesse ano foram também registadas 5.938.967 viagens zapping. Ao mesmo tempo no ano passado, a procura voltou a recuperar ainda que esteja abaixo dos valores pré-pandemia: foram vendidos 13.867.414 de títulos simples, num valor de 22.881.233,50 euros. Em 2022, foram registadas 10.182.680 validações zapping.

Os dados divulgados demonstram ainda que os pagamentos com dinheiro estão a diminuir, enquanto os pagamentos através do cartão bancário (de crédito ou débito) a crescer: em 2022 quase dois terços (63,8%) do pagamentos de bilhetes zapping foram feitos com cartão, enquanto apenas 36,2% foram com dinheiro, o que compra com 48,6% feitos com cartão em 2020 e 51,4% em dinheiro nesse ano.

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