Mercado de trabalho estabiliza. Desemprego mantém-se em 6,3%
Taxa de desemprego fixou-se em 6,3% em julho, estável face a junho. Emprego encolhe, mas só ligeiramente.
Apesar das incertezas que ainda pressionam os empregadores nacionais, o mercado de trabalho está estável. Em julho, a taxa de desemprego não mexeu face ao mês anterior, mantendo-se em 6,3%. Já o emprego encolheu, mas apenas ligeiramente. Isto num mês em que aumentou a inatividade, mas também de modo não significativo.
“A taxa de desemprego situou-se em 6,3%, valor idêntico ao de junho de 2023, inferior ao de abril do mesmo ano (0,2 pontos percentuais) e superior ao de julho de 2022 (0,3 pontos percentuais)”, indica esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística.
Depois de ter chegado aos 7% em janeiro, a taxa de desemprego tem estado a recuar mês após mês: em fevereiro, baixou para 6,9%; em março, para 6,8%; em abril, para 6,5%; Em maio, para 6,4%; e em junho, para 6,3% (o gabinete de estatísticas tinha indicado, inicialmente, que o indicador tinha estabilizado nos 6,4%, mas reviu esse valor esta quarta-feira em 0,1 pontos percentuais para os tais 6,3%).
Julho não foi sinónimo de uma nova descida da taxa de desemprego, mas, antes, de estabilidade em comparação com o mês anterior, mantendo-se no valor mais baixo desde outubro de 2022 (quando foi de 6,1%)
Mas se olharmos, contudo, para o total de indivíduos desempregados, esse universo caiu em cadeia. Em causa está um decréscimo de 1% para 329,9 mil desempregados. Portugal continua, porém, a registar mais desempregados do que há um ano: em julho, a população desempregada cresceu 6,4%.
Por outro lado, no sétimo mês do ano, a taxa de emprego fixou-se em 64,1%, valor que representa uma quebra de 0,1 pontos percentuais face a junho, mas que supera em 0,5 pontos percentuais o número contabilizado no mês homólogo de 2022.
Contas feitas, no que diz respeito à população empregada, julho ficou marcada por um recuo de 0,1% face a junho e um por um aumento de 1% face ao mesmo mês do ano passado, totalizando-se 4.932,7 mil empregados em Portugal.
Com o desemprego estável e a população empregada a decrescer ligeiramente, julho trouxe um emagrecimento da população ativa: caiu 0,1% face a junho para 5.262,6 mil indivíduos. Já em termos homólogos, houve um aumento de 1,4%.
Enquanto isso, a população inativa aumentou em relação ao mês anterior (0,3%) e diminuiu relativamente a um ano antes (1,7%), para 2 427,3 mil indivíduos. “O aumento [em cadeia] da população inativa foi explicado, essencialmente, pela variação do número de outros inativos (10,3 mil; 0,5%)”, salienta o INE. Os outros inativos abrangem os indivíduos que não têm um posto de trabalho, mas não procuram ativamente mudar a sua situação, nem estão disponíveis para começar um novo emprego nas duas semanas seguintes.
Já a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,6%, valor inferior ao do mês anterior (0,1 pontos percentuais) e ao de três meses antes (0,4 pontos percentuais), mas idêntico ao de julho de 2022.
A subutilização de trabalho, importa notar, inclui desempregados, subemprego em tempo parcial, inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuram um novo posto, e inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para começar um novo trabalho.
(Notícia atualizada às 11h42)
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