Exército israelita indica ataque a mais de 450 alvos do Hamas nas últimas 24 horas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se alarmado com a situação “cada vez mais desesperada” na Faixa de Gaza, lamentando que Israel tenha “intensificado as suas operações militares".
O Exército israelita anunciou este domingo ter atacado mais de 450 alvos militares do grupo islamita palestiniano Hamas em toda a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas. Num comunicado divulgado nas redes sociais, as forças armadas de Israel indicaram que entre os alvos atacados estavam quartéis do Hamas, postos de observação e posições de tiro antitanque dos movimento Hamas.
O Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.
Israel começou a bombardear várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, mostrou-se alarmado com a situação “cada vez mais desesperada” na Faixa de Gaza, lamentando que Israel tenha “intensificado as suas operações militares” na região.
“A situação em Gaza está a tornar-se mais desesperada a cada hora que passa. Lamento que, em vez de uma pausa humanitária extremamente necessária, apoiada pela comunidade internacional, Israel tenha intensificado as suas operações militares”, disse Guterres durante uma visita a Katmandu, a capital do Nepal.
Entretanto, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) afirmou que milhares de pessoas invadiram os seus armazéns em Gaza para levar alimentos e outros artigos essenciais, escreve a agência de notícias Associated Press (AP).
Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza, disse no domingo que a invasão foi “um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a colapsar”, após três semanas de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A UNRWA fornece serviços básicos a centenas de milhares de pessoas em Gaza. As suas escolas espalhadas pelo território foram transformadas em abrigos que estão lotados com palestinianos deslocados pelo conflito.
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