Já foram entregues mais de 2,3 milhões de declarações de IRS

Vários contribuintes já entregaram a declaração de IRS, alguns deles através do preenchimento automático. Prazo decorre até 30 de junho.

A entrega do IRS deste ano, referente aos rendimentos do ano passado, arrancou a 1 de abril e desde aí já mais de 2,3 milhões de contribuintes entregaram a declaração à Autoridade Tributária. O prazo prolonga-se até 30 de junho.

Segundo os dados disponíveis no Portal das Finanças esta terça-feira de manhã, já foram submetidas 2.311.718 declarações de IRS. Passaram 18 dias desde que abriu o prazo, pelo que foram entregues em média cerca de 128 mil declarações por dia.

Apesar de muitos contabilistas recomendarem não entregar logo no primeiro dia, devido a alguns erros que podem ocorrer, são muitos os que decidem avançar com a declaração para obter o reembolso mais rápido. Os primeiros reembolsos começaram a chegar à conta dos contribuintes a 13 de abril, na semana seguinte àquela em que teve início a campanha de IRS de 2022.

Há também várias pessoas com acesso à declaração pré-preenchida, pelo que o processo acaba por se tornar mais rápido. Até dia 12 deste mês, quase metade das declarações (46%) tinham sido submetidas através do IRS automático, de acordo com as Finanças.

É de recordar que os contribuintes podem escolher consignar 0,5% do IRS a uma instituição ou associação, sem custos. Poderá também doar uma parte do IVA, correspondente ao benefício fiscal previsto por ter pedido fatura em certos setores, que é assim abdicado.

A entrega do IRS decorre até 30 de junho e é feita online, mas os contribuintes podem recorrer aos vários canais de atendimento da AT, como o e-balcão ou o Centro de Atendimento Telefónico da AT, ou recorrer ao atendimento presencial nos Serviços de Finanças, com agendamento prévio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

G7 promete fazer pagar “preço alto” aos países que apoiam Rússia

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

"Não pode haver impunidade para crimes de guerra e outras atrocidades tais como os ataques da Rússia contra civis e infraestruturas civis críticas", disseram os chefes de diplomacia do G7.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 prometeram esta terça-feira que os países fornecedores de assistência à Rússia, no âmbito da guerra na Ucrânia, vão pagar “um preço alto”.

A declaração dos chefes da diplomacia do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), divulgada no final de uma reunião, em Karuizawa, no Japão, apontou também para o reforço da aplicação das sanções em vigor contra a Rússia.

“Não pode haver impunidade para crimes de guerra e outras atrocidades tais como os ataques da Rússia contra civis e infraestruturas civis críticas”, disseram.

Os ministros concordaram em continuar a dar o máximo apoio à Ucrânia e consideraram “inaceitável” o anúncio de Moscovo da intenção de enviar armas nucleares para a Bielorrússia, de acordo com o documento.

O Japão foi o país anfitrião da reunião por exercer a presidência rotativa do G7, de que faz parte juntamente com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido. A UE também participa no G7.

Esta reunião ministerial deverá preparar uma cimeira de líderes do G7, em maio, em Hiroshima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investimento no SNS permitiu retorno de 7,8 mil milhões para a economia

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

Os cuidados prestados no SNS permitiram ainda evitar 9,9 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 4,5 mil milhões de euros.

O investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2022 permitiu um retorno de 7,8 mil milhões de euros para a economia, graças ao impacto dos cuidados de saúde no absentismo e na produtividade, conclui um estudo divulgado esta terça-feira.

Segundo os dados do Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS) e que é apresentado esta terça-feira no Centro Cultural de Belém (Lisboa), este retorno foi superior (mais 300 milhões) ao valor apurado em 2021 (7,5 mil milhões).

“Continuamos a ter um retorno muito significativo. Estimamos que o SNS, no ano 2022, por cada utilizador do sistema, tenha poupado 1,6 dias em absentismo e (…) o equivalente a 10 dias de trabalho em perda de produtividade”, explicou à Lusa o coordenador do estudo, Pedro Simões Coelho.

Estimamos que o SNS, no ano 2022, por cada utilizador do sistema, tenha poupado 1,6 dias em absentismo e (…) o equivalente a 10 dias de trabalho em perda de produtividade.

Pedro Simões Coelho

Coordenador do estudo

De acordo com os dados do estudo, mais de metade dos portugueses faltou pelo menos um dia ao trabalho em 2022 por motivos de saúde e 6% faltaram mais de 20 dias. No entanto, a prestação de cuidados de saúde pelo SNS permitiu evitar uma ausência laboral equivalente a 1,6 dias, representando uma poupança de 700 milhões euros.

Os cuidados prestados no SNS permitiram ainda evitar 9,9 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 4,5 mil milhões de euros.

No total, somando o impacto no absentismo e na produtividade, o SNS permitiu uma poupança global de 5,2 mil milhões de euros por via dos salários.

Considerando o impacto da poupança por via dos salários e a relação entre produtividade/remuneração (valor referência do INE), o estudo conclui que os cuidados prestados pelo SNS permitiram um retorno para a economia de 7,8 mil milhões de euros.

Pedro Simões Coelho fala de uma “mudança significativa” em 2022 no equilíbrio do contributo que o SNS dá para o absentismo e para a produtividade e explica: “Nos anos de 2020 e 2021, o absentismo tinha sido muito significativo, provavelmente associado ao facto de serem anos de pandemia, e no ano 2022 há uma redução significativa do absentismo”.

“Já no caso da produtividade não é assim e o contributo do SNS até é superior ao dos anos anteriores”, acrescenta.

A este respeito, aponta ainda um outro fenómeno, relacionado com a mudança de paradigma trazida por uma diferente organização do trabalho após a pandemia: “Há muita gente que [agora] trabalha ou pode trabalhar em teletrabalho, o que significa que há muitas patologias que antes geravam absentismo e neste momento já não geram (…), porque as pessoas podem trabalhar em casa, mas podem continuar a ter algum impacto na perda de produtividade”.

Até 2019, as pessoas que tinham uma infeção respiratória com alguma severidade, tinham de ficar três ou quatro dias em casa, até por uma questão de evitar o contágio aos colegas. Agora, ficam em casa, mas ficam a trabalhar.

Pedro Simões Coelho

Coordenador do estudo

“Até 2019, as pessoas que tinham uma infeção respiratória com alguma severidade, tinham de ficar três ou quatro dias em casa, até por uma questão de evitar o contágio aos colegas. Agora, ficam em casa, mas ficam a trabalhar. Pode haver uma quebra de produtividade, mas é uma situação completamente diferente”, acrescenta.

O trabalho, desenvolvido pela NOVA-IMS em colaboração com a AbbVie, Diário de Notícias e TSF, conclui que a atividade do sistema em 2022 subiu ligeiramente (2,2%), depois de um aumento significativo de 13,1% em 2021, o ano de recuperação da pandemia. Em 2020 este valor tinha caído 9,8%.

O investigador aponta ainda dois outros “sinais positivos” nos dados recolhidos: a redução do deficit em 3% e da dívida vencida em 8%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmaras querem ter papel nas decisões sobre aeroportos

  • ECO
  • 18 Abril 2023

ANMP defende que em projetos de dimensão nacional, como aeroportos, “deve ser legalmente instituído um mecanismo” de harmonização de interesses entre Estado e municípios.

A proposta de lei do Governo que limita o parecer das câmaras municipais apenas aos eventuais impactes no âmbito territorial e ambiental do concelho e lhes retira o caráter vinculativo no caso de aeroportos está a gerar críticas no seio das autarquias. Num parecer ao diploma do Executivo, citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago), a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) defende desde logo “o princípio de que não se devem alterar as normas legais com processos de decisão a decorrer”.

Para a entidade liderada por Luísa Salgueiro, “face à existência de projetos com dimensão nacional e um caráter estruturante para o país, cuja satisfação e decisão cabem ao Governo”, deve existir “um verdadeiro mecanismo de articulação entre o Estado e os municípios”, que “propicie que o Estado e os municípios articulem as suas políticas e os interesses a proteger – nacionais e locais”.

A Câmara de Lisboa apela à ANMP que “emita um parecer negativo ao projeto de diploma em apreciação, assegurando a autonomia das autoridades locais”. No entender da autarquia da capital, “sempre que o projeto conflituasse com programas ou planos municipais legalmente aprovados pelos órgãos locais, o parecer desfavorável das câmaras municipais deveria manter-se vinculativo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reitores exigem 60 milhões para responder a “rutura” orçamental nas universidades

  • ECO
  • 18 Abril 2023

Reitores querem verba adicional para lidar com os impactos da inflação. Orçamento das universidades começou a ser preparado com previsão da subida de preços mais baixa do que se verificou.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) vai exigir ao Governo um reforço de cerca de 60 milhões de euros nas verbas transferidas para as instituições de ensino superior, de modo a fazer face ao impacto da inflação, segundo avança o Público (acesso condicionado).

Os reitores argumentam que o valor real não foi tido em conta no momento de preparação do Orçamento do Estado de 2023. Segundo o presidente deste organismo, já há instituições “em situação de rutura” e quem já saiba que vai ter “dificuldades em pagar salários” na fase final deste ano, se não houver mais dinheiro.

A dotação orçamental para as instituições de ensino superior, cujo orçamento para 2023 começou a ser preparado em agosto do ano anterior quando a previsão de inflação era de cerca de 3%, foi de cerca de 1.200 milhões de euros. Os reitores das universidades públicas pedem assim uma verba adicional de cerca de 60 milhões de euros.

Em reação a este apelo a ministra do Ensino Superior garantiu que as instituições de ensino superior terão as verbas necessárias para que “nenhuma entre em rutura” nem fiquem salários em causa, embora reconheça que as dificuldades financeiras que atravessam. “Daquilo que estiver do nosso lado, podemos garantir que nenhuma instituição entrará em rutura nem nenhum salário será afetado. Essa situação nunca se irá pôr”, disse à Lusa Elvira Fortunato.

Reconhecemos as dificuldades que as Instituições de Ensino Superior (IES) atravessam com toda esta situação que o mundo vive”, acrescentou a ministra, reagindo à posição do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) que pediu ao Governo um reforço adicional de 5%, ou seja, mais 60 milhões de euros para fazer face ao aumento de despesas.

Notícia atualizada às 11h52 com as declarações da ministra do Ensino Superior

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Goldman Sachs cai 1,65%, Wall Street fecha sem rumo

  • ECO
  • 18 Abril 2023

Ao longo desta terça-feira, 18 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Universidades, câmaras e pedidos de ajuda

  • ECO
  • 18 Abril 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Num dia em que os jornais estão dominados pelo anúncio do aumento das pensões e pela apresentação do Programa de Estabilidade também pode ler que o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas quer um reforço de 60 milhões de euros nas verbas transferidas para as instituições de ensino superior. Os municípios criticam a proposta de lei do Governo que quer limitar o parecer das autarquias apenas aos eventuais impactes no âmbito territorial e ambiental do concelho e lhes retira o caráter vinculativo no caso de aeroportos. E o número de pessoas que recorrem a instituições de caridade aumentou no primeiro trimestre deste ano, apesar do reforço de apoios do Governo.

Reitores exigem 60 milhões para responder a “rutura” orçamental nas universidades

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) vai exigir ao Governo um reforço de cerca de 60 milhões de euros nas verbas transferidas para as instituições de ensino superior, de modo a fazer face ao impacto da inflação, cujo valor real não foi tido em conta no momento de preparação do Orçamento do Estado de 2023. Segundo o presidente deste organismo, já há instituições “em situação de rutura” e quem já saiba que vai ter “dificuldades em pagar salários” na fase final deste ano, se não houver mais dinheiro.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Câmaras querem ter papel nas decisões sobre aeroportos

O fim do poder de veto das autarquias à construção de um aeroporto vai ser discutido esta quarta-feira em plenário na Assembleia da República, com a proposta de lei do Governo a receber críticas dos municípios por limitar o parecer das câmaras municipais apenas aos eventuais impactes no âmbito territorial do concelho e a questões ambientais e lhe retira o caráter vinculativo no caso de aeroportos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo reforça apoios mas pedidos de auxílio aumentam

O Governo decidiu fortalecer as medidas de apoio, mas, mesmo assim, têm vindo a aumentar os pedidos de auxílio. Avançam medidas como o IVA Zero e a atualização intercalar das pensões em julho, mas as instituições sociais veem-se ainda assim a braços com muitos pedidos, que aumentaram no primeiro trimestre deste ano. A maioria dos pedidos é de desempregados com mais de 50 anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Construção nova já em marcha mantém IVA a 6%

Afinal, as obras em áreas de reabilitação urbana com projetos já em curso vão continuar com o IVA reduzido, a 6%, mesmo de construção nova. A medida consta do programa Mais Habitação, enviado ao Parlamento, que prevê também que no futuro apenas as empreitadas de reabilitação de edifícios vão ter a taxa reduzida.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Museu do Desporto fechou mas pode ganhar edifício novo no Jamor

O Museu Nacional do Desporto, no Palácio Foz, nos Restauradores, está fechado para obras desde dezembro. No entanto, poderá ter um edifício novo em breve, no Jamor. O Governo e o Instituto Português do Desporto e da Juventude estão a estudar, com o município de Oeiras, “uma solução permanente que passa pela construção de um novo edificado nos terrenos do Alto da Boa Viagem”, indicou o gabinete de João Paulo Correia ao Diário de Notícias.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pacote de apoios à economia não chega a 1,4% do PIB

As medidas anunciadas pelo Governo para mitigar o efeito da subida do custo de vida têm um custo estimado de 3,3 mil milhões de euros.

António Costa confirmou esta segunda-feira mais uma medida para mitigar o efeito do aumento do custo de vida dos portugueses que, até ao momento, acumula um volume de quase 3,3 mil milhões de euros, cerca de 1,4% do PIB.

De acordo com o primeiro-ministro, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um aumento extraordinário das pensões de 3,57% que será pago a partir de julho até ao final do ano. Nas contas do Orçamento do Estado, a atualização do rendimento dos pensionistas terá um custo estimado de 580 milhões de euros.

Nas contas do Estado, serão também canalizados 580 milhões de euros para apoiar mais de um milhão de famílias em condições financeiras vulneráveis através do pagamento de um apoio de 30 euros por mês ao longo de todo o ano, pago trimestralmente em prestações de 90 euros em abril (referente ao primeiro trimestre), junho, agosto e novembro. Este valor inclui também um apoio adicional por criança ou jovem que beneficie de abono de família, “calculado de forma igual para todos”, através de uma majoração de 15 euros mensais, paga trimestralmente.

Fonte: Eco e Programa de Estabilidade 2023-2027.

Já no campo da habitação, o Governo anunciou o programa “Mais Habitação” para combater a crise habitacional, que foi dotado de um orçamento de cerca de 900 milhões de euros. Deste pacote, cerca de 450 milhões de euros são destinados diretamente a apoiarquem tem crédito à habitação ou viva numa casa arrendada, repartidos da seguinte forma:

  • Casa própria: Bonificar os juros dos contratos de crédito à habitação até 250 mil euros para famílias com uma taxa de esforço acima de 35%, estejam incluídas até ao sexto escalão de IRS e não apresentem poupanças superiores a 62 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), o equivalente a 29.786 euros. O custo estimado para a bonificação dos juros é de 200 milhões de euros.
  • Casa arrendada: Concessão de um subsídio de renda entre 20 e 200 euros para ajudar as famílias com taxas de esforço superiores a 35% com contratos de arrendamento celebrados até 15 de março de 2023 e registados na Autoridade Tributária e Aduaneira. O custo estimado para apoiar a renda é de 250 milhões de euros.

A estas duas medidas somam-se ainda 450 milhões de euros de outros apoios constantes no programa “Mais Habitação”, como sejam os incentivos fiscais ao desenvolvimento de projetos para o arrendamento acessível ou o arrendamento por parte do Estado para subarrendar a agregados da classe média.

Para mitigar a subida do custo de vida das famílias, Governo propôs ainda um apoio de cerca de 410 milhões de euros com a aplicação do “IVA Zero” num conjunto de 44 bens alimentares essenciais, que entrará em vigor esta terça-feira.

No pacote de medidas do Governo há ainda para contabilizar 340 milhões de euros da atualização de 1% dos salários da função pública que, segundo o Plano de Estabilidade 2023-2027, tem um impacto de 10 milhões de euros em sede de IRS, 85 milhões de euros em contribuições sociais e 245 milhões de euros na despesa; e ainda um apoio de 183 milhões de euros para apoiar a produção agrícola.

A fechar o rol de medidas de apoio à economia soma-se ainda uma fatura de 163 milhões de euros da atualização em 15% do subsídio de refeição que fica isento de IRS, passando de 5,2 euros para 6 euros. Esta medida é aplicada tanto para os trabalhadores da Função Pública como do setor privado e, segundo o Plano de Estabilidade 2023-2027 tem um impacto de 42 milhões de euros em sede de IRS e 121 milhões em contribuições sociais. E ainda mais 143 milhões de euros do aumento de 9% do subsídio de refeição mínimo na administração pública para 6 euros.

A este pacote de 3.156 milhões de euros de medidas extraordinárias propostas pelo Governo, que perdurará nos próximos anos, há ainda que contabilizar uma série de outras despesas já inscritas no Orçamento de Estado, como 1.270 milhões de euros de atualização regular das pensões, 200 milhões de euros da reforma do mínimo de existência e 500 milhões de euros da atualização dos escalões e reduções de taxas.

Recorde-se ainda que a este pacote de medidas é somado 6.150 milhões de euros utilizados para apoiar a economia no ano passado, segundo contas do ministro das Finanças.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ikea está a recrutar para o verão. Tem mais de 200 vagas e não só para lojas

A cadeia tem mais de 200 vagas para as cinco lojas, mas também para o centro de apoio ao cliente e escritório nacional. A empresa arrancou com a campanha de employer branding, “Sinto-me em Casa”.

A Ikea está a recrutar para reforçar as suas equipas na época de verão. A cadeia tem mais de 200 vagas para as cinco lojas, mas também para o centro de apoio ao cliente e escritório nacional. A empresa arrancou com a campanha de employer branding, “Sinto-me em Casa”. A “campanha vem reforçar este compromisso e ajudar-nos a mostrar como, para nós, trabalhar na IKEA é muito mais do que um trabalho”, assegura Rita Távora, country talent development manager da Ikea Portugal ao ECO Trabalho.

“Para o verão de 2023 estamos a recrutar para vagas em regime de part-time mas também full-time, com um grande foco nas áreas de Vendas, Apoio ao Cliente, Ikea Food e Logística. São funções cruciais para a experiência do cliente nesta época de pico, mas que também são importantes para os colaboradores ganharem uma experiência relevante dentro da Ikea. Normalmente, existem sempre pessoas que permanecem na Ikea ou que, por exemplo, voltam a ser chamadas para períodos de reforço, como o Natal, por exemplo”, adianta Rita Távora.

Rita Távora, Country Talent Development Manager Ikea Portugal

As mais de duas centenas de vagas são, sobretudo, para as cinco lojas da cadeia sueca – Loulé, Loures, Alfragide, Braga e Matosinhos –, mas também há ofertas para o centro de apoio ao cliente e para o escritório nacional.

Cadeia arranca com campanha de employer branding

A ação de recrutamento surge num momento em que muitas cadeias de retalho optam por reforçar as suas equipas na época estival e será acompanhada por uma campanha de employer branding. Rita Távora explica porquê. “A nossa marca tem uma excelente reputação no mercado, o que ajuda sempre quando queremos contratar os melhores. No entanto, o mercado tem mudado e temos vindo a sentir que precisamos de ser ainda mais assertivos e concretos”, justifica.

A campanha “Sinto-me em Casa” tem como objetivo demonstrar o compromisso da Ikea em construir uma empresa “mais igualitária, diversa e inclusiva, mas também inovadora e preparada para um mundo em transformação”, diz a country talent development manager. “Esta campanha vem reforçar este compromisso e ajudar-nos a mostrar como, para nós, trabalhar na Ikea é muito mais do que um trabalho.”

A nossa marca tem uma excelente reputação no mercado o que ajuda sempre quando queremos contratar os melhores. No entanto, o mercado tem mudado e temos vindo a sentir que precisamos de ser ainda mais assertivos e concretos.

Rita Távora

Country talent development manager da Ikea Portugal

No ano passado, para mitigar impacto da inflação, a empresa anunciou o aumento do salário mínimo de entrada para todos os colaboradores a tempo inteiro, na operação de retalho, de 750 euros para 1.000 euros brutos mensais (14.000 euros anuais) – atualização que se aplica aos colaboradores do Grupo Ingka (que detém a IKEA Portugal, Centro de Apoio ao Cliente e Centros Comerciais Mar Shopping) – e é superior ao Salário Mínimo Nacional (SMN), estipulado por lei em 760 euros para 2023.

“Ao novo salário base de entrada acresce o subsídio de alimentação, que também foi atualizado recentemente (de 4,5 euros) para 6 euros, seguro de saúde, ajuda à parentalidade, o pagamento de bónus se os objetivos do negócio forem atingidos, entre outros benefícios“, elenca a responsável.

A empresa tem ainda medidas de apoio à natalidade como a “Ajuda de Nascimento”, para todos os colaboradores que se tornam pais biológicos ou por adoção, no valor de 760 euros brutos; dando ainda, através do programa “Passa mais tempo com o teu bebé”, a possibilidade de estender a licença parental (biológica ou por adoção) por mais dois meses, para além do período regular estabelecido pela Segurança Social, tendo aumentado igualmente o seu apoio mensal para 760 euros brutos mensais, além do habitual “Kit Bebé”.

Campanha employer branding Ikea

Seguro de saúde e de vida para colaboradores permanentes; restaurante de colaboradores com preços reduzidos; serviço médico nas lojas; programa de emergência social interno; e, ainda, desconto especial na compra de artigos da marca, entre outros, são outros dos benefícios.

“Tendo isto como base, juntando a todas os principais benefícios dos colaboradores de retalho Ikea, estamos continuamente a trabalhar neste tema, para sermos ainda mais relevantes enquanto entidade empregadora”, diz Rita Távora, quando questionada sobre eventuais novas medidas para 2023.

Modelo híbrido no escritório

No escritório, a companhia tem um modelo híbrido implementado, com dois dias de teletrabalho. “A pandemia inspirou-nos a explorar novas formas de trabalhar, adaptadas aos nossos colaboradores e ao nosso negócio. Os novos modelos de trabalho, ou seja, o modelo híbrido, que permite um maior equilíbrio entre o trabalho nos escritórios e em casa, tem o objetivo de dar uma maior flexibilidade às nossas pessoas, dar-lhes oportunidade de serem ouvidas através de espaços de reunião, partilha, criação e aprendizagem, independentemente do espaço de trabalho, físico ou digital”, diz. “Uma das aprendizagens que temos vindo a sentir é que o formato, para escritório nacional, de dois dias em casa e três dias nos escritórios tem sido bem recebido e colhido um bom feedback.”

Uma das aprendizagens que temos vindo a sentir é que o formato, para escritório nacional, de dois dias em casa e três dias nos escritórios tem sido bem recebido e colhido um bom feedback.

Rita Távora

Country talent development manager da Ikea Portugal

Para já esse é o foco e não outros modelos como a semana de quatro dias, modelo cujo piloto, promovido pelo Governo, deverá arrancar em junho. “Temos muita curiosidade por novas formas de trabalhar, pelo que todas as oportunidades servem para analisarmos e percebermos se faz ou não sentido na nossa realidade de retalho. Por enquanto, temos vindo a compreender como é que o trabalho híbrido, flexível, pode ajudar-nos a crescer. É nisso que estamos focados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dermatologista receitou-me uma pomada. Posso deduzir a fatura como despesa de saúde?

  • ECO
  • 18 Abril 2023

O ECO escolheu algumas dicas do Guia Fiscal da Deco Proteste para ajudar os contribuintes na altura da entrega do IRS, que serão partilhadas diariamente.

A campanha do IRS já arrancou no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático mas, mesmo assim, certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2023, da Deco Proteste.

Há vários contribuintes com acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se pode sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o desdobramento de escalões de IRS, de sete para nove.

O ECO selecionou algumas dicas disponibilizadas pela Deco Proteste para ajudar a esclarecer todas as dúvidas, que serão partilhadas diariamente.

O dermatologista receitou-me uma pomada. Como esta tem uma taxa de IVA de 23%, posso deduzir a fatura como despesa de saúde?

Sim, desde que tenha uma receita médica a prescrevê-la. Por ter IVA de 23%, a despesa fica pendente no e-Fatura, até que o contribuinte indique se dispõe ou não de receita médica que a justifique. Se não o fizer, o Fisco não a terá em conta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ventos de Espanha “sopram” 6,5 milhões para transformar pás eólicas em mobiliário no Alto Minho

Empresários espanhóis investem 6,5 milhões para transformar pás eólicas em bancos, candeeiros, mesas ou cadeiras para a exportação. Depois de Monção, estão a construir uma segunda fábrica em Valença.

Os empresários espanhóis Angel Costa e Álex Costa, que têm mais de uma década de experiência no setor das energias eólicas, viram nas pás eólicas em fim de vida uma oportunidade de negócio. Olharam para as pás que são queimadas ou enterradas e perceberam que podiam ser reaproveitadas e transformadas em artigos de mobiliário. Portugal foi a escolha dos empresários para dar asas ao negócio. Depois de Monção, já estão a construir a segunda unidade de produção em Valença, num investimento total de 6,5 milhões de euros.

Foi em 2019 que criaram a Ventos Metódicos e escolheram Monção para criar uma unidade de produção, um investimento de 4,5 milhões de euros. Empregando 20 pessoas, sendo 60% portuguesas, em 2022 já faturou oito milhões de euros. Álex Costa explica ao ECO que em “Portugal é muito mais fácil obter as licenças” para este tipo de atividades. Em Espanha pode demorar entre três a quatro anos, enquanto em Portugal demorou apenas seis meses.

A partir do reaproveitamento das pás, produz artigos como bancos, candeeiros, mesas, cadeiras, prateleiras e escadas. A empresa de origem espanhola criou a marca Sostylair para vender os produtos de mobiliário. Os artigos podem custar entre 50 a 1.500 euros. O produto mais vendido são as mesas. Por exemplo, uma mesa para seis pessoas pode ser transacionada por mil euros.

Cerca de 90% dos produtos são exportados para países como França e Alemanha. “Temos clientes em todo o mundo, desde o continente asiático ao americano”, detalha o empresário. Além de Portugal, as pás eólicas em fim de vida são recolhidas em parques eólicos de países como Espanha, França, Alemanha e Itália. A empresa cobra um montante por ir recolhê-las aos parques eólicas e pelo processo de reciclagem.

Temos um sistema pioneiro no mercado, que consiste em cortar as pás eólicas no próprio parque eólico através de um camião serrador. É uma forma de otimizar o trabalho, em vez de usar cinco camiões no transporte usamos apenas um ou dois.

Álex Costa

Acionista da empresa Ventos Metódicos

As pás são desmontadas nos parques eólicos, de forma a facilitar o processo de transporte. “Nós vamos aos parques eólicos recolher as pás. Temos um sistema pioneiro no mercado, que consiste em cortar as pás eólicas no próprio parque eólico através de um camião serrador. É uma forma de otimizar o trabalho, em vez de usar cinco camiões no transporte usamos apenas um ou dois”, relata.

Segunda unidade em Valença já está em marcha

Com o sucesso do negócio, depois da unidade em Monção, já estão a construir a segunda unidade de produção em Valença, no parque industrial de Gandra. Um investimento de dois milhões de euros. Após a conclusão da obra está prevista a contratação de mais dez pessoas.

Esta segunda unidade de produção está, no entanto, a causar polémica. É que o “lixo” das pás eólicas, que serão transformadas em artigos de mobiliário, estão a ser depositadas no terreno sem estar concluída a unidade de produção. A empresa argumentou ao JN, no final de março, que foi “autorizada o depósito das pás eólicas no terreno pela câmara de Valença”, no mandato anterior, sob a liderança de Manuel Lopes (PSD).

De acordo com o mesmo jornal, o atual autarca José Manuel Carpinteira (PS), anunciou que a Câmara está a “avaliar a legalidade” do depósito de pás de aerogeradores eólicos na zona industrial de Valença. O ECO contactou a autarquia, mas até à data de publicação do artigo não teve resposta.

Álex Costa explica ao ECO que autarquia do Alto Minho ainda “não chegou a alguma conclusão” em relação à legalidade do depósito. O empresário deixa claro que temtoda a documentação em ordem, além das devidas licenças de reciclagem de resíduos eólicos”. E sublinha que “não é um cemitério de pás, mas um armazém”. Atesta ainda que “as obras já começaram, por isso não é um problema”.

O acionista detalha, por outro lado, que “têm stock em Valença, mas muitas vezes enviam-no para a fábrica em Monção, consoante as encomendas”. Álex Costa salienta ainda que “têm pressa em construir”, mas que tiveram alguns contratempos pelo caminho.

A construção da unidade está atrasada devido a constrangimentos como o custo das matérias-primas e a construção de muro, devido ao desnível do terreno, que não estava previsto no projeto inicial. Está prevista a conclusão da unidade em Valença até ao final do ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lojistas têm de pôr código especial para “IVA zero”

As empresas de sistemas de faturação deixam as alterações dos preços por conta dos lojistas, que têm de introduzir um código específico quando comunicam informação à Autoridade Tributária.

A partir desta terça-feira, quando comprar pão, banana e bacalhau, vai reparar na fatura que estes produtos surgem com 0% no campo dedicado ao IVA. A medida vai durar até ao final de outubro. Para que a informação tenha chegado ao talão foi preciso alterar os dados no sistema de faturação e introduzir um código especial emitido pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), segundo informação apurada pelo ECO junto das empresas que comercializam este tipo de software.

Foi apenas na passada sexta-feira, 14 de abril, que a AT atualizou os códigos de motivo de isenção de IVA que servem para a comunicação das faturas. O código M26, para “isenção de IVA com direito à dedução no cabaz alimentar”, foi introduzido no mesmo dia da publicação do cabaz do IVA zero em Diário da República. A informação é crucial para que não haja problemas nos documentos enviados ao sistema e-fatura. Sem a criação deste código, os lojistas teriam de usar o código M19, relativo a “isenções temporárias determinadas em diploma próprio”.

As empresas de faturação foram obrigadas a proceder a atualizações de sistema nas últimas semanas para acomodar a nova legislação. A Sage, por exemplo, criou uma ferramenta para “simplificar o processo de aplicação da nova taxa de IVA e de ajuste dos preços”. A solução permitiu aos comerciantes agrupar os produtos que beneficiam da isenção temporária do imposto, carregar num botão e agendar a alteração para a partir desta terça-feira. A empresa de capitais britânicos organizou mesmo um seminário virtual sobre o assunto.

A Cegid (dono do ex-grupo Primavera) garante ao ECO que os clientes “terão acesso a uma funcionalidade que lhes permite fazer a alteração da taxa de IVA nos bens alimentares que fazem parte do Cabaz Essencial Saudável, para que possam dar resposta a esta alteração fiscal de forma rápida e autónoma”.

A empresa diz ter uma equipa “constituída por fiscalistas e especialistas em sistemas, que acompanha continuamente as alterações legislativas e fiscais, para que as nossas soluções estejam sempre em conformidade com os novos requisitos”, refere David Afonso, diretor de desenvolvimento de produto da Cegid na unidade de SMB (pequenas e médias empresas) e de CPA (contabilidade) para a Península Ibérica.

A alteração do IVA na informação comunicada à AT é independente dos preços a que os lojistas põem nos artigos à venda. “Num sistema de faturação, podemos mudar o IVA cobrado e depois mudar o preço de venda ao público ou não. Depois de garantirmos as atualizações fiscais, os nossos clientes têm sempre autonomia de gerirem a ferramenta”, especifica ao ECO um funcionário da empresa PCenter, que comercializa o software WinMax.

A isenção de IVA é algo que já existe no software das empresas de faturação há vários anos. As empresas que exportam bens para fora da União Europeia beneficiam deste regime, segundo o artigo 14.º no código do IVA.

Resposta semelhante foi dada pela empresa Vendus, que garante que “a conta é configurada a 100% pelo cliente”. A partir de Ermesinde, Dream-ID refere: “Alguns clientes entraram em contacto connosco sobre a necessidade de alterar o software para cumprir a regra do IVA zero”. Regra geral, os lojistas não tiveram de pagar para alterar os preços no sistema.

Caberá aos consumidores verificar a partir desta terça-feira se há mesmo mexidas nos preços dos produtos com isenção de IVA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.