Startup de hortas verticais Raiz à procura de novo espaço para se instalar

Até ao final do ano, a startup tem de sair do atual espaço na zona do Beato. Estimam impacto de "milhares de euros" na operação.

A Raiz está à procura de um novo espaço para instalar as suas hortas verticais. A startup estava até aqui instalada na associação cultural Arroz Estúdios, no Beato, em vias de perder o espaço que ocupava desde 2019. Tem até o final do ano para encontrar uma nova localização.

“A situação no Arroz Estúdios tem-nos obrigado a procurar, o mais rápido possível, um novo espaço para implantar a horta. Tanto a Mīrārī (associação cultural) como a FCUL têm dado uma resposta inicial positiva ao traslado, pelo que estamos em conversas para esclarecer com qual iremos avançar”, adianta Emiliano Gutiérrez, CEO e cofundador da Raiz, ao ECO.

“Em paralelo, estamos à procura de novos espaços para novas hortas verticais dentro da cidade, uma vez que a horta que está no Arroz Estúdios é a nossa horta protótipo, na qual temos feito uma série de melhorias e automatizações que nos deixam no ponto ideal para começar a expansão local e nacional”, continua o responsável.

Na horta vertical do Beato, pode encontrar-se uma seleção de ervas aromáticas e vegetais, que fornecem cinco restaurantes lisboetas com produtos frescos e vários particulares — através do seu parceiro de entrega, a Yoob — ocupando o espaço equivalente a dois contentores marítimos, o suficiente para produzir 9.600 plantas por ano, segundo os dados da empresa.

Mudança tem impacto de “milhares de euros”

A necessidade de sair do atual espaço ocupado pela Arroz Estúdios — associação cultural que acolhia cerca de 85 artistas no espaço com 1.500 metros quadrados que arrendava nos últimos quatro anos — pode ter um impacto de “vários milhares de euros” na operação da Raiz.

“Para o nosso negócio, o impacto é de vários milhares de euros, que terão de ser gastos para conseguirmos trasladar a horta, além da perda de, pelo menos, um mês de produção e eventos, que, pela complexidade da operação logística, não poderão acontecer”, explica o cofundador.

Millz Forneria, Nonna Goes Crazy, Clube de Video, Pastaria e a Uaipi são alguns dos restaurantes de média dimensão em Lisboa que a Raiz é fornecedora de produtos frescos.

“A nossa equipa é diversificada, composta por membros com experiência em agricultura, tecnologia e negócios. Empregamos duas pessoas a tempo parcial (administração e marketing) e cinco pessoas a tempo inteiro (head grower, chefe de operações, diretor, chefe de desenho e engenheiro informático)”, refere Emiliano Gutiérrez.

Emiliano Gutiérrez, CEO e cofundador da Raiz

O cofundador não adianta valores de faturação. “Estamos a progredir conforme o planeado para atingir as nossas metas de receita à medida que expandimos as operações. A Raiz é uma startup ainda nova, com planos ambiciosos de crescimento nos próximos anos, que visa criar uma rede de hortas verticais e fornecer tecnologia (hardware e software) para a transição da agricultura e para a transição ecológica do país“, diz apenas.

Uma horta vertical permite economizar até 90% menos água, terra e 50% menos fertilizantes e nenhum pesticida, já que está mais protegida de pragas, segundo os dados da empresa. Os alimentos podem ser cultivados à medida, reduzindo o desperdício alimentar e a peugada ecológica do transporte dos alimentos.

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