Clima económico diminui mas consumo privado acelera em setembro
Atividade económica na produção abrandou, mas na perspetiva da despesa registou um aumento que se deveu à aceleração do consumo privado.
As empresas estão a ressentir-se neste ambiente de abrandamento económico, mas o consumo privado acelerou em setembro, de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta segunda-feira. Nesse mês, a atividade económica desacelerou na construção e nos serviços e diminuiu na indústria.
Já o indicador de clima económico, que “sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu entre julho e outubro“, revela o INE.
Olhando para os vários setores, os indicadores de curto prazo disponíveis para setembro mostram que, em termos homólogos, registou-se uma desaceleração em volume da construção e nominal dos serviços e diminuições na indústria.
“Em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 10,3% em setembro (variação de -5,6% no mês anterior)”, avança o INE, enquanto nos serviços cresceu apenas 0,1%, abrandando face aos 1,3% registados no mês anterior. Já o “índice de produção na construção abrandou para uma variação homóloga de 4,5% em setembro, após ter aumentado 5,3% no mês precedente”.
No turismo, apenas as dormidas de residentes caíram — 2,2% em termos homólogos — enquanto as estadias dos estrangeiros aumentaram em setembro.
Mesmo neste contexto de abrandamento das empresas, “o indicador quantitativo de consumo privado acelerou em setembro, após ter desacelerado em julho e agosto”, nota o gabinete de estatísticas. Aumentou o “contributo positivo da componente de consumo corrente“, enquanto a componente de consumo duradouro pesou menos.
Enquanto isso, “o indicador de confiança dos Consumidores diminuiu entre agosto e outubro, após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022″.
O investimento recuou também em setembro, depois de cinco meses a subir. “A evolução do indicador, em setembro, resultou da diminuição do contributo positivo da componente de material de transporte”, sendo de recordar que a Autoeuropa esteve parada durante grande parte desse mês.
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