Taxa de desemprego aumenta ligeiramente para 6,5% em setembro
Desemprego aumentou ligeiramente e emprego recuou também de forma pouco expressiva. Do mesmo modo, a subutilização do trabalho pouco se alterou entre agosto e setembro.
A taxa de desemprego aumentou ligeiramente em setembro, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Fixou-se em 6,5%, o que significa que subiu 0,1 pontos percentuais (p.p.). Já a taxa de emprego recuou, mas a variação foi também pouco expressiva.
“A taxa de desemprego, que se situou em 6,5%, registou um valor superior ao de agosto, ao de junho de 2023 (0,1 p.p. em ambos os casos) e ao de setembro de 2022 (0,4 p.p.)”, informou esta manhã o gabinete de estatísticas.
Apesar da inflação, da subida das taxas de juro e dos efeitos da guerra em curso no leste europeu, o mercado de trabalho tem mostrado resiliência. Assim, há vários meses que a taxa de desemprego estava estacionada em 6,4% e a subida registada em setembro foi pouco expressiva.
No total, no nono mês do ano, havia 346 mil pessoas desempregadas em Portugal, mais 2,2% do que no mês anterior e mais 7,5% do que há um ano, detalha o INE.
Por outro lado, a taxa de emprego fixou-se em 64,3%, inferior à registada em agosto em 0,1 p.p., revela o destaque publicado pelo gabinete de estatísticas. No total, Portugal contava em setembro com 4.943,7 mil pessoas empregadas, menos 0,1% do que no mês anterior, mas mais 1,2% do que há um ano.
Em reação a estes números, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, assegurou que o Governo acompanha os números do desemprego, mas frisou que está em causa “uma taxa de emprego sem paralelo nos últimos anos“.
Com esta trajetória do emprego e do desemprego, a população ativa “manteve-se praticamente inalterada em relação a agosto de 2023“, salienta o INE. “A manutenção da população ativa resultou do equilíbrio entre o acréscimo da população desempregada (7,3 mil) e o decréscimo da população empregada (6,4 mil)”, explica o gabinete de estatísticas.
Já face ao período homólogo, a população ativa cresceu 1,6% para 5.287,3 mil indivíduos. “Resultou do acréscimo tanto da população empregada (59,5 mil) como da população desempregada (24,0 mil)”, é realçado na nota divulgada esta manhã.
Em cadeia, também a população inativa “manteve-se praticamente inalterada” em setembro face ao mês anterior. Já em comparação com o ano anterior, encolheu 2,1% para 2.402,5 mi indivíduos.
O INE acrescenta que a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,7%, “valor idêntico ao mês anterior, mas superior ao de setembro de 2022 (0,3 p.p.)”.
(Notícia atualizada às 15h00 com declarações de Mariana Vieira da Silva)
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