Borrell pede pausa e diz que situação em Gaza viola direito internacional
O alto-representante da União Europeia para os Assuntos Externos, Josep Borrell, considerou que é "urgentemente" necessária uma "pausa nas hostilidades" entre Israel e Hamas.
O alto-representante da União Europeia (UE) para os Assuntos Externos, Josep Borrell, considerou que é “urgentemente” necessária uma “pausa nas hostilidades” entre Israel e Hamas e que a situação em Gaza “vai contra o direito internacional humanitário”.
“É necessária urgentemente uma pausa nas hostilidades para permitir o acesso humanitário”, escreveu Borrell na sua conta na rede social X (ex-Twitter), citado pela agência Efe.
O responsável europeu acrescentou que Gaza vive “um completo ‘apagão’ e isolamento, enquanto continuam os intensos bombardeamentos” de Israel.
“A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente adverte sobre a desesperada situação dos habitantes de Gaza, sem eletricidade, alimentos e água. Morreram demasiados civis, incluindo crianças. Isto vai contra o direito internacional humanitário”, declarou o chefe da diplomacia da UE.
Josep Borrell sublinhou que a UE “condena todos os ataques contra civis, incluindo os contínuos ataques indiscriminados com ‘rockets’ contra Israel”, pedindo “a libertação imediata e incondicional de todos os reféns sequestrados pelo grupo islamita Hamas.
Os chefes de Estado e do Governo da União Europeia pediram na quinta-feira, em Bruxelas, “corredores humanitários e pausas humanitárias” para que chegue ajuda à Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa de Israel disse hoje que “o solo tremeu em Gaza” e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.
“Passamos para a próxima etapa da guerra”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.
“Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (…) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso.”
As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, sobretudo civis, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
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