McLaren renova com piloto de Fórmula 1 Oscar Piastri até 2026

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

O jovem de 22 anos foi quarto no Grande Prémio da Grã-Bretanha, segundo na corrida sprint na Bélgica e sétimo no domingo passado, em Singapura.

A equipa de Fórmula 1 McLaren anunciou esta quarta-feira a renovação de contrato com o australiano Oscar Piastri até 2026, a meio de um ano de estreia em que já foi quarto num grande prémio.

Estou muito feliz por continuar a parceria com a McLaren nos próximos anos. Quero lutar pelos primeiros lugares da grelha com esta equipa e estou entusiasmado por tudo o que já conseguimos”, declarou o jovem de 22 anos, citado em comunicado.

O diretor da equipa, Zak Brown, destacou Piastri como sendo “muito talentoso e uma mais-valia”, depois de se ter juntado a esta formação em 2022, como piloto de reserva, fazendo a estreia esta época.

Desde então, foi quarto no Grande Prémio da Grã-Bretanha, segundo na corrida sprint na Bélgica e sétimo no domingo passado, em Singapura.

Piastri é 11.º classificado na tabela de pilotos do mundial de Fórmula 1, com 42 pontos, enquanto o britânico Lando Norris, o seu companheiro de equipa, é oitavo, com 97.

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Corretora BMS com novo responsável por Portugal

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2023

Com nova linha de negócio e novo responsável por Portugal e Espanha, a corretora BMS, especializada em resseguro, entra no negócio do crédito e do risco político na península.

Javier Garcia Luis entrou para a divisão Iberia da corretora BMS para liderar o negocio de Trade Credit & Political Risks em Portugal e Espanha. Reporta a Gonzalo Camacho, Managing Director de Surety & Trade Credit.

Javier Garcia vai gerir a nova linha de negócios Crédito e Risco Político em Portugal e Espanha.

Com a criação desta nova linha de negócio e com a entrada de Javier Luis, a BMS refere que se “ampliam as áreas de especialização não só em soluções de crédito e riscos políticos, mas também em Confirming, Factoring, Financiamentos Alternativos e Estruturados, a nível nacional e internacional”.

Javier Garcia entra agora na BMS após vários anos na ICBA, International Credit Broker Association. Antes trabalhou como director Territorial de Crédito na Willis Towers Watson (hoje WTW) e na AU Brokers, assim como na Mapfre e no Banco Santander.

A BMS é uma corretora britânica com 5 mil milhões de euros de faturação anual e tem quatro escritórios em Espanha gerindo daí o negócio em Portugal. Quase 55% da sua atividade resulta de resseguro e o restante de intermediação de seguros.

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Escolas públicas perderam quase 10 mil docentes numa década

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

O setor público perdeu 9.768 professores, a maioria nos 2.º e 3.º ciclos e no secundário. O período mais problemático foi até 2014.

As escolas públicas perderam quase 10 mil docentes numa década e a maior quebra foi até 2014, segundo dados recentemente divulgados que mostram também uma classe docente cada vez mais envelhecida em todos os ciclos de ensino. Os dados constam do Perfil do Docente 2021/2022, publicado este mês pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que caracteriza os educadores e professores, do pré-escolar ao ensino secundário.

Numa altura em a falta de professores nas escolas volta a estar em destaque – milhares de alunos iniciaram o ano letivo sem todos os docentes –, o relatório revela que, numa década, o setor público perdeu 9.768 professores, a maioria nos 2.º e 3.º ciclos e no secundário. No ano letivo 2021/2022, havia 21.139 professores do 2.º ciclo nas escolas públicas (menos 7.280 do que em 2011/2012) e 72.195 do 3.º ciclo e secundário (menos 3.258).

O período mais problemático foi até 2014. No 2.º ciclo, o número de professores caiu ano após ano entre 2011/2012 e 2014/2015, período em que as escolas perderam cerca de sete mil docentes, passando de 28.419 para 20.927. A tendência foi semelhante no 3.º ciclo e secundário e, nesse caso, as escolas perderam mais de 10 mil docentes em apenas três anos letivos.

A partir de 2014/2015, as escolas foram conseguindo recuperar professores, mas os sucessivos aumentos não foram suficientes para se aproximarem dos números de 2011/2012, quando contavam com mais de 75 mil docentes, à semelhança do que aconteceu no 2.º ciclo.

Pelo contrário, as escolas públicas tinham, há dois anos, mais 409 professores no pré-escolar e mais 361 no 1.º ciclo, comparativamente a 2011/2012. O problema da falta de professores poderá, no entanto, agravar-se nos próximos anos, uma vez que, de acordo com o mesmo relatório, a classe docente está cada vez mais envelhecida, tanto no setor público como no privado.

De acordo com os dados da DGEEC, a idade média dos professores aumentou significativamente em dez anos e, em 2021/2022, ultrapassava os 50 anos em todos os níveis de ensino, mas é no pré-escolar que a situação é mais grave. No setor público, em cerca de 10 mil profissionais, quase 80% dos educadores do pré-escolar tinham mais de 50 anos, sendo que abaixo dos 30 anos contabilizavam-se apenas 14 educadores, o que não chega a representar 0,1%.

Entre os níveis de ensino com a classe docente mais envelhecida, seguem-se o 2.º ciclo, em que 62,6% tinham mais de 50 anos, o 3.º ciclo e secundário (60,4%) e o 1.º ciclo (47,6%). A percentagem de professores com menos de 30 anos não chegava aos 2% em qualquer um dos três. Por região, as escolas com os docentes mais velhos localizam-se no Centro, onde a média de idades era 56 anos no pré-escolar, 54 anos no 2.º ciclo e 52 anos nos 1.º e 3.º ciclos e secundários.

Outro dos indicadores tratados no Perfil do Docente é o vínculo contratual e, desse ponto de vista, os dados mais recentes mostram duas tendências. Por um lado, entre 2011/2012 e 2021/2022, houve um aumento do recurso a professores contratados no pré-escolar e 1.º ciclo, que representavam 20,2% e 17,3% do corpo docente das escolas, respetivamente.

Nos 2.º e 3.º ciclos e secundário, o recurso a contratados diminuiu ligeiramente, mas, ainda assim, representavam 21% do total no 2.º ciclo e 25,2% no 3.º ciclo e secundário. Em todos os níveis de ensino, o recurso a professores contratados é mais significativo nas regiões do Algarve e Área Metropolitana de Lisboa, onde existe também maior carência.

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Alemanha estuda fortes restrições à Huawei e ZTE no 5G

Depois de uma avaliação que expôs a dependência do 5G alemão destes fornecedores chineses, o governo está a ponderar limitar o uso de equipamentos da Huawei e da ZTE pelas operadoras.

Uso de tecnologia 5G da Huawei pode ser fortemente limitado pelo Governo da AlemanhaEPA/WU HAO

O governo alemão está a ponderar restringir o uso de equipamentos da Huawei e da ZTE nas redes 5G no país, dois fornecedores considerados de “alto risco” na União Europeia por terem ligações com a China. A decisão final não está tomada, mas a imprensa internacional noticia a informação citando fontes próximas do executivo.

Segundo a Reuters, no ministério do interior da Alemanha pondera-se ordenar a remoção de todos os equipamentos críticos destas marcas do núcleo (core) das redes 5G. As operadoras poderão ainda ser obrigadas a limitar a quota de equipamentos da Huawei e da ZTE a 25% na parte menos crítica das redes, também conhecida por “rádio”.

No entanto, a Bloomberg refere que estão a ser estudados outros calendários. Até porque, à luz desta notícia, algumas operadoras já reclamaram precisar de mais tempo. Fonte oficial da Deutsche Telekom considerou a meta de 2026 como irrealista, defendendo que, no Reino Unido, onde o uso de equipamentos da Huawei foi proibido nas redes móveis em 2020, até o prazo de sete anos é “demasiado ambicioso”. Por sua vez, a Telefónica Deutschland avisou que, caso Berlim imponha restrições à Huawei que interfiram com as redes existentes, irá exigir uma indemnização ao Estado alemão.

Nos últimos anos, a Alemanha tem-se mostrado reticente em restringir o uso de tecnologia 5G da Huawei, porque a China, onde a empresa tem sede, é vista, simultaneamente, como um parceiro estratégico e um adversário. Só que a Comissão Europeia tem feito cada vez mais pressão sobre os países para que limitem o uso de tecnologia chinesa nas redes, principalmente depois de a invasão da Ucrânia pela Rússia ter exposto vulnerabilidades em setores-chave.

Muito influenciada pelos EUA, a Comissão Europeia teme que a Huawei possa ser instrumentalizada por Pequim para provocar disrupção no ocidente. Uma acusação já com vários anos, que ganhou força no mandato presidencial de Donald Trump, e que a Huawei sempre recusou com veemência.

No caso alemão, de acordo com a Reuters, o desenho desta medida terá sido espoletado por uma avaliação que pôs a descoberto o elevado recurso à Huawei e ZTE no desenvolvimento das novas redes 5G na Alemanha. Em reação a esta notícia, a Huawei Alemanha classificou a intenção do governo como uma tentativa de “politização” da cibersegurança, defendo tratar-se em todo o caso de uma medida discriminatória, não assente em critérios técnicos.

A situação na Alemanha é relevante no contexto português. Em Portugal, uma entidade oficial com ligações ao Gabinete Nacional de Segurança ordenou em maio a exclusão das redes 5G de fornecedores e prestadores de serviços que preencham uma série de critérios, entre os quais terem sede em países que não pertençam à UE, à OCDE ou à NATO.

Apesar de o organismo ter publicado o teor geral da decisão, os detalhes concretos mantiveram-se confidenciais, tendo sido partilhados de forma reservada com as operadoras de telecomunicações. E ainda que a deliberação nacional não mencione a empresa diretamente, sabe-se que a mesma atinge a Huawei Portugal, mais não seja porque a empresa avançou para tribunal na tentativa de travar essa mesma deliberação.

Mas se a decisão alemã avançar nos termos que estão a ser noticiados, com a remoção de todos os equipamentos do core e limitação a 25% no “rádio”, será, mesmo assim, menos restritiva do que a opção portuguesa. Por cá, foi deliberada a exclusão dos equipamentos de risco de toda a rede, incluindo a parte menos crítica. Mas, como noticiou o ECO em junho, citando fontes familiarizadas com o assunto, as operadoras terão cinco anos para a implementar, ou seja, presumivelmente até 2028.

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Seis em cada dez estudantes vão ter atividades extracurriculares. Gasto médio ronda os 71 euros/mês

Este ano, os encarregados de educação deverão gastar, em média, 71 euros/mês em atividades extracurriculares das crianças e jovens a cargo, revela inquérito. Desporto é a atividade mais procurada.

Quase seis em cada dez (59%) estudantes vão ter atividades extracurriculares durante este ano letivo, de acordo com um inquérito do Observatório Cetelem. Os encarregados de Educação antecipam gastar, em média, 71 euros por mês com esta despesa.

Este ano, 59% dos inquiridos garantem que vão inscrever as crianças e jovens a seu cargo em atividades extracurriculares. Destes, a maioria (77%) vão praticar desporto, o que representa uma subida de 17% face ao ano passado, segundo o inquérito “Regresso às Aulas 2023”, que tem por base 1.300 contactos, seguidas pela música e dança.

De notar, que este ano, subiram as intenções para a inscrição em atividades de artes plásticas, que passaram de 1% no ano passado para 7% este ano, enquanto as associadas à natureza passaram de 3% para 6% e inscrições relacionadas com com solidariedade subiram de 1% para 5%.

As famílias esperam gastar, em média, 71 euros por mês com as atividades extracurriculares, sendo que o valor oscila entre os diferentes níveis de ensino: o valor mais elevado é no 2.º ciclo (85 euros/mês), seguindo pelo 3.º ciclo (80 euros/mês), o ensino secundário (79 euros/mês) e o ensino superior (75 euros/ mês).

“Ainda no que diz respeito a despesas com as atividades, estas rondam os 91 euros no ensino privado, numa realidade bem diferente da do ensino público, que se situa nos 69 euros”, aponta ainda o Observatório Cetelem, em comunicado.

Além das atividades extracurriculares, o orçamento escolar contempla outras despesas, como gastos com explicações ou cursos de línguas. Neste contexto, 26% dos inquiridos admitem que planeiam gastar dinheiro com as explicações dos educandos, sobretudo para que se “possam preparar para testes e exames nacionais (58%), mas também para minimizar as dificuldades sentidas na escola (42%)”.

Por outro lado, 21% pretendem inscrever os alunos em cursos de línguas, sendo que a maioria é por considerar útil para o futuro e carreira profissional (64%). Ao mesmo tempo, 19% dos encarregados de educação admitem inscrever os educandos em ATLs e Centros de Estudo.

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“Ministro Fernando Medina é o grande cobrador de impostos”, atira PSD

O debate desta tarde é o "teste do algodão", na visão do PSD, para os socialistas mostrarem se estão ou não abertos a baixar a carga fiscal. Nenhum membro do Governo está presente no plenário.

Estão em debate esta quarta-feira no Parlamento as cinco propostas apresentadas pelo PSD para aliviar a “esmagadora carga fiscal”, que tem levado os portugueses a empobrecer. No arranque do plenário, o presidente da bancada laranja argumentou que os contribuintes pagam “cada vez mais impostos” e atirou que o debate desta tarde será a “derradeira oportunidade” dos socialistas indicarem se querem ou não reduzir esse esforço que é exigido aos portugueses. “É o teste do algodão“, atirou Joaquim Miranda Sarmento. Nenhum membro do Governo está, porém, presente no plenário.

“Estes quase dois anos de maioria absoluta são marcados pelo forte empobrecimento dos portugueses. A complexa e esmagadora carga fiscal é uma das causas deste empobrecimento coletivo”, começou por sublinhar o líder do grupo parlamentar social-democrata, referindo que este é um Governo de “rendimento mínimo para as famílias e impostos máximos“.

No arranque do plenário, Joaquim Miranda Sarmento frisou ainda que as famílias estão asfixiadas e argumentou que o “Governo faz muito pouco e muito menos do que podia fazer“. “Os portugueses pagam cada vez mais impostos. O ministro Fernando Medina é o grande cobrador de impostos“, realçou, contrapondo que, apesar da subida das receitas fiscais, o Estado oferece serviços públicos mínimos.

Entre as propostas do PSD que estão hoje em discussão, está uma diminuição de 1.200 milhões de euros do IRS, através da redução das taxas marginais. O partido laranja quer ainda que a atualização dos escalões desse imposto fosse obrigatória, tendo por referência a taxa de inflação.

Por outro lado, quanto aos jovens, o PSD defende que a taxa máxima de IRS seja de 15% até aos 35 anos de idade, com exceção dos jovens que se encaixem no último escalão de rendimentos.

Esta quarta-feira, Joaquim Miranda Sarmento voltou a afirmar que o PSD está disponível para um pacto para garantir estabilidade neste regime fiscal especial para os mais jovens. E também o social-democrata Alexandre Poço insistiu no apelo ao PS no sentido de se firmar esse apelo, observando que o “país tem sido padrasto dos seus jovens“.

Outra das propostas do PSD passa pela introdução na lei de um mecanismo para que a Assembleia da República debata o excedente de receita fiscal.

E para aumentar a produtividade das empresas, o maior partido da oposição propõe que todos os rendimentos atribuídos a título de desempenho e produtividade fiquem isentos de qualquer imposto sobre o rendimento, até 6% do rendimento base.

Esta última proposta é das que tem gerado mais críticas, com José Soeiro, do Bloco de Esquerda, e Duarte Alves, do PCP, a alertarem para o facto de esta abrir a porta a que os empregadores avancem com prémios em alternativa a aumentos salariais efetivos, o que prejudicaria, por exemplo, a proteção na doença e a aposentação.

“A história fala pelo PSD”

Já da parte do PS, Ivan Gonçalves atirou esta tarde a seguinte questão à bancada laranja: porque é que o PSD defende hoje o que nunca fez quando vou governo? “A história fala por vocês”, atirou, na mesma linha, o deputado Hugo Costa, considerando que o debate desta tarde não faz sentido (“é um engodo“, disse), tendo em conta a proximidade relativamente à apresentação do Orçamento do Estado, que dará entrada no Parlamento já a 10 de outubro.

O deputado Carlos Brás repetiu, mais tarde, essa mesma crítica, atirando, além disso, que espera que o IRS “não seja apenas um amor de verão” da bancada laranja. “Para o PSD, a redução do PSD nunca foi uma prioridade. Estes soundbites não fazem sentido”, criticou, no mesmo sentido, Jamila Madeira.

Também no plenário desta tarde, Ivan Gonçalves assegurou também que a receita fiscal extraordinária que o Governo tem arrecadado à boleia da inflação tem sido devolvida aos portugueses “que mais precisam” por via de apoios.

E reagindo às críticas dirigidas pelos comunistas à atual política fiscal, por sua vez o socialista Diogo Cunha sublinhou que gostaria de perceber porque é que o PCP se junta à direita “no ataque ao Governo“. Em resposta, Duarte Alves acusou o PS de se alinhar com a direita, no que diz respeito, nomeadamente, à tributação dos rendimentos dos residentes não habituais e dos nómadas digitais.

Também há propostas do CH, BE, PCP, PAN e L

Além das propostas do PSD, estão em debate esta quarta-feira projetos do Chega, Bloco de Esquerda, PAN, do PCP, e do Livre com vista a aliviar a carga fiscal, mexendo, por exemplo, nos escalões do IRS. “A política fiscal não tem servido os interesses dos portugueses“, assinalou o bloquista Pedro Filipe Soares.

O Iniciativa Liberal não apresentou propostas para este debate, mas João Cotrim de Figueiredo salientou que este partido tem sido, desde o início, “o campeão” da simplificação fiscal e frisou que alguns dos projetos em cima da mesa “são razoáveis“, como o do BE que prevê a revisão da dedução específica do IRS.

Avisou, porém, que há também “propostas sonsas“, nomeadamente a relativa ao regime dos residentes não habituais. “A nossa posição é: tudo o que basta impostos, vamos viabilizar. Tudo o que aumenta, vamos votar contra”, afirmou o parlamentar.

Apesar da grelha organizada pelo Parlamento prever tempo para o Governo, nenhum membro do Executivo está presente no plenário esta tarde, facto que o Chega não deixou passar em branco, chamando a atenção para essa ausência numa das suas primeiras intervenções. “É profundamente lamentável constatar a ausência do Governo”, concordou Hugo Carneiro, do PSD.

O Governo já sinalizou que o Orçamento do Estado para 2024 trará uma redução dos impostos aplicados às famílias, mas ainda não detalhou de que modo será feito esse alívio.

Atualizada às 17h19

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Polónia convoca embaixador ucraniano após declarações de Zelensky

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

A tensão entre polacos e ucranianos subiu de tom depois de Zelenski ter sugerido, na ONU, que “alguns países estão a ajudar a preparar um palco para o surgimento de um ator de Moscovo”.

As autoridades polacas convocaram esta quarta-feira o embaixador ucraniano em Varsóvia, Vasil Zvarich, em protesto contra as palavras do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o veto de cereais da Ucrânia, numa escalada de críticas entre os dois países.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que o seu objetivo é responder às palavras de Zelensky, que afirmou durante a sua visita a Nova Iorque por ocasião da Assembleia-Geral das Nações Unidas que “alguns países estão a ajudar a preparar um palco para o surgimento de um ator de Moscovo”. Em resposta, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, ameaçou esta quarta, em declarações ao canal polaco Polsa, adicionar mais produtos à lista de importações ucranianas bloqueadas se Kiev “intensificar o conflito” sobre esta questão.

O chefe do executivo polaco publicou ainda um vídeo nas suas redes sociais em que recordou que o seu país “foi o primeiro a fazer muito pela Ucrânia” e por isso espera que os seus interesses sejam compreendidos e promete defendê-los “com toda a determinação”. A Polónia, juntamente com a Hungria e a Eslováquia, decidiu prorrogar unilateralmente a proibição de importação de produtos agroalimentares da Ucrânia, depois de Bruxelas ter levantado as restrições impostas a pedido destes países em 15 de setembro.

Em resposta, a Ucrânia apresentou na segunda-feira uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), o que, comentou Morawiecki, “significa apenas que alguém, neste caso o lado ucraniano, não compreende a desestabilização [a entrada de produtos ucranianos] no mercado agrícola polaco. A escalada verbal entre a Polónia e a Ucrânia intensificou-se com o discurso na terça-feira do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.

“É preocupante que alguns na Europa estejam a desempenhar o papel de solidariedade num teatro político, transformando (a questão dos) cereais num thriller. Parece que estão a desempenhar os seus próprios papéis. Mas o que estão a fazer é ajudar a definir o palco para um ator de Moscovo”, disse Zelensky. Mais tarde, o Presidente polaco Andrzej Duda respondeu a estas declarações, dizendo à imprensa que “qualquer pessoa que já tenha participado no resgate de uma pessoa que se afoga sabe que é extremamente perigoso e pode arrastá-la até às profundezas”.

Duda acrescentou que ninguém pode culpar a Ucrânia, na sua difícil situação, por “agarrar-se a tudo o que pode”, mas, continuando a comparação, acrescentou que é legítimo proteger-se do perigo enquanto resgata alguém que se afoga. A agenda de Duda incluía um encontro com Zelensky na terça-feira à margem da Assembleia-Geral em Nova Iorque, mas foi cancelado, oficialmente por falta de tempo.

Já hoje a diplomacia ucraniana apelou à Polónia para “deixar a emoção de lado” e adotar uma abordagem construtiva na disputa sobre as exportações de cereais entre os dois vizinhos que são aliados na guerra contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado. “Apelamos aos nossos amigos polacos para que deixem as emoções de lado”, escreveu o porta-voz diplomático ucraniano, Oleg Nikolenko, no Facebook.

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Santos Silva considera Portugal exemplo na liberdade religiosa e elogia Marcelo

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

"O facto de Portugal ser um país conhecido pela tolerância, pelo respeito recíproco, pelo diálogo entre as religiões, tem feito Portugal marcar pontos internacionalmente”, disse Santos Silva.

O presidente da Assembleia da República considera que Portugal é um exemplo mundial em termos de respeito pela liberdade religiosa, defende que essa vantagem deve ser acarinhada e elogia a ação de Marcelo Rebelo de Sousa nesta temática.

Estas posições foram defendidas por Augusto Santos Silva em declarações à agência Lusa, esta quarta-feira, na véspera de um colóquio por si promovido, na Biblioteca Passos Manuel, no parlamento, sobre a questão das relações entre a liberdade religiosa e a liberdade de expressão.

Na quinta-feira, durante este colóquio, estão previstas duas intervenções de fundo, uma na perspetiva do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, pela juíza Ana Maria Guerra Martins, e a outra a cargo da teóloga, professora e investigadora Teresa Toldy. Estas intervenções serão depois comentadas por representantes de duas confissões minoritárias em Portugal: Paulo Sérgio Macedo (União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia) e Abilene Fischer (reverenda da Igreja Lusitana).

Entendi que podíamos celebrar o dia da liberdade religiosa, 22 de junho, criado pela Assembleia da República, com momentos de reflexão e debate sobre esta temática. Para isso, desafiei a Comissão da Liberdade Religiosa”, referiu Augusto Santos Silva. O ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros assinalou depois que o colóquio que se realizará na quinta-feira será o segundo de três que, ao longo de 2023, abordam a temática da liberdade religiosa.

“O primeiro refletiu sobre o processo que levou à aprovação da lei; este segundo, na quinta-feira, aborda as questões sempre delicadas da relação entre a liberdade religiosa e a liberdade de expressão, porque a liberdade de expressão também se pode fazer contra as religiões; e teremos ainda um terceiro colóquio em dezembro”, completou. Nas suas declarações à agência Lusa, o presidente da Assembleia da República rejeitou a tese de que Portugal esteja imune a episódios em que possam colidir a liberdade religiosa e a liberdade de expressão.

“Mas digo que a situação portuguesa, em comparação com a situação internacional, é muito boa. Portanto, devemos acarinhá-la para que continue a ser muito boa”, sustentou, antes de elogiar a ação do Presidente da República nesta matéria.

Destaco o excelente exemplo que foi dado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, cujo segundo ato público, quer no início do seu primeiro mandato, quer no início do segundo mandato, logo a seguir à sessão na Assembleia da República, foi um encontro com todas as confissões religiosas existentes em Portugal. O facto de Portugal ser um país conhecido pela tolerância, pelo respeito recíproco, pelo diálogo entre as religiões, tem feito Portugal marcar pontos internacionalmente”, salientou Augusto Santos Silva.

O presidente da Assembleia da República aproveitou ainda para observar que Portugal tem a sede mundial do Imamat Ismaili e, mais recentemente, o Centro para o Diálogo Inter-Religioso mudou a sua sede para Lisboa. “Temos toda a vantagem em consolidar e capitalizar a situação em que vivemos, que é muito interessante. Sendo um país como uma religião maioritária muito clara, a Católica, Portugal é também um país no qual a liberdade de expressão e de prática religiosa é total”, defendeu.

Neste contexto, o presidente do parlamento reforçou em seguida esta sua tese, advogando que a lei da liberdade religiosa aprovada pela Assembleia da República “é muito equilibrada, avançada, sendo apontada como um exemplo internacionalmente”.

“Portugal tem também marcado pontos como um país de pluralismo religioso, em que as diferentes confissões convivem harmoniosamente – e isso deve ser relevado como um traço muito importante da democracia portuguesa. O Estado Português é laico, evidentemente. E por ser laico está em muito boas condições de fazer o que faz: Reconhecer a pluralidade das práticas e das confissões religiosas e reconhecer ao mesmo tempo a importância das igrejas e confissões religiosas”, acrescentou.

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Número de casais com ambos os elementos desempregados sobe 3,5% em agosto

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

"Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.326 (7,8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado", indica o IEFP.

O número de casais com ambos os elementos no desemprego aumentou 3,5% em agosto em termos homólogos e 3,6% em cadeia, para 4.663, informou esta quarta-feira o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.326 (7,8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.663 casais desempregados, em agosto de 2023, o que representa mais 3,5%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, refere o IEFP na informação estatística divulgada, com dados relativos a Portugal continental.

Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo. Segundo o IEFP, no final de agosto estavam registados nos serviços de emprego do continente 283.103 desempregados, dos quais 42,4% eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 120.080.

O instituto informa ainda que o desemprego registado nos serviços de emprego do continente aumentou 6,1% face ao período homólogo e 4,1% em relação ao mês anterior.

Relativamente ao total de desempregados casados ou em situação de união de facto, observa-se um aumento de 4,9% (5.655 desempregados) face a agosto de 2022 e um acréscimo de 3,9% (4.553) relativamente a julho de 2023.

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Espanhola Hotelverse chega a Portugal para “revolucionar” reservas em hotéis

Startup espanhola cria 'gémeos digitais' de hotéis permitindo aos utilizadores fazerem reserva do quarto onde pretendem ficar.

A Hotelverse, que atua na área de reservas na hotelaria, está já a operar em Portugal. “Começamos agora o nosso caminho em Portugal, e estamos entusiasmados por trazer inovação e valor ao mercado para criar um novo capítulo na história da hotelaria”, diz Fermín Carmona, CEO da Hotelverse.

“Na Hotelverse estamos determinados a transformar a indústria hoteleira, devolvendo o poder de compra aos hotéis e proporcionando experiências excecionais aos nossos clientes e aos seus clientes também. Com a nossa tecnologia revolucionária, construímos o futuro das reservas de quartos de hotel,” diz o CEO da Hotelverse, citado em comunicado.

Criada em 2021, a startup espanhola, que já angariou 3,5 milhões de euros em rondas de investimento e tem planos para lançar uma ronda Série A já no próximo ano, atua na área de reservas de quartos na hotelaria, criando um “gémeo digital do hotel, que devolve o poder de compra às empresas hoteleiras e aos utilizadores”, dizem. A solução permite aos “utilizadores reservar o quarto exato que desejam”.

O Tivoli Carvoeiro Algarve Resort é um dos clientes para quem a empresa já está a trabalhar no mercado nacional, tendo em Espanha criado um ‘gémeo digital’ do CR7 Pestana Gran Vía, em Madrid, do grupo Pestana e de Cristiano Ronaldo. Segundo a empresa, a solução aumentou em 108% o tempo de utilizadores na página do hotel.

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Risco de crise orçamental “elevado” em um terço dos países, alerta Guterres

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Secretário-geral da ONU reiterou os apelos por reformas na arquitetura financeira global, sublinhando que um em cada três países em todo o mundo corre risco de uma crise orçamental.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reiterou esta quarta-feira os seus apelos por reformas na arquitetura financeira global, sublinhando que um em cada três países em todo o mundo corre risco elevado de uma crise orçamental.

Na abertura do Diálogo de Alto Nível sobre o Financiamento do Desenvolvimento, Guterres advogou que, de todas as questões em discussão durante a 78.ª Assembleia Geral da ONU (UNGA 78, na sigla em inglês), as “finanças podem ser as mais cruciais”, uma vez que é o “combustível que impulsiona” o progresso na Agenda 2030 e no Acordo de Paris.

“Hoje, esse combustível está a acabar – e o motor do desenvolvimento sustentável está a travar, a estagnar e a falhar”, disse.

Num momento em que faltam apenas sete anos para 2030 — data limite para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — Guterres afirmou que o progresso nas prioridades mais fundamentais da ONU — pobreza e fome — “inverteu-se pela primeira vez em décadas“, lamentando que os compromissos de financiamento climático e de ajuda ao desenvolvimento não estejam a ser cumpridos.

“Existe uma divisão acentuada e crescente entre os países que conseguem aceder ao financiamento em condições razoáveis e aqueles que não conseguem e que estão a ser deixados ainda mais para trás. A lacuna de financiamento dos ODS tornou-se um abismo, estimado em 3,9 biliões de dólares por ano (3,65 biliões de euros anuais)“, indicou.

Além disso, os países em desenvolvimento enfrentam custos de empréstimos até oito vezes superiores aos dos países desenvolvidos, naquilo que considera “uma armadilha da dívida”.

“Mais de 40% das pessoas que vivem em pobreza extrema vivem em países com graves problemas de endividamento”, sublinhou.

Apesar de reconhecer “alguns esforços de boa-fé” para ajudar as economias em desenvolvimento a sobreviver a esta crise financeira, o ex-primeiro-ministro português observou que “não são suficientes”.

“É claro que os problemas sistémicos de financiamento do desenvolvimento sustentável exigem uma solução sistémica: reformas na arquitetura financeira global. (…) Reitero o meu apelo a um novo momento de Bretton Woods, em que os países se unam para chegar a acordo sobre uma arquitetura financeira global que reflita as realidades económicas e as relações de poder atuais“, defendeu.

Mas embora estas reformas estruturais sejam essenciais, levarão tempo “e o tempo é curto”, sustentou Guterres, antevendo que a Agenda 2030 possa ficar fora do alcance.

Nesse sentido, apelou aos Governos para que apresentem medidas concretas a serem adotadas pelos líderes internacionais, de forma a salvar os ODS.

“Exorto-vos a utilizar este Diálogo de Alto Nível como uma plataforma para um envolvimento construtivo, com foco em soluções de financiamento criativas e práticas que possam ser levadas adiante nos próximos meses e anos”, disse, dirigindo-se aos líderes presentes na sala.

“Juntos, devemos transformar este momento de crise num momento de oportunidade, encontrar soluções de financiamento conjunto para reconstruir a solidariedade global e criar um novo impulso para o desenvolvimento sustentável e a ação climática”, concluiu.

Este evento a decorrer na sede da ONU, e convocado logo após a Cimeira dos ODS, visa proporcionar liderança política e mobilização de recursos para os ODS, assim como identificar progressos e desafios emergentes.

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Presidente da Ucrânia promete entreposto de cereais no Quénia para abastecer África Oriental

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Chefe de Estado do Quénia anunciou que Volodymyr Zelensky se comprometeu a "estabelecer um centro de cereais no porto de Mombaça para fazer face à escassez de alimentos na África Oriental".

O Presidente da Ucrânia comprometeu-se a “estabelecer um entreposto de cereais” no porto queniano de Mombaça, no Oceano Índico, para combater a escassez de alimentos na África Oriental e garantir segurança alimentar, informou esta quarta-feira a Presidência queniana.

O Presidente [Volodymyr] Zelensky comprometeu-se a estabelecer um centro de cereais no porto de Mombaça para fazer face à escassez de alimentos na África Oriental”, afirmou a Presidência do Quénia em comunicado, depois de o Chefe de Estado queniano, William Ruto, ter-se reunido na terça-feira com o seu homólogo ucraniano à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

William Ruto indicou também, na sua conta na rede social X (antigo Twitter), que “o Quénia defende uma resolução pacífica do conflito entre a Rússia e a Ucrânia para restaurar a estabilidade, aliviar o sofrimento da população e impedir a destruição das propriedades”.

Desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, as exportações de cereais da Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais deste tipo de alimentos, foram afetadas pelo bloqueio dos portos ucranianos do Mar Negro por militares russos.

Em meados de julho, a Rússia rescindiu um acordo, conseguido com mediação da Turquia e a ONU, pelo qual se comprometia a permitir, durante um ano, a circulação de navios destinados à exportação de cereais a partir de três portos ucranianos na região de Odessa.

Desafiando o bloqueio, um navio ucraniano carregado com 3.000 toneladas de trigo deixou este sábado um porto de Odessa, isto apesar de a Rússia também ter atacado as infraestruturas portuárias e agrícolas ucranianas desde a retirada do chamado acordo de cereais.

Desde o início da guerra ucraniana, os obstáculos nas cadeias de abastecimento e o aumento dos preços dos alimentos básicos foram acrescentados à lista de problemas que agravam a segurança alimentar em África, também ameaçada pela crise climática e pelos seus conflitos internos, entre outras questões.

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