António Madureira reforça gestão da corretora SABSEG

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2023

Um ano depois de ter deixado a WTW, o gestor vai ser conselheiro da administração da corretora para os mercados português e espanhol. Um passo já na nova realidade do grupo SABSEG.

O ex-presidente da WTW em Portugal, António Madureira, passou a integrar o SABSEG Group como Board Adviser, para os mercados de Portugal e Espanha. A nomeação surge “no intuito de fortalecer e expandir as operações nestas duas geografias”, anunciou a empresa.

Miguel Machado passa a contar com António Madureira para os negócios em Portugal e Espanha.

Formado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, tem uma vasta experiência no setor dos seguros, tendo desempenhado, nos últimos 15 anos, as funções de CEO, Head of Portugal, Presidente em Portugal e membro do comité ibérico da corretora Willis Towers Watson (hoje WTW). António Madureira deixou a liderança da WTW em julho de 2022 tendo Nuno Arruda assumido essa missão.

Para Miguel Machado, Presidente do Conselho de Administração e CEO da SABSEG, “António Madureira terá um papel relevante no aconselhamento do Board, fornecendo insights valiosos e expertise adicional em Portugal e Espanha”, acrescentando que “os seus conhecimentos e experiência vão ajudar a impulsionar mais o nosso crescimento, permitindo-nos aproveitar ainda melhor as oportunidades e enfrentar os desafios emergentes dos mercados ibérico e global”.

António Madureira refere que “a experiência acumulada no mercado da corretagem e no mercado ibérico tornam este desafio no SABSEG Group bastante aliciante”. Prosseguindo, comentou tratar-se de “uma excelente motivação para desenvolver estratégias onde a inovação e o know-how especializado fazem a diferença no crescimento do negócio”.

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Sem surpresa, Fed carrega no botão da pausa e mantém as taxas de juro inalteradas

O banco central foi ao encontro das expectativas e fez uma pausa nas subidas das taxas diretoras, mas sinalizou que deve voltar a aumentar este ano.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) manteve esta quarta-feira inalteradas as taxas de juro, confirmando uma pausa no ciclo de subidas que era esperada pela grande maioria dos investidores e economistas. O Comité de Política Monetária da Fed (FOMC) informou, em comunicado, que as Fed Funds Rates permanecem inalteradas no intervalo 5,25%-5,5%.

“O Comité procura atingir o nível máximo de emprego e inflação à taxa de 2% a longo prazo. Em apoio a estes objectivos, o Comité decidiu manter o intervalo-alvo para a taxa Das Fed Funds Rates entre 5,25% e 5,50%”, sublinhou.

“Ao determinar a extensão do reforço adicional da política que pode ser apropriado para fazer regressar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comité terá em conta o aperto cumulativo da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afecta a actividade económica e a inflação, e os factores económicos e financeiros”, adiantou.

O dot plot, gráfico que representa as avaliações dos membros do FOMC para a política monetária apropriada aponta para mais uma subida nas taxas de juro este ano, com 12 membros a indicarem que a Federal Funds Rate deverá terminar 2023 no intervalo de 5,5%-5,75%, com apenas sete a apostarem na manutenção dos níveis atuais.

No entanto, as projeções trimestrais atualizadas da Fed mostram que as taxas cairão apenas meio ponto percentual em 2024, em comparação com o ponto percentual total de cortes previstos na reunião de junho. A federal funds rate é assim vista a cair para 5,1% no final do próximo ano e para 3.9% no fim de 2025.

“A Reserva Federal certamente fez hoje uma pausa agressiva, com a mensagem clara de que os decisores acreditam que as taxas de juro permanecerão mais altas por mais tempo”, afirmaram os analistas do banco neerlandês ING.

Desde março de 2022, a Fed aumentou as taxas diretoras dos 0,25% para o valor mais elevado em mais de duas décadas nos 5,5% para controlar a taxa de inflação que, desde o pico de 9,1% em junho do ano passado, caiu para 3,2% em julho antes de acelerar ligeiramente para 3,7% em agosto.

Dot plot “não é um plano”

Na conferência de imprensa, Jerome Powell quis esclarecer que as opiniões indicadas no dot plot não representam um plano de ação e que o facto de a Fed ter decidido manter a taxa directora nesta reunião não significa que tenha decidido se atingiu ou não a posição de política monetária que procura. “Se olharmos para as projeções económicas [documento que inclui o dot plot], a maioria dos participantes acredita que é mais provável que o façamos, que será apropriado aumentarmos as taxas mais uma vez nas duas reuniões restantes deste ano, enquanto outros acreditam que já alcançamos isso”. E

“É algo em que não estamos a tomar uma decisão, decidimos apenas manter a taxa e aguardar mais dados”, explicou. “As projeções não são um plano negociado ou discutido como um plano… é um acumular de previsões individuais de 19 pessoas e o que vemos é a mediana, não gostaria de dizer que isso é realmente um plano”.

O chairman da Fed realçou que o que isso reflecte, porém, é que as atividades económicas têm sido mais fortes do que o banco central esperava, do que todos esperavam, “por isso o que estamos a ver é que isto é o que as pessoas acreditam que a partir de agora será apropriado para alcançar o que pretendemos alcançar, que é um progresso em direção à nossa meta de inflação”.

“Período miserável” se a inflação voltar

Powell explicou ainda como a Fed tem de equilibrar a luta contra inflação — subida de preços continua acima da meta de 2% – com o objetivo de de uma “aterragem suave” da economia norte-americana, sem recessão.

“Uma aterragem suave é um objectivo primordial… e é isso que temos tentado alcançar durante todo este tempo”, disse. “A verdadeira questão, porém, é que a pior coisa que podemos fazer é não conseguir restaurar a estabilidade de preços porque os registos são claros quanto a isso, se não restaurarmos a estabilidade de preços, a inflação volta e poderemos passar um longo período em que a economia será muito incerta e isso afetará o crescimento, afetará todo o tipos de coisas”, disse.

Pode ser um período miserável ter a inflação a voltar constantemente e a Fed a ter de entrar e apertar repetidamente“, sublinhou Powell. “Portanto, acreditamos que a melhor coisa que podemos fazer por todos é restaurar a estabilidade de preços”. Adiantou que agora o banco central tem a capacidade de ser cuidadoso e agir com cuidado. “É isso que estamos a planear fazer, Portanto, apreciamos plenamente os benefícios de poder continuar o que já vemos, que é o reequilíbrio do mercado de trabalho e a queda da inflação, sem ver um grande aumento importante no desemprego, o que tem sido típico de outros ciclos de aperto”.

A Fed reviu em alta as projeções de crescimento da maior economia do mundo. Prevê agora expansões de 2,1% este ano e de 1,5% na próximo, que comparam com as anteriores projeções – da reunião de junho – de 1% e 1,1%, respectivamente. Em relação ao desemprego o banco central liderado por Jerome Powell também tem agora uma visão mais positiva, projetando uma taxa de 3,8% em 2023, abaixo dos 4,1% que previa em junho. Para 2024, essa taxa deve subir para 4,1%, face à projeção anterior de 4,5%

Segundo a Fed, a inflação deverá chegar à meta de 2% em 2026, descendo de 3,3% este ano, para 2,5% no próximo e 2,2% em 2025. Estas projeções ficaram praticamente inalteradas face às de junho.

Para os analistas do ING “estas são mudanças importantes, sugerindo que as autoridades estão firmemente na opinião de que podem gerar uma aterragem suave/nenhuma recessão, ao mesmo tempo que orientam a inflação para a meta de 2% ao longo do tempo”.

Subinharam que esta é “uma decisão ousada, dadas todas as incertezas que existem, e faz parecer mais provável que a Fed vá efectivamente levar a cabo outro aumento, apesar de não considerarmos que seja necessário”.

[Notícia atualizada às 20h36]

 

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Costa recusa ideia de que quem receba o salário mínimo pague IRS no próximo ano

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

No Orçamento do Estado para 2024 "não faz sentido que quem não pague [IRS] passe a pagar, sobretudo quem tem rendimentos mais baixos”, reafirmou António Costa.

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que “não faz sentido” que quem receba o salário mínimo nacional (SMN) passe a pagar IRS em 2024, recusando essa possibilidade para o próximo ano.

“No dia 10 de outubro, o Orçamento do Estado será apresentado e nós o que iremos apresentar é seguramente uma proposta que cumpre aquele objetivo que está enunciado já publicamente de reduzir em mais de dois mil milhões de euros aquilo que os portugueses pagam em IRS. Assim sendo, não faz sentido que quem não pague [IRS] passe a pagar, sobretudo quem tem rendimentos mais baixos”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro respondia a perguntas dos jornalistas durante uma visita à Nazaré, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”, que decorre entre hoje e quinta-feira, no distrito de Leiria.

Para António Costa, a possibilidade de a atualização do salário mínimo levar os trabalhadores que auferem esse valor a pagar IRS é “um problema que não se põe e uma discussão que não faz sentido”. “Haverá um dia, seguramente, em que o ordenado mínimo estará bastante acima do mínimo de existência, como deve ser. […] Ainda não é o caso”, vincou.

O primeiro-ministro realçou que o país deve ambicionar ter uma “sociedade onde os salários que pagam o trabalho” estejam muito acima daquilo que é o mínimo de existência.

Questionado sobre a possibilidade de, até ao fim do seu mandato, trabalhadores que recebam o SMN passem a pagar IRS, António Costa referiu que o Governo tem como objetivo chegar a um salário mínimo de 900 euros em 2026, tendo que se esperar por ver como evolui a economia e o que isso significa na atualização também dos indicadores, nomeadamente dos indexantes dos apoios sociais. “Não vale a pena procurarmos antecipar discussões”, asseverou.

Questionado sobre a capacidade de execução das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), António Costa vincou que, passada “toda a fase burocrática”, os projetos entraram “em velocidade cruzeiro”.

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Marcelo realça medidas de Portugal e confia que haverá ação pelo clima

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Na intervenção na ONU, o Presidente da República pediu "mais ambição e credibilidade no que respeita à ação climática".

O Presidente da República realçou esta quarta-feira nas Nações Unidas as medidas adotadas em Portugal para combater as alterações climáticas e deixou uma mensagem de confiança na capacidade de ação dos responsáveis políticos.

“Nós podemos e iremos cuidar do que é o nosso único planeta, o futuro das gerações mais novas. Nós seremos responsáveis perante as nossas populações. Não as iremos desapontar”, afirmou, num discurso na Cimeira da Ambição Climática, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Esta cimeira foi convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para uma vez mais alertar para a urgência de se agir nesta matéria.

Marcelo Rebelo de Sousa, que interveio em inglês, durante cerca de três minutos, pediu “mais ambição e credibilidade no que respeita à ação climática”. Na presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o chefe de Estado referiu, entre outras medidas, que “Portugal decidiu antecipar em cinco anos, para 2045, a neutralidade carbónica total” e que vai “duplicar o investimento em ciência e tecnologia aplicadas aos mares”.

O Presidente da República disse que a humanidade está “a correr contra o relógio” e que já se perdeu “demasiado tempo” para travar e minimizar os efeitos das alterações climáticas.

“Mas estamos certos de que, antes de 2030 e antes de 2050, nós podemos e iremos cuidar do que é o nosso único planeta, o futuro das gerações mais novas. Nós seremos responsáveis perante as nossas populações. Não as iremos desapontar”, acrescentou.

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Agendas Mobilizadoras são “extraordinário tónico” para a confiança do país, diz Costa

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

O primeiro-ministro destacou que estes projetos mobilizarem grandes, pequenas e médias empresas “nos mesmos consórcios”, que propõem não apenas mais investimento, mas “centenas de novos produtos".

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que as Agendas Mobilizadoras, que vão permitir um investimento de sete mil milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, representam um “extraordinário tónico” para a confiança do país.

Muitíssimo obrigado por esta viagem ao futuro que foi um extraordinário tónico para a nossa confiança, porque o que nós fizemos aqui hoje foi procurar antecipar o que é que vão entregar ao país, o que é que vão entregar à economia nacional, o que é que vão entregar aos portugueses até dezembro de 2025”, disse António Costa, em Leiria.

O chefe do executivo discursava na sessão de encerramento do encontro de apresentação de projetos das Agendas Mobilizadoras, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, que decorre hoje e na quinta-feira no distrito de Leiria.

As Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial são investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pelos fundos europeus do principal instrumento extraordinário de resposta da União Europeia à pandemia de covid-19, o Next Generation EU. São projetos em parceria entre empresas, universidades, centros tecnológicos e entidades públicas.

Reiterando que o país “recuperou bem da pandemia, melhor do que seguramente” todos pensavam quando se desenhou o PRR, António Costa realçou que hoje, na generalidade dos setores, se está “a crescer acima do nível” do de 2019. “Só o ano passado as empresas investiram em Portugal 32 mil milhões de euros, bastante mais que os sete mil milhões de euros que o conjunto destas Agendas representa”, declarou, reconhecendo que as Agendas Mobilizadoras são importantes não “pelo montante do investimento que implicam”, mas pela “metodologia de trabalho” que representam.

A este propósito assinalou o facto de se ter “deixado de falar, sistematicamente, que era necessário aproximar as empresas do sistema científico e tecnológico para, de uma vez por todas, as empresas e o sistema científico e tecnológico estarem juntas na mesma mesa e no mesmo projeto”.

Por outro lado, o primeiro-ministro destacou que estes projetos mobilizarem grandes, pequenas e médias empresas “nos mesmos consórcios”, que propõem não apenas mais investimento, mas “centenas de novos produtos, de novos processos ou de novos serviços”, além da “criação de 18 mil novos postos de trabalho, 11 mil dos quais altamente qualificados”.

Segundo António Costa, “isto é um grande resultado, mas é, sobretudo, um enorme treino para o futuro”, propondo aos presentes a realização destes encontros com periodicidade semestral, o próximo já em março, pois mais iniciativas como esta significam “mais sinergias” e têm um efeito inspirador e de contágio.

“Não tenho a menor das dúvidas que, se foi muito original esta experiência das Agendas Mobilizadoras neste PRR, este vai ser o novo normal do acesso aos financiamentos e aos fundos comunitários na próxima época de programação após 2027”, adiantou, satisfeito por o país ter começado a “treinar” cedo neste âmbito.

De acordo com o primeiro-ministro, “ainda bem” que se vai “ganhar, ao longo destes anos, o ‘know-how’ necessário e a capacidade de transmitir a informação àqueles que, em 2027, vão ter de estar prontos para ir ao mercado recolher fundos com base nestas novas metodologias”.

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Fundo Ambiental apoia instalação de carregadores de carros elétricos para IPSS

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Cada candidatura tem uma dotação máxima de 40.000 euros e a apresentação de candidaturas decorre até 20 de dezembro.

O Fundo Ambiental vai apoiar com seis milhões de euros a instalação de carregadores de veículos elétricos por parte de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), segundo aviso publicado esta quarta-feira em Diário de República.

De acordo com um comunicado do Ministério do Ambiente sobre o aviso agora publicado, cada candidatura tem uma dotação máxima de 40.000 euros e a apresentação de candidaturas decorre até 20 de dezembro.

O aviso do Fundo Ambiental, “Instalação de Postos de Carregamento de Veículos Elétricos para a Mobilidade Verde Social”, complementa o apoio prestado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, de aquisição de viaturas 100% elétricas para IPSS.

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Sociedade Livrefluxo vende posição na Altri e fica com 12,66%

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

A Livrefluxo comunicou que vendeu, “nos dias 15 e 18 de setembro de 2023, 700.000 ações representativas de 0,34% do capital social e dos direitos de voto da Altri, SGPS”.

A sociedade Livrefluxo vendeu 0,34% do capital social e dos direitos de voto da Altri, ficando com 12,66% da empresa, segundo um comunicado publicado esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota lê-se que a Livrefluxo comunicou que alienou, “nos dias 15 e 18 de setembro de 2023, 700.000 ações representativas de 0,34% do capital social e dos direitos de voto da Altri, SGPS”.

Com esta operação, a Livrefluxo, “da qual o administrador Domingos José Vieira de Matos é administrador e acionista dominante, passou a deter 25.969.010 ações representativas de 12,66% do capital social e dos direitos de voto da Altri” destacou.

De acordo com a empresa, “tendo a obrigação de comunicação resultado do facto do administrador Domingos José Vieira de Matos ser também administrador da sociedade Altri, SGPS”, consideram-se “imputáveis a Domingos José Vieira de Matos um total de 25.969.010 ações, correspondentes a 12,66% do capital e dos direitos de voto da Altri”.

A Altri fechou esta quarta-feira a sessão na bolsa de Lisboa a subir 1,69% para 4,32 euros.​​​​​​​

 

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Parlamento chumba propostas da oposição para aliviar carga fiscal

As propostas do PSD para aliviar a carga fiscal aplicada às famílias foram a votos e acabaram por ser chumbadas. Também propostas do CH, BE, PAN e PCP não foram aprovadas esta tarde.

As cinco propostas do PSD para “aliviar a asfixia fiscal“, que está a ser aplicada às famílias portuguesas, foram chumbadas esta quarta-feira no Parlamento. Também as propostas do Chega, do Bloco de Esquerda, do PCP e do PAN não conseguiram “luz verde”, num debate em que nenhum membro do Governo marcou presença.

No que diz respeito ao IRS que é aplicado a todas as famílias portuguesas, o PSD propunha uma diminuição de 1.200 milhões de euros, através da redução das taxas marginais. O projeto mereceu os votos favoráveis, além do PSD, do Iniciativa Liberal e do PAN, mas o PS votou contra e inviabilizou a medida. Já o Chega, o PCP, o Bloco de Esquerda e o Livre optaram pela abstenção.

Por outro lado, quanto aos jovens, o PSD defendia que a taxa máxima de IRS fosse de 15% até aos 35 anos de idade, com exceção dos jovens que se encaixem no último escalão de rendimentos. Conforme avançou o ECO, tal daria um salário e meio extra a um contribuinte com um ordenado bruto de 1.500 euros, por exemplo.

Neste caso, o PCP, o Bloco de Esquerda e o Livre juntaram-se ao PS para chumbar este projeto, que contou, ainda assim, com os votos favoráveis do PSD, Chega, PAN e Iniciativa Liberal.

Outra das propostas do PSD passava pela introdução na lei de um mecanismo para que a Assembleia da República debatesse o excedente de receita fiscal. Esta também foi chumbada pela maioria absoluta do PS.

E para aumentar a produtividade das empresas, o maior partido da oposição propunha que todos os rendimentos atribuídos a título de desempenho e produtividade ficassem isentos de qualquer imposto sobre o rendimento, até 6% do rendimento base.

Esta medida foi uma das que tem gerado mais críticas, com José Soeiro, do Bloco de Esquerda, e Duarte Alves, do PCP, a alertarem para o facto de esta abrir a porta a que os empregadores avancem com prémios em alternativa a aumentos salariais efetivos, o que prejudicaria, por exemplo, a proteção na doença e a aposentação. Na votação, PCP, BE, PS e Livre mostram-se assim contra, determinando a rejeição desta medida.

Contas feitas, no plenário desta quarta-feira, só um projeto foi aprovado: trata-se de um projeto de resolução do Livre, que recomenda ao Governo que implemente medidas ambiciosas de combate à evasão fiscal, à elisão fiscal e ao planeamento fiscal agressivo.

Apesar de o PS ter chumbado estas propostas, o Governo já sinalizou que irá reduzir os impostos no próximo ano. Só não disse como, estando agora em reuniões com os parceiros sociais.

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Sindicatos contra privatização da totalidade do capital da TAP

Representantes dos trabalhadores estão contra a venda da totalidade do capital da companhia aérea. Possibilidade vai estar prevista no decreto-lei de privatização.

O anúncio do primeiro-ministro de que o decreto-lei de privatização vai contemplar a possibilidade de ser vendido todo o capital da TAP está a ser mal recebido pelos sindicatos da companhia aérea.

Este sindicato não concorda com a privatização total da TAP, defendemos sim uma posição de equilíbrio que seja entre público e privado, pois o Estado português pode e deve ter um papel ativo e importante na TAP”, escreve o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), numa nota de imprensa divulgada hoje.

Tiago Farias Lopes, presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), também está contra a venda de 100% do capital e sugere ao ECO que o Governo “copie o modelo de companhias congéneres da TAP, que têm uma percentagem do capital”, dando como exemplo a Lufthansa e a Air-France KLM.

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira, durante o debate da moção de censura do Chega, que o Governo vai aprovar o decreto-lei de reprivatização da transportadora aérea no Conselho de Ministros da próxima semana. Salientando a “importância estratégica da TAP”, António Costa admitiu “vender parte ou a totalidade do capital” da companhia, “tendo em conta os interesses de Portugal”.

O Governo utiliza a TAP como forma de capitalização de votos. Se achar que dá mais votos vender 100% vende 100%. Se achar que dá mais votos ficar com uma percentagem do capital, fica”, afirma Tiago Farias Lopes, que sublinha ainda a “incoerência” do primeiro-ministro: “Antes dizia que o Estado ia sempre participar no capital e agora já pode não ficar”.

O Governo utiliza a TAP como forma de capitalização de votos. Se achar que dá mais votos vender 100% vende 100%.

Tiago Farias Lopes

Presidente do SPAC

“A TAP é uma empresa de âmbito nacional com fundamentos estratégicos muito importantes para o país dado o seu posicionamento geográfico, alem de que, a TAP é um dos grandes pilares do PIB português, gerando milhares de postos de trabalho diretos e indiretos”, argumenta o SINTAC.

Os mesmos motivos levam o responsável pela estrutura sindical dos pilotos a defender que o Governo assegure a manutenção do hub da TAP no aeroporto de Lisboa “por 30 anos”, seja qual for o comprador. E lembra que Diogo Lacerda Machado, antigo administrador não executivo da companhia aérea, revelou na Comissão Parlamentar de Inquérito que na anterior privatização o hub só ficou garantido por cinco anos.

Mesmo que fique assegurado o hub de Lisboa, será “um erro por parte do Governo considerar uma privatização a 100%”, escreve o SINTAC, defendendo “uma TAP com domínio público”. Tiago Faria Lopes defende o capital privado, “mas com regras”. E diz que “o Governo deveria ouvir todos os compradores e não só as grandes companhias de aviação”.

“Afinal qual é a pressa?”

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SITAVA) também divulgou um comunicado esta terça-feira, onde se manifesta contra a privatização, em qualquer cenário.

Fomos ontem, novamente, surpreendidos pelo primeiro-ministro anunciando no Parlamento com ar solene – parece-nos que completamente a despropósito – que o Governo ia avançar com mais um processo de privatização da TAP, certamente para salvar o país de algum ‘mau-olhado’ lançado pelas empresas públicas”, reage o maior sindicato que representa o pessoal de terra da companhia.

Para o SITAVA, não é circunstância de ser uma empresa pública que “a impede de crescer e de apresentar resultados positivos tanto no exercício de 2022 como no primeiro semestre do corrente ano”.

“Por mais esforço que façamos para entender a posição do governo, não conseguimos vislumbrar qualquer razão, ou sequer, qualquer racional económico para esta decisão“, escreve o sindicato, assinalando que o plano de reestruturação não impõe a privatização e que as anteriores resultaram em “gigantescos prejuízos para todos”.

Perante tudo isto só nos vem à memória uma pergunta: Mas afinal qual é a pressa? O Governo tem assim tanta pressa de se ver livre da TAP? Ou isso tornou-se uma obsessão”, questiona o SITAVA.

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Atrasos no reembolso do IVA afetam tesouraria das empresas de laticínios

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

“Sinalizámos aos deputados as dificuldades que as empresas têm sentido no reembolso do IVA no âmbito da medida do IVA zero, pois os reembolsos estão atrasados", indica o setor.

A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) alertou esta quarta-feira os deputados para os problemas de tesouraria que os atrasos no reembolso do IVA no âmbito da medida IVA zero estão a causar às empresas do setor.

Sinalizámos aos deputados as dificuldades que as empresas têm sentido no reembolso do IVA no âmbito da medida do IVA zero, pois os reembolsos estão atrasados, não estão a ser feitos de forma regular, e isso traz, em alguns casos, problemas de tesouraria”, disse à agência Lusa a diretora-geral da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL), no final de uma audiência no parlamento, na Comissão de Agricultura e Pescas.

Salientando que a associação vê como “muito positiva a medida do IVA zero”, defendendo que “deve ser continuada”, Maria Cândida Marramaque avisou, contudo, que “para ela ser continuada este problema tem que ser sanado, ou seja, os pagamentos [do reembolso do IVA] têm que ser regulares”.

Outra das preocupações levada pela ANIL aos deputados foi a do aumento das importações no setor, que, conjugada com a retração do consumo e a crescente opção por marcas de distribuidor em detrimento das marcas de fabricante, por serem mais económicas, têm levado a um aumento dos stocks da indústria e a uma “degradação dos preços”.

No primeiro semestre deste ano houve um aumento em valor das importações de 78,6 milhões de euros, com um aumento das importações de queijo de mais 28%, que são cerca de 35 milhões de euros, ou seja, quase metade deste valor, e de mais 11% em quantidade, que são mais 5.000 toneladas de queijo que entraram em Portugal”, avançou.

De acordo com Maria Cândida Marramaque, as importações que mais impactam a indústria nacional são as de queijos e de iogurtes e leites fermentados, “que têm aumentado”, sobretudo de países como a Alemanha, Holanda e Espanha. “Muitas importações levam a um aumento da disponibilidade do leite para processar e também a um aumento do imobilizado e dos stocks dentro da indústria, o que, com o menor consumo, leva uma degradação de preços que, para nós, não é nada interessante”, sustentou.

Outra das preocupações manifestadas pela ANIL foi o que diz ser uma discriminação, no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), entre produtores de leite que estão numa organização de produtores (OP) e os que não estão.

Os que estão em OP têm um adicional no pagamento ao milho silagem e aqueles que não estão numa OP não o têm, ou seja, têm de se constituir em OP para o receber, o que cria uma distinção em termos dos produtores que consideramos que é necessário corrigir”, afirmou a diretora-geral da associação.

Finalmente, a ANIL aponta ainda a necessidade de criação de mecanismos de proteção do queijo nacional face às importações e face aos análogos de queijo que chegam ao mercado e que levam os consumidores, “muitas vezes, a tomá-los como queijo, quando não são queijo”.

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Parlamento aprova audição de Pizarro sobre obstáculos no acesso ao aborto no SNS

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

O Bloco defende que persistem os obstáculos "inadmissíveis" colocados pelo SNS para acesso à Interrupção Voluntária de Gravidez.

A comissão parlamentar de Saúde aprovou esta quarta-feira por unanimidade um requerimento do BE para ouvir o ministro da Saúde e a Entidade Reguladora da Saúde sobre os obstáculos no acesso ao aborto no SNS, indicou à Lusa fonte parlamentar. Outro requerimento do PCP sobre a mesma matéria, mas que solicitava a audição do diretor executivo do SNS e do presidente da Associação de Administradores Hospitalares, foi chumbado com o voto contra do PS.

No requerimento, o BE considerava que a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez provou ser uma “política extremamente positiva” do ponto de vista da saúde pública, “reduzindo as complicações e a mortalidade associadas a práticas clandestinas”.

“Não obstante tudo isto, persistem os obstáculos colocados pelo SNS para acesso à Interrupção Voluntária de Gravidez (IVG). Obstáculos que são inadmissíveis por colocarem em causa o acesso a um direito e por atentarem contra a dignidade das mulheres”, lia-se.

O partido citava em particular um relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que resulta de um processo de monitorização aberto em 10 de março e que indica que, “das 42 entidades hospitalares oficiais do SNS elegíveis para a realização de IVG, 15 não a fazem”.

“Dessas 15, duas não tinham sequer qualquer procedimento de encaminhamento para uma outra instituição onde a IVG pudesse ser realizada”, referia-se. Segundo o BE, o relatório indica ainda que, dos 55 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), “apenas cinco disponibilizam consulta prévia e nenhum realizava IVG”.

Para o partido, estes dados são “apenas um pequeno resumo dos vários problemas identificados”, que é, “já por si, muito preocupante e inadmissível”. “A situação não está a ser resolvida pelo Governo, nem em semanas nem em meses, e não se trata de pequenos casos pontuais. Trata-se, isso sim, de uma degradação da situação que coloca em causa a e lei e o acesso a direitos previstos na lei”, lia-se.

O PCP, no requerimento que foi chumbado, também abordava o relatório da ERS, considerando que “apresenta conclusões preocupantes do ponto de vista da persistência de inaceitáveis dificuldades, impedimentos e mesmo desrespeito pelos direitos das mulheres no que respeita à IVG”.

Há pelo menos 15 hospitais que não garantem o acesso a este procedimento. Alguns não têm serviço de ginecologia e obstetrícia, e outros nem sequer apresentam soluções alternativas em tempo útil”, aponta-se no requerimento do PCP. A bancada comunista referia ainda que se concluiu que a lei “é violada em grande parte das unidades, com prazos desrespeitados em pelo menos 20% dos pedidos”.

O PCP frisava, igualmente, que 68% dos abortos foram realizados nos hospitais públicos, tendo sido usado o método medicamentoso em 98% das situações, enquanto nos estabelecimentos privados reconhecidos o método cirúrgico foi utilizado em 95% das situações.

Para a bancada comunista, este dado revela “que a perda de capacidade de resposta do SNS em todas as áreas, em particular na ginecologia/obstetrícia, não pode deixar de estar indissociavelmente ligada às dificuldades de acesso à IVG”.

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Parlamento Europeu recomenda fim da cobrança da bagagem de mão

  • ECO
  • 20 Setembro 2023

Resolução pede às companhias aéreas que forneçam informação transparente sobre o preço e horário dos voos e apela a Bruxelas que legisle de modo a que a harmonizar medidas e pesos da bagagem de mão.

A Comissão de Petições do Parlamento Europeu aprovou, por unanimidade, uma resolução que insta as companhias áreas a garantir que os passageiros possam levar uma bagagem de mão gratuita, escreve o El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

A comissão votou esta quarta-feira uma resolução que pede que exista uma harmonização no que toca às medidas e ao peso das malas, de modo a que todos as companhias aéreas que operem na União Europeia (UE) sigam os mesmos critérios.

De acordo com o jornal espanhol, o texto inclui também um pedido para que a Comissão Europeia e aos Estados-membros para que façam “eco” de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) que considerou que a bagagem de mão é um “elemento indispensável” para o passageiro, pelo que não pode ser sujeito a um custo extra. De notar que apesar desta decisão, algumas companhias continuam a cobrar a bagagem de mão.

Nesse sentido, a resolução do Parlamento Europeu insta os países a garantirem o respeito pelo decisão, dado que atualmente os passageiros que não pagam o custo extra exigido por determinadas companhias aéreas são multados na porta de embarque por transportarem a bagagem de mão.

Além disso, a resolução do Parlamento Europeu pede às companhias aéreas que forneçam informação transparente sobre o preço e horário dos voos e apela à Comissão Europeia que legisle de modo a que a harmonizar medidas e ao peso das bagagens de mão, dado que este ponto não é abordado no acórdão do TJUE. Esta resolução será votada na sessão plenária de Estrasburgo, no próximo mês.

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