Carneiro quer reforçar acordos com IPSS e misericórdias para aumentar consultas e cirurgias
José Luís Carneiro disse também que "em seis meses há condições para fazer regressar a casa 300 idosos que hoje estão nos hospitais por não terem uma retaguarda social de apoio".
O candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro propôs esta segunda-feira o reforço da contratualização com instituições de solidariedade social e misericórdias, por forma a aumentar consultas, cirurgias e exames.
Em declarações aos jornalistas, o socialista apresentou algumas das suas propostas, entre as quais “capacidade para contratualizar com as instituições particulares de solidariedade social e com as misericórdias portuguesas uma capacidade de reforço em 50% para aumentar as consultas médicas, aumentar as cirurgias e aumentar os exames de diagnóstico”.
O candidato à liderança dos socialistas falava aos jornalistas junto a um hotel em Lisboa, antes de um almoço de apoio com os apoiantes Maria de Belém, Vera Jardim, Marçal Grilo e Germano de Sousa. José Luís Carneiro disse também que “em seis meses há condições para fazer regressar a casa 300 idosos que hoje estão nos hospitais por não terem uma retaguarda social de apoio, de acolhimento e de ignificação da sua velhice”.
O socialista propôs igualmente incluir na rede de cuidados continuados “respostas em termos de saúde mental e das demências”. “Hoje, as famílias portuguesas vivem muito este problema de não terem capacidade para poderem acompanhar estes cidadãos que entram num processo de grande fragilização pessoal”, referiu.
Outra proposta, que José Luís Carneiro disse ainda carecer de diálogo com a Conferência Episcopal Portuguesa, prende-se com a utilização das instalações das dioceses para “acolhimento e de acompanhamento” de pessoas em situação de sem-abrigo.
“Nos grandes centros urbanos está a sentir-se uma necessidade muito grande, porque todas as semanas parecem novos sem-abrigo por razões e diversas e por causas diversas”, sustentou. “São compromissos para melhorar a vida das pessoas, porque julgo que se há algo que valha a pena na vida política é nó termos propostas para contribuir para a melhoria da vida das pessoas”, defendeu.
O também ministro da Administração Interna indicou que assumiu estes compromissos no domingo com os presidentes da União das Misericórdias Portuguesas e da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade. O candidato não prestou mais esclarecimentos sobre as propostas, tendo recusado responder às perguntas dos jornalistas.
Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.
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