Vagas de emprego caem 13%. Algarve regista o maior recuo
É em Lisboa que se regista o maior número de vagas de emprego. Quanto ao setor, comércio por grosso lidera oportunidades de trabalho, ainda que sejam menos do que há um ano.
Há cerca de 53 mil empregos vagos em Portugal, menos 12,9% do que há um ano, de acordo com os dados divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho. Entre as várias regiões do país, o Algarve destaca-se ao registar o maior recuo das oportunidades de trabalho.
“No terceiro trimestre de 2023, o número de empregos vagos foi de 53.686, representando um decréscimo homólogo de 12,9%“, lê-se na nota estatística.
Os dados do GEP permitem ainda perceber que a taxa relativa às vagas de trabalho — isto é, a fatia de oportunidades de emprego no total de postos de trabalho que compõem o mercado de trabalho — recuou, em termos homólogos, 0,3 pontos percentuais para 1,4%.
Mas o decréscimo das vagas de emprego não foi igual em todas as regiões do país. Por exemplo, no Norte, a quebra homóloga foi de 5,5% enquanto no Centro foi de 11,6% e em Lisboa foi de 21,48%. Já no Alentejo até houve uma subida das oportunidades de emprego, de 7,45%, no terceiro trimestre.
Contas feitas, o Algarve, com um recuo de 27,4% dos empregos vagos, destaca-se ao registar a maior diminuição desse indicador em todo o país. E as regiões autónomas merecem realce ao verificarem o maior aumento (40,7%).
Com estas variações, importa notar que, neste momento, é em Lisboa que se regista o maior número de empregos livres: 21.497. Seguem-se o Norte (17.114) e o Centro (8.702).
Já o Algarve é a região com menos oportunidades laborais (1.915), sendo que há um ano eram as regiões autónomas que ocupam a base da tabela (hoje estão em antepenúltimo lugar).
Empregos vagos diminuem especialmente nas PME
Tanto nas grandes empresas como nas mais pequenas, hoje há menos empregos vagos do que há um ano. Mas essa quebra foi especialmente acentuada entre as pequenas e médias empresas (PME).
Vamos por partes. De acordo com a nota divulgada pelo GEP, no terceiro trimestre, havia 11.513 oportunidades de trabalho nas microempresas, 26.052 nas PME e 15.050 nas grandes empresas.
Ou seja, em termos absolutos, é nas PME que se regista o maior número de vagas (o que não surpreende, tendo em conta que dominam o tecido empresarial português). Mas face ao verificado no terceiro trimestre de 2022, houve uma quebra de 19,9% nessas oportunidades. Em comparação, nas microempresas o recuo foi de 5% e nas grandes empresas foi de 7%.
Por outro lado, quanto aos setores com mais empregos disponíveis, é o comércio por grosso, a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e alojamento e restauração que se destaca, ao ter 19.543 oportunidades de trabalho. Ainda no topo da tabela estão as atividades administrativas (com 8.980 empregos vagos) e as indústrias extrativas (com 8.489 empregos vagos).
Estes dados são conhecidos numa altura em que o desemprego tem aumentado. Ainda assim, o Governo e os especialistas não dão sinais de alarme.
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