Lucros da Greenvolt caem 64,7% até setembro
As receitas totais cresceram 45,9%, apesar da quebra no negócio da biomassa. Após "reflexão estratégica", empresa decidiu descontinuar operações nos EUA e Espanha.
A Greenvolt registou lucros de 5,9 milhões de euros nos primeiro nove meses do ano, menos 64,7% que os obtidos em período homólogo. Segundo comunicado ao mercado, divulgado esta terça-feira, a empresa liderada por João Manso Neto destaca o aumento das receitas totais de 45,9%, à boleia “do forte crescimento do segmento de utility scale e da geração distribuída” que mais do que compensou “a quebra registada no negócio da biomassa”.
O EBITDA caiu 3,3% para os 76,9 milhões de euros até setembro, face ao período homólogo, também afetado pela “diferença no nível de preços de eletricidade praticados no Reino Unido”, que está a ter um impacto negativo no segmento da biomassa. Ainda assim, a Greenvolt conseguiu minimizar as perdas com a concretização de transações de ativos na Polónia.
Já os resultados financeiros passaram para 29,9 milhões negativos no final dos primeiros nove meses do ano, “fruto do aumento do stock de dívida impulsionado pelos investimentos em curso e pelo incremento do custo médio da mesma para 4,6%”.
A Greenvolt indica ainda que a sua situação financeira permanece “robusta”, com “71% da dívida a taxa fixa, e um aumento da posição integrada de liquidez” face ao primeiro semestre do ano. A empresa tem ainda “mais de 250 milhões de euros por utilizar em linhas para emissão de garantias”.
A empresa de energia pretende reforçar o “plano de negócios e a confiança nos objetivos definidos”, entre os quais está a venda de ativos de 200 megawatts (MW) este ano. No terceiro trimestre, a Greenvolt reconhece que fez uma “reflexão estratégica” sobre as suas participações e, a partir de 30 de setembro, decidiu descontinuar algumas operações – como a Oak Creek, uma parceria nos EUA, após uma decisão de divisão de ativos, e a venda da participação na Perfecta Energia no mercado espanhol.
“A Greenvolt está já presente em nove geografias europeias no segmento da Geração Distribuída: Portugal, Espanha, Polónia, Grécia, Itália, Roménia, França, Irlanda e Alemanha, onde temos um objetivo claro: queremos continuar a desenvolver uma plataforma pan-europeia para o autoconsumo”, indica o CEO da Greenvolt, citado no comunicado.
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