Um terço dos portugueses fizeram cursos online no último ano
No último ano, 1 em cada 3 portugueses obteve formação online. A aprendizagem pela via digital está em franco crescimento e a Fundação José Neves preparou, por isso, um guia.
O ensino online está em “franco crescimento” e Portugal já supera mesmo a média comunitária, realça a Fundação José Neves, numa análise publicada esta terça-feira. Por cá, cerca de um terço das pessoas dos 16 aos 74 anos fizeram aprendizagens por esta via, só no último ano.
“A aprendizagem online assume-se hoje como uma solução incontornável para quem deseja aprender ao longo da vida. O seu rápido crescimento em termos de diversificação de ofertas educativas e de alunos matriculados comprova-o. Milhões de indivíduos pelo mundo inteiro (e em Portugal) encontram na aprendizagem online uma opção flexível, adaptável, abrangente nos temas e acessível a todos“, sublinha a fundação que, perante este cenário, decidiu lançar um guia para aprender online com “informação útil” sobre estas ferramentas.
“Um dos dados evidenciados por este guia é o franco crescimento do ensino online, que representa um mercado global de 332 mil milhões de dólares e estimativas apontam para que venha a valer mais do dobro em 2030 (687 mil milhões)”, destaca a Fundação José Neves.
No que diz respeito especificamente a Portugal, cerca de um em cada três cidadãos dos 16 aos 74 anos (33%) aprendeu online em 2022, observa a fundação.
E essa percentagem é ainda mais expressiva se considerarmos apenas os mais jovens: entre os indivíduos dos 16 aos 24 anos, 59% fiz aprendizagens pela via virtual no último ano. “Portugal tem acompanhado esta tendência e está mesmo acima da média da União Europeia“, analisa, assim, a fundação.
O guia publicado esta manhã revela também que o desenvolvimento profissional é a principal motivação para aprender online e indica que, segundo a Coursera, a maior plataforma internacional de aprendizagem virtual, 48% dos que frequentaram cursos de especialização profissional identificam melhorias no seu desempenho profissional. Já 22% reportam melhorias salariais, assim como benefícios também no plano pessoal.
Quanto às recomendações presentes no referido guia, a fundação destaca sete pontos: explorar a aprendizagem online, investir no desenvolvimento pessoal e profissional, não hesitar e experimentar, arriscar aprender algo novo, abraçar o futuro, informar-se bem e nunca perder a vontade de aprender.
Além disso, apresenta uma lista não exaustiva de exemplos das tipologias de cursos disponíveis. O guia pode ser consultado na íntegra aqui.
“É hoje um dado adquirido que a aprendizagem contínua ao longo da vida vai cada vez mais fazer parte das nossas vidas, permitindo-nos adquirir as competências e as ferramentas para responder aos desafios que o mercado profissional nos coloca. A formação online disponibiliza um mundo de oportunidades para que cada um de nós possa fazer uma atualização de conhecimentos ou obter especializações que nos permitam dar um passo em frente ao nível profissional, mas também no pessoal”, assinala Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves.
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