Bankinter lucrou 684,7 milhões até setembro. Portugal contribui com 136 milhões

Portugal teve um resultado antes de impostos de 136 milhões, um aumento homólogo de 154%. Indicadores no mercado português são melhores do que no conjunto do grupo, diz Bankinter.

O espanhol Bankinter teve lucros de 684,7 milhões de euros até setembro, um aumento de 59,2% em termos homólogos, anunciou esta quinta-feira a entidade. Em comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), a instituição revela que em Portugal teve um resultado antes do pagamento de impostos de 136 milhões, ou seja, um aumento de 154% comparando com o mesmo período de 2022.

“No caso de Portugal, a boa evolução do negócio é muito assinalável em todas as rubricas da sua conta de resultados”, destacou o Bankinter, em comunicado, segundo o qual os resultados e indicadores no mercado português são genericamente melhores do que no conjunto do grupo. Em Portugal, a margem de juros cresceu 109% e a margem bruta aumentou 73%.

A carteira de crédito em Portugal, até setembro, totalizou 8,7 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 13%, e o rácio de morosidade (atrasos ou não pagamento das prestações dos empréstimos) foi de 1,3%. O crédito concedido pelo banco em Portugal a privados foi de 6,1 mil milhões de euros, sendo o restante empréstimos a empresas.

Pela primeira vez, o Bankinter superou, nos primeiros nove meses do ano, os mil milhões de euros em resultados antes de pagar impostos (1003,6 milhões de euros). O banco, liderado por María Dolores Dancausa, atribui este desempenho a uma “maior atividade comercial” e às taxas de juro mais elevadas.

A margem de juros aumentou 53,8% até setembro, para 1.639 milhões, e a margem bruta (que inclui todas as receitas) cresceu 32%, superando os dois mil milhões de euros, incluindo 459 milhões em comissões liquidas.

Ao nível do crédito, no total do grupo, “a menor atividade atual do mercado imobiliário e a consequente menor atividade hipotecária, motivadas pela subida das taxas de juro”, traduziram-se numa diminuição da concessão de novos empréstimos para habitação, que ascenderam a 4.300 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 17% do que em 2022. O total de crédito à habitação concedido pelo grupo Bankinter no final de setembro foi de 34,5 mil milhões de euros, mais 3,2% do que há um ano. E a carteira de crédito global foi de 74.879,2 milhões (mais 2,8% em termos homólogos), com o crescimento em Espanha a ser inferior, de 0,7%.

O rácio de morosidade no grupo situou-se em 2,2%, nove pontos base acima do que acontecia há um ano, mas ainda abaixo da média de 3,5% no setor em Espanha em julho.

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