Casais avança para a construção de um segundo hotel híbrido em Madrid
A construtura de Braga está a apostar num novo modelo de construção sustentável. Depois da construção do primeiro hotel híbrido em Portugal, a construtora já está a dar cartas no mercado espanhol.
Depois da construção do primeiro hotel híbrido em Portugal, localizado em Guimarães, o grupo Casais, que opera num total de 17 países e faturou 682 milhões de euros em 2022, já entrou no mercado espanhol com este novo modelo de construção sustentável, estando neste momento a erguer em Madrid o primeiro edifício de construção híbrida.
Em entrevista ao ECO, o presidente da construtora portuguesa, António Carlos Rodrigues, avança ainda que está em negociações avançadas para construir um segundo hotel na capital espanhola assente neste tipo de construção em madeira e betão, acreditando que do outro lado da fronteira “poderá haver um crescimento mais rápido” neste tipo de projetos.
Foi no mês passado que a Casais, em conjunto com o grupo hoteleiro B&B, apresentou em Guimarães o primeiro edifício de construção híbrida do país, composto por dois edifícios e com assinatura do arquiteto Mário Fernandes. A unidade hoteleira com 95 quartos, que resulta de uma joint-venture com o grupo norte-americano Sunny, está integrada no projeto The First, que inclui ainda um bloco de 44 apartamentos e o Minho Tech Hub, que surgirá em setembro.
Depois da cidade-berço, a construtora, que emprega mais de 5.500 colaboradores em todo o mundo, dos quais quase 2.000 em Portugal, exportou para Espanha esta solução industrializada e híbrida de madeira e betão, com estrutura e fachadas pré-fabricadas. O município de Tres Cantos, na região de Madrid, foi o primeiro local do país vizinho a receber este projeto da construtora portuguesa e da ACR. A construção deste hotel com cinco andares e 120 quartos arrancou em junho e “deverá estar concluído num prazo de dez meses”, detalha António Carlos Rodrigues.
De acordo com a empresa minhota, este tipo de construção usa apenas um terço do betão de um edifício tradicional, o que significa uma redução da pegada de carbono superior a 60%. O empresário, formado em Engenharia Civil, indica que, para o próximo ano, o objetivo passa por ter “três projetos em simultâneo: um em conclusão, outro em arranque e ainda outro em pipeline”.
O objetivo para o próximo ano passa por ter três projetos de construção híbrida em simultâneo: um em conclusão, outro em arranque e ainda outro em pipeline.
Recentemente, este grupo de Braga tornou-se acionista da austríaca Cree Holdings, com quem já tinha uma parceria há vários anos. António Carlos Rodrigues acredita que esta é a “construção do futuro” e está convencido que, “se nas próximas décadas apostarmos numa construção mais sustentável, o futuro ficará mais garantido”.
Além de ser uma construção mais amiga do ambiente, destaca, tem um prazo de entrega muito mais célere, tendo em conta que este sistema híbrido industrializado pode ser rapidamente implementado no local, pois combina o uso de madeira e betão a nível estrutural, com fachadas pré-fabricadas modulares.
Fundada a 23 de maio de 1958, a Casais é uma das maiores empresas do setor da construção em Portugal, mantendo o cariz familiar. Em 1994 iniciou o processo de internacionalização, na Alemanha, seguindo depois para Angola (1999). Atualmente, o grupo opera em 17 países e a internacionalização representa 63% do volume de negócios global (440 milhões de euros).
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