Autoridades gregas reportam chegada de mais de 300 migrantes às ilhas
Mais de 14 mil pessoas chegaram à Grécia por terra e mar este ano, segundo dados das Nações Unidas.
Mais de 300 migrantes chegaram às ilhas gregas, muitas delas localizadas perto da costa da Turquia, nos últimos três dias, em casos separados relatados pela guarda costeira grega e esta sexta-feira divulgados pelas agências internacionais. Na quinta-feira, a guarda costeira grega informou que as autoridades tinham encontrado no dia anterior 107 pessoas nas ilhas de Samos, Mykonos e na pequena ilha de Ro, que fica no Mediterrâneo, na costa sul da Turquia.
A estes migrantes somaram-se outros 109 que chegaram na quarta-feira às ilhas de Lesbos, Rodes, Samos e Santorini, enquanto outros 118 chegaram na terça-feira às ilhas de Ro, Rodes e Lesbos. A maioria destes migrantes estava a bordo de botes ou de outras embarcações fornecidas por redes organizadas de tráfico e foi recolhida perto da costa por barcos de patrulha da guarda costeira. Posteriormente, foram todos levados para centros de acolhimento de migrantes.
Durante as últimas décadas, a Grécia tem sido um dos pontos de entrada para a União Europeia (UE) mais utilizados por pessoas oriundas do Médio Oriente, África e Ásia, que fogem de conflitos ou de situações de pobreza e que procuram melhores condições de vida na Europa.
Mais de 14 mil pessoas chegaram à Grécia por terra e mar este ano, segundo dados das Nações Unidas, o que representa cerca de um décimo do total de travessias bem-sucedidas do Mediterrâneo, a maioria das quais – cerca de 104 mil – teve como destino a Itália, outro país que está na chamada “linha da frente” no que diz respeito à imigração irregular. A Grécia é abrangida pela rota do Mediterrâneo Oriental.
A organização não-governamental (ONG) humanitária SOS Méditerranée informou também que o “Ocean Viking”, um navio-ambulância fretado por esta ONG com sede em Marselha (França), resgatou 272 pessoas em perigo, incluindo nove bebés, que se encontravam em águas internacionais ao largo da Líbia. O “Ocean Viking” esteve retido durante 10 dias, em julho, pelas autoridades italianas que o culparam por falhas de segurança, mas foi autorizado a regressar ao mar em 21 de julho.
A rota migratória do Mediterrâneo Central – que sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direção à Europa, nomeadamente para as costas italianas e maltesas – é considerada como a mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência da ONU estima que 2.013 migrantes desapareceram nesta rota desde o início do ano, um aumento expressivo quando comparado com as 1.417 vítimas mortais ou desaparecidos registados durante todo o ano de 2022.
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