Gazprom vai aumentar fornecimento de gás à China e Ásia Central
Só este ano Moscovo vai entregar mais de 22.500 milhões de metros cúbicos daquele combustível à China, valor que supera o estimado no contrato entre os dois países.
O consórcio estatal Gazprom anunciou esta quinta-feira planos para aumentar o fornecimento de gás natural à China e aos países da Ásia Central nos próximos anos. Segundo o diretor da empresa de gás, Alexei Miller, só este ano Moscovo vai entregar mais de 22.500 milhões de metros cúbicos daquele combustível à China, valor que supera o estimado no contrato entre os dois países, avançou a agência de notícias russa TASS.
“O volume de fornecimentos à China em 2023 vai ultrapassar os 22.500 milhões de metros cúbicos, sendo as nossas obrigações contratuais de 22.000 milhões”, afirmou o responsável, durante uma reunião sobre os resultados do trabalho da gigante russa do gás este ano. O gestor está também confiante que a empresa vai fornecer à China 38.000 milhões de metros cúbicos de gás em 2025, conforme estipulado no respetivo contrato.
Relativamente às relações com os países da Ásia Central, Alexei Miller revelou que em 2024 a Gazprom planeia assinar contratos de 15 anos com o Cazaquistão, Quirguizistão e Uzbequistão. “Os contratos de médio prazo de quinze anos que acordámos com os nossos parceiros no Quirguistão, Cazaquistão e Uzbequistão serão assinados em meados do próximo ano, no Fórum Económico de São Petersburgo e, em 1 de novembro de 2025, terá início o fornecimento confiável e estável, ao abrigo desses acordos”, apontou.
Na opinião de Miller, o crescimento da procura de gás é uma tendência que vai aumentar. “Especialistas dizem que o crescimento da procura de gás vai continuar, com um aumento de 43% em 25 anos”, disse ele. Neste sentido, o responsável garantiu que a indústria russa “está preparada” para satisfazer as necessidades de gás dos seus parceiros.
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