Pequim pede à UE ambiente de negócios “justo, transparente, estável e previsível” para as empresas chinesas

  • Lusa
  • 15 Novembro 2023

Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês diz esperar que "a parte europeia ouça atentamente as sugestões razoáveis das empresas chinesas e satisfaça as suas exigências legítimas".

A China instou esta quarta-feira a União Europeia (UE) a ouvir as sugestões das empresas chinesas que operam no bloco e a oferecer-lhes um ambiente de negócios “justo, transparente, estável e previsível”.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, referiu um relatório da Câmara de Comércio Chinesa na UE, que analisa o desenvolvimento das empresas chinesas no mercado europeu e propõe uma série de medidas para melhorar a sua situação.

Ela enfatizou as preocupações das empresas chinesas, incluindo a tendência da UE para “politizar” questões económicas e comerciais, o impacto da política de redução de riscos (derisking) do bloco, os “obstáculos à cooperação científica” e a “falta de eficiência e comunicação” no ambiente empresarial.

“As empresas chinesas estão a manter um crescimento sólido na Europa e a contribuir para a recuperação e transformação do continente com os seus projetos em áreas como o ambiente, economia digital, inovação e cooperação sustentável”, frisou.

A porta-voz sublinhou que as empresas do país asiático “assumem a sua responsabilidade social” e “promovem o emprego e o bem-estar local”, tornando-se “partes interessadas importantes” na UE. A China e a UE são “forças importantes” na construção de uma “economia mundial aberta” e ambas as partes devem “manter a direção certa da globalização económica, facilitar o comércio livre e o investimento, reduzir e evitar a criação de novas barreiras”, frisou.

“Esperamos que a parte europeia ouça atentamente as sugestões razoáveis das empresas chinesas e satisfaça as suas exigências legítimas”, disse.

A UE tem procurado, nos últimos anos, minimizar os riscos nos seus laços com a China, o seu maior parceiro comercial, bem como a sua excessiva dependência, depois de as relações entre as duas partes terem sido afetadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que Pequim evitou condenar, ou pela investigação recentemente anunciada por Bruxelas sobre os subsídios chineses atribuídos aos fabricantes de veículos eléctricos.

O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, afirmou na semana passada, em Pequim, que a China e a UE estão a trabalhar para realizar uma cimeira, a primeira do género em quatro anos, nos dias 7 e 8 de dezembro.

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