Avaliação bancária das casas recua pelo segundo mês
Valor das casas atribuído pelos bancos nos pedidos de crédito para compra de habitação voltou seis euros em novembro, atingindo os 1.530 euros por metro quadrado.
O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder empréstimos para a aquisição de habitação voltou a cair em novembro pelo segundo mês seguido, recuando seis euros para 1.530 por metro quadrado, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação. Desde 2014 que se mantém em tendência de subida, mas dá agora sinais de enfraquecimento depois de ter recuado também em outubro, aliviando do recorde atingindo no mês anterior. Há nove anos, precisamente, que não recuava dois meses seguidos, mostram os dados do INE.
Esta evolução surge numa altura em que as taxas de juro do crédito da casa mais altas em mais de uma década começa a atingir cada vez mais famílias, o que estará a ajudar a travar os preços da habitação. O terceiro trimestre registou um abrandamento dos preços das casas para 7,6%, com as vendas a cederem quase 20%.
Com estes valores, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 153.000 euros em termos médios nacionais (e por referência) — existindo diferenças de valores de região para região e também por tipologia de habitação.
O valor atribuído pelos bancos acompanha a valorização das casas nas transações nos últimos anos. Geralmente, os bancos atribuem avaliações acima do preço a que as habitações são efetivamente vendidas.
O INE revela que o número de avaliações bancárias consideradas subiu pelo terceiro mês seguido, situando-se em cerca de 29,2 mil, o que representa um aumento de quase 15% em relação ao mesmo mês de 2022.
Avaliação bancária das casas perde força
Fonte: INE
Algarve com quebra de 44 euros
Enquanto Norte (+4 euros), Centro (+5 euros) e Alentejo (+9 euros) contrariaram a tendência nacional e registaram subidas na avaliação média bancária, o Algarve foi a região onde se registou a maior quebra: -44 euros para 2.065 euros por metro quadrado. Há quatro meses que a região algarvia verifica uma queda no valor das casas atribuído pelos bancos, sendo que registou em novembro a queda mais expressiva desde outubro de 2014.
Na Área Metropolitana de Lisboa a queda foi de 11 euros para 2.022 euros por metro quadrado, sendo que também cedeu pelo terceiro mês seguido. Na Madeira estabilizou.
Por tipologia de habitação, a avaliação média bancária das moradias no país caiu um euro para 1.199 euros por metro quadrado, e dos apartamentos recuou cinco euros para 1.696 euros por metro quadrado.
(Notícia atualizada às 11h42)
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