Arcos de Valdevez cria cartão com benefícios para famílias numerosas. Conheça os apoios

Apoio nas refeições escolares, acesso à tarifa de água e saneamento, desconto nas piscinas municipais e redução de taxas de execução de obras são alguns dos apoio para famílias com 3 ou mais filhos.

O Município de Arcos de Valdevez criou o Cartão Municipal de Família Numerosa para apoiar as famílias numerosas residentes neste concelho do Alto Minho. A iniciativa destina-se a apoiar todos os agregados familiares com três ou mais filhos. A autarquia pretende fixar as pessoas no território e contribuir para a melhoria das condições de vida das famílias residentes.

Apoio nas refeições escolares e prolongamento do horário, acesso à tarifa de água e saneamento, descontos nas piscinas municipais e entradas em eventos culturais e redução de taxas de execução de obras particulares são alguns dos apoios que o município vai proporcionar às famílias.

Com esta medida o executivo municipal, liderado por João Esteves, tem como objetivo “promover incentivos que conduzam ao aumento da natalidade, à fixação de pessoas no território e à melhoria das condições de vida das famílias residentes, designadamente das famílias numerosas, as quais desempenham um papel de grande importância para o concelho dado o contributo demográfico que prestam à sociedade no aumento do número de nascimentos e na renovação geracional”.

Conheça todos os apoios:

  1. Redução de 50% no valor das refeições escolares por aluno
  2. Desconto de 50% do valor dos encargos com o prolongamento do horário das crianças que frequentam o pré-escolar da rede pública
  3. Redução em 50% nas entradas para espetáculos culturais, desportivos e recreativos
  4. Comparticipação de 30% nas entradas nas piscinas municipais e outros equipamentos desportivos
  5. Diminuição em 50% no valor das taxas devidas pelas licenças e autorizações para execução de obras particulares, quando se trata de primeira habitação
  6. Acesso à tarifa familiar de água e saneamento mediante a apresentação do cartão família

O Cartão Municipal de Família Numerosa é emitido pelo município, mediante o preenchimento de formulário especialmente destinado para o efeito e é entregue gratuitamente a cada um dos membros do agregado familiar.

Em 2021, o município de Arcos de Valdevez foi distinguido como Autarquia Familiarmente Responsável, integrando assim a lista dos 84 municípios com Bandeiras Verdes pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR) por terem adotado “políticas amigas da família”, de acordo som o site da autarquia.

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Trindade Domus “reabre” no Porto com novo inquilino irlandês dos pagamentos

Entrada da multinacional irlandesa Planet Payment, com escritório para 130 funcionários, marca “reabertura” do Trinity Porto, após reabilitação de cinco milhões feita pela Finangeste e Patron Capital.

As obras de reabilitação do histórico edifício Trindade Domus, um complexo imobiliário com 21 mil metros quadrados de área de escritórios e retalho situado junto ao edifício da Câmara do Porto, já estão concluídas na sequência de um investimento de cinco milhões de euros. Nesta nova fase, que inclui a mudança de nome para Trinity Porto, a principal novidade é a entrada da irlandesa Planet Payment.

A empresa de pagamentos, que já tinha um escritório na Avenida da Boavista, além de outro em Lisboa, na Rua Duque de Palmela, vai instalar-se neste novo espaço da Baixa da Invicta com 130 funcionários, no âmbito de um plano de expansão em que “a cidade do Porto será um dos principais polos tecnológicos e de desenvolvimento”.

No antigo Trindade Domus, que foi vendido há pouco mais três anos por 40,5 milhões de euros pelo Novobanco, que herdou este ativo do BES, a uma joint venture formada pela portuguesa Finangeste e pela britânica Patron Capital, a Planet Payment vai ter como vizinhas outras grandes empresas estrangeiras, como a Armatis, a Axians, a Mindera ou a eDreams Odigeo.

A reabilitação, que ficou a cargo da construtora Cari, incluiu uma nova receção, lounge, esplanada, novos escritórios e também um jardim suspenso de 3.000 m2 e uma parede de escaladas, além de outras áreas de lazer ao ar livre. Na sequência destas obras, que duraram perto de um ano, abriu também uma nova loja da Padaria Portuguesa, com os promotores a dizerem que “em breve” serão anunciadas novas marcas de restauração no edifício, onde já funciona um supermercado Froiz.

A Patron representa aproximadamente 5 mil milhões de euros de capital em vários fundos e coinvestimentos e, desde que foi criada em 1999, calcula já ter realizado mais de 200 transações, envolvendo mais de 9 milhões de metros quadrados em 17 países. A equipa de 68 pessoas está espalhada por várias localizações europeias, como Londres, Barcelona, Luxemburgo e Lisboa.

Já a Finangeste, fundada em 1978 pelo Governo português para atuar como gestor de ativos ao serviço do Banco de Portugal e de outros 12 bancos, passou a ser uma empresa privada em 2015. Também na zona portuense da Trindade, a escassos metros do Trinity, a empresa liderada por Paul Henri Schelfhout fechou em janeiro de 2022 a aquisição à Caixa Geral de Depósitos do edifício onde funciona o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), por 20 milhões de euros.

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População empregada com ensino superior baixa quase 10% no Norte

Estudo da CCDR-N mostra que empregados com ensino superior caíram quase 10% na região Norte, subindo entre os menos qualificados. Dormidas turísticas na região sobem 14,5% no segundo trimestre do ano.

No segundo semestre deste ano, registou-se uma redução de 9,7% população empregada com o ensino superior da região Norte. Por outro lado, observaram-se aumentos de 5,1% nos indivíduos com o secundário e pós-secundário e de 7% entre aqueles que estudaram até ao 3º ciclo do ensino básico. Os dados integram a mais recente edição do Boletim Norte Conjuntura, publicada esta quarta-feira pela CCDR Norte.

A nível geral, o mercado de trabalho do Norte apresentou uma evolução positiva no segundo trimestre de 2023, invertendo a tendência negativa registada nos últimos três trimestres. A população empregada do Norte aumentou 0,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022, o que representou a criação líquida de 12 mil novos postos de trabalho, de acordo com dados fornecidos pela CCDR Norte.

O estudo mostra ainda que a taxa de desemprego do Norte desceu para 6,4%, no segundo trimestre de 2023, um valor inferior em 1,2 pontos percentuais face ao período homólogo e que compara com a taxa de 6,1% a nível nacional — que cresceu 0,4 pontos percentuais na comparação com o período homólogo de 2022.

Em termos absolutos, o número de desempregados do Norte era, aproximadamente, de 118,9 mil pessoas, representando uma diminuição de 15,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, mas um crescimento de 18,9% face ao mesmo período do ano transato.

Em Portugal, a população desempregada passou para 324,5 mil pessoas, o que significou uma diminuição de 14,7% relativamente ao trimestre anterior e um aumento de 8,6% face ao segundo trimestre de 2022.

 

Numa análise por sub-regiões, verificaram-se dinâmicas de evolução distintas no número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego. Em termos homólogos, no segundo trimestre de 2023, o desemprego registado diminuiu na Área Metropolitana do Porto (-8,4%), no Alto Tâmega (-6,2%) e no Douro (-1,9%).

Pelo contrário, o número de desempregados inscritos aumentou nas restantes sub-regiões do Norte: Ave (+6,9%), Alto Minho (+5,3%), Tâmega e Sousa (+3,5%), Cávado (+1,0%) e Terras de Trás-os-Montes (+0,1%).

Turismo no Norte mantém rota de crescimento

Já os indicadores do setor do turismo do Norte continuaram a observar uma “trajetória de crescimento”, com as dormidas nos estabelecimentos turísticos da região a aumentar 14,5% face ao segundo trimestre de 2022.

Por outro lado, os principais indicadores relativos ao ramo da construção mantiveram a trajetória desfavorável dos trimestres precedentes. No Norte, foram licenciados menos 10,1% edifícios face ao segundo trimestre de 2022, ilustra o boletim da CCDR-N.

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Adesão às contas de serviços mínimos bancários aumenta 11% em 2023

A procura por estas contas de custo reduzido tem sido particularmente impulsionado pela população mais velha. No primeiro semestre, as pessoas com mais de 65 anos constituíram 39% das novas contas.

São cada vez mais os portugueses a descobrirem as contas de serviços mínimos bancários (SMB). A particularidade destas contas é permitirem aos seus titulares acederem a serviços bancários essenciais a custos reduzidos (a comissão anual não pode exceder os 4,8 euros).

Em junho, segundo dados do Banco de Portugal, havia cerca de 208 mil contas de SMB abertas nos bancos nacionais, mais 11% face aos números no final de 2022 e mais 23% face às 170 mil contas de SMB que estavam constituídas em junho de 2022.Contas SMB 2023De acordo com o regulador, 58% das 24.131 contas constituídas entre janeiro e junho deste ano resultaram da conversão de uma conta de depósito à ordem já existente no mesmo banco. “No mesmo período, foram encerradas 3.261 contas de SMB, das quais 90% a pedido do cliente”, nota ainda o Banco de Portugal em comunicado.

Além disso, os números divulgados estas quarta-feira revelam também que o crescimento da procura por contas de SMB tem sido particularmente gerado pela população mais velha: “O peso das contas constituídas por pessoas com idade igual ou superior a 65 anos aumentou de 31%, em 2022, para 39% no primeiro semestre de 2023”, refere o Banco de Portugal.

As estatísticas mais recentes das contas de SMB permitem também perceber que, apesar de todos os bancos serem obrigados a disponibilizar esta solução aos seus clientes, há uma grande concentração de contas de SMB em poucos bancos. Segundo o Banco de Portugal, 57% destas contas estão domiciliadas em apenas duas instituições.

De acordo com a lei, qualquer pessoa pode ser titular de uma conta de SMB, desde que tenha apenas uma conta de depósito à ordem. O Banco de Portugal revela que “o maior peso das novas contas em 2022 ficou a dever-se à abertura de conta de SMB por cidadãos ucranianos deslocados.”

O custo associado às contas SMB pode ir até 4,8 euros por ano, o equivalente a 1% do Indexante de Apoios Sociais (IAS). No entanto, segundo o Banco de Portugal, a 30 de junho, havia duas instituições que isentavam os seus clientes do pagamento da comissão de manutenção de conta de SMB — Activobank e Banco Atlântico Europa.

As contas de SMB dão acesso a uma conta depósito à ordem, um cartão de débito e ao homebanking, e permite a realização de levantamentos de dinheiro ao balcão, débitos diretos, transferências intrabancárias nacionais e 48 transferências interbancárias (nacionais ou na União Europeia) através do homebanking ou das aplicações das instituições. Inclui ainda cinco transferências por mês, com o limite de 30 euros por operação, através de aplicações de pagamento operadas por terceiros, como o MBWay.

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Governo lança plataforma para monitorizar desigualdade entre géneros

Empregabilidade de mulheres e homens, distribuição de género nos níveis de ensino e participação nos órgãos de administração. Há uma nova plataforma para monitorizar a desigualdade entre elas e eles.

Vem aí uma nova plataforma digital para monitorizar a desigualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho, segundo informou esta quarta-feira o Governo. Chama-se Equal@Works e é lançada por ocasião do 44.º aniversário da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE).

“Desenvolvida no âmbito do projeto Equality Platform and Standard, e financiada pelo Programa Conciliação e Igualdade de Género, do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021 (EEA Grants), a nova solução informática disponibiliza informação sobre as medidas de política pública para a igualdade entre mulheres e homens o trabalho, monitorizando a respetiva implementação”, avançou esta manhã o Ministério do Trabalho, em comunicado.

Um dos pontos que será alvo de análise por esta nova plataforma será a empregabilidade de mulheres e homens. A este ponto, somam-se a presença delas e deles nos órgãos de administração das empresas e noutros cargos de direção, bem como a distribuição de género nos diferentes níveis de ensino.

As diferenças salariais entre mulheres e homens comprometem a atração de talento. Uma das missões do Governo é combater, de forma mais eficaz e efetiva, os preconceitos em função do sexo nas práticas salariais”, refere o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, que estará presente no lançamento oficial desta plataforma, que acontecerá esta tarde.

Ainda que a igualdade entre géneros esteja na lei, os especialistas e os dados mostram que ainda não é uma realidade. Por exemplo, o fosso salarial entre elas e eles ainda está acima da fasquia dos 10%.

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“Pela primeira vez em 35 anos desligámos o microfone”. Jornalistas da TSF fazem greve de 24 horas

  • + M
  • 20 Setembro 2023

Os trabalhadores da TSF avançaram para uma greve de 24 horas, saíram à rua e estão concentrados em frente às instalações da rádio esta quarta-feira.

Os jornalistas da TSF estão em greve durante 24 horas e a rádio, pela primeira vez em 35 anos, não tem emissão esta quarta-feira. Não há noticiários, nem os programas habituais e o site também não é atualizado. A ação de protesto deve-se à política salarial e às mudanças na direção.

“O que estamos aqui hoje a pedir, e que foi aprovado em plenário de forma unânime, é que nos respeitem. E, pela primeira vez em 35 anos, desligámos o microfone. Temos a garantia que hoje, durante todo o dia, não haverá notícias na TSF“, disse Filipe Santa-Bárbara, jornalista da TSF em representação dos trabalhadores em protesto, em declarações à SIC Notícias.

“A TSF é rádio notícias, mas hoje de facto, nem no site, nem na rádio, vamos dar uma única notícia“, acrescentou.

Segundo o jornalista, aquilo que os trabalhadores exigem “é respeito”, por três motivos, sendo o primeiro o atraso no pagamento dos salários — que foram pagos, mas não no dia certo, sem aviso ou justificação à redação.

Outro dos motivos apontados por Filipe Santa-Bárbara foi o não seguimento das negociações “que durante meses foram encetadas com a administração através do Sindicato de Jornalistas para ajustes no salário, decorrentes da inflação”. Esta era uma “proposta para o grupo todo”, sendo que a TSF não rejeitou a proposta. Mas depois, “tendo em conta que as outras marcas do grupo rejeitaram, nunca mais tivemos nota nenhuma”, disse.

A terceira razão enunciada foi a saída de Domingos de Andrade, membro do conselho de administração do Global Media Group (dono do Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF e O Jogo) e diretor da TSF, que saiu “do dia para a noite”, tendo a notícia da sua saída sido transmitida aos trabalhadores através de comunicado.

Entretanto, já houve uma abordagem por parte da empresa para uma reunião a ter lugar esta quinta-feira, adiantou Filipe Santa-Bárbara, mas “esta é uma questão de facto maior do que isso”.

Este protesto hoje é da TSF, mas na verdade é um protesto pelo jornalismo em Portugal. É mostrar que apesar dos sucessivos cortes no jornalismo no panorama mediático do país ao longo de todos estes anos, nunca nos juntámos para fazer uma greve, apesar de sermos cada vez menos a fazer jornalismo”, afirmou.

“Hoje infelizmente estamos nós nas notícias”, mas é por “um bem maior, que é o jornalismo em Portugal”, disse ainda Filipe Santa-Bárbara. O jornalista adiantou também que houve jornalistas de outros meios de comunicação social a juntarem-se ao protesto.

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Desemprego dispara 4,4% em agosto e afeta os mais jovens

O mercado de trabalho contraiu pela segunda vez este ano na variação homóloga, segundo os dados de agosto do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

O desemprego disparou 4,4% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo as estatísticas do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) publicadas esta quarta-feira. Este é o segundo mês consecutivo de aumento do desemprego, na variação anual, após meses de redução o que indicia uma inversão da tendência no mercado de trabalho.

Os centros de emprego tinham 295.361 inscritos no mês passado: são mais 12.514 ou 4,4% em relação ao período homólogo. Em julho, o desemprego já tinha subido 2,5% na variação anual. Ou seja, agosto é o segundo mês de agravamento. Ainda assim, o Ministério do Trabalho revela, em comunicado, que o número de pessoas inscritas no IEFP no mês de agosto é “o segundo menor valor de sempre em termos homólogos”.

O desemprego subiu sobretudo junto dos jovens com menos de 25 anos: há mais 1.356 inscritos ou mais 4,8% em comparação com o período homólogo. Enquanto os trabalhadores sem emprego com idade igual ou superior a 25 anos aumentaram 4,4%. Contudo, os desempregados desta faixa etária continuam a ser os mais numerosos. Dos 295.361 inscritos, 90% ou 265.712 têm mais de 25 anos, enquanto os mais jovens são apenas 29.649 ou 10% do total.

O desemprego de curta duração, isto é, inferior a 12 meses, é o mais preponderante e também foi o que mais cresceu. Do total de trabalhadores sem emprego, 179.691 ou 60,8% estavam inscritos nos centros de emprego há menos de um ano. Em agosto, este tipo de desemprego disparou 17,8%: ou seja, há mais 27.106 desempregados. Pelo contrário o desemprego de longa duração diminuiu 11,2% para 115.670 inscritos, o que corresponde a 39,2% do total.

A tutela liderada pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, congratula-se com este resultado, Em comunicado, refere que “o desemprego de longa duração teve, em agosto, uma diminuição de 11,2% face ao mesmo mês de 2022”. “Há menos 14.592 pessoas nesta situação, número que é o mais baixo de sempre no mês em referência. O desemprego de longa duração conhece, assim, uma redução do peso no desemprego total”, sublinha.

Esta realidade pode assim indiciar que o aumento do desemprego em agosto resultou de vínculos precários, isto é, contratos a termo certo ou incerto que chegaram ao fim e de efeitos de sazonalidade.

Por grupo de profissões, mais de um quarto (26,6%) do desemprego registado afeta os trabalhadores não qualificados: são 75.355. A seguir ao pessoal administrativo, cujo desemprego subiu 9,1%, as profissões com baixas qualificações foram as segundas que mais viram o desemprego aumentar em termos homólogos: 8,6%.

A nível regional, no mês de agosto, e com exceção dos Açores (-14,6%) e da Madeira (-28,0%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Algarve (+11,3%).

Quanto à atividade económica de origem do desemprego, dos 255.438 que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego no Continente, 73,1% tinham trabalhado em atividades nos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, que representam 32,7% do desemprego registado; 20% eram provenientes do setor secundário, isto é, da indústria, com particular relevo para a a área da construção” (6,3%). Ao setor agrícola, pertenciam 4,4% dos desempregados.

As ofertas de emprego por satisfazer totalizavam 16.034, o que corresponde a uma diminuição de 5 260 ofertas ou 24,7% face ao período homólogo do ano passado. O Ministério do Trabalho destaca ainda, na mesma nota, que, “em agosto, houve 6.532 colocações, mais mais 558 que no mês homólogo de 2022”.

(Notícia atualizada às 12h12)

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António Costa considera Leiria “um dos maiores motores” da economia do país

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

"Só nos últimos oito anos", Leiria criou 43 mil novos postos de trabalho e o volume de negócios das empresas aumentou quase 44 mil milhões de euros, segundo o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, que está em Leiria no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”, afirmou esta quarta-feira que o distrito é “um dos maiores motores da economia portuguesa”, destacando a sua capacidade de exportação e criação de emprego.

No arranque da iniciativa “Governo Mais Próximo”, que decorre entre esta quarta e quinta-feira, em Leiria, o primeiro-ministro afirmou que o distrito “é um dos maiores motores da economia portuguesa” e um dos que “mais tem contribuído” para o aumento de exportações e criação de emprego.

Ao longo de dois dias, os membros do Governo farão mais de 50 visitas, cobrindo todos os 16 concelhos do distrito de Leiria, realizando-se na quinta-feira um Conselho de Ministros descentralizado.

Na chegada ao Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, António Costa destacou que o distrito, “só nos últimos oito anos”, criou 43 mil novos postos de trabalho e o volume de negócios das empresas aumentou quase 44 mil milhões de euros.

“Foi por isso que também escolhemos o distrito de Leiria para fazer o balanço e ponto de situação do programa mais transformador que temos no Plano de Recuperação e Resiliência [PRR], que é o programa das Agendas Mobilizadoras, um programa que junta empresas e entidades do sistema científico e tecnológico”, realçou.

Esse programa propõe-se a investir mais de sete mil milhões de euros até ao final de 2026, estando previsto criar mais 18 mil postos de trabalho, “a esmagadora maioria emprego altamente qualificado”, frisou.

Segundo António Costa, Leiria é “um dos distritos com maior participação nas Agendas Mobilizadoras, quer pela excelência do seu tecido empresarial, quer pela excelência do seu politécnico”.

Nesse sentido, o Governo decidiu fazer em Leiria um ponto de situação do nível de execução daquela mesmo programa do PRR, que envolve mais de mil entidades.

No Teatro José Lúcio da Silva, decorre esta quarta-feira o primeiro encontro anual das Agendas Mobilizadoras, contando com a presença do primeiro-ministro.

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Trabalhadores portugueses são dos que trabalham mais horas na UE

Portugal é o sexto país europeu onde a semana de trabalho é mais longa. Já a Holanda, a Alemanha e a Dinamarca destacam-se como países onde os trabalhadores cumprem menos horas por semana.

Os trabalhadores portugueses trabalham, em média, quase 40 horas por semana, valor que fica bem acima da média comunitária. Os dados divulgados esta quarta-feira mostram que Portugal é o sexto país da Europa onde a semana de trabalho é mais longa.

“Em 2022, a semana de trabalho normal entre as pessoas com 20 a 64 anos na União Europeia (UE) foi de 37,5 horas“, avança esta manhã o Eurostat.

Em comparação, por cá, os trabalhadores cumprem, em média 39,9 horas por semana, ou seja, quase duas horas e meia a mais do que a média do bloco comunitário.

Portugal está mesmo entre os países onde a semana de trabalho é mais longa, ocupando o sexto lugar dessa tabela. Só na Sérvia (43,3 horas), Grécia (41 horas), Polónia (40,4 horas), na Roménia e na Bulgária (ambas com 40,2 anos), os trabalhadores cumprem mais horas por semana do que em Portugal, releva o gabinete de estatísticas.

A presença de Portugal entre os países onde os trabalhadores fazem mais horas por semana não é novidade, mas o país continua, ainda assim, a defrontar-se com taxas de produtividade menos competitivas.

Por outro lado, desde junho que algumas dezenas de empresas portuguesas estão a testar a semana de trabalho de quatro dias e essa experiência visa também perceber se, com menos horas trabalhadas, a produtividade nacional aumenta.

A propósito, entre os países europeus, é a Holanda que regista a semana de trabalho mais curta: 33,2 horas, de acordo com o Eurostat. Seguem-se a Alemanha (35,3 horas) e a Dinamarca (35,4 horas). Todos estes países são caracterizado por níveis de produtividade competitivos, embora as horas de trabalho cumprida semanalmente sejam inferiores ao praticado em Portugal.

Notícia atualizada às 11h44

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Goldman Sachs revê em 7,5% preço do Brent e coloca barril nos 100 dólares em 2024

Maior contração da oferta deverá impulsionar preço do petróleo Brent nos próximos meses, mas o Goldman Sachs considera que não será suficiente para iniciar uma nova escalada do preço do ouro negro.

Desde junho que a cotação do barril de Brent acumula uma subida de 35%, muito por conta dos sucessivos cortes na produção por parte dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). No entanto, os efeitos destas decisões não foram ainda totalmente assimilados pelo mercado.

Na semana passada, a Agência Internacional da Energia (AIE) anunciou que os cortes na produção de petróleo anunciados pela Arábia Saudita e a Rússia vão prolongar-se até ao final de 2023, o que “implicará um défice substancial do mercado até ao quarto trimestre deste ano.”

Com base nestes dados, o Goldman Sachs reviu em 7,5% o preço do barril de Brent (petróleo que serve de referência para Portugal e restantes países europeus) para os próximos 12 meses, dos anteriores 93 dólares por barril para 100 dólares, “uma vez que esperamos agora uma redução ligeiramente mais acentuada dos stocks“, refere Daan Struyven, analista do banco de investimento, numa nota enviada aos clientes esta quarta-feira.

Além disso, Daan Struyven e a sua equipa revelam que, “de um modo geral, acreditamos que a OPEP será capaz de manter o Brent num intervalo de 80 a 105 dólares em 2024, tirando partido do crescimento robusto da procura global centrada na Ásia e exercendo o seu poder de fixação de preços de forma assertiva.

Considerando que atualmente a cotação do barril de Brent está nos 93,26 dólares, as novas previsões do Goldman Sachs apontam para que a maioria da subida do preço do petróleo já tenha sido incorporada.

A sustentar o teto máximo das novas previsões do Goldman Sachs estão, essencialmente, três variáveis:

  • Embora a oferta de petróleo dos EUA seja mais disciplinada em termos de capital do que há uma década, a tendência ascendente das despesas de investimento e da oferta nos últimos três anos e a recente inflexão nas plataformas confirmam o seu dinamismo.
  • A elevada capacidade disponível de produção e o regresso da aposta em projetos offshore limitam a subida dos preços do petróleo a longo prazo.
  • É pouco provável que a OPEP faça subir os preços para níveis extremos, o que destruiria a sua procura residual a longo prazo.

Daan Struyven antecipa também que não será provável que o Brent desça abaixo dos 80 dólares por barril no próximo ano, devido à forte posição da OPEP. Mas não só.

O analista do Goldman Sachs considera que a política energética ocidental tem agora menos margem de manobra para combater os preços elevados, “dada a diminuição das reservas estratégias de petróleo e da diminuição da capacidade de produção do Irão”; e porque acredita que a economia mundial deverá enfrentar uma “aterragem suave” e não uma recessão.

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Euribor a 12 meses atinge novo máximo desde 2008

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

A taxa Euribor manteve-se a três meses, desceu a seis meses e subiu a 12 meses para um novo máximo desde novembro de 2008.

A taxa Euribor manteve-se esta quarta-feira a três meses, desceu a seis meses e subiu a 12 meses para um novo máximo desde novembro de 2008:

  • Euribor a 12 meses: atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,222%, mais 0,006 pontos do que na terça-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Euribor a 6 meses: desceu para 4,070%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior, quando subiu até 4,071%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Euribor a três meses: manteve-se inalterada face à sessão anterior, ao ser fixada de novo em 3,934%, o atual máximo desde novembro de 2008 atingido pela primeira vez em 19 de setembro.

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Mediadores de seguros pedem mudança na lei para reduzir custos na habitação

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

A Aprose - Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros apelou aos políticos que alterem a lei, para poupar portugueses a custos nos seguros de vida e multirrisco nos créditos à habitação.

Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros apelou a que os decisores políticos alterem a lei, para poupar os portugueses de custos incorridos nos seguros de vida e multirrisco nos créditos à habitação.

Num comunicado, a entidade destacou que “numa altura de grandes dificuldades para a generalidade dos portugueses, com a subida constante das taxas de juro, a Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros apela aos decisores políticos para que, sem mais demora, avancem com mudanças na lei, acabando com a ‘renda escondida’ dos seguros de vida e multirrisco nos créditos à habitação”.

A associação detalhou que a alteração que propõe “é de forma a garantir que não haja penalização do ‘spread’ caso o cliente decida mudar o seguro de vida para uma seguradora à sua escolha, no mercado livre”.

A organização denuncia que “os produtos vendidos pelos bancos, numa lógica de pacote, atingem, em muitos casos, o dobro do preço verificado nas seguradoras e em mercado livre e concorrencial”.

Segundo a Aprose, “a alteração da lei permitiria poupanças substanciais na prestação da casa de centenas de milhares de portugueses”, adiantando que “não entende por que razão esta medida ainda não foi colocada em prática, já que seria a forma mais imediata de fazer baixar os encargos com a habitação”.

A associação apresentou ao Governo, aos partidos com assento parlamentar e à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões um estudo “que sustenta a necessidade de se avançar com esta mudança”, e que diz ter merecido “a concordância de todos”, lamentando “que até ao momento nada tenha sido feito, quando milhares de portugueses passam sérias dificuldades para suportar os encargos com a casa”.

Este estudo, que incidiu sobre os “valores dos prémios dos seguros celebrados aos balcões dos bancos, permitiu concluir que, se o seguro for tratado em mercado livre, a poupança, por contrato, pode chegar aos cerca de 50% por mês“.

A Aprose dá um exemplo, segundo o qual “num financiamento de 240 mil euros a poupança é de 10 a 30 mil euros durante a duração do contrato e de mais de 500 euros por ano”.

“Não podemos limitar-nos a assistir aos anúncios do Banco Central Europeu quando temos esta ferramenta que pode aliviar, em muito, a vida da esmagadora maioria dos portugueses”, disse o presidente da Aprose, David Pereira, citado na mesma nota.

“As autoridades competentes para fazer acontecer as mexidas na lei já foram por nós alertadas, entregámos o estudo ao Governo e ao regulador e reunimos com todos os grupos parlamentares, é hora, agora, de quem decide e legisla fazer a sua parte e não podemos esperar mais tempo. Os portugueses não podem esperar mais”, rematou.

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