EUA e China devem “fazer mais” para resolver problemas mundiais

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

"O presidente Biden pediu-me para vir cá transmitir a mensagem de que não queremos uma dissociação", disse a Secretária do Comércio dos EUA durante a visita à China.

A secretária do Comércio norte-americana, Gina Raimondo, considerou esta terça-feira num encontro em Pequim com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que EUA e China devem “fazer mais, juntos” para resolver os problemas mundiais.

“Creio que o mundo espera que façamos mais, juntos, para resolver estes problemas”, disse Raimondo, depois de apontar como assuntos que suscitam a preocupação mundial “alterações climáticas, inteligência artificial ou a crise do fentanil”. A responsável norte-americana disse ainda “concordar que as relações comerciais podem ser um pilar nas relações” entre os dois países.

“O presidente Biden pediu-me para vir cá transmitir a mensagem de que não queremos uma dissociação. Procuramos manter a nossa relação comercial com a China, que representa 700 mil milhões de dólares”, acrescentou. Li Qiang respondeu a Raimondo que a “politização” das questões comerciais pelos Estados Unidos teria “um impacto desastroso”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

Estas declarações foram feitas no terceiro dia da visita de Raimondo à China, numa altura em que os dois países tentam atenuar a tensão bilateral com vários encontros de alto nível nos últimos meses. Gina Raimondo é a quarta dirigente norte-americana a deslocar-se este ano à China, após a visita em junho do secretário de Estado, Antony Blinken, da secretária do Tesouro, Janet Yellen, que esteve no país em julho, e do enviado para as questões do clima, John Kerry.

Na segunda-feira, após um encontro entre Raimondo e o seu homólogo chinês, Wang Wentao, Pequim e Washington concordaram em criar um grupo de trabalho para tentar resolver os diferendos comerciais. A visita à China da secretária do Comércio dos Estados Unidos termina na quarta-feira.

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ONU alerta que nunca neste século o mundo esteve tão perto da catástrofe global

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

"Em nome dos nossos entes queridos e das gerações futuras, é hora de evitar a destruição nuclear global. É hora de pôr fim à ameaça do nosso suicídio coletivo", apela responsável da ONU.

As Nações Unidas (ONU) alertaram esta terça-feira que o mundo está “mais perto do que em qualquer outro momento deste século da catástrofe global”, assinalando o Dia Internacional contra os Testes Nucleares apesar de haver “poucos motivos para comemorar”.

Numa reunião plenária de alto nível para promover a data, o presidente da Assembleia-Geral da ONU, Csaba Korosi, abriu a sessão com um discurso crítico, lamentando que a crescente desconfiança, competição geopolítica e um número crescente de conflitos armados apenas levaram ao aumento dos perigos no mundo, referindo especificamente as “ameaças regulares de recorrer a um ataque nuclear na guerra na Ucrânia”.

“Os gastos militares globais atingiram um recorde de 2,2 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros) em 2022. Vemos muitos sinais de que os arsenais e as capacidades nucleares estão a aumentar, contrariando o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares”, disse. “Faz algum sentido ameaçar um país vizinho com um ataque nuclear? Essa abordagem diminuiu os conflitos? Estamos agora mais seguros? Não, de todo! Estamos mais perto do que em qualquer outro momento deste século da catástrofe global”, argumentou o diplomata húngaro.

De acordo com Korosi, apostar em armas nucleares nada mais é do que uma “terrível armadilha para a humanidade”, feita através de desvios de fundos públicos. Os investimentos e a modernização contínua das armas nucleares são simplesmente incompatíveis com os objetivos, aspirações e promessas de acabar com a pobreza, com as alterações climáticas ou com a perda de biodiversidade, acrescentou.

Nesse sentido, o presidente da Assembleia-Geral recordou que o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares é uma parte fundamental da estrutura internacional de desarmamento, mas sublinhou que o facto de ainda não ter entrado em vigor – 27 anos após a sua adoção – constitui uma lacuna grave no quadro global. “Este é um lembrete claro de que temos assuntos inacabados. Apelo aos restantes países para que finalmente assinem e ratifiquem o Tratado. (…) É nosso dever garantir que a proibição dos testes nucleares seja juridicamente vinculativa para todos os Estados. (…) A chamada ‘guerra nuclear limitada’ não existe”, apelou.

“Em nome dos nossos entes queridos e das gerações futuras, é hora de evitar a destruição nuclear global. É hora de pôr fim à ameaça do nosso suicídio coletivo. Este pode ser o seu legado”, concluiu o húngaro. De acordo com a ONU, desde 1945, mais de 2.000 testes nucleares infligiram sofrimento a populações, envenenaram o ar e devastaram paisagens em todo o mundo.

Num momento em que quase 13.000 armas nucleares estão armazenadas em todo o mundo – e os países estão a trabalhar para melhorar a sua precisão, alcance e poder destrutivo –, o secretário-geral da ONU, António Guterres, recorreu às redes sociais para defender uma proibição juridicamente vinculativa dos testes nucleares.

“Em nome das vítimas dos ensaios nucleares, apelo a todos os países que ainda não ratificaram o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares para que o façam imediatamente, sem condições. Vamos acabar com os testes nucleares para sempre”, apelou Guterres numa publicação no Instagram.

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Autoeuropa. Impacto da paragem depende da duração, mas pode existir efeito de contágio

Economistas ouvidos pelo ECO apontam que é difícil aferir qual será o impacto da suspensão da produção na Autoeuropa, colocando a tónica na duração da paragem. Mas alertam para risco de contágio.

A Autoeuropa vai suspender a produção a partir da primeira quinzena de setembro por um período indefinido por falta de peças de um fornecedor esloveno. Os economistas ouvidos pelo ECO apontam que é difícil aferir qual será o impacto da paragem da fábrica de Palmela, que é um dos principais motores das exportações nacionais, referindo que tudo depende do tempo de paragem. Mas lembram o efeito de “contágio” para outras empresas.

“A Autoeuropa é das empresas mais importantes do setor exportador”, sendo que esta não se representa apenas a si própria, mas também “uma cadeia de valor que está depois ligada e que permite muitas empresas viverem do fornecimento de bens e serviços“, pelo que quando a fábrica do grupo Volkswagen “pára a sua produção, pára uma cadeia de compras a montante que vai implicar outras paragens noutras empresas”, lembra o economista e presidente do Instituto Superior de Gestão e Economia (ISEG) João Duque.

A posição é partilhada por Pedro Brinca, professor associado da Nova SBE, que aponta que a suspensão na produção por tempo indefinido “é sempre um sinal negativo para a atividade económica não só da região, mas de todos os outros clusters que vivem também em interação com a Autoeuropa”. Os últimos dados disponíveis, referentes a 2021, apontavam que a fábrica de Palmela contava com mais de cinco mil trabalhadores e representava cerca de 6% das exportações nacionais.

Esta não é a primeira vez este ano que há uma suspensão da produção. Já em março, a falta de peças forçou a empresa a interromper a produção durante dois dias. Nessa altura, ficou impedido o funcionamento da linha de montagem do SUV T-Roc, único modelo saído da unidade do grupo Volkswagen em Portugal.

Até agora, a Autoeuropa, que representa mais de 70% da produção automóvel em Portugal, ainda não determinou a data exata da paragem nem a duração da mesma, pelo que os economistas ouvidos pelo ECO realçam que é ainda difícil de estimar o impacto. “Se for uma coisa a curto prazo que depois possa ser compensada com horas extraordinárias terá sempre um impacto mais limitado. Agora, se for uma coisa que se prolongue no tempo pode levar não só à ameaça dos objetivos que estavam por determinar por parte da própria empresa, mas também pôr em causa a sobrevivência de todo um conjunto de negócios conexos”, alerta o economista Pedro Brinca.

Também Pedro Braz Teixeira, diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, realça que se for “algumas semanas não será muito grave”, mas “se for três meses já será mais sério”. Por outro lado, o economista lembra ainda que em alguns modelos de carros “há filas de espera noutros há excesso de produção” o que pode ajudar a colmatar a paragem. Além disso, a empresa pode também recorrer a outros mecanismos para compensar a suspensão, nomadamente recorrendo a bancos de horas ou a aumento de turnos quando houver a peça em falta.

“Imagine-se que, em setembro e outubro a produção está parada, mas em novembro e dezembro se consegue de alguma maneira compensar a não-produção desses meses. Isto significa que o terceiro trimestre até é afetado, mas o quarto trimestre acaba por não ser afetado porque aquilo que não se exporta no terceiro trimestre exporta no quarto”, refere Pedro Braz Teixeira, sublinhando que nesse caso o “impacto é líquido” dado que “é só uma produção que é feita meses depois”.

Oficialmente, a empresa ainda não fez comentários sobre esta suspensão, mas na carta enviada aos trabalhadores na segunda-feira a empresa justificou a suspensão devido à falta de peças de um fornecedor esloveno afetado pelas cheias no início do mês. Esta terça-feira, também o coordenador da CT adiantou que a empresa está à procura de alternativas de fornecedores e assegurou que a fábrica do grupo Volkswagen tem “ferramentas de flexibilidade” para cobrir estas situações, nomeadamente os downdays.

Além disso, o economista Pedro Braz Teixeira realça ainda que “se fosse um fornecedor na China talvez fosse mais complicado substituir“, mas dado que se trata de um fornecedor europeu, deverá, à partida, ser mais fácil encontrar alternativas.

Também o presidente do ISEG coloca a tónica na duração da suspensão, referindo que se for uma questão meramente operacional e durar apenas poucas semanas o impacto será menor. Contudo, se demorar “dois ou três meses” admite que se pode tratar do “início de um processo que pode levar ao encerramento e à desmobilização da Autoeuropa em Portugal”, considerando que esse cenário já é “muito grave”.

O economista justifica esta hipótese com o facto de a Autoeuropa ser “uma empresa que tem sido muito tentada para desenvolver atividades fora de Portugal” e a “longo prazo há fatores que podem pesar contra o país. “A rede ferroviária é muito importante para a exportação de veículos e para o transporte dos mesmos. Portugal ao ficar muito afastado de Espanha na construção da rede ferroviária em bitola europeia aumenta custos de produção e de transporte para as empresas que usem a bitola ibérica”, alerta, referindo que esta condição fará com que os custos de transportes sejam agravados.

Em 2022, a Autoeuropa registou o segundo melhor ano de produção de sempre, com 231.100 unidades. Melhor mesmo só em 2019, quando saíram 254.600 unidades da fábrica em Palmela.

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Linhas Aéreas de Moçambique empenhada em obter licenças para voltar a voar para Lisboa

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

“A LAM parou de voar para Lisboa em 2012 e, de lá para cá, não fez nenhuma outra atualização das suas licenças, tendo perdido todas as licenças”, afirmou representante da FMA.

A transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) está a reunir as condições necessárias para a obtenção de licenças que permitam voos Maputo-Lisboa, avançou esta terça-feira a Fly Modern Arc (FMA), entidade sul-africana responsável pela estratégia de recuperação da transportadora.

Sérgio Matos, representante da FMA, disse, em conferência de imprensa, que a LAM está empenhada em obter as devidas autorizações para utilizar o Aeroporto Humberto Delgado e horários de gestão de slot. “A LAM parou de voar para Lisboa em 2012 e, de lá para cá, não fez nenhuma outra atualização das suas licenças, tendo perdido todas as licenças”, afirmou Matos.

A transportadora previa retomar o trajeto entre as capitais moçambicana e portuguesa este mês, mas a operação foi adiada, devido à necessidade de obter as devidas autorizações, prosseguiu. A transportadora também está em processo de regularização de dívidas inerentes ao tempo em que voava para Lisboa, até suspender a operação há 11 anos, disse Sérgio Matos.

A reativação da rota Maputo-Lisboa faz parte da estratégia de internacionalização da operação da LAM, no âmbito da recuperação da empresa. Em maio, Sérgio Matos declarou, em conferência de imprensa, que o plano de salvamento da transportadora de bandeira moçambicana também passa por explorar novos destinos, como Brasil, Índia, Dubai e China.

No âmbito do plano de recuperação, a LAM inaugurou este ano as rotas Maputo-Lusaca, Joanesburgo-Vilankulo e Joanesburgo-Beira, bem como trajetos interprovinciais. Sérgio Matos disse esta terça que a LAM reduziu a sua dívida em 57 milhões de euros, desde abril, e continua em recuperação.

Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em abril, a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (277,7 milhões de euros), de acordo com dados fornecidos na altura. A estratégia de revitalização da empresa segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

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Portugal tem menos de 11% da frota de pesca da União Europeia

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

“Em Portugal, a frota de pesca regista 7.705 embarcações […], ainda que parte das mesmas não integre a frota ativa", indicam dados do programa Mar 2020.

Portugal tem 7.705 unidades produtivas, mas nem todas integram a frota ativa, o que representa 10,8% da frota de pesca da União Europeia (UE), segundo dados divulgados pelo Mar 2020.

“Em Portugal, a frota de pesca regista 7.705 embarcações […], ainda que parte das mesmas não integre a frota ativa. Este número significativo representa, no entanto, 10,8% da frota de pesca da União Europeia”, lê-se numa nota divulgada pelo programa Mar 2020.

Por sua vez, Itália representa 17,1% (12.238), Grécia 17% (12.168), Espanha 12,1% (8.643) e a Hungria 10,4% (7.456).

Já no que diz respeito à dimensão das embarcações portuguesas e à sua potência, a sua representatividade na frota da UE cai para, respetivamente, 6,6% e 6,7%.

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Pagamentos aos setores agroflorestal e das pescas ultrapassam 56 milhões em agosto

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

Destaca-se o pagamento de mais de 18 milhões de euros no âmbito do FEADER e 2,7 milhões de euros ao abrigo do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.

Os pagamentos aos setores agroflorestal e das pescas ultrapassaram os 56 milhões de euros em agosto, destacando-se os realizados no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), anunciou o Governo.

“Em agosto, o Ministério da Agricultura e da Alimentação procedeu a pagamentos aos setores agroflorestal e das pescas num montante que ultrapassa os 56 milhões de euros”, indicou, em comunicado, o executivo. Destaca-se o pagamento de mais de 18 milhões de euros no âmbito do FEADER e 2,7 milhões de euros ao abrigo do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).

Somam-se 17,1 milhões de euros em apoios temporários transferidos para os pescadores, no âmbito do regime de compensação aos operadores das pescas e aquicultura.

Citada na mesma nota, a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, sublinhou “a confiança na execução plena do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) e do Mar 2020, cujas execuções estão bem acima da média comunitária e tem contribuído para a modernização de ambas as atividades, essenciais para o crescimento económico e coesão territorial e social do país”.

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Papa enaltece herança da “grande Rússia” e Ucrânia indigna-se

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

"Nunca esqueçais essa grande herança. Vós sois os herdeiros da grande mãe Rússia, segui em frente com ela", disse o papa a jovens católicos russos. Kiev classifica discurso de "muito infeliz".

O Vaticano tentou esta terça-feira amenizar uma polémica com a Ucrânia causada por recentes declarações do Papa Francisco em que este enalteceu “a grande Rússia” imperial, num discurso dirigido a jovens católicos russos. “Vós sois os filhos da grande Rússia, dos grandes santos, dos reis, de Pedro o Grande, de Catarina II, de um povo russo de grande cultura e de grande humanidade”, declarou o Papa, falando por videoconferência a um grupo de jovens crentes reunidos numa igreja de São Petersburgo no passado dia 25 de agosto.

“Nunca esqueçais essa grande herança. Vós sois os herdeiros da grande mãe Rússia, segui em frente com ela”, afirmou na mesma ocasião.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, considerou a linguagem do Papa “muito infeliz”. “É com este tipo de propaganda imperialista, assente em ‘pilares espirituais’ e em nome da ‘necessidade’ de salvar a ‘grande mãe Rússia’, que o Kremlin (Presidência russa) justifica o assassínio de milhares de ucranianos e a destruição de centenas de cidades e aldeias ucranianas”, reagiu na segunda-feira à noite.

É “muito lamentável”, acrescentou o porta-voz da diplomacia ucraniana, “que as ideias russas de grande potência, que são de facto a causa da agressividade crónica da Rússia, saiam consciente ou inconscientemente da boca do Papa, cuja missão, pensamos, é precisamente abrir os olhos da juventude russa para a trajetória destrutiva dos dirigentes russos no poder”.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, assegurou que os comentários “espontâneos” do líder da Igreja Católica tinham como objetivo “encorajar os jovens a preservar e promover o que há de positivo no grande património cultural e espiritual da Rússia”. “Não se destinavam certamente a glorificar as lógicas imperiais” passadas ou presentes da história russa, sublinhou.

Francisco apela regularmente para a paz na Ucrânia, apesar de, nos primeiros meses que se seguiram à invasão russa de fevereiro de 2022, ter sido criticado por não ter apontado Moscovo como o agressor. No início deste ano, nomeou um cardeal de alto nível para tentar negociar a paz, que desde então se deslocou tanto a Moscovo como a Kiev.

O portal oficial do Vaticano noticiou a mensagem vídeo do Papa por ocasião do Dia da Juventude russo, a 25 de agosto, mas não divulgou o vídeo nem incluiu as citações específicas que desencadearam a indignação de Kiev. Indicou, sim, que o Papa tinha exortado os jovens russos a serem “artífices da paz” e a “lançarem sementes de reconciliação”.

Moscovo, por sua vez, saudou as declarações de Francisco. “O pontífice conhece a História russa. Isso é muito bom. Ela é profunda, e a herança não se limita a Pedro e Catarina (…). É gratificante que o pontífice esteja em sintonia”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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Zippy promove a autonomia das crianças em nova campanha

Segundo Filipa Bello, head of brand & creative, a Zippy tenta que os produtos não sejam o centro mas antes que permitam à marca ter mais impacto na sociedade.

A Zippy tem feito um caminho de ir muito para além do produto, e isso dá-nos imenso ânimo porque é fácil fazer campanhas de folhetos, ou de preço, ou de produto. Somos uma marca diferente e conseguimos sempre extrair e entregar muito mais valor aos nossos clientes, à sociedade“, disse Filipa Bello, head of brand & creative da Zippy, ao +M.

As declarações foram feitas a propósito da “Forma da tua forma”, a mais recente campanha da marca de roupa infantil do universo Sonae que visa promover a autonomia das crianças, dando-lhes ferramentas de forma a promover a sua independência, confiança e autoestima. A campanha tem por base a filosofia da marca “Big Me”, que aposta em atributos diferenciadores nos seus produtos com o objetivo de ajudar os mais novos a vestirem-se ou calçarem-se sozinhos, por exemplo.

Seja através de um botão decorativo nas calças (que esconde umas molas que facilitam a tarefa de as apertar), de semicírculos nas palminhas das sapatilhas (que ajudam à identificação correta para cada pé) ou de velcros para facilitar a tarefa de se calçarem, estes produtos têm assim por objetivo facilitar a o dia-a-dia dos pais e ajudar as crianças.

No entanto, “tentamos sempre que os produtos não sejam centros, mas que sejam uma forma de que a Zippy possa ter muito mais impacto na sociedade e em questões relevantes para a sociedade“, refere Filipa Bello, ao +M.

Filipa Bello, head of brand & creative da Zippy.

Segundo a head of brand & creative da Zippy, embora o foco e preocupação no desenvolvimento dos produtos seja a criança, “sabemos que quem compra e está a pensar no desenvolvimento da criança são os pais. E portanto nós falamos com os pais, nós tentamos estabelecer a relação é com os pais, mas sabendo que é um contributo que é destinado às crianças“, refere.

“A autonomia não é uma preocupação de uma criança de seis anos, mas mais tarde vão agradecer à Zippy o contributo que tiveram”, diz Filipa Bello, acrescentando que “nós trabalhamos para elas mas é com os pais que falamos, que são os verdadeiros interessados sobre este tipo de tema. Não somos uma marca que fale com as crianças“.

Para a Zippy, esta dualidade – de falar para os pais, quando os produtos têm as crianças como destinatárias – é fácil de conjugar, explica Filipa Bello, tendo em conta que a marca fala “sobre aquilo que é mais importante para as pessoas”.

A verdade é que as marcas falam de preço ou produto, e nós falamos de uma coisa muito mais única e diferente, mais relevante para o dia-a-dia dos pais e das crianças, que é esta questão da autonomia e autoestima. Acho que se virmos por esse prisma, é fácil. Acho que é um enorme desafio, mas acho que é também uma oportunidade enorme para a Zippy”, afirma.

Em suma, na Zippy, o marketing funciona como um “megafone”, explica Filipa Bello, tendo em conta que a sua missão é fazer com que “tudo aquilo que é feito, com toda esta visão, chegue ao cliente final. Essa é a nossa grande missão”.

Embora tenha por base a filosofia “Big Me”, que visa promover a autonomia e autoestima das crianças, “a Zippy não quer impor nada, é democrática“, esclarece Filipa Bello.

O objetivo é ajudar os pais e crianças, de um ponto de vista prático mas também emocional, diz a head of brand & creative da Zippy, acrescentando que esta “não é uma campanha oca“, e que implicou muitos testes e discussões com Mário Cordeiro, professor de Pediatria e de Saúde Pública e parceiro da Zippy.

A campanha, lançada a propósito do regresso às aulas, foi desenvolvida em parceria com Pedro Fonseca Almeida e Duarte Brito Cunha, criativos do Clube da Criatividade de Portugal. Depois de um desafio lançado aos criativos do clube para desenvolverem, de uma forma criativa, a comunicação de algo tão técnico – “como dizer de forma atrativa e imediata uma solução para uma campanha que falasse precisamente do Big Me” –, a Zippy apostou na abordagem desta dupla, desenvolvendo a sua ideia, explica Filipa Bello.

“A identidade visual e o posicionamento da Zippy é algo que nos atrai bastante enquanto criativos. Desenvolver uma campanha 360 para um dos principais pilares da marca que é a filosofia ‘Big Me’ foi um desafio que nos fez crescer e, para nós, sermos reconhecidos por uma marca como a Zippy é muito valioso”, referem Pedro Almeida e Duarte Cunha, citados em comunicado.

Esta campanha da Zippy vem juntar-se a outras que têm pautado a comunicação da marca, como a iniciativa “Igualdade de Génio”, lançada no âmbito do Dia da Criança em 2022. Tratou-se de uma coleção sem género, em parceria com o artista Another Angelo, e também de uma estátua evolutiva, que começou como um bebé e vai sendo atualizada ao longo do tempo, acompanhando o crescimento de uma criança.

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General Motors, Bayer e Fox News estão entre as empresas que usam a IA da Google

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

A Google anunciou esta terça-feira as empresas que já estão a usar a inteligência artificial da empresa.

A Google anunciou esta terça-feira que a General Motors (GM), Bayer e Fox News estão entre na lista de empresas que utilizam a inteligência artificial (IA) generativa da Google Cloud.

Vários são os setores que utilizam esta tecnologia, que vão desde parques de diversões, como SixFlags; restauração, como a cadeia IHOP; a saúde, com o exemplo do Hospital CorporationofAmerica (HCA); e o investimento, como a Morgan Stanly Capital Internacional (MSCI).

De acordo com um comunicado, a Bayer usa Med-PaLM2, uma variante do modelo de linguagem baseado em IA paLM2, focado em atender consultas médicas, ferramenta que também é usada pelo HCA. Enquanto a Fox Sports utiliza a IA da Google para “transmissões de eventos desportivos importantes”, a cadeia IHOP usa esta tecnologia para “oferecer aos seus clientes recomendações melhores e mais personalizadas na sua plataforma de pedidos” na Internet.

Por sua vez, a Six Flags utiliza a IA “para produzir um ‘inforobô’ no parque que ajudará os visitantes” nas suas visitas e fornecerá informação sobre que atrações têm filas mais curtas e quais os restaurantes são mais adequados às suas necessidades, destaca a Google.

a GM levará a inteligência artificial da Google “a milhões de veículos” e a General Electric (GE) utilizará esta tecnologia para oferecer aos seus utilizadores a opção de gerar receitas personalizadas com base nos alimentos da sua cozinha. No setor financeiro, a MSCI está a utilizar a IA generativa para criar soluções que ajudam os investidores a identificar e gerir riscos e oportunidades, assim como acelerar a tomada de decisões.

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Cimenteira do Louro aposta em inteligência artificial para chegar a clientes de todo o mundo

A Cimenteira do Louro desenvolveu uma solução tecnológica interativa, baseada em realidade virtual, que pretende "revolucionar a forma como os clientes interagem e exploram os produtos da marca".

A Cimenteira do Louro, fabricante de materiais de construção, está a revolucionar a forma de contactar com os clientes. A empresa de Vila Nova de Famalicão desenvolveu uma solução tecnológica interativa, baseada em realidade virtual, que permite aos clientes finais, arquitetos e empresas de construção, aceder a uma experiência interativa através de showrooms virtuais ou a simuladores de ambientes.

Com o simulador de ambientes, o cliente tem a possibilidade de explorar diferentes opções de pavimentos e revestimentos em betão, tanto para ambientes exteriores como interiores”, explica Dinis da Silva, CEO de A Cimenteira do Louro (ACL), citado em comunicado.

A experiência digital pode ser “ainda mais envolvente” com o recurso a óculos de realidade virtual, colocando o utilizador dentro do próprio ambiente decorado com os materiais da empresa com sede em Vila Nova de Famalicão.

“Nos últimos anos, A Cimenteira do Louro deu um passo em frente ao investir fortemente na comunicação digital para tornar mais rica a experiência dos nossos clientes e representantes nos diversos mercados internacionais”, explica o CEO da empresa, em comunicado. Para além do mercado português, a empresa quer alcançar virtualmente mercados como os Estados Unidos, Londres e Itália, onde a ACL tem diversos clientes.

Para o gestor, o simulador de ambientes da empresa “é uma valiosa ferramenta para materializar as ideias dos clientes”. Da renovação do jardim à criação de uma sala de estar, através do simulador, que “é intuitivo, o cliente poderá construir e visualizar como ficaria o seu espaço com diversas combinações de materiais, permitindo-lhe tomar decisões de compra informadas sobre a decoração e design do seu lar ou projeto imobiliário”, realça Dinis da Silva.

O conceito de showroom virtual interativo permite que os utilizadores explorem os produtos em 3D e em tempo real, como se estivessem a visitar um espaço físico. “Com uma interface intuitiva, os clientes da ACL podem navegar pelos vários ambientes do showroom e obter informações detalhadas sobre cada produto. Além disso, os utilizadores podem interagir virtualmente com os produtos, experimentando-os como se estivessem a usar o produto fisicamente”, detalha a empresa.

“O objetivo é proporcionar aos nossos clientes e aos nossos parceiros a oportunidade de conhecerem os nossos produtos de uma forma inovadora e confortável, independentemente da sua localização“, afirma o CEO da ACL. E adianta: “Com os showrooms virtuais estamos a ultrapassar barreiras geográficas e a proporcionar uma experiência de compra mais personalizada e envolvente”, afirma o líder da Cimenteira do Louro.

Com os showrooms virtuais estamos a ultrapassar barreiras geográficas e a proporcionar uma experiência de compra mais personalizada e envolvente.

Dinis da Silva

CEO de A Cimenteira do Louro

Com esta aposta digital, a ACL quer revolucionar a forma como os clientes interagem e exploram os produtos da marca, “proporcionando uma experiência única e envolvente”, destaca Dinis da Silva, acrescentando que também está em causa “elevar a experiência a um novo patamar de realismo”.

No início do ano, Cimenteira do Louro anunciou que a aposta numa nova unidade de produção de um revestimento de betão leve, flexível, ultrafino e mais económico, denominado Slimcrete Wall, “que serve para revestir paredes e melhorar o processo de construção de todo o tipo de edifícios”.

Com um volume de negócios a rondar os 23 milhões de euros, em 2022, A Cimenteira do Louro, fundada em 1975, teve início com o patriarca Manuel Leitão da Silva quando começou a produzir artefactos em cimento – as salgadeiras, bebedouros para animais, os tradicionais tanques de lavar roupa. Transformou-se depois “numa referência na produção de pavimentos e revestimentos em infraestruturas, edifícios, obras públicas ou projetos de arquitetura em mais de 80 países”, de acordo com o município de Famalicão.

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Haitong Bank passa de prejuízo a lucro de 5 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Agosto 2023

O resultado operacional do antigo BES Investimento (BESI) foi positivo em seis milhões de euros, contra os oito milhões de euros negativos do ano anterior.

O Haitong Bank fechou o primeiro semestre com um lucro de cinco milhões de euros, que compara com um prejuízo de quatro milhões no período homólogo de 2022, informou esta terça-feira o banco.

De acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado operacional do antigo BES Investimento (BESI) foi positivo em seis milhões de euros, contra os oito milhões de euros negativos do ano anterior, beneficiando da descida homóloga de 5% dos custos operacionais, para 29 milhões de euros.

No primeiro semestre, a margem financeira do banco mais do que duplicou em termos homólogos, passando de 7,9 milhões de euros para perto de 16,5 milhões. O produto bancário atingiu 35 milhões de euros, aumentando 60% face ao período homólogo, enquanto a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) passou de -1,5% para 1,4%.

O rácio de crédito não produtivo (NPL) situou-se nos 1,0%, contra 1,3% no período homólogo, e a cobertura de crédito não produtivo evoluiu de 58,4% para 62,9%. Já o rácio de fundos próprios de Nível 1 (‘fully-loaded’) foi de 15,5% em junho (18,0% em junho de 2022), enquanto o rácio de fundos próprios totais (‘fully-loaded’) passou de 22,5% para 19,6%.

No final do primeiro semestre, o Haitong Bank tinha ativos de 3.500 milhões de euros, mais 2% que os 3.400 milhões de euros do final de 2022, tendo a carteira de investimento aumentado 16% em comparação com dezembro de 2022, atingindo 1.200 milhões de euros.

A carteira de crédito registou um crescimento de 11% em comparação com dezembro de 2022, atingindo 857 milhões de euros, numa evolução atribuída “à conclusão de várias operações no período, nomeadamente pela direção de Structured Finance, não obstante a abordagem prudente de originação de ativos”.

Em junho deste ano, o Haitong Bank tinha um total de 364 trabalhadores (174 dos quais em Portugal), que compara com 358 em junho de 2022 e 357 no final do ano passado.

No relatório e contas do primeiro semestre, o antigo BESI prevê “um abrandamento da atividade económica no segundo semestre de 2023, sem, no entanto, chegar à recessão prevista no final de 2022”: “Efetivamente, a resiliência das condições de emprego, especialmente no setor dos serviços, nos EUA e na Europa, deverá compensar a tendência de enfraquecimento da atividade cíclica da indústria transformadora até ao primeiro semestre de 2024”, refere.

O banco diz ter agora “uma visão mais positiva relativamente à economia mundial do que aquando da preparação do Relatório e Contas de 2022”, considerando que, “apesar da continuação da guerra na Ucrânia, da inflação persistente e das taxas de juro mais elevadas do que o previsto, as perspetivas de crescimento melhoraram em 2023”.

“Para o segundo semestre de 2023 e primeiro semestre de 2024 prevemos um crescimento mais suave, seguido de uma intensificação da atividade económica no segundo semestre de 2024, suportada pela possibilidade de cortes nas taxas de juro no quarto trimestre de 2024 à medida que a inflação converge para as metas dos bancos centrais em 2025”, avança.

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Mota-Engil assina dois contratos na África do Sul e Senegal por 945 milhões de euros

Através de duas das participadas da gigante de construção civil, a Mota-Engil celebrou um contrato de 450 milhões de euros na África do Sul e 495 milhões no Senegal.

A Mota-Engil assinou dois contratos de prestação de serviços na África do Sul e no Senegal no valor de cerca de 945 milhões de euros. De acordo coma nota divulgada esta terça-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os contratos foram assinados através de duas das participadas da gigante de construção civil portuguesa para a região de África.

Um dos contratos, celebrado com uma subsidiária da Vedanta Zinc International, está associado ao alargamento de um projeto atualmente em curso na África do Sul, numa mina de zinco que deverá passar de 2,5 milhões de toneladas mensais para cinco milhões de toneladas mensais. O projeto foi prolongado até março de 2030 e o seu valor incrementado em 450 milhões de euros, detalha o comunicado.

Já o segundo contrato, celebrado com uma subsidiária do grupo Managem no Senegal, inclui, entre outros, a instalação, operação e manutenção de instalações, infraestruturas, sistemas e equipamentos necessários à extração de ouro numa mina. Os trabalhos têm início previsto para setembro de 2023, terão uma duração de 76 meses. O contrato está avaliado em cerca de 495 milhões de euros.

Com destas adjudicações, a Mota-Engil sublinha que “continua a reforçar a sua carteira de encomendas no segmento de serviços de engenharia industrial em África”, potenciando, desta forma, “o forte e sustentado crescimento do seu volume de negócios” naquela região.

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