Eurodeputado do PS questiona Comissão Europeia sobre propriedade da Global Media

  • Lusa
  • 13 Outubro 2023

A ERC já informou que o fundo de investimento World Opportunity, com sede nas Bahamas, detém 51% do capital social da Páginas Civilizadas, que controla 50,25% da Global Media e 22,35% da Lusa.

O eurodeputado socialista João Albuquerque questionou a Comissão Europeia se esta está “em condições de garantir” o cumprimento das regras de transparência de propriedade exigidos no caso dos novos acionistas da Global Media Group (GMG).

Na quinta-feira, em resposta à Lusa, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) informou que o fundo de investimento World Opportunity, com sede nas Bahamas, detém 51% do capital social da Páginas Civilizadas, do empresário Marco Galinha, a qual controla, diretamente e indiretamente, 50,25% da Global Media e 22,35% da Lusa.

No mesmo dia, o eurodeputado do PS questionou por escrito a Comissão Europeia sobre a transparência da propriedade da dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e rádio TSF, entre outros títulos, de acordo com informação obtida pela Lusa, nomeadamente se esta está “em condições de garantir o cumprimento dos mecanismos de transparência da propriedade exigidos na aquisição ou transação em curso no GMG”.

Isto “considerando a preocupação que nos suscitam estes processos, a instabilidade provocada e a importância da salvaguarda intransigente da liberdade e independência editorial dos jornalistas, discutidas durante o EMFA [European Media Freedom Act]“, justifica o eurodeputado socialista, na pergunta.

Na questão enviada, João Albuquerque destaca a “recente aprovação, pelo Parlamento Europeu, da proposta da Comissão Europeia sobre liberdade dos meios de comunicação social – European Media Freedom Act – confere renovada responsabilidade às instituições europeias sobre concentração e propriedade das empresas que detêm órgãos de comunicação social”.

Refere ainda que em Portugal “são do conhecimento público alterações na estrutura acionista da GMG, presente na imprensa, rádio e digital”.

João Albuquerque recorda que, em 4 agosto, o presidente do Conselho Administração do GMG, Marco Galinha, “confirmou à agência de notícias Lusa que o grupo Bel vendeu parte do grupo a um fundo, desconhecendo-se os detalhes da operação”, acrescentando que “a estrutura acionista deverá sofrer alterações cuja dimensão e impacto são uma incógnita”.

Além disso, “paralelamente, têm ocorrido alterações na direção editorial da rádio TSF, do mesmo grupo, sem que o Conselho de Redação fosse ouvido, conforme determina a Lei de Imprensa, o que levou a uma greve de 24 horas dos trabalhadores”, sublinha o eurodeputado.

Já em 3 de outubro, o PS tinha pedido à ERC para indicar quais eram os meios de financiamento e o capital social da nova estrutura acionista da Global Media, salientando que “pouco ou nada se conhece”.

A entidade World Opportunity Fund Ltd, “com sede nas Bahamas, registada na Bahamas International Security Exchange como fundo de investimento aberto com a abreviatura ‘WOF’, comunicou ao regulador que, por contrato de divisão e cessão de quotas, celebrado em 25 de julho de 2023, adquiriu à sociedade Palavras de Prestígio, Lda, uma quota representativa de 38% do capital social da Páginas Civilizadas, Lda”, de acordo com a ERC.

Posteriormente, “por contrato de divisão e cessão de quotas, celebrado em 21 de setembro de 2023, apresentado a registo em 5 de outubro, a World Opportunity Fund Ltd adquiriu à sociedade Grupo Bel uma quota representativa de 38% do capital social da Páginas Civilizadas, Lda”, prossegue o regulador.

Assim, acrescentam, o World Opportunity Fund Ltd passou a deter uma participação global na Páginas Civilizadas Lda de 51% do seu capital social.

A entidade reguladora recorda que “a Páginas Civilizadas detém, direta e indiretamente, uma participação correspondente a 50,25% da Global Notícias – Media Group, SA” e detém ainda, diretamente, 22,35% do capital social da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA.

Esta comunicação foi feita à ERC no âmbito da lei que regula a transparência da titularidade, da gestão e dos meios de financiamento das entidades que prosseguem atividades de comunicação social e encontra-se “em apreciação”.

O regulador “aguarda que a sociedade proceda à subsequente atualização dos dados acionistas constantes na Plataforma da Transparência dos Media”, refere a ERC.

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FMI alerta que preços das casas em Portugal estão sobrevalorizados em 20%

  • Lusa
  • 13 Outubro 2023

Apesar de os preços terem descido, FMI avisa que as casas estão sobrevalorizados em 20% e que os bancos devem preparar-se para o risco de incumprimentos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que os preços das casas em Portugal estejam sobrevalorizados em 20%, embora estejam a descer, e avisa que os bancos devem preparar-se para eventuais riscos relacionados com incumprimentos no crédito à habitação.

A posição é transmitida pelo diretor do FMI para a Europa, Alfred Kammer, numa entrevista à agência Lusa em Bruxelas a propósito da reunião anual do Fundo, na qual o responsável afirmou que, em Portugal, “os preços dos imóveis para habitação estão sobrevalorizados em cerca de 20%”.

Salientando que esta é uma tendência semelhante à registada “em vários mercados imobiliários europeus”, Alfred Kammer disse à Lusa existir agora “um abrandamento no crescimento dos preços das casas, mas também um risco de que a correção dos preços dos imóveis possa ser mais rápida”.

Pelos impactos da Covid-19 e da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, os preços das casas em Portugal têm vindo a subir acentuadamente, ‘puxados’ pela falta de oferta, pelas subidas dos custos de construção, pelas restrições aos licenciamentos e também pelo contexto inflacionista.

Esta elevada inflação tem inclusive levado a subidas nas taxas de juro sucessivas nos últimos meses, numa apertada política monetária levada a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE) para atingir valores de 2% (quando agora rondam cerca de 4% na zona euro e Portugal) para garantir a estabilidade de preços.

Nesta entrevista à Lusa, Alfred Kammer alertou para “os riscos para a estabilidade financeira”.

“Os bancos na Europa e em Portugal são sólidos, mas devem preparar-se para estes casos, em que os titulares de hipotecas serão afetados em termos de rendimentos. Em Portugal, as taxas de juro chegam rapidamente ao quem tem empréstimos, uma vez que 90% dos créditos [à habitação] são taxas de juro variáveis e flutuantes, pelo que os bancos devem preparar-se para mais agregados familiares em dificuldade”, elencou.

O responsável especificou: “A nossa recomendação, para Portugal, é a de criar uma ‘almofada’ para o risco sistémico setorial dos bancos, para que eles possam assegurar algum capital para lidar com as famílias quando estão a entrar numa situação de perigo”.

A rentabilidade do setor bancário continuou a aumentar no primeiro semestre, segundo dados do Banco de Portugal, que indicam ainda um aumento do crédito em risco na habitação no segundo trimestre deste ano.

Alfred Kammer reconheceu a crise habitacional no país, considerando que “o mais preocupante é a acessibilidade da habitação e do arrendamento”.

“É um problema porque, na verdade, teremos efeitos de crescimento. Vemos, por exemplo, jovens que não têm condições financeiras para arrendar casas nos centros urbanos, […] e que é uma questão social e […] mais ampla em toda a Europa”, concluiu.

O diretor do FMI para a Europa admitiu ainda que Portugal possa ser um dos países da zona euro com maior impacto da subida das taxas de juro porque “tem um rácio elevado de hipotecas com taxa de juro variável”, o que leva a que “a transmissão da política monetária seja mais rápida”.

A posição surge depois de, no final de setembro, o executivo português ter aprovado um novo mecanismo para garantir estabilidade às famílias, ter alargado a bonificação dos juros e prolongado a suspensão das comissões de reembolso.

Ainda no que toca à habitação, foram aprovadas, no final de setembro no parlamento, alterações legislativas ao nível do arrendamento, do alojamento local, dos imóveis devolutos e de impostos.

O FMI alerta que os preços das casas em Portugal estão sobrevalorizados em 20%Lusa

Medidas para aliviar juros são provisórias e não solucionam crise habitacional

Ainda durante a entrevista, o FMI classifica as medidas do Governo para aliviar o impacto das taxas de juro no crédito à habitação como “provisórias” e que não solucionam a crise, pedindo que sejam temporárias e dirigidas aos vulneráveis.

“São medidas provisórias, não são uma solução a longo prazo para o problema da habitação”, reagiu o diretor do FMI para a Europa, Alfred Kammer, em Bruxelas.

Depois de, no final de setembro, o executivo português ter aprovado um novo mecanismo para garantir estabilidade às famílias, ter alargado a bonificação dos juros e prolongado a suspensão das comissões de reembolso, o responsável do FMI assinalou que “é a oferta de habitação que tem de aumentar e isso significa habitação social, […] mas habitação mais genericamente”.

“Isso também se reflete em termos de rendas e preços de arrendamento em que as pessoas são simplesmente excluídas do mercado da habitação e afeta em particular os jovens e as pessoas urbanas”, acrescentou Alfred Kammer, quando questionado pela Lusa sobre estas iniciativas.

No que toca às medidas provisórias adotadas, “dado o aumento das taxas de juro e o ‘stress’ que tem em alguns financiamentos habitacionais, o nosso conselho é que estas medidas devem ser temporárias e devem ser direcionadas para as famílias em situação de necessidade”, adiantou o responsável.

Alfred Kammer vincou que “o Governo [tem de] proteger os vulneráveis, mas ao mesmo tempo precisa de estar muito consciente do custo orçamental” destas iniciativas.

No final de setembro, o Conselho de Ministros aprovou um mecanismo que permite às famílias pedir ao banco para fixar a prestação dos créditos à habitação própria e permanente, com taxa de juro variável, durante dois anos.

A decisão contempla uma redução da prestação na medida em que a taxa de juro implícita não ultrapasse 70% da Euribor a seis meses.

Além disso, foi alterada a medida, em vigor desde março, de apoio à bonificação dos juros, alargando de 720 para 800 euros o valor máximo anual deste apoio, passando a bonificação a ser calculada sobre o valor do indexante (Euribor) acima de 3%.

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Portugal Ventures abre nova call. Tem 1 milhão para investir em 10 startups

Na 4.ª edição da Call INNOV-ID, em parceria com a Agência de Inovação, a sociedade de capital de risco do Banco de Fomento quer investir em projetos de descarbonização e circularidade da economia.

A Portugal Ventures, em parceria com a Agência Nacional de Inovação (ANI), e com a colaboração da Startup Portugal, abriu mais uma edição da Call INNOV-ID. A capital de risco do grupo Banco Português de Fomento tem 1 milhão de euros para investir em 10 startups que promovam a descarbonização e circularidade da economia. Candidaturas para esta 4.ª edição decorrem até 22 de novembro e são feitas exclusivamente pela Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures.

“Esta nova edição da Call INNOV-ID resulta do seu impacto e na contínua solicitação do ecossistema da necessidade de resposta à falha de mercado identificada no acesso a investimento em startups em fase pre-seed“, justifica a Portugal Ventures em comunicado.

Quem pode concorrer

Ao todo, há um milhão de euros para investir em 10 empresas que contribuam com soluções para “descarbonização da economia”, para a “sustentabilidade de processos, produtos e materiais”, para a “eficiência e sustentabilidade energética” e “circularidade da economia.”

Quem é elegível

São elegíveis a esta call empresas que cumpram os seguintes critérios:

  • Que se encontrem nas fases pre-seed, seed ou early-stage;
  • Empresas não constituídas ou constituídas “há menos de 8 anos, com sede em Portugal Continental ou Ilhas, que já possuam tecnologia desenvolvida, mas que se encontravam em fase de protótipo, prova de conceito ou em validação de product-market-fit”;
  • Que resultem de “investigação e desenvolvimento científico, tecnológico ou académico, desenvolvidos no seio de Instituições de Ensino Superior, CTI (Centros de Tecnologia e Inovação), Laboratórios Colaborativos ou similares”;
  • Que sejam “promovidos ou que empreguem recursos humanos altamente qualificados”.

“As candidaturas terão que ser submetidas exclusivamente através de uma das entidades da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures (ao invés de serem submetidas pelos próprios promotores)”, alerta a Portugal Ventures.

Em três anos, a Call Innov-ID registou 313 candidaturas e realizou de 55 investimentos, totalizando 5,5 milhões de euros de investimento no ecossistema.

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Crescimento do multitasking obriga marcas a adaptarem-se a micro-momentos, diz estudo da GFK e APAN

Embora os mais novos apresentem uma maior incidência, o multitasking tem crescido de uma forma geral. As marcas procuram adaptar-se a esses micro-momentos de atenção entre meios.

António Gomes, apresentou o estudoLuís Francisco Ribeiro

Embora haja diferenças entre gerações, o nível de multitasking (uso simultâneo de dois ou mais meios) no consumo de media tem vindo “expressivamente a aumentar, principalmente o nível mais intenso de utilização de vários meios em simultâneo”. Este crescimento e interações fragmentadas entre os meios leva a que a atenção dos consumidores seja mais dispersa, pelo que as marcas têm cada vez mais de explorar “micro-momentos” para captar essa atenção.

Estas foram algumas das conclusões do estudo “Hábitos e comportamentos de consumo de media na era digital”, desenvolvido pela GFK que realizou um total de 1200 entrevistas entre a população portuguesa. O estudo foi apresentado por António Gomes, numa conferência promovida pela APAN (Associação Portuguesa de Anunciantes) no estúdio do ECO.

O estudo observa ainda que o multitasking media score aumentou de 51% em 2011 para 72% em 2023. É também observável uma clivagem geracional, com os mais novos a apresentarem uma maior percentagem de multitasking, sendo que um em cada cinco nunca está exposto apenas a um meio.

Na verdade, enquanto 22% da geração Z (16 a 24 anos) dizem realizar “heavy multitasking” (consumo de vários meios ao mesmo tempo), apenas 12% dos boomers (55 a 70 anos) dizem fazê-lo. Esta diferença geracional no entanto é mais expressiva quanto a não realizar nenhum tipo de multitasking, tendo em conta que apenas 19% da geração Z não o faz em oposição aos 41% dos boomers.

Na verdade, há 12 anos foi feito um primeiro estudo, sendo que este novo trabalho teve também como intuito comparar e perceber a evolução sentida no consumo de meios durante este período. Neste sentido, um dado que permite desde logo concluir que o consumo de media mudou bastante em 12 anos, prende-se com o facto de a posse de um smartphone ser atualmente mais de oito vezes superior à percentagem observada em 2011 (70% e 8%, respetivamente).

Segundo o estudo da GFK e da APAN, entre os inquiridos, 73% dizem ter usado no último mês o YouTube, enquanto 59% usaram streaming de música, 51% streaming de televisão e 32% podcasts. No entanto, são apresentados níveis de envolvimento diferenciados entre as diversas gerações, sendo que as gerações mais novas apresentam níveis de utilização mais altas em qualquer um dos serviços.

Embora todas as gerações consumam todos os meios, é notória a utilização diferenciada entre gerações. Enquanto a internet prevalece entre as gerações mais jovens – contando com um índice de exposição máximo junto dos mais jovens, a geração Z (entre os 16 e os 24 anos) – a televisão é o meio imprescindível junto da geração mais velha, os boomers (entre os 55 e os 70 anos).

De uma forma geral, a televisão, o telemóvel, a internet e as redes sociais são os meios mais utilizados, contudo com uma intensidade de consumo diferenciada. A televisão e o telemóvel são os meios mais consumidos, com 93% dos inquiridos a dizerem que o utilizaram no último mês. No top 5, segue-se a internet (88%), as redes sociais (84%) e a rádio (78%). O meio menos consumido é a imprensa (50%).

No que se refere ao índice de exposição dos meios entre os inquiridos, a internet é o meio que apresenta um índice mais alto (141), seguida da televisão (130), mobile (122), redes sociais (97) e rádio (88). A imprensa é o meio com índice mais reduzida (22).

No entanto, estes índices apresentam diferenças bastante notórias entre gerações, sendo inegável que a internet é imprescindível para os jovens, da mesma forma que a televisão o é para as gerações mais velhas.

“Observa-se assim um consumo de meios generalizado, em que todas as gerações globalmente utilizam os diferentes meios disponibilizados ao dia de hoje, contudo com níveis de prevalência e envolvimento distintos entre gerações”, refere-se no estudo.

Em linha com a prevalência de consumo entre as diferentes gerações, os vários meios apresentam também uma importância distinta consoante as gerações de consumidores.

Quanto à importância dos diferentes meios para o seu dia a dia, os inquiridos apontaram como mais importante o telemóvel (71%), seguido da internet (63%), televisão (43%), redes sociais (39%) e da rádio (35%), a fechar o top cinco. Os meios considerados menos importantes são a imprensa (29%) e a publicidade exterior (18%).

Esta importância atribuída pelos consumidores, no entanto, também difere entre gerações, com as principais diferenças a centrarem-se na internet, televisão, redes sociais, rádio e imprensa.

Qual o meio mais importante no dia a dia?

Quando questionados quanto a qual o meio em que apostariam se fossem responsáveis por uma marca, a televisão passa a ser o meio mais importante (66%), seguido pelas redes sociais (46%) e internet (44%).

Entre as diferentes gerações, enquanto a mais nova dá primazia aos meios digitais (incluindo influencers nas redes sociais e vídeos nos youtube), a televisão mantém-se como o meio mais relevante para as gerações mais velhas.

A geração Z é mesmo a única que não coloca a televisão em primeiro lugar.

Qual ao meio que apostariam se fossem responsáveis por uma marca?

Já relativamente a quais as redes sociais mais relevantes para as marcas comunicarem, no âmbito geral, foi o Instagram que ganhou a preferência dos inquiridos (33%), seguido de perto pelo Facebook (30%), encontrando-se bastante distanciados da terceira rede social mais apontada, o Whatsapp (8%).

No entanto, as duas redes sociais mais apontadas diferem consoante as gerações. Enquanto 55% da geração Z apontou o Instagram e apenas 9% respondeu o Facebook, entre os boomers o Facebook foi a rede social mais destacada (42%), recolhendo o Instagram apenas 17% das respostas desta geração.

Quais as redes sociais mais relevantes para as marcas comunicarem?

Ainda segundo o estudo, 34% dos consumidores disseram que acompanhavam alguma marca nas redes sociais, sendo que são as gerações Y (25-39 anos) e Z (16-24 anos) e as que mais acompanham marcas nas redes sociais, com 44% e 43%, respetivamente. Os boomers (18%) são quem menos acompanha marcas nas redes.

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Câmara de Lisboa está no mercado para comprar 308 casas com investimento de 77,3 milhões de euros

  • Ana Petronilho
  • 13 Outubro 2023

Arrancou esta sexta-feira a primeira ida ao mercado da autarquia de Lisboa para comprar 308 casas até 2026, com um investimento previsto de 77,3 milhões. Prazo termina a 10 de janeiro de 2024.

Pela primeira vez, a Câmara de Lisboa está no mercado para comprar casas e combater a falta de oferta de habitação a preços acessíveis na capital. A meta, fixada na Carta Municipal de Habitação aprovada esta quarta-feira em reunião de câmara, é a aquisição de 308 casas até 2026 com um investimento previsto de 77, 3 milhões de euros, para “fixar famílias” na cidade e “erradicar a pobreza”.

A consulta ao mercado arrancou esta sexta-feira de manhã e tem um prazo de 90 dias, terminando a 10 de janeiro de 2024, pelas 17 horas.

São elegíveis todos os imóveis “em condições de utilização imediata ou necessitados de obras de reabilitação ou de conservação” sendo, posteriormente, atribuídos através do programa 1.º Direito.

De acordo com a proposta aprovada em julho, a autarquia liderada por Carlos Moedas pode adquirir bens imóveis através de mecanismos de direito privado de natureza onerosa, como seja a compra precedida de consulta ao mercado imobiliário. Mas, além da ida ao mercado, a Câmara de Lisboa pode ainda comprar “imóveis com uso habitacional por outros meios”, nomeadamente por via do mecanismo previsto na Lei de Bases da Habitação que habilita os municípios a exercer o direito de preferência nas transmissões onerosas entre particulares.

Além disso, tal como consta do Orçamento do Estado para 2024, apresentado esta semana, as autarquias têm direito de preferência em imóveis penhorados no âmbito de processo de execução fiscal.

Podem apresentar proposta à Câmara de Lisboa todos os proprietários de edifícios ou de fogos habitacionais — “sem dívidas de qualquer natureza” ao município de Lisboa, à Autoridade Tributária e à Segurança Social —, as “empresas de mediação imobiliária detentoras de licença válida e eficaz” ou a “cabeça de casal de herança indivisa”, lê-se no aviso de abertura publicado no site da autarquia.

As propostas têm de ser submetidas em envelope fechado, enviado por correio postal registado ou entregues presencialmente na Loja Lisboa – Entrecampos.

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Metro do Porto vai ganhar 37 quilómetros e 38 estações. Investimento supera 1.000 milhões

  • Lusa
  • 13 Outubro 2023

Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, sendo que a expansão da rede contempla a ampliação da rede em 37 quilómetros com 38 novas estações.

A expansão da rede do Metro do Porto anunciada esta sexta-feira contempla a ampliação da rede em 37 quilómetros com 38 novas estações, de acordo com a apresentação feita no Auditório Municipal de Gondomar.

Em causa estão as linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), ISMAI, Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).

A ligação à Trofa contempla as estações Ribela, Muro, Serra, Bougado, Pateiras, Trofa Sul e Paradela, num total de 10,22 quilómetros.

A linha de Gondomar II, totalmente em metro, prevê as estações São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto, com uma extensão de 6,9 quilómetros.

Para a linha de São Mamede, também planeada totalmente em metro convencional, contempla as estações IPO II, ISCAP, São Mamede, Pedra Verde, Elaine Sanceau, Xanana Gusmão, São Gens, Senhora da Hora II e ligação à estação Estádio do Mar, com 6,55 quilómetros

Por fim, a linha Maia II propõe duas soluções, tanto para metro convencional como para ‘metrobus’: a primeira com 13,01 quilómetros e 16 estações e a em ‘metrobus’ 14,3 quilómetros e 18 estações.

Em qualquer dos casos, estão previstas as estações Roberto Frias, Hospital São João II, Pedrouços, Giesta, São Gemil, Caverneira, Águas Santas, Milheirós, Gueifães, Maninhos, Catassol, Chantre, Parque Maia II, Espido, Ponte de Moreira, Verdes II e, no caso de ser escolhido o ‘metrobus’, Botica II e Aeroporto (BRT).

No entanto, uma portaria do Governo publicada esta sexta-feira refere que a Metro do Porto “pretende desenvolver um conjunto de projetos que se enquadram neste desígnio, nomeadamente: Linha da Trofa – Linha de Metro entre o ISMAI e o Muro com 3,10 km e duas estações e Linha de BRT (Bus Rapid Transit/Metrobus) entre o Muro e Paradela com 7,12 km e quatro estações/paragens; Linha da Maia II – Linha de BRT entre Roberto Frias e Verdes II com cerca de 13,0 km e 16 estações/paragens”.

Já quanto à Linha de Gondomar, está em causa uma “linha de Metro entre o Estádio do Dragão e Souto com cerca de 6,9 km e oito estações”, e a Linha de São Mamede, também em metro, “entre o Hospital de São João, Senhora da Hora e Estádio do Mar com cerca de 6,6 km e oito estações”.

A contratação de estudos iniciais para as novas linhas de Metro do Porto, apresentadas esta sexta-feira em Gondomar, poderá ir até aos 10 milhões de euros, de acordo com a portaria do Governo, que entra hoje em vigor.

A expansão da rede do Metro do Porto remete ao protocolo de Gondomar, assinado em fevereiro de 2020 pelos autarcas cujos municípios beneficiarão do alargamento da rede.

Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, estando em construção uma extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto), uma linha de ‘metrobus’ entre Casa da Música e Praça do Império (aguarda-se lançamento da extensão à Anémona), e o arranque das obras da Linha Rubi (H), entre Casa da Música e Santo Ovídio, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, está previsto para o final deste ano.

Costa: novos investimentos superam 1.000 milhões

O primeiro-ministro, António Costa, salientou que os investimentos futuros previstos para o Metro do Porto superam os 1.000 milhões de euros, durante uma cerimónia de apresentação de quatro novas linhas, em Gondomar.

“Estamos a lançar os estudos para – eu não diria quatro novas linhas, porque duas delas são extensões de duas linhas já existentes – mas quatro grandes investimentos, de mais de mil milhões de euros, que vão acrescentar 37 quilómetros, 38 novas paragens, e é uma enorme extensão do Metro do Porto”, disse hoje o primeiro-ministro no Auditório Municipal de Gondomar.

António Costa recordou que, em 2017, teve “a oportunidade de lançar a [extensão da] Linha Amarela, a Linha Rosa, a Linha Rubi, o BRT da Boavista”, obras que já estão no terreno ou projetadas (caso da Linha Rubi). Frisando que “não há uma varinha mágica” que permita concretizar de imediato os investimentos, mas para António Costa “a obra leva tempo a nascer”.

“Quanto mais tarde começarmos, mais tarde a vamos acabar. É por isso que este momento de hoje é da maior importância, porque estamos hoje mesmo a começar aquilo que daqui a seis anos estará pronto e a funcionar”, disse o primeiro-ministro.

Para António Costa, “as cidades levaram 50 anos a adaptar-se ao automóvel”, mas agora há “muito menos tempo” para a sociedade se desabituar dele e para priviligar o transporte público.

“Isto é algo que temos de compreender, a urgência exige urgência na ação. Significa que temos muito pouco tempo para conseguir reduzir os gases com efeito de estufa que resultam da mobilidade”, que representam 70% do total dos gases, frisou o chefe do Governo.

(Notícia atualizada com declarações do primeiro-ministro)

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“Bora Mulheres on tour” promove empreendedorismo feminino

Programa criado pela Coca-Cola em Portugal, desenvolvido pelo Impact Hub Lisbon, já conta com mais de 2.000 empreendedoras. O "Bora Mulheres on Tour" arranca este sábado no Porto.

Porto, Coimbra e Lisboa são as cidades que vão acolher o “Bora Mulheres on tour”, uma iniciativa do programa de promoção do empreendedorismo feminino criado pela Coca-Cola em Portugal e desenvolvido pelo Impact Hub Lisbon, que já conta com 2.000 mulheres empreendedoras. Work-life balance, Independência financeira e saúde mental são alguns dos temas em debate. Arranca este sábado no Porto.

“O programa ‘Bora Mulheres estabeleceu raízes sólidas no ambiente online, mas acreditamos que o valor do networking e do desenvolvimento pessoal e profissional baseado na partilha é ainda mais significativo quando reunimos a comunidade fisicamente. Ser empreendedora é muitas vezes percorrer um caminho solitário, e o Bora on Tour nasceu precisamente para trazer às empreendedoras um ambiente de pertença e apoio mútuo, um sister circle do empreendedorismo feminino”, diz Elena Anton.

“Este é um passo crucial na nossa missão de empoderar mulheres incríveis, criando um ambiente onde possam partilhar, crescer e prosperar juntas, mas também fomentar potenciais ligações com o ecossistema de empreendedorismo nacional”, conclui a gestora do programa Bora Mulheres no Impact Hub Lisbon, citada em comunicado.

A tour arranca a 14 de outubro no Porto. O tema em debate é Work-life balance e a Independência, com moderação de Elena Anton (Impact Hub Lisbon), e contando com a Catarina Araújo (vereadora da Câmara Municipal do Porto), Rita Piçarra (ex-CFO da Microsoft), Helena Antónia Silva (founder e CEO da Vintage for a Cause) e Catarina Guedes (CEO e co-founder da ISS Ínclita Seaweed Solutions) vencedora ‘BORA Mulheres 2022 e Embaixadora do programa em 2023.

Seguem-se Coimbra, a 28 de outubro, e Lisboa, a 18 de novembro, no mesmo dia em que se celebra o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino.

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Contributo político de António Pinto Leite “podia ter sido imenso, inimaginável”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou o advogado e antigo dirigente do PSD António Pinto Leite no lançamento do seu livro "Não há vidas grátis".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou o advogado e antigo dirigente do PSD António Pinto Leite e considerou que, se não se tivesse afastado da vida política, o seu contributo “podia ter sido imenso, inimaginável”.

O chefe de Estado falava na sessão de lançamento do livro “Não Há Vidas Grátis”, de António Pinto Leite, editado pela Sopa de Letras, da Principia Editora, na sede da Morais Leitão.

Marcelo Rebelo de Sousa, que assinou o prefácio deste livro, disse que António Pinto Leite fez “uma das grandes opções da sua vida” quando a certa altura “decidiu romper com a vida política, em sentido restrito, a política do desempenho de cargos, do exercício de poderes, da vida partidária”, dando preferência ao exercício da advocacia.

“A política acabou por ser a mais sacrificada, nas últimas décadas. E fica sempre essa sensação de vazio que é imaginar o que teria podido ser o contributo de António Pinto Leite nessa vivência política. E podia ter sido imenso, inimaginável – porque ele tinha uma imaginação e uma criatividade também elas ilimitadas”, acrescentou o Presidente da República.

António Pinto Leite foi vogal da Comissão Política Nacional do PSD quando Marcelo Rebelo de Sousa presidiu a este partido e, mais tarde, vice-presidente, durante a liderança de Durão Barroso. Antes, liderou a Comissão Política Distrital do PSD de Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa qualificou-o como “uma personalidade excecional” e recordou o tempo em que Pinto Leite “era militante base do partido e, ao mesmo tempo, segurança do partido, em que garantia a sobrevivência no período revolucionário, passando pelo crescimento desse partido, a abertura à sociedade, a afirmação num quadro novo”, realçando “o papel que teve a nível local” e também as “responsabilidades nacionais”.

“E depois chega um momento em que tem de fazer opções. Era impossível viver aquelas vidas todas ao mesmo tempo. E, para surpresa de muitos, optou pela advocacia. Alguns esperariam que optasse pela vida política”, referiu.

Nesta sessão estiveram presentes figuras do PSD e do CDS-PP como o anterior Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, os antigos primeiros-ministros Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes e o antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas.

No seu discurso, António Pinto Leite agradeceu ao “querido amigo Marcelo Rebelo de Sousa” por ter escrito o prefácio do seu livro e fez-lhe um rasgado elogio: “Sem desprimor para ninguém, e tenho vivido rodeado de brilho, inteligência absoluta e génios, você é o espírito mais brilhante que eu conheci. E é a meu ver um privilégio para Portugal tê-lo como Presidente da República”.

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Nível de emissões poluentes em Portugal voltou a cair em 2021

Desde 2012 que o potencial de aquecimento global tem vindo a cair em Portugal. Em 2021, os setores da energia e indústria foram os principais contribuidores para esta queda.

O nível de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) em Portugal voltou a cair em 2021. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Potencial de Aquecimento Global (GWP), indicador que mede o nível de emissões a nível nacional que mais contribuem para o aquecimento global, caiu 1,6% para 58,5 milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2021, face a 2020. Segundo o INE, este é “o resultado mais baixo da série iniciada em 1995“, e deveu-se, essencialmente, ao decréscimo de 2,4% das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira, a “energia, água e saneamento” e a “indústria” foram os setores que mais contribuíram para esta diminuição: 12,6% e 4,5%, respetivamente. Relativamente à redução de emissões de CO2, aconteceu devido ao decréscimo das emissões da produção de eletricidade, que registaram uma redução de 22,2% em relação ao ano anterior, “resultado do efeito combinado do aumento relativo da energia renovável no total da energia produzida em Portugal com o fim do uso de carvão na produção elétrica“.

A redução do potencial de aquecimento global e das emissões de CO2 em Portugal aconteceu num ano marcado pelos efeitos da pandemia da Covid-19 e ainda num “contexto económico de forte crescimento económico em que o Valor Acrescentado Bruto aumentou 5,5% em volume, a maior evolução positiva desde 1990”, detalha o INE. Este último fator contribuiu, no entanto, para aumentos das emissões de gases de efeito de estufa nos ramos dos “transportes, informação e comunicação” (23,8%),”construção” (10,3%) e “comércio e restauração” (7,6%).

A redução do GWP, em 2021, acompanha uma tendência que se verifica desde 2012. Segundo o INE, nos últimos dez anos, verificou-se uma diminuição de 15,5% do global de emissões de gases de efeito de estufa, em Portugal. Para esta evolução contribuíram as reduções das emissões de CO2 (-20,8%) e de metano (-7,1%), “ainda que as emissões dos restantes gases com efeito de estufa tenham aumentado”, nomeadamente, o N2O que embora tenha uma fraca contribuição para o total das emissões, registou uma subida acentuada de 43%.

O Potencial de Aquecimento Global é calculado através da combinação dos gases que mais contribuem para o aquecimento global: o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4), os hidrofluorocarbonetos (HFC), os perfluorocarbonetos (PFC) e o hexafluoreto de enxofre (SF6).

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CTT promove alarmes Prosegur em campanha multimeios

A criatividade ficou a cargo da Laranja Mecânica enquanto a EssenceMediacom foi a agência responsável pela estratégia de meios.

De forma a promover a comercialização de alarmes Prosegur em todas as suas lojas, os CTT lançaram uma nova campanha multimeios. “Segurança com selo de confiança” é o mote.

A campanha surge depois de os Correios de Portugal e a Prosegur terem anunciado uma parceria para a comercialização de sistemas de alarmes em toda a rede de lojas CTT, “reforçando os serviços de valor acrescentado disponíveis para particulares e empresas”, refere-se em nota de imprensa.

Quer mais segurança? Siga o amarelo“, ouve-se no spot, sendo o espectador depois conduzido por uma sete amarela ao longo de vários edifícios de uma cidade até a uma loja CTT, onde se vêm anúncios aos alarmes Prosegur.

No ar até dia 8 de novembro, a campanha marca presença em televisão (seis canais), rádio (Comercial e RFM), exterior (Mupis), digital, redes sociais e lojas. A criatividade ficou a cargo da Laranja Mecânica enquanto a EssenceMediacom foi a agência que tratou da estratégia de meios.

Aproveitando a sua rede de cerca de 569 lojas, esta aposta “enquadra-se na estratégia dos CTT para a rede de retalho, com a comercialização de serviços e a diversificação das linhas de negócio, oferecendo, assim, as melhores soluções de poupança e serviços financeiros, seguros e uma relevante oferta de serviços e soluções para particulares e PME, como por exemplo serviços de transferência de fundos e pagamentos, serviços da administração pública e ao cidadão, entre outros”, refere-se em nota de imprensa.

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Combustíveis voltam a descer. Gasolina fica 2,5 cêntimos mais barata e gasóleo baixa dois cêntimos

Quando for abastecer, deverá pagar 1,724 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95. Gasóleo desce dois cêntimos e gasolina 2,5.

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer na próxima semana — por isso, se puder, espere por segunda-feira para abastecer. Fonte do mercado avançou ao ECO que o litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer dois cêntimos e a gasolina 2,5 cêntimos.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,724 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo aumentou os “descontos” nos combustíveis, em dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo por litro na gasolina. Desta forma, a redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 3,8 cêntimos e os da gasolina 5,5 cêntimos, quando o mercado esperava que os preços do diesel quatro cêntimos e os da gasolina seis cêntimos.

Os preços do petróleo caminham para um ganho semanal recorde, na sequência do ataque do Hamas a Israel que tem alimentados os receios de problemas de abastecimento. Receios que mais do que compensaram o aumento dos stocks nos Estados Unidos. Esta sexta-feira os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, sobem 3,63% para 89,12 dólares por barril.

(Notícia atualizada a 16 de outubro com novo título)

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Euribor sobe a três e a 12 meses e mantém-se a seis meses

  • Lusa
  • 13 Outubro 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa subiram a três e a 12 meses, mantendo-se no prazo a seis meses face a quinta-feira.

As Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa, subiram esta sexta-feira a três e a 12 meses, enquanto a taxa no prazo a seis meses ficou inalterada face a quinta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,171%, mais 0,009 pontos que na quinta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor manteve-se em 4,121%, o mesmo valor da sessão anterior, depois de ter subido para 4,138% em 02 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No caso da Euribor a três meses, esta avançou para 3,985%, mais 0,020 pontos, depois de ter subido em 10 de outubro até 3,988%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base – tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

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