OE2024 “injeta dinheiro e vai mais longe que os anteriores”, diz Marcelo
Presidente da República considera que o Orçamento do Estado apresentado é "o esperado". Conta com as injeções de dinheiro para estimular a procura interna, numa altura de quebra nas exportações, diz.
O Presidente da República considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2024, entregue pelo Governo no Parlamento esta terça-feira, “injeta dinheiro e vai mais longe que os anteriores”, mas com um “pé atrás por causa da situação internacional”. Marcelo Rebelo de Sousa diz que, tendo em conta o abrandamento esperado nos principais parceiros comerciais, era o Orçamento “esperado”.
“É um Orçamento esperado porque não conta com aumento das exportações, do investimento privado significativo, não conta com um aumento do crescimento”, nota o Presidente, em declarações transmitidas pelas televisões. Assim, o “Orçamento injeta dinheiro tentando fazer subir a procura interna, para equilibrar aquilo que deixa de ser recebido do exterior”.
O Governo prevê um crescimento de 2,2% este ano, que desacelera para 1,5% em 2024. Marcelo salienta que perante este cenário, a par com o abrandamento na Europa, a estratégia que o Executivo escolheu é “porventura a única possível: só havia uma maneira de aguentar a quebra nas receitas das exportações, do investimento direto, do turismo”, que continua a crescer mas não tanto, nota.
Questionado sobre se as medidas poderiam ter ido mais longe, o Presidente diz que “é uma questão de escolha”. “Se tivéssemos a certeza sobre como corre o mundo e a Europa podíamos ir mais longe”, mas na incerteza seria “um grande risco ir mais longe na injeção de dinheiro”, considera.
Já sobre a redução de IRS, o chefe de Estado defende que é um “passo importante para a orientação dos governos anteriores”, salientando que “é a primeira vez que com a atual liderança há passos mais afoitos em termos de escalões de IRS, mas também há defesa, com cuidado para não correr muitos riscos”. Isto numa altura em que o Governo também “está a contar com carga fiscal enorme para o ano que vem e enormes receitas fiscais”, ressalva.
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