Suíça Zühlke entra no Tranquilidade do Porto com 100 pessoas e investimento de quatro milhões

Tecnológica Zühlke investe quatro milhões num escritório com 1.000 m2 no conhecido Edifício Tranquilidade. Suíços vão contratar mais 30 até final do ano e chegar à centena de profissionais no Porto.

Com um centro global de desenvolvimento instalado no Porto desde 2021, o terceiro do grupo depois de abrir na Sérvia em 2013 e na Bulgária em 2018, a tecnológica Zühlke decidiu investir quatro milhões de euros na mudança para um novo escritório com cerca de 1.000 metros quadrados e capacidade para mais de uma centena de colaboradores na cidade Invicta.

A multinacional suíça arrancou as operações em Portugal num pequeno espaço de trabalho partilhado (cowork) e menos de cinco pessoas, e conta atualmente com 70 profissionais. Até dezembro quer contratar mais 30 e chegar aos 100 após dois anos e meio no país. “Estamos a reforçar a equipa com perfis tecnológicos e não tecnológicos que nos permitam continuar a desenvolver projetos disruptivos com criatividade, rigor e espírito de equipa”, diz ao ECO a diretora-geral, Mariana Salvaterra.

Mariana Salvaterra, diretora-geral da Zühlke Portugal

O novo escritório da Zühlke fica no emblemático Edifício Tranquilidade, como é conhecido este prédio com 13 pisos em frente ao Palácio de Cristal, por ostentar o símbolo da seguradora que é ainda a principal inquilina. O imóvel de 13 mil metros quadrados, que adotou oficialmente o nome da rua em que está situado (D. Manuel II), foi vendido em 2019 pelo fundo imobiliário Imoprime à holandesa NIPA Capital e, dois anos depois, comprado pelos espanhóis da Incus Capital

“O processo de procura demorou cerca de um ano. (…) Esta mudança envolve todo o investimento que fizemos no espaço e que se estende pelos próximos anos, nomeadamente nos projetos para assegurar condições de trabalho e de circulação a todos os colaboradores, assim como no arrendamento prolongado desta que é a nova casa da Zühlke em Portugal”, conta Mariana Salvaterra, que em agosto foi nomeada diretora de Software Excellence dos três centros globais de engenharia da consultora tecnológica.

A partir de Portugal, a consultora tecnológica desenha soluções end-to-end de software para clientes em diferentes setores, como seguros, telecomunicações, retalho ou consumo. Embora tenha apenas um escritório no país e a maioria da equipa esteja no Porto, o modelo de trabalho flexível e híbrido que adotou tem “alargado as oportunidades a outras zonas do país”, com destaque para a contratação de “alguns colaboradores” na região de Lisboa. Por outro lado, metade da equipa é estrangeira, acolhendo também pessoas de outros escritórios europeus ao abrigo dos programas de mobilidade do grupo.

“O escritório tem capacidade para mais de 100 colaboradores e foi projetado de raiz de forma a permitir-nos acolher o que é o futuro do trabalho, marcado pela colaboração entre equipas, flexibilidade na gestão dos horários de trabalho e nas modalidades de cooperação entre colegas, melhor integração entre a vida profissional e pessoal, desafiando a conceção do escritório mais tradicional. É certo que temos salas de reunião e mesas de trabalho, mas todos os espaços têm um caráter híbrido, multifuncional, para abraçar as diferentes formas de trabalho que já acolhemos e continuaremos a fomentar no futuro”, descreve Mariana Salvaterra.

Encontrámos em Portugal três fatores essenciais à abertura de um novo centro de engenharia: o acesso a talento com qualificação de excelência, o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar.

Mariana Salvaterra

Diretora-geral da Zühlke Portugal

Formada em Engenharia Informática e Computação pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a diretora-geral da Zühlke Portugal diz ter encontrado no país três fatores que são “essenciais” para a abertura de um hub de engenharia. A começar pelo acesso a talento – “a qualidade da oferta formativa na área tecnológica [faz] do Porto um centro que atrai cada vez mais empresas, nacionais e estrangeiras, e que assim valorizam o talento local” – e prosseguindo com “o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar”.

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Greenvolt desiludida com negócio em Espanha

O CEO João Manso Neto assinala que a empresa está a assistir a um “bom desempenho” do negócio em Portugal.

O negócio de geração distribuída da Greenvolt em Espanha “não está de acordo com as nossas expectativas”, indicou João Manso Neto, o CEO da Greenvolt, assinalando que as empresas neste território têm adiado decisões de investimento.

As declarações foram proferidas durante uma chamada com investidores, no rescaldo dos resultados do primeiro semestre da energética.

Na mesma chamada, a responsável pela Relação com os Investidores na Greenvolt, Ana Fernandes, reforçou que Espanha é o “maior desafio” da energética portuguesa nesta área, tendo em conta o “mercado difícil” que se vive de momento. A mesma justifica com a “incerteza política” que terá levado alguns clientes a “adiar decisões”. Contudo, diz estar confiante de que “a segunda metade [do ano] será melhor que a primeira”.

em Portugal e Itália o negócio está a avançar “bastante bem”, com o EBITDA em terreno positivo, continuou. João Manso Neto reforçou que a empresa estava a assistir a um “bom desempenho” do negócio em Portugal.

A mesma tendência não se verifica na Grécia, geografia na qual a Greenvolt ainda regista um EBITDA negativo. Isto deve-se à fase em que estão, de escalar as operações, justificou Ana Fernandes.

A Greenvolt, através da subsidiária Greenvolt Next, fechou em agosto a compra da espanhola Ibérica Renovables, especializada na construção de centrais fotovoltaicas. Uma operação sobre a qual não foram revelados detalhes.

Esta terça-feira, após o fecho dos mercados, a Greenvolt apresentou contas aos investidores, dando conta de um prejuízo de três milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. O resultado foi justificado pela energética com o esforço de investimento em curso, aliado a um efeito cambial negativo. Já as receitas e o EBITDA subiram, respetivamente, 22,7% e 4,1% face ao período homólogo.

(Notícia atualizada com a clarificação de que o CEO se refere à área de geração distribuída em particular)

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Elon Musk avisa que X pode vir a ser pago

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, disse também na conversa com Musk que a prevenção em relação a bots pode ajudar a combater o antissemitismo na plataforma.

Foi durante uma conversa online com o primeiro-ministro de Israel que o dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, avisou que a plataforma se está a preparar para implementar “um pequeno pagamento mensal”, justificando a medida como uma forma de combater os bots (sistemas informáticos que simulam o comportamento humano).

É a única maneira que consigo pensar de combater os grandes exércitos de bots“, disse Elon Musk, tendo em conta que “um bot custa uma pechincha, mas se alguém tiver de pagar alguns dólares, o custo efetivo dos bots é muito alto”, afirmou.

O dono do X não clarificou qual poderia ser o preço desta mensalidade obrigatória para os utilizadores da plataforma, mas adiantou que a pretensão era que fosse “apenas uma pequena quantia de dinheiro”.

Esta ação poderá fazer com que a plataforma perca vários dos seus utilizadores, o que pode levar, por consequência, à perda de anunciantes, meio de financiamento bastante importante para a rede social e que tem sofrido algumas quebras nos últimos tempos.

Atualmente, o X ainda pode ser utilizado de forma gratuita, já contando, no entanto, com uma versão premium, que proporciona algumas funcionalidades exclusivas e confere o visto azul de verificação de conta. O selo azul era antes conferido a personalidades (de forma a evitar enganos com contas falsas), mas com Musk este passou a ser apenas disponibilizado mediante pagamento.

Em Portugal, o X Premium custa atualmente 11 euros mensais (mobile) ou 9,84 euros (web).

A concretizar-se, esta será assim mais uma das várias mudanças “radicais” que Musk tem feito na plataforma desde que a comprou por 44 mil milhões de dólares em outubro do ano passado.

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Eurodeputados pedem mais 10 mil milhões de euros no orçamento da UE até 2027

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Eurodeputados da comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu pediram mais 10 mil milhões de euros à proposta que revê em alta o orçamento comunitário a longo prazo e um rápido acordo na UE.

Eurodeputados da comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu pediram esta quarta-feira um montante adicional de 10 mil milhões de euros à proposta que revê em alta o orçamento comunitário a longo prazo e um rápido acordo na União Europeia (UE).

“Eu diria que a proposta da Comissão [Europeia] que propõe um acréscimo de 100 mil milhões de euros ao orçamento da União é uma proposta positiva, é um bom ponto de partida, mas há domínios nos quais nós entendemos deve ser acrescido o orçamento”, disse à agência Lusa a eurodeputada socialista e correlatora do Parlamento Europeu para a matéria, Margarida Marques, em Bruxelas.

No dia em que a comissão parlamentar dos Orçamentos aprovou um relatório coassinado pela responsável relativo à proposta do executivo comunitário para revisão do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027, Margarida Marques acrescentou que “as duas crises que a UE enfrentou e enfrenta revelam que o orçamento não é suficiente”, numa alusão à pandemia de covid-19 e às consequências da invasão russa da Ucrânia.

O projeto de relatório sobre a proposta de revisão intercalar do orçamento da UE a longo prazo — aprovado na comissão parlamentar por 23 votos a favor, três contra e três abstenções — propõe então uma verba adicional de 10 mil milhões de euros, entre os quais quatro mil milhões de euros para as migrações, três mil milhões de euros para a plataforma de investimentos estratégicos e outros três mil milhões de euros para a flexibilidade orçamental, visando fazer face às elevadas taxas de juro em programas como o Fundo de Recuperação pós-crise da covid-19.

Quando foi construído o Next Generation EU, os juros estavam 0% e agora estão a 4% […] e, por isso, esperamos que o Conselho entenda que a realidade é outra“, observou Margarida Marques.

O relatório será discutido na sessão plenária do Parlamento Europeu a 4 de outubro próximo, ficando a assembleia europeia nessa altura em “condições para começar as negociações com o Conselho”, isto é, com os Estados-membros, de acordo com a eurodeputada do PS.

O “ideal”, segundo a parlamentar, seria um acordo entre o Parlamento e o Conselho até dia 13 de novembro, data que permitiria coerência com a discussão sobre o orçamento da UE para o próximo ano.

Para tal, os eurodeputados querem que o assunto esteja na agenda dos líderes do Conselho Europeu do final de outubro e mais esforços da presidência espanhola do Conselho.

Com um acordo em meados de novembro, os acréscimos no orçamento a longo prazo poderiam ser “imediatamente transpostos” para o relativo a 2024.

Não é dramático se não conseguirmos um acordo nesse momento — no momento em que fizemos o acordo, essa transferência orçamental será feita –, mas seria mais fácil”, adiantou Margarida Marques.

O Parlamento Europeu quer ainda a criação de um mecanismo permanente para crises, depois de uma emissão de dívida inédita para responder à crise da covid-19, e discussões pós-2027 sobre uma nova arquitetura institucional e orçamental face ao eventual alargamento da UE até 2030.

A posição surge numa altura em que a UE discute a revisão do orçamento a longo prazo para o período 2024-2027, prevendo uma reserva de 50 mil milhões de euros de apoio à recuperação da Ucrânia, 15 mil milhões de euros para gestão das migrações e 10 mil milhões no âmbito da plataforma STEP para investimentos ‘verdes’ e tecnológicos, que será um passo para um futuro fundo soberano.

A revisão do orçamento da UE, proposta em junho passado pela Comissão Europeia, contempla 20,9 mil milhões de euros para enfrentar a subida das taxas de juro e a inflação, num ajuste total de 99 mil milhões de euros.

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AT e Finanças vão ao parlamento explicar atraso nos impostos sobre barragens

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Requerimento do BE para audições da diretora-geral da Autoridade Tributária e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre o atraso na avaliação das barragens do Douro para IMI foi aprovado.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou esta quarta-feira as audições da diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre o atraso na avaliação das barragens do Douro para cálculo do IMI.

O requerimento para audição, com caráter de urgência, de Helena Borges e de Nuno Félix foi apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE), que viu também ser aprovado um requerimento solicitando o despacho emitido em agosto pelo Gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) ordenando à AT a liquidação e cobrança do Impostos Municipal sobre Imóveis (IMI) sobre as barragens do Douro, uma vez que a primeira ordem de fevereiro para que fosse avaliado o valor patrimonial das barragens não terá sido executada. Ambos os requerimentos foram aprovados por unanimidade.

Em causa está a venda pela EDP, em 2020, de seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2.200 milhões de euros.

“Há uma hipótese de a EDP, mais uma vez, fugir ao pagamento de imposto, porque pode a AT não conseguir liquidar o IMI a tempo [até 31 de dezembro] e por isso a EDP pode fugir ao imposto dos últimos cinco anos sobre a barragem”, avisou a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, numa conferência de imprensa no passado dia 13.

A deputada recordou que o Governo começou por defender que não haveria lugar à cobrança de IMI e depois, “por pressão do BE e de movimentos” da região, mudou de posição, mas, três anos depois, continuam ser ter sido cobrados os impostos devidos. “Não aceitamos e não compreendemos esta injustiça, porque é que a EDP continua a ter situação de privilégio neste país”, afirmou.

Mariana Mortágua salientou que “nunca se aplicou às barragens” da EDP a mesma regra que vigora para qualquer outro prédio — que paga IMI — e, por essa razão, no momento da venda, também não houve pagamento de IMT, num valor estimado em 110 milhões de euros.

A coordenadora bloquista considerou inexplicável que o Governo tenha dado ordem para cobrar, finalmente, o IMI no início de 2023 “e ainda não tenha sido feita a avaliação” das barragens, mas assegurou que o partido não irá desistir deste escrutínio e por isso deu entrada dos dois requerimentos no parlamento.

Por um lado, o partido quer ter acesso a todos os despachos, e quer saber “quais são exatamente as ordens que o Governo deu à AT para a cobrança do IMI e porque não foi feito”.

“Queremos também ouvir a diretora da AT e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para explicar como é possível que, passados três anos, não tenha sido possível recuperar os impostos do negócio milionário da venda das barragens e como a EDP continua sem pagar IMI, apesar de uma determinação para o efeito há vários meses”, explicou.

Questionada se a AT deve ser responsabilizada caso falhe a cobrança do IMI até final do ano, a coordenadora do BE defendeu que “tem de ser possível” cobrar estes impostos. “Não consigo perceber neste processo de quem é a responsabilidade, a EDP como se sabe tem influências muito profundas quer na AT quer no Governo, não vos estou a dar nenhuma novidade, a EDP já fez leis neste país”, disse.

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Tributar grandes fortunas traria 3,7 mil milhões aos cofres do Estado

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Relatório aponta que Portugal poderia arrecadar 3,7 mil milhões de euros ao aplicar um imposto progressivo sobre o património, o que corresponde a 1,55% do PIB.

Portugal poderia arrecadar 3,7 mil milhões de euros com o reforço da tributação de grandes fortunas, através de um imposto progressivo sobre o património, reavendo ainda 473 milhões de euros em receitas fiscais, segundo um estudo hoje divulgado.

Em causa está um relatório publicado esta quarta-feira pelo Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia do Parlamento Europeu, que tem por base cálculos relativos a um imposto sobre o património de 0,5% dos mais ricos da União Europeia (UE), semelhante ao adotado em Espanha no início deste ano (um imposto temporário de solidariedade sobre as grandes fortunas, superiores a três milhões de euros).

De acordo com as estimativas dos Verdes europeus inscritas no documento, “Portugal poderia arrecadar um total de 3,7 mil milhões de euros para o orçamento público ao aplicar um imposto sobre o património moderado e progressivo”, valor correspondente a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, “ao pôr termo ao abuso fiscal dos indivíduos ricos que escondem as suas fortunas em jurisdições secretas, Portugal poderia recuperar 473 milhões de euros em receitas fiscais“, acrescenta o grupo parlamentar.

Ao passar a contar com estes 4,2 mil milhões de euros totais, Portugal conseguiria, de acordo com os Verdes europeus, cobrir “62% das medidas de acessibilidade energética introduzidas recentemente pelo Governo” ou “26% das despesas de saúde do país que permitiriam a Portugal empregar mais 214.019 enfermeiros hospitalares”.

A verba possibilitaria ainda, por exemplo, “pagar os salários de 125.258 professores do ensino primário” ou suportar “83% do orçamento dos transportes”, adiantam.

O estudo revela ainda que, ao nível da UE, um imposto adicional de 1,7% a 3,5% poderia trazer até 213,3 mil milhões de euros para os cofres nacionais dos 27 Estados-membros, o equivalente ao que poderia ser um cheque anual de 1.083 euros para cada agregado familiar europeu.

A esta verba acrescem potenciais receitas fiscais de 59,5 mil milhões de euros, num total de 272,8 mil milhões de euros, o equivalente a 1,73% do PIB total da UE.

As contas do Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia do Parlamento Europeu têm por base um reforço entre 1,7% e 2,5% face às atuais taxas no imposto sobre património dos 0,5% indivíduos mais ricos da UE, que possuem atualmente quase 20% da riqueza europeia.

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ISEG e Columbia lançam nova edição de programa de formação de líderes

  • Trabalho
  • 20 Setembro 2023

Primeira semana do programa de formação do ISEG e da Columbia para gestores de topo foi em Lisboa. A segunda está prevista para o início de outubro e terá lugar em Nova Iorque.

Já arrancou a segunda edição do programa de formação para líderes de topo que resulta de uma parceria entre o Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG) e a norte-americana Columbia Business School. A primeira semana do programa já decorreu na capital portuguesa, estando agora prevista uma segunda semana de formação a acontecer de 2 a 6 de outubro em Nova Iorque.

“Teve início a segunda edição do ISEG + Columbia Strategic Leadership Program. O programa destina-se a gestores de alta direção e membros dos conselhos de administração das empresas”, anunciou esta quarta-feira a escola portuguesa.

A primeira semana de formação teve como foco a “agenda de um líder” e refletiu sobre a inovação, sustentabilidade, governação, geopolítica, macroeconomia e novas tecnologias.

Já a segunda semana do programa, que decorrerá em Nova Iorque entre os dias 2 e 6 de outubro, servirá para os participantes desenharem a sua “jornada de liderança” e para refletirem sobre os seus valores pessoais. “Trata-se de um exercício que ajuda a definir o caminho futuro para estes executivos de topo“, explica o ISEG.

No âmbito deste programa, os gestores são colocados em cenários de debate, de reflexão e de construção a respeito do seu perfil de liderança e são desafiados a integrar estas competências nucleares.

Nesta edição, há 26 gestores a participar e representam “algumas das empresas e marcas maiores e de maior impacto na atividade económica do país”. “O ISEG + Columbia Strategic Leadership Program conta com a participação da CGD, Montepio, Altri, Lusitânia, Gato Preto, H3 ou Grupo Cofina, entre outros“, é adiantado.

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Autoeuropa vai retomar a produção a 2 de outubro

  • ECO
  • 20 Setembro 2023

“Nesta fase, o número de turnos será menor que o esquema de trabalho habitual. Quanto às áreas de prensas, carroçarias e pintura, terão arranques antecipados”, indica ainda a empresa.

A Autoeuropa vai retomar a produção no dia 2 de outubro, segundo uma comunicação enviada aos trabalhadores, avançada inicialmente pelo Observador (acesso livre) e a CNN Portugal (acesso livre) e a que o ECO teve acesso. Esta antecipação surge, após terem sido encontradas alternativas ao fornecedor esloveno.

“A direção da fábrica informa que no próximo dia 2 de outubro será retomada a produção”, aponta a nota, acrescentando que “nesta fase, o número de turnos será menor que o esquema de trabalho habitual. Quanto às áreas de prensas, carroçarias e pintura, terão arranques antecipados”.

A fábrica da Volkswagen, em Palmela, indica ainda que o “arranque parcial se deve ao trabalho dos departamentos de logística e de compras do Grupo Volkswagen” e que os trabalhadores que estão em lay-off “serão informados o mais brevemente possível sobre a data exata do seu regresso à atividade e da correspondente alteração ao regime de lay-off, tal como tinha sido sinalizado pela comissão de trabalhadores.

Na semana passada, já tinha sido anunciado que a Autoeuropa iria retomar a produção, após de ter garantido o fornecimento de uma peça fundamental para o T-Roc junto de uma empresa espanhola e outra chinesa. Trata-se de uma antecipação face ao inicialmente previsto, dado que a empresa apontava para uma paragem de nove semanas.

A Autoeuropa é uma empresa com grande impacto na economia portuguesa e que representa 1,5% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB), tal como foi sinalizado pelo primeiro-ministro. A fábrica de Palmela é considerada também um “motor” das exportações nacionais, com os últimos dados disponíveis, referentes a 2021, apontavam que a fábrica de Palmela contava com mais de cinco mil trabalhadores e representava cerca de 6% das exportações nacionais.

Em 2022, a Autoeuropa registou o segundo melhor ano de produção de sempre, com 231.100 unidades. Melhor mesmo só em 2019, quando saíram 254.600 unidades da fábrica em Palmela.

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Too Good To Go com nova liderança em Portugal

Aumentar em 40% o número de refeições salvas, em 10-15% número de parcerias e 30% o número de utilizadores em 2023 está nos objetivos da nova liderança este ano. 

Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go em Portugal

Maria Tolentino é a nova country director da Too Good To Go Portugal, anunciou a startup que promove o combate ao desperdício alimentar, liderada até maio por Nuno Plácido. Aumentar em 40% o número de refeições salvas, em 10-15% número de parcerias e 30% o número de utilizadores em 2023 está nos objetivos da nova liderança este ano.

“Este é um desafio entusiasmante e de responsabilidade acrescida. Quando me juntei à Too Good To Go, senti de imediato que era um espaço onde poderia levar a cabo uma missão muito relevante para a vida das pessoas. Pareceu-me a oportunidade certa para aplicar todo o conhecimento de eficiência e competências de liderança que desenvolvi ao longo da minha carreira, neste caso, a uma escala alargada a toda a sociedade” afirma Maria Tolentino, country director da Too Good To Go Portugal, citada em comunicado.

A nova country director entrou na empresa em abril de 2022, assumindo funções ao nível da gestão de parceiros e operações, tendo liderado a partir de dezembro as equipas de vendas. Assume agora a liderança de uma empresa que tem cerca de quatro mil parceiros e 1,6 milhões de utilizadores. Desde 2019, ano de entrada no país, foram salvas mais de 3,3 milhões de refeições, ou seja, mais de 8,2 milhões de Kg/Co2e evitados. Até julho subiu 46,6% o número de refeições salvas, tendo o número de utilizadores aumentado 37,8%, face ao ano passado.

“Para 2023, pretende aumentar em pelo menos 40% o total de refeições salvas, face ao ano transato, através de um crescimento ao nível das parcerias entre 10 a 15%, bem como de 30% nos utilizadores ativos da plataforma”, informa a startup.

Até maio, Nuno Plácido liderava a startup. O profissional transitou para a Amplemarket onde assume o cargo de Global Sales Manager, segundo a sua página no LinkedIn.

Formada em economia social e gestão de recursos humanos, Maria Tolentino tem no seu percurso profissional empresas como o BNP Paribas e na Landing.Jobs.

(notícia atualizada às 14h25 com mais informação)

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Portos da Madeira vão receber 130 escalas e 275 mil passageiros até ao final do ano

Até dezembro estão previstas 130 escalas de navios de cruzeiro no Funchal e Porto Santo. Região volta a estar nomeada para o prémio de Melhor Destino Europeu de Cruzeiros nos World Cruise Awards.

Arranca este mês a época alta dos cruzeiros da Madeira, que se prolonga até 31 de maio. Até ao final do ano, estão previstas 125 escalas de navios de cruzeiro no porto do Funchal e cinco no do Porto Santo, o que se traduzirá num movimento de cerca de 275 mil passageiros e 90 mil tripulantes.

“O balanço da época anterior foi bastante positivo e temos a ambição de, no período que agora se inicia, termos ainda mais visitantes e mais companhias. Até dezembro estão previstas mais dez escalas inaugurais, o que demonstra a confiança que as companhias têm em nós”, reforça Paula Cabaço, presidente do conselho de administração da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM).

A época iniciou-se com a escala do navio “Anthem of The Seas”, no dia 13 de setembro, sendo esperadas ainda este mês outras nove escalas de cruzeiros, segundo um comunicado enviado às redações.

Para o presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, os números são sinónimo da “confiança que as companhias depositam nos Portos da Madeira, ao que não é indiferente o facto de a região ter recebido o prémio de Melhor Destino Europeu de Cruzeiros nos World Cruise Awards em 2022, estando este ano nomeada mais uma vez para esta categoria”, afirma Paula Cabaço.

Na época alta de 2022-2023, os Portos da Madeira registaram um movimento de 557.824 passageiros, contra os 284.056 registados na época anterior, o que representa um crescimento de 104% relativamente ao período homólogo.

De 1 de setembro de 2022 a 31 de maio de 2023, a média de passageiros por navio fixou-se nos 1.949, uma subida de 109% face aos 931 da época de 2021/2022. No mesmo período, registaram-se 286 escalas, menos oito que na época anterior, o que se explica pelo regresso à normalidade do setor, agora com mais portos abertos e possibilidade de aventurar-se por outras rotas, detalha a APRAM.

 

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Estado devolve mais 18,5 hectares aos proprietários expropriados da Herdade dos Machados

Estado tem vindo a devolver parcelas de terreno da Herdade dos Machados aos seus antigos proprietários, que foi expropriada pelos primeiros governos após o 25 de Abril.

O Estado vai devolver mais uma parcela de terreno da Herdade dos Machados aos seus antigos proprietários, que foi expropriada pelos primeiros governos após o 25 de Abril de 1974. Depois dos 25 hectares devolvidos o ano passado, somam-se agora mais 18,5 hectares.

É aprovada a reversão (…) da área total de 18,542 ha, constituída pelos lotes 43-AO, 49-AO, 97-F e 112-F, que fazem parte integrante do prédio rústico denominado Herdade dos Machados, com a área de 6101,0825 hectares, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 1, da secção I a I 8, da freguesia de Santo Agostinho, atual União das Freguesias de Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador, concelho de Moura”, refere a portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Serão quatro os herdeiros a receber mais uma parcela de terreno desta herdade, que pertencia a Ermelinda Neves Bernardino Santos Jorge, neta do fundador da herdade criada no século XIX e um dos símbolos da reforma agrária. Isto porque Sandra Martinez Tristão Neves e Nuno Bernardo Martinez Tristão Neves são os herdeiros de Maria Isabel Martinez Fernandez Neves que também assinava o pedido de reversão da expropriação, mas que entretanto faleceu.

A Herdade dos Machados tem uma área de cerca de 6.101 hectares e faz parte do leque de terrenos que foram expropriados após o 25 de abril de 1974, quando vários trabalhadores ocuparam as terras sob o lema “a terra a quem a trabalha”. Estes lotes tinham sido nacionalizados em dezembro de 1975 e voltam agora às mãos dos antigos proprietários, sendo que a reversão da expropriação está a ser feita de forma gradual. Já em 2015 tinha sido decidida a devolução de 26 hectares da propriedade, em 2012 cerca de 200 hectares, o ano passado 77 hectares e com a decisão anunciada esta quarta-feira 43,54 hectares este ano.

O Governo justifica mais esta devolução com a morte do arrendatário dos lotes 43-AO e 49-AO, com a área total de 8,3045 ha; 97-F, com a área de 5,8875 ha; e 112-F, com a área de 4,3500 ha; que assim ficaram devolutos. “Considerando que, à presente data, os lotes não são objeto de qualquer contrato de entrega para exploração celebrado entre o Estado e terceiro” estão reunidos os requisitos legais para a reversão”, explica a mesma portaria.

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Instituto Pedro Nunes de Coimbra abre concurso para “estimular” inovação digital nas empresas

Concurso decorre até dia 13 de outubro e destina-se a startups, micro e pequenas e médias empresas. A iniciativa tem como objetivo impulsionar o empreendedorismo tecnológico na região Centro.

O Instituto Pedro Nunes (IPN) lançou um concurso para estimular a inovação digital nas empresas. O concurso, que decorre até 13 de outubro, tem como propósito fornecer serviços especializados em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e mentoria orientada para o negócio a empresas que procuram avançar na era digital.

“O principal objetivo do concurso é promover a transferência de conhecimento e estimular o empreendedorismo tecnológico, criando um ambiente propício à criação e ao crescimento de empresas inovadoras, bem como à digitalização da economia”, explica o IPN, em comunicado.

O Instituto Pedro Nunes detalha que podem candidatar-se startups e micro, pequenas e médias empresas através do e-mail cti.projetos.inovadores@ipn.pt. As interessadas podem concorrer com projetos nas áreas da transição digital, materiais, sistemas e tecnologias de produção, transição verde, sociedade, criatividade e património, saúde, biotecnologia e alimentação, floresta, mar e espaço.

Este concurso insere-se nas atividades do projeto de financiamento base do Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) Instituto Pedro Nunes (IPN), no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência Português (PRR).

A incubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN-Incubadora), em Coimbra, está entre as dez melhores incubadoras do mundo, na categoria University Business Incubators, sendo a única portuguesa na lista, de acordo com a instituição. O ranking diz respeito ao biénio 2021-2022 e foi conduzido pela UBI Global, uma entidade sueca de investigação e consultoria, “reconhecida por avaliar e reunir as melhores incubadoras a nível mundial”.

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