Dombrovskis disponível para um terceiro mandato na Comissão Europeia

  • ECO
  • 29 Agosto 2023

Valdis Dombrovskis confirmou a disponibilidade, sublinhando, no entanto, que a decisão está dependente do apoio do próximo primeiro-Ministro da Letónia. 

O vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Economia admitiu estar disponível para um terceiro mandato em Bruxelas.

Numa entrevista à televisão letã, citada esta terça-feira pela Bloomberg, Valdis Dombrovskis confirmou esse interesse, sublinhando, no entanto, que a decisão está dependente do apoio do próximo primeiro-ministro da Letónia.

Se a Europa e a Letónia oferecerem essa possibilidade, então é claro que estarei pronto para continuar a trabalhar nesse sentido“, disse, esta terça-feira.

A garantia surge numa altura em que Frans Timmermans, vice da Comissão Europeia e responsável pela pasta do Clima, se demitiu há cerca de uma semana para se candidatar a primeiro-ministro dos Países Baixos, enquanto Margrethe Vestager, comissária europeia para a Concorrência, irá concorrer à liderança do Banco Europeu de Investimento.

Dombrovskis integra o executivo comunitário como número dois da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desde outubro 2020. Antes de chegar a Bruxelas desempenhou funções enquanto ministro das Finanças (2002-2004) e primeiro-ministro (2009-2014) da Letónia. As próximas eleições para o Parlamento Europeu estão previstas para junho de 2024, após as quais será também nomeada uma nova Comissão Europeia.

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Governo comprometeu-se a atualizar pensões da caixa dos ferroviários

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

O sindicato indica que estes beneficiários não têm “atualização das pensões há 14 anos” e “têm sido sempre excluídos dos aumentos extraordinários pelo facto de terem um regime especial”.

O Governo comprometeu-se a regularizar a situação dos beneficiários da caixa dos ferroviários de 1927, cujas pensões não são atualizadas há 14 anos, depois de uma reunião esta terça-feira com os sindicatos, disse à Lusa o coordenador da Fectrans.

Segundo José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), os representantes dos trabalhadores estiveram reunidos com o secretário de Estado da Segurança Social para debater a situação dos beneficiários da caixa dos ferroviários de 1927.

De acordo com o responsável, estes beneficiários não têm “atualização das pensões há 14 anos”, tendo o secretário de Estado prometido que o Governo está “a trabalhar para que, no mais breve espaço de tempo, a situação seja resolvida”, com “o pagamento daquilo que é devido”, bem como “os devidos retroativos”.

“A última atualização foi em 2009”, lamentou, indicando que “nunca mais foram atualizadas”.

José Manuel Oliveira disse que estes beneficiários “têm sido sempre excluídos dos aumentos extraordinários pelo facto de terem um regime especial”, sendo que deveriam ser aumentados sempre que os trabalhadores do ativo sejam aumentados.

“Como os trabalhadores do ativo não tiveram atualizações de salários desde 2009 até 2018, nesse interregno, de acordo com o regulamento não havia obrigação de aumentar”, disse, destacando, no entanto, que a partir daí “houve aumentos para os trabalhadores do ativo da CP que não se repercutiram na atualização dessas pensões”.

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Oficiais de Justiça convocam greve para 4 de setembro

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

Segundo o pré-aviso da greve do Sindicato dos Oficiais de Justiça, a paralisação vigora entre as 09h00 e as 17h00 e não há lugar a convocação de serviços mínimos.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) convocou uma greve para a próxima segunda-feira, 4 de setembro, ao longo de todo o dia, admitindo agravar a luta “se o Governo mantiver a arrogância governativa que tem evidenciado”.

No comunicado divulgado esta terça-feira, o sindicato recorda que está em greve desde o início de janeiro deste ano e critica o “silêncio ensurdecedor” e a “inação” da ministra da Justiça em relação às “reivindicações justas” dos funcionários judiciais, entre as quais a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual com retroativos a janeiro de 2021 e pagamento em 14 meses; a abertura de promoções e de novos lugares; e um regime de aposentação específico para estes profissionais.

A paralisação agendada para segunda-feira segue-se à do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), agendada para 01 de setembro, sexta-feira. Segundo o pré-aviso da greve do SFJ, a paralisação vigora entre as 09h00 e as 17h00 e não há lugar a convocação de serviços mínimos.

O SFJ exige no imediato a abertura de concurso para acesso a todos os lugares e categorias que se encontrem vagos e a inclusão do suplemento de recuperação processual no vencimento, também com retroativos a janeiro de 2021 e pago em 14 meses, tal como, recorda o sindicato, esteve previsto em dois Orçamentos do Estado. No âmbito da negociação coletiva, o SFJ quer uma revisão do estatuto profissional que dignifique a carreira, mas também um regime especial de aposentação e um concurso plurianual para preenchimento de lugares vagos.

A greve de 1 de setembro foi anunciada pelo presidente do SFJ, António Marçal em julho, no final de uma Assembleia Geral Extraordinária em Viseu, onde anunciou ainda que na segunda-feira seguinte à greve geral de 1 de setembro começarão greves num formato inovador, alternadas ou rotativas. “É uma greve que se inicia à hora para qual a agenda do magistrado tem as diligências designadas e que termina, da parte da manhã, às 12h30”, e depois, “da parte da tarde, inicia-se também com a hora da marcação da diligência e termina às 17h00”, explicou.

Segundo António Marçal, estas greves “não terão de ser iguais em todo o país, mas irão ocorrer até 31 de dezembro de 2023, em paralelo com greves mais clássicas de paralisação total ou parcial por núcleos ou comarcas”, acompanhadas de concentrações de funcionários judiciais.

Sobre a revisão do estatuto profissional dos funcionários judiciais, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, numa audição parlamentar no final de junho, prometeu “para as próximas semanas” a apresentação de uma “proposta formal” para um novo estatuto, algo que até ao momento ainda não aconteceu.

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Jornal A Bola avança com rescisões que podem chegar às 60 pessoas, avança sindicato

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

Em cima da mesa, segundo o sindicato, podem estar rescisões com cerca de 60 trabalhadores de um grupo que conta neste momento com perto de 150 pessoas.

Os novos donos do jornal A Bola estão a avançar com um processo de rescisões que poderá afetar 60 trabalhadores, tendo chamado vários profissionais a reuniões nesse sentido, disse esta terça-feira à Lusa o presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Segundo adiantou Luís Simões, a gestão do Ringier Sports Media Group, que comprou a publicação recentemente, está a “chamar imensas pessoas e a apresentar propostas que os trabalhadores estão a considerar baixas”. De acordo com o dirigente sindical, que também trabalha na publicação que inclui ainda a televisão e o digital, em cima da mesa poderão estar cerca de 60 trabalhadores de um grupo que conta neste momento com perto de 150 pessoas.

Luís Simões aconselha os visados pelas rescisões a procurar aconselhamento jurídico, apontando que há pessoas “com mais de 20 anos ou 40 anos de casa” a ser chamadas às reuniões. O dirigente sindical indicou ainda que há vários trabalhadores que já aceitaram as propostas e criticou a empresa por estar a tentar concretizar o processo com muita rapidez.

Contactado pela Lusa, o Ringier Sports Media Group disse que “está empenhado em preservar o legado de A Bola enquanto garante o seu futuro”, assegurando que “mudanças são inevitáveis para este propósito e para garantir que A Bola mantém o seu estatuto de líder dos media desportivos”.

Sem confirmar as rescisões, o grupo diz que tem em curso “um processo de tomada de decisões e não é correto falar sobre o mesmo até o processo estar devidamente concluído”. A Ringier Sports Media Group (RSMG) anunciou em 17 de julho a conclusão da compra da Sociedade Vicra Desportiva, incluindo A Bola, e a revista AutoFoco e nomeou Felipe Montesinos Gomes diretor-geral para implementar estratégia para o digital.

Em comunicado, a RSMG anunciou o “marco importante” de ter concluído a “aquisição da Sociedade Vicra Desportiva SA, incluindo A Bola (jornal, digital e televisão) e a revista AutoFoco, à Vicontrol SGPS S.A”, salientando que “este passo assinala uma etapa fundamental para o crescimento” da Ringier, “que fortalece assim a sua posição para novas oportunidades na indústria de media de desporto”.

A compra de A Bola “está perfeitamente alinhada com a nossa visão a longo prazo e contribuirá para os planos de crescimento da RSMG“, afirmou o presidente da Ringir Sports Media Group, Robin Lingg, citado em comunicado.

“Acreditamos firmemente que esta união irá acelerar o nosso progresso e criar uma empresa mais forte e mais competitiva” e “juntamente com a equipa local, esforçar-nos-emos para alcançar patamares ainda mais elevados e continuar a proporcionar um valor excecional aos nossos clientes”, prosseguiu o responsável, referindo que “esta é uma oportunidade única para juntar duas grandes organizações com uma visão comum para o futuro” dos media de desporto.

“A aquisição de A Bola garantirá a sua sustentabilidade a longo prazo” e a RSMG “assegurará a continuação do jornalismo de qualidade que A Bola representa, adotando as medidas de reposicionamento necessárias para conduzir A Bola a um futuro de sucesso”, rematou.

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Ministra garante mais 15 mil camas para universitários até final de 2026

  • Lusa e ECO
  • 29 Agosto 2023

"Estamos neste momento, no âmbito do PRR, a construir mais 15 mil camas, no equivalente a mais, pelo menos, 86 residências novas", disse Elvira Fortunato. Promessa anterior ficou por cumprir.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, voltou a garantir esta terça-feira que, até ao final de 2026, haverá mais 15 mil camas para estudantes, graças ao financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Estamos neste momento, no âmbito do PRR, a construir mais 15 mil camas, no equivalente a mais, pelo menos, 86 residências novas, e esperamos ter esse processo todo concluído até ao final de 2026″, afirmou aos jornalistas, no final de uma visita às obras da futura residência de estudantes de Lamego, no distrito de Viseu.

Esta é, de qualquer forma, mais uma promessa do Governo em relação ao aumento de camas nas residências universitárias. O anterior ministro, Manuel Heitor, já tinha feito a promessa de lançamento de mais 12 mil camas no período entre 2018 e 2022, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.

A governante sublinhou que o cumprimento do objetivo de mais 15 mil camas só é possível graças ao financiamento do PRR, que permitiu montar um “plano nacional que vai desde o Minho até ao Algarve, incluindo também as ilhas”. “Estamos a construir residências em todo o país e, como é este caso aqui, utilizando até edifícios devolutos”, em zonas da cidade com “menos movimento”, acrescentou.

Desenvolvida no âmbito do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior e financiada pelo PRR em 1,5 milhões de euros (aos quais acrescem 284 mil euros da autarquia), a futura residência de estudantes de Lamego disponibilizará 46 camas para estudantes bolseiros, a partir do ano académico de 2024/2025.

(Notícia atualizada às 22h18 com informação sobre anterior objetivo governamental de novas camas em residências universitárias)

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Meta apaga milhares de contas vinculadas à China que promovem desinformação

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

No total, a Meta removeu 7.704 contas, 954 páginas (outros tipos de contas) e 15 grupos do Facebook, enquanto fechou 15 contas no Instagram.

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou esta terça-feira que eliminou milhares de contas ligadas às forças de segurança chinesas no que poderia ser a maior operação de influência secreta nas redes sociais a nível global. A campanha promoveu “informações positivas” sobre a China e a província de Xinjiang, onde o governo foi acusado de violações dos direitos humanos e de trabalho forçado de membros da minoria étnica uigur.

Segundo a Meta, outras das contas excluídas continham artigos que criticavam a política externa dos Estados Unidos e do Ocidente, além de atacar jornalistas e investigadores considerados críticos do governo chinês. As contas espalharam conteúdo semelhante em múltiplas plataformas, com títulos errados como: “Bombardeamento norte-americano do Nord Stream, primeiro passo no ‘plano de destruição europeu'”.

No total, a Meta removeu 7.704 contas, 954 páginas (outros tipos de contas) e 15 grupos do Facebook, enquanto fechou 15 contas no Instagram. “Essas operações (de propaganda) são grandes, mas são grosseiras e não vemos nenhum sinal real de que estão a criar públicos autênticos na nossa plataforma ou em qualquer outro lugar na Internet”, disse à CNBC o líder global de inteligência de ameaças da Meta, Ben Nimo.

Segundo a Meta, a rede esteve ou está presente em quase todas as redes sociais, como Medium, Reddit, Tumblr, YouTube e X (antigo Twitter), entre outras.

Embora seja a maior campanha de desinformação, não foi a única que a Meta apontou no relatório, uma vez que também eliminou dezenas de contas ligadas a outras campanhas secretas dirigidas à Turquia que violaram as suas políticas.

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Parlamento angolano adia votação final da proposta que reduz o IVA por falta de consenso

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

A proposta de lei visa alterar o IVA de 14% para 7% em todos os bens alimentares, mas na discussão na especialidade, a UNITA defendeu IVA zero para um cabaz básico.

A Assembleia Nacional reagendou a reunião plenária extraordinária, prevista para quinta-feira, por falta de consenso na discussão, na especialidade, da proposta que altera o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 14% para 7%.

Uma nota da Assembleia Nacional refere que os presidentes dos grupos parlamentares decidiram esta terça, na conferência de líderes, que há necessidade de se aprofundar a discussão da proposta de lei, cuja votação final global estava prevista para quinta-feira.

“Dado o impacto que o Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) tem na vida do cidadão e da necessidade de se aprofundar a discussão da proposta de lei, os líderes parlamentares deliberaram o reagendamento do (…) diploma, após conclusão dos trabalhos em sede de especialidade”, realça a nota.

A proposta de lei visa alterar o IVA de 14% para 7% em todos os bens alimentares, mas na discussão na especialidade, o grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, defende uma taxa zero para produtos do cabaz básico, considerando que a redução para metade “pode não surtir os resultados esperados de mitigar os efeitos inflacionais”.

Face ao impasse, a discussão na especialidade foi suspensa, estando a decorrer consultas ao nível das lideranças políticas. Em julho passado, o Governo anunciou a redução do IVA sobre os bens alimentares, com o objetivo de desagravar o custo de vida, medida incluída num pacote mais amplo que prevê estímulos ao crescimento da economia.

O parlamento angolano cumpre o período de férias parlamentares, de 15 de agosto a 15 de outubro, contudo, a efetividade de funções dos deputados ou da Comissão Permanente não é afetada, pelo que “as comissões de trabalho especializadas vão continuar a dar tratamento às matérias de caráter urgentes e indispensáveis ao normal funcionamento da Assembleia Nacional”.

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Líder da Agros quer medidas para produtores de leite serem mais competitivos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

“Era preciso uma maior justiça a nível ibérico, nomeadamente nos custos fixos relativos à energia, na eletricidade e gasóleo", defende o presidente da Agros.

O presidente da Agros, uma das maiores uniões de cooperativas de produtores de leite em Portugal, sediada na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, alertou, esta terça-feira, que o setor precisa de medidas para ser mais competitivo no espaço ibérico.

Idalino Leão apontou a questão dos custos da energia como um fator que deixa em desvantagem os agricultores portugueses em relação aos congéneres espanhóis, considerado que os produtores nacionais precisam “de maior previsibilidade” para a sua atividade.

Era preciso uma maior justiça a nível ibérico, nomeadamente nos custos fixos relativos à energia, na eletricidade e gasóleo. O nosso mercado é global, mas se os agricultores portugueses competirem com os espanhóis partindo de uma posição de desvantagem, nesta questão da energia, será muito difícil”, sustentou o presidente da Agros. Idalino Leão lembrou que, desde o ano passado, houve “uma indispensável correção” nos preços pagos aos produtores pelo litro de leite, que estavam “demasiado baixos”, esperando que essa premissa “seja para ficar”.

“Como em qualquer outro ramo de atividade, também o setor do leite precisa de previsibilidade e e equidade, para trazer viabilidade económica. Só com isso podemos colmatar uma das nossas maiores dificuldades, a renovação geracional, que é urgente. O setor está envelhecido e para cativarmos os jovens temos de os remunerar devidamente”, afirmou o responsável.

O líder da Agros recuperou, também, os desafios com os aumentos dos custos de produção, ainda decorrentes com a guerra da Ucrânia, mas também com a situação de seca que assola o país há dois anos. “A palha para os animais, que é um bem essencial, custa, hoje, três vezes mais do que no ano passado. Se acrescentamos a isto os custos elevados com energia, percebemos que a situação não é fácil para os agricultores”, acrescentou.

Estes e outros temas vão, também, ser debatidos na iniciativa Agrosemana, a Feira Agrícola do Norte, que decorre e 31 de agosto e 3 de setembro, no Espaço Agros, na Póvoa de Varzim. O evento tem o objetivo de promover e valorizar o setor agropecuário em Portugal e aproximar o público urbano ao mundo agrícola, dando-lhe a conhecer algumas das melhores práticas do setor.

É uma feira para as famílias, com várias atividades lúdico-pedagógicas, onde abrimos as portas do nosso espaço para os consumidores a conhecer o que fazemos de bem, na produção alimentos seguros e saudáveis, mas também com uma componente técnica com um conjunto de seminários, mais vocacionados para a parte profissional dos agricultores”, explicou Idalino Leão.

Nessa vertente de mostrar o setor os consumidores, a Agros vai promover visitas a algumas explorações agrícolas da região, onde os visitantes podem ter contacto com os produtores e as suas famílias, e também apreciar a forma com são tratados os animais e com se processa os métodos de recolha de leite.

Este ano, e no âmbito da responsabilidade social da cooperativa, será apoiado o Banco Alimentar, com as receitas provenientes das atividades lúdicas da feira a serem convertidas em litros de leite que serão doados à instituição. Além de vários concertos musicais que vão acontecer durante o evento, e outras atividades, haverá, também espaços gastronómicos e de lazer, que, em edições anteriores, cativou a atenção de mais de 100 mil pessoas.

A Agros, que tem como atividade a recolha, o transporte e a comercialização de leite a granel nas regiões de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, e também tem uma vertente industrial através da participação na Lactogal, é uma união de cooperativas do setor que reúne aproximadamente mil produtores de Leite.

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Governo açoriano quer pagar 40% do salário dos jornalistas que ganhem até 1.500 euros

  • + M
  • 29 Agosto 2023

A percentagem destes apoios desce para os 20% do salário líquido mensal quando os jornalistas tiverem um contrato a termo ou em regime de prestação de serviços (recibos verdes).

O Governo regional dos Açores pretende pagar 40% dos salários dos jornalistas que trabalhem na região autónoma portuguesa e que ganhem até 1.500 euros líquidos mensais em contratos sem termo, refere o Expresso (acesso pago). Esta medida insere-se no Programa de Apoio aos Media dos Açores (Media Mais), que o executivo, liderado pelo PSD, pretende aprovar no próximo Orçamento Regional para entrar em vigor já no próximo ano.

No entanto, a percentagem destes apoios desce para os 20% do salário líquido mensal quando os jornalistas tiverem um contrato a termo ou em regime de prestação de serviços (recibos verdes). Os meios de comunicação social regionais poderão assim vir a receber 600 euros por cada jornalista abrangido pela medida.

Segundo o Expresso, cada empresa pode ser apoiada até um terço da sua força de trabalho (33% do número de profissionais), sendo que para se candidatar a este apoio, a empresa tem de estar sediada e exercer atividade nos Açores e estar inscrita na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) há pelo menos um ano.

O programa de apoio à comunicação social que o governo regional pretende pôr em prática destina-se sobretudo à rádio e imprensa regional, sendo que o mesmo, a ser colocado em prática, vai substituir um outro programa criado há cerca de dez anos pelo Governo socialista de Vasco Cordeiro, o ProMedia, que não previa apoios salariais, mas antes ajudas nos custos com eletricidade e a distribuição de jornais.

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Caldas da Rainha promove envio de postais a Costa e Marcelo a defender hospital no concelho

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

OS promotores pretendem enviar 200 postais por dia, estando a dinamizar a iniciativa "através de ações em vários eventos, nas juntas de freguesia e em outros locais do concelho".

A Câmara de Caldas da Rainha e o movimento ‘Falo pela tua Saúde’ estão a incentivar os cidadãos a enviarem postais ao Presidente da República e ao primeiro-ministro a favor da construção do novo hospital do Oeste no concelho.

Os promotores pretendem enviar 200 postais por dia, estando a dinamizar a iniciativa “através de ações em vários eventos, nas juntas de freguesia e em outros locais do concelho”, refere a autarquia numa nota de imprensa hoje divulgada. Este município do distrito de Leiria veio associar-se à iniciativa, lançada há duas semanas pelo movimento, para “encorajar o envolvimento dos cidadãos noutras iniciativas em prol da defesa da localização do novo Hospital do Oeste em Caldas da Rainha/Óbidos”.

Há duas semanas, o movimento “Falo pela tua Saúde” começou a distribuir postais gratuitos para serem escritos pela população e enviados ao primeiro-ministro, António Costa, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O movimento tem vindo a promover várias ações de protesto contra a decisão do Ministério da Saúde em construir o novo Hospital do Oeste no Bombarral, como uma marcha lenta de veículos em julho.

Em novembro, a Comunidade Intermunicipal do Oeste entregou um estudo encomendado à Universidade Nova de Lisboa para ajudar o Governo a decidir a localização do novo hospital, documento que apontava o Bombarral, concelho vizinho de Óbidos, como a localização ideal.

Já em março deste ano, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos entregaram ao ministro um parecer técnico a contestar os critérios utilizados no estudo, a defender que fossem tidos em conta outros critérios e que a localização do novo hospital deveria ser na confluência daqueles dois concelhos.

Em junho, o ministro anunciou que o novo hospital será construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, substituindo os três atuais hospitais do Centro Hospitalar do Oeste: Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Estas unidades têm uma área de influência constituída por estes concelhos e pelos de Óbidos, Bombarral (ambos no distrito de Leiria), Cadaval e Lourinhã (no distrito de Lisboa) e de parte dos concelhos de Alcobaça (Leiria) e de Mafra (Lisboa), abrangendo 298.390 habitantes.

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Ucrânia rejeita negociar com Putin e acusa-o de matar líder do grupo Wagner

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

Kuleba comparou Ucrânia ao líder do grupo Wagner. "Tinha um conflito com Putin, negociou de forma bem-sucedida, pôs fim ao conflito, acordou umas garantias de segurança e depois Putin matou-o", disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, rejeitou esta terça-feira novamente qualquer hipótese de negociar com o Presidente russo, Vladimir Putin, para pôr fim à invasão russa da Ucrânia, acusando-o de assassinar o líder do grupo Wagner, Yevgueny Prigozhin.

Não há nenhuma razão para pensar que o ditador Putin se comportaria de forma diferente ao negociar connosco (…) Aqueles que nos perguntam sobre isso deviam perguntar a Prigozhin: tinha um conflito com Putin, negociou com ele de forma bem-sucedida, pôs fim ao conflito, acordou umas garantias de segurança e depois Putin matou-o”, sustentou.

Assim, Kuleba insistiu em que não existem quaisquer expectativas de obter um resultado diferente em eventuais negociações com o Presidente russo, noticiou a agência de notícias Ukrinform. A repentina morte do homem que liderava o grupo de mercenários Wagner, a 23 de agosto, no despenhamento, a norte de Moscovo, do avião em que viajava, desencadeou nos últimos dias uma onda de especulações, embora o Kremlin (Presidência russa) tenha garantido que não teve nada que ver com a queda do avião.

Putin expressou publicamente condolências, recordando contudo que o seu antigo aliado cometera “grandes erros na vida”, numa referência velada à revolta protagonizada em junho pelo líder do grupo Wagner.

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Von der Leyen propõe neerlandês Hoekstra para comissário do clima

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Agosto 2023

Wopke Hoekstra, que era vice-primeiro-ministro do Governo neerlandês, será o responsável pela pasta do clima em Bruxelas. Escolha ainda tem de ser aprovada pelo Parlamento e o Conselho.

A presidente da Comissão Europeia propôs ao Conselho e ao Parlamento Europeu o nome apresentado pelo Governo neerlandês, Wopke Hoekstra, para o cargo de comissário europeu dos Países Baixos, ocupando a vaga deixada por Frans Timmermans, que se demitiu na semana passada para concorrer às eleições legislativas daquele país.

Recebendo ‘luz verde’ das duas instâncias europeias, Hoekstra será responsável pela pasta da ação climática no Executivo comunitário, sob a orientação do vice-presidente executivo responsável pelo Pacto Ecológico Europeu, pelas Relações Interinstitucionais e pela Prospetiva, Maroš Šefčovič.

Em comunicado publicado esta terça-feira, Ursula von der Leyen refere que o candidato “demonstrou uma forte motivação para o cargo e um grande empenho para com a União Europeia“. “Possui igualmente uma experiência profissional relevante para este cargo”, acrescenta.

Wopke Hoekstra, de 47 anos, pertence ao partido de centro-direita Apelo Democrata Cristão (CDA, na sigla neerlandesa). Era ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-primeiro ministro do quarto Executivo de Mark Rutte desde janeiro de 2022 e tutelou a pasta das Finanças no terceiro Governo de Rutte, entre 2017 e 2022. Antes de entrar na política, foi funcionário da Shell e sócio da consultora McKinsey.

A sua experiência governamental será um forte trunfo, em particular para a diplomacia climática da Europa na preparação para a COP28 (28.ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) e para o financiamento climático, bem como para a implementação de instrumentos legislativos relacionados com o clima”, sustenta a líder da Comissão Europeia, no comunicado.

Depois de ter sido confirmado, há uma semana, como cabeça de lista do bloco social-democrata e verde para as eleições legislativas nos Países Baixos, antecipadas para novembro, Frans Timmermans apresentou a demissão do membro da Comissão Europeia, onde ocupava o cargo de vice-presidente executivo e era responsável pela pasta do Clima.

Para colmatar a saída do político socialista neerlandês, numa altura em que faltam cerca de 10 meses para as eleições europeias, o Executivo comunitário optou por entregar a pasta do Pacto Ecológico Europeu ao eslovaco Maroš Šefčovič.

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