Fundos imobiliários com ganhos de 4,3% em 2023 e acima da média dos últimos três anos

  • Ana Petronilho
  • 14 Agosto 2023

Em junho, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,3% nos últimos 12 meses, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4%.

Entre junho de 2022 e de 2023, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,31%, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4,04%, mostram os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Entre os fundos abertos de acumulação a média de rendibilidade é de 4,46%, sendo que em junho aquele com o maior retorno gerado para os seus subscritores foi o Imonegócios, ao contabilizar um desempenho de 9,58% desde o início do ano. Este é um dos fundos da Parvalorem que gere a carteira de imóveis que eram da propriedade do BPN, nacionalizado em 2008.

Segue-se o Property Core Real Estate Fund, comercializado pelo banco Best e gerido pela Square Asset Management, que tem em mãos o maior portefólio de ativos imobiliários no país, com uma rendibilidade de 6,84% anual.

O top 3 fica completo com o AF Portfólio Imobiliário, o fundo gerido pela Interfundos do Millennium bcp, que registou uma rendibilidade de 5,15%.

Já os fundos abertos de rendimento têm em junho um retorno médio de 3,89%. A liderar está um dos fundos do Estado, criado em 2010 e gerido pela Fundiestamo e comercializado pelo BPI, o Imopoupança, com um ganho de 5,40%. Segue-se o Fundimo da Caixa Geral de Depósitos, com 4,94% de rendibilidade anual e, por fim, o Imofid da Fidelidade com 4,17%.

Os dados da APFIPP mostram ainda que, desde o início do ano, a Crédito Agrícola Gest – que gere dois fundos – é a sociedade que regista o maior crescimento, em termos percentuais, com 602,6% (102 milhões de euros). Já a Sierra IG, da Sonae e que tem em carteira cinco fundos, teve o maior aumento em valores absolutos, com 382,8 milhões de euros, crescendo 153,3%.

O valor líquido dos imóveis detidos pelos 206 fundos com atividade em Portugal ascende a 11.269,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 0,7% face ao mês anterior. Desde o final de 2022, verifica-se um aumento de 1,6% do valor do património dos fundos imobiliários, sendo que o valor ainda sobe para 13,6% quando comparado com os últimos 12 meses.

Entre as várias categorias dos fundos, a que apresenta o maior volume de ativos sob gestão é a dos fundos fechados com 6.608,5 milhões de euros, seguida pela dos fundos abertos de rendimento com 2.455,1 milhões de euros e pela dos fundos abertos de acumulação com 1.801 milhões de euros.

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Milhares de pequenos acionistas levam aos tribunais venda do Credit Suisse ao UBS

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

Uma das ações coletivas alega que o UBS obteve um "lucro excessivo" numa transação que lhe era "altamente vantajosa".

Milhares de pequenos acionistas do Credit Suisse entraram esta segunda-feira com uma ação judicial, na Suíça, pedindo uma compensação por perdas resultantes da operação de fusão do Credit Suisse pelo banco UBS.

Gisèle Vlietstra, uma das pequenas acionistas que intentaram a ação judicial, explicou que a Associação Suíça para a Proteção dos Acionistas apresentou uma ação judicial no Tribunal de Comércio de Zurique em nome dos acionistas por si representados.

Trata-se, sobretudo, de acionistas de nacionalidade suíça que se reuniram nesta associação para poderem participar no processo judicial movido contra a forma como se realizou a operação de resgate do banco Credit Suisse pelo seu congénere UBS.

Além desta associação, a Legalpass apresentou uma outra ação coletiva em nome de 3.000 pequenos acionistas do Credit Suisse, que alegam que o UBS obteve um “lucro excessivo” numa transação que lhe era “altamente vantajosa” e que foi apoiada pelo governo suíço, receoso do impacto sistémico que uma eventual falência do Credit Suisse poderia ter na economia do país.

A Fundação Ethos, que representa os interesses dos acionistas institucionais na Suíça, por seu lado, também se juntou a este segundo processo judicial contra a fusão entre o Credit Suisse e o UBS.

O banco Credit Suisse foi vendido por 3.100 milhões de euros, quando na Bolsa de Valores suíça valia mais de 7.000 milhões de euros, um negócio que estabelecia que os seus acionistas receberiam uma ação do banco UBS por cada 22 ações do Credit Suisse.

Este cálculo deu a cada ação do Credit Suisse um valor de 0,76 cêntimos de franco suíço, apesar de, no último dia de negociação em bolsa, antes de o UBS anunciar a aquisição, estar a ser negociada a 1,86 francos suíços. Gisèle Vlietstra explicou também que o que está agora a ser pedido à justiça suíça é que permita nomear um perito independente que reveja o valor da conversão e proponha uma correção no preço das ações.

“Também queremos enviar um sinal ao mercado financeiro, em apoio da reputação da Suíça e de respeito pelas regras em vigor”, esclareceu a acionista.

Outros processos foram também apresentados em diversos tribunais suíços contra a decisão das autoridades nacionais responsáveis pela regulação dos mercados financeiros de anular por completo o valor dos empréstimos AT1 do Credit Suisse, no montante de 16 mil milhões de euros.

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Banco central russo reúne de emergência após depreciação do rublo

  • ECO
  • 14 Agosto 2023

A moeda russa chegou a valer menos de 100 rublos por dólar na sessão desta segunda-feira.

O banco central russo anunciou esta segunda-feira uma reunião extraordinária para debater a queda do rublo. “Na terça-feira, 15 de agosto de 2023, o Conselho de Administração do Banco da Rússia realizará uma reunião para avaliar o nível da taxa básica de juros”, refere o comunicado da instituição.

A decisão surge no dia em que a moeda russa chegou a valer menos de cem rublos por dólar, um mínimo desde finais da março de 2022, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. O banco central do país liderado por Vladimir Putin tinha previsto reunir-se apenas a 15 de setembro, após ter aumentado a taxa de juro para 8,5% no último encontro da instituição. Este ano, o rublo já depreciou mais de 26%.

O conselheiro económico de Putin, Maxim Oreshkin, escreveu, segundo Financial Times, um artigo para a agência de notícias Tass que incluía críticas ao banco central. “Um rublo forte é do interesse da economia russa”, referiu, antes de acrescentar que “a taxa de câmbio atual desviou-se significativamente dos níveis fundamentais e espera-se que se normalize no futuro próximo”.

O banco central, liderado pela governadora Elvira Nabiullina, tem argumentado que o câmbio do rublo não coloca em causa a estabilidade financeira do país e que a moeda está sob pressão de vários fatores, entre os quais a diminuição das exportações, a subida da procura interna por importações e da dívida do país. O objetivo do banco é manter a taxa de inflação estável nos 4% – em julho, o nível de preços aumentou 4,3% e deve acelerar entre 5 e 6,5% este ano.

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Renfe planeia expansão ferroviária para Portugal até 2027

  • ECO
  • 14 Agosto 2023

O plano da Renfe tem 2027 como horizonte temporal e pretende oferecer novos serviços ao longo da faixa atlântica portuguesa, ligando Lisboe e Porto á capital espanhola.

A Renfe está a preparar a expansão para o território português. Para isso, a operadora que explora a rede ferroviária espanhola vai investir 15 milhões de euros à adaptação e homologação de parte da sua frota, de modo a tornar possível a circulação nas vias portuguesas, refere o jornal La Información.

A atual direção da Renfe pretende entrar em Portugal em 2024 – conforme já tinha revelado antes –, algo que deverá acontecer quando estiver concluída a construção da primeira linha portuguesa de alta velocidade, que ligará Elvas e Évora. A obra permitirá reduzir o tempo entre Lisboa e Badajoz em cerca de duas horas.

Segundo o La Información, o plano da Renfe tem 2027 como horizonte temporal, pretendendo a empresa ferroviária oferecer novos serviços ao longo da faixa atlântica portuguesa e ligar Lisboa e Porto a Madrid.

Para a concretização deste plano está prevista a utilização de dois modelos diferentes de comboios, um elétrico (série 120), para serviços com múltiplas paragens intermédias, e outro elétrico-diesel (série 730), para os percursos não eletrificados, como acontece na ligação entre Salamanca e a fronteira portuguesa.

O primeiro tipo de comboios visa permitir a criação de uma rota entre Lisboa e o Porto que se estenderia até à Corunha (depois de passar por Santiago de Compostela, Pontevedra e Vigo), bem como um novo serviço diário entre Madrid e Porto (passando por Medina del Campo e Salamanca). Já os comboios elétrico-diesel devem ligar Madrid e Lisboa, duas vezes por dia em cerca de seis horas, prolongando os comboios que já ligam a capital portuguesa a Badajoz.

Segundo o La Información, a Infraestruturas de Portugal ainda não recebeu qualquer pedido por parte da Renfe para levar os seus comboios até Évora, sendo que para esta entidade portuguesa todas as manifestações de interesse que possam surgir por parte das operadoras para operar nas ferrovias portuguesas são “positivas”.

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Primeiro-ministro da Letónia anuncia renúncia ao cargo

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

Krisjanis Karins invocou "falta de dinâmica" e a "necessidade de uma nova coligação governamental".

O primeiro-ministro da Letónia, Krisjanis Karins, anunciou esta segunda-feira que renunciará com todo o seu Executivo na quinta-feira, justificando a decisão com a “falta de dinâmica” dentro da coligação governamental.

“Hoje, pedirei os líderes do partido Nova Unidade (JV, do qual Karins é membro) que apresente um novo candidato a primeiro-ministro. Isso significa que haverá um novo primeiro-ministro”, declarou o político de 58 anos, nascido nos Estados Unidos, aos jornalistas. Para justificar a sua decisão, o político invocou uma “falta de dinâmica” e a “necessidade de uma nova coligação governamental”.

Atualmente, o Nova Unidade e a Aliança Nacional (dois partidos dentro da coligação) estão a bloquear o trabalho pela prosperidade e crescimento económico” do país, declarou ainda Karin na rede social X (ex-Twitter). A Letónia, membro da NATO e da União Europeia (UE), realizou as suas últimas eleições legislativas em outubro de 2022.

O partido pró-ocidental Nova Unidade venceu as eleições com quase 19% dos votos, mas só conseguiu formar uma coligação com 53 deputados entre os 100 parlamentares. O partido JV uniu-se à Lista Unida (Verdes e partidos regionais de centro) e à Aliança Nacional (centro-direita) para formar a nova coligação.

Primeiro-ministro da Letónia desde 2019, Karins recentemente tentou ampliar a coligação ao convidar os Progressistas, partido de esquerda social-democrata, para se juntarem ao Governo, mas enfrentou fortes críticas de dentro do bloco no poder.

Espera-se agora que a Nova Unidade nomeie um candidato para suceder Karins após a sua renúncia formal. O primeiro-ministro letão declarou que irá entregar formalmente a sua renúncia ao Presidente letão, Edgars Rinkevics, na quinta-feira. Karins foi primeiro-ministro em dois governos de coligação entre 2018 e 2022 e também ministro da Economia e eurodeputado.

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Câmara do Porto lança concurso de 4,6 milhões para a construção de estádio em Campanhã

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

A Câmara do Porto lançou um concurso público de 4,6 milhões de euros para a construção do Campo Municipal de Campanhã

A Câmara do Porto lançou um concurso público de 4,6 milhões de euros para a construção do Campo Municipal de Campanhã, um estádio situado entre a Rua Justino Teixeira e as piscinas municipais, consultou hoje a Lusa.

Segundo uma nota publicada no site oficial da autarquia, “o espaço abrange um campo de jogos com bancada coberta, além de um edifício de apoio e novo arruamento, com lugares de estacionamento“, numa área que ascende a 17 mil metros quadrados.

O campo de futebol terá medidas para jogos oficiais e contará com relva sintética e sistema de rega automática. A bancada coberta dará lugar a 488 espectadores, incluindo lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida”, pode também ler-se na nota. A bancada estará integrada no edifício de apoio a ser construído, “que contará ainda com serviços de bilheteira, cafetaria e instalações sanitárias”.

“Implementado em dois pisos, a estrutura inclui também a instalação de painéis fotovoltaicos, posto médico, sala de primeiros socorros, salas técnicas, balneários para atletas e árbitros, bem como salas de apoio à gestão do espaço”, refere a autarquia liderada pelo independente Rui Moreira.

Na infraestrutura desportiva haverá ainda lugar para um “um ‘rain garden’ (canal em terreno natural) numa das laterais do campo, consequência da deslocalização de uma linha de água existente e que fará, também, a recolha das águas pluviais”, estando também prevista a “criação de áreas verdes e ajardinadas, com a plantação de espécies arbóreas”.

“No âmbito da intervenção, será materializado um novo arruamento, que fará a ligação da Rua de Justino Teixeira ao equipamento desportivo”, com 32 lugares de estacionamento, três dos quais para pessoas de mobilidade reduzida, e “o espaço contará, ainda, com um segundo acesso pedonal, através da Rua do Dr. Sousa Ávides, junto às Piscinas Municipais de Campanhã”.

A construção do campo desportivo estava prevista desde o anúncio da demolição do antigo campo Ruy Navega, utilizado pelo Clube Desportivo de Portugal, para a construção do Terminal Intermodal de Campanhã (TIC).

Em maio de 2019, a Câmara do Porto aprovou um apoio de 21 mil euros anuais ao Desportivo de Portugal até à sua transferência definitiva para Justino Teixeira, terreno dado como contrapartida à construção do Centro de Saúde de Ramalde.

O terreno de Justino Teixeira destina-se à construção do equipamento desportivo que, entre outras valências, permitirá acolher as atividades do Grupo Desportivo de Portugal.

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Consumo global de gás natural em Portugal cai 18% em julho

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

O consumo global de gás caiu 18,1% em julho, superando a meta a atingir até ao final do ano, com o consumo convencional a diminuir 22,8%, segundo dados da Agência para a Energia.

O consumo global de gás caiu 18,1% em julho, superando a meta a atingir até ao final do ano, com o consumo convencional a diminuir 22,8%, segundo dados da Adene — Agência para a Energia, divulgados esta segunda-feira.

Segundo os 10.º e 11.º relatórios do progresso do Plano de Poupança de Energia (PPE) 2022-2023, publicados pela Adene, durante o mês de julho, registou-se uma redução de 18,1% no consumo global de gás, face à média histórica dos últimos cinco períodos homólogos, sendo que a meta estabelecida no “Regulamento do Gás” era de 15% até março 2023. Portugal superou, assim, em 59,7% a meta de redução de consumo de gás natural estabelecida no PPE 2022-2023 até ao final de 2023, que era de 17%.

Este decréscimo fez-se sentir de forma mais significativa na vertente de consumo convencional, com uma redução de 22,8%, ao passo que na componente de consumo devido à produção de energia através das centrais termoelétricas foi verificada uma diminuição de 10,1%.

A Adene destacou que o consumo de gás no setor dos centros comerciais obteve uma poupança de 42% no consumo acumulado de gás natural e de 12% no consumo de energia elétrica. “As medidas implementadas no âmbito dos avisos do PRR encontram-se a 40,7% da meta traçada até ao final do ano 2023 (34,5% para o Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis e 75,8% para a Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central)”, apontou a entidade, em comunicado.

Até ao final de julho, a Adene realizou 55 ações no âmbito da formação e capacitação para a poupança de energia, que abrangeram cerca de 986 pessoas. Já na área da comunicação e sensibilização foram realizadas 172 ações até ao final de maio, que abrangeram cerca 2,8 milhões de pessoas.

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Patriarca recusa nome na ponte sobre o Trancão depois de polémica

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, pediu para que o seu nome não seja atribuído à ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão, na sequência da polémica gerada nos últimos dias.

“O Patriarcado de Lisboa informa que D. Manuel Clemente pediu para não se efetivar a atribuição do seu nome à ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão“, refere um comunicado divulgado hoje, adiantando que o patriarca “agradece a atenção da Câmara Municipal de Lisboa, mas não quer, de modo algum, que a atribuição seja causa de divisão, ou que alguém se sinta ofendido”.

Segundo a nota, “a Jornada Mundial da Juventude, quis ser, muito pelo contrário, uma ocasião de reencontro de todos, em favor de uma sociedade mais justa e solidária”.

A Câmara Municipal de Lisboa anunciou na sexta-feira que a nova ponte ciclopedonal que liga a capital ao concelho de Loures, sobre o rio Trancão, e foi construída na zona oriental da cidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), iria chamar-se Ponte Pedonal Cardeal Dom Manuel Clemente.

Manuel Clemente, que agradeceu na ocasião o gesto, deixará de ser oficialmente patriarca de Lisboa em 2 de setembro, altura em que será sucedido pelo atual bispo das Forças Armadas, Rui Valério.

A polémica sobre a atribuição do nome do cardeal-patriarca de Lisboa Manuel Clemente à ponte ciclopedonal no Parque Tejo fez circular na Internet quatro petições dirigidas ao município da capital, umas a favor e outras contra.

A petição “Queremos o nome de D. Manuel Clemente para a ponte pedonal no Parque Tejo” reunia pelas 11h desta segunda-feira mais de 500 assinaturas, enquanto a “Petição para que a nova ponte sobre o rio Trancão não tenha o nome Cardeal Dom Manuel Clemente” tinha mais de 2.800 subscritores.

Uma outra petição, “JMJ: Saudação e apelo aos presidentes da Câmara de Lisboa e Loures“, além de apoiar o nome de Manuel Clemente para a ponte, defende a atribuição do nome do chefe da Igreja Católica, Papa Francisco, ao Parque Tejo e concentrava à mesma hora mais de 5.500 subscritores.

Estas três petições circulam no mesmo portal que uma outra, conhecida no fim de semana, “Petição pela alteração do nome previsto para a ponte Lisboa/Loures no Parque Tejo“, que reunia pelas 11h desta segunda-feira mais de 15 mil assinaturas, o que faz com que possa ser debatida na Assembleia da República.

As petições contra o nome de Manuel Clemente para a nova ponte invocam a laicidade do Estado português e as suspeitas de encobrimento do cardeal dos abusos sexuais de menores na Igreja Católica portuguesa.

Em contrapartida, as petições a favor da designação de Manuel Clemente advogam o seu exemplo como sacerdote e cidadão, “educado em sintonia com o Papa Francisco e com a atitude da Igreja Católica em combater todo e qualquer tipo de abuso no interior da Igreja”.

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Euribor sobe a seis e 12 meses e no prazo de três meses atinge máximo

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a seis e a 12 meses, face a sexta-feira, e a três meses atingiu um máximo desde dezembro de 2008.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a seis e a 12 meses, face a sexta-feira, e a três meses atingiu um máximo desde dezembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira para 4,076%, mais 0,020 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
  • Já no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,957%, mais 0,029 pontos do que na sexta-feira e contra o máximo de 3,966% registado a 25 de julho deste ano. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
  • A Euribor a três meses também subiu esta segunda-feira, para 3,799%, mais 0,018 pontos, face a sexta-feira, um novo máximo desde 2 de dezembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

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Produção de gelados na UE cresceu 5% o ano passado. Sabe quem é o maior produtor?

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Agosto 2023

União Europeia produziu mais de três mil milhões de quilos de gelados no último ano. Alemanha continua a ser o maior produtor entre os 27 Estados-membros, mas desce para quarto lugar como exportador.

A União Europeia (UE) produziu mais de 3,2 mil milhões de litros de gelado em 2022, o que representa um aumento de 5% face ao ano anterior, segundo dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat.

A Alemanha é, simultaneamente, o maior produtor europeu de gelado e o país que produz o gelado a preços mais baixos. De acordo com o gabinete estatístico, os alemães produziram 620 milhões de litros de gelado no ano passado, a um preço médio de 1,5 euros por litro.

Três maiores produtores de gelado da UE em 2022

Fonte: Eurostat

Nas exportações, porém, a Alemanha desce para quarto lugar, com 28 milhões de quilogramas de gelado vendidos a países extra-UE, representando 11% das exportações totais do bloco.

Em segundo lugar surge a França, com uma produção de 591 milhões de litros a 1,9 euros cada. Os franceses lideram o pódio das exportações, tendo vendido 53 milhões de quilogramas de gelado no ano passado, o equivalente a 21% das exportações totais da UE.

Com uma produção de 571 milhões de litros de gelado, a Itália é o terceiro maior produtor europeu. Cada litro de gelado em Itália tem um custo médio de 2,3 euros, o que a torna o terceiro maior exportador (31 milhões de quilogramas de gelado, ou seja, 13% das exportações totais).

Ainda assim, o gelado mais caro foi produzido na Áustria, com um preço médio de sete euros por litro de gelado, seguindo-se a Dinamarca (4,4 euros por litro) e a Finlândia (2,8 euros por litro).

No ano de 2022, os 27 Estados-membros da UE exportaram, ao todo, 250 milhões de quilogramas de gelado para países não comunitários, perfazendo um valor global de 930 milhões de euros, menos 2% face ao ano anterior. As importações de gelados caíram 14%, para um total de 61 milhões de quilogramas (203 milhões de euros).

Cinco maiores exportadores de gelado da UE em 2022

Fonte: Eurostat

O Eurostat não tem dados de Portugal em termos de produção ou de preço médio praticado, mas, no que toca às exportações, revela que os portugueses venderam mais de dois milhões de euros em gelado a países fora da União Europeia.

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Exportações de frutas e legumes passam 1.000 milhões de euros pela primeira vez no 1.º semestre

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

As exportações de frutas, legumes e flores bateram o recorde de vendas no primeiro semestre do ano, ao ultrapassar mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a Portugal Fresh.

As exportações de frutas, legumes e flores bateram o recorde de vendas no primeiro semestre do ano, ao ultrapassar mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal.

“Esta é a primeira vez que as vendas internacionais deste setor ultrapassam, nos primeiros seis meses do ano, a barreira dos mil milhões de euros”, com 1.034 milhões de euros, revelou a Portugal Fresh em nota de imprensa.

As frutas, legumes e flores produzidas em Portugal são cada vez mais valorizadas nos mercados internacionais e esta evolução positiva nas exportações é o resultado de um trabalho feito pelo setor, cada vez mais moderno e tecnológico, virado para o mercado e a investir muito no conhecimento e inovação”, justificou o presidente da associação, Gonçalo Andrade, citado na mesma nota.

O dirigente esclareceu que tem existido uma “abordagem cada vez mais profissional na valorização dos produtos”, apostando na promoção internacional, em marca e na maximização do valor acrescentado dos produtos, apesar do contexto de incerteza dos mercados e dos desafios à produção resultantes das alterações climáticas, com reduções significativas da quantidade.

Segundo a associação, os resultados “contrariam a tendência de queda do valor das exportações que Portugal registou no primeiro semestre e “confirmam a importância estratégica do setor”.

Neste sentido, o dirigente alertou para a “necessidade de valorizar o setor agroalimentar, através da adoção, por parte do Governo, de políticas de gestão efetivas de recursos fundamentais como a água e desenhadas para as reais necessidades dos produtores e das empresas, e que não permaneçam sempre exíguas” quando comparadas com as adotadas pelos governos de outros países europeus.

Mais de 80% das vendas do setor foram efetuadas para Espanha (33%), França (14%), Países Baixos (13%), Alemanha (8%), Reino Unido (7%), Bélgica (4%) e Japão (3%).

O maior crescimento, em valor, das exportações é registado nos hortícolas (mais 24% em comparação com o primeiro semestre de 2022) e pelas preparações de produtos hortícolas e de frutas (subida de 18%).

Já as frutas registaram um decréscimo nas exportações de 3% face ao primeiro semestre de 2022. A mesma tendência foi seguida pelas plantas ornamentais e flores (descida de 3%).

Analisando as vendas internacionais por quantidade, verifica-se uma descida de 12,9%, explicada pela redução significativa de algumas produções, resultante das alterações climáticas. A quebra mais acentuada em termos de volume dá-se nas plantas ornamentais e flores (24%) e depois das frutas e hortícolas (18%).

Em 2022, as exportações portuguesas de frutas, legumes e flores ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira dos 2.000 milhões de euros.

Os principais produtos exportados foram o tomate processado (330 milhões de euros), os pequenos frutos (260 milhões de euros), os citrinos (172 milhões de euros), as peras (111 milhões de euros) e o tomate fresco (79 milhões de euros).

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Anacom aplica coima única de 117.500 euros à Meo

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

A Anacom aplicou à Meo, da Altice Portugal, em cúmulo jurídico, uma coima única no valor de 117.500 euros por incumprimento em cinco situações, divulgou hoje o regulador.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) aplicou à Meo, da Altice Portugal, em cúmulo jurídico, uma coima única no valor de 117.500 euros por incumprimento em cinco situações, divulgou esta segunda-feira o regulador.

Em comunicado, a Anacom refere tratarem-se de “violações das regras aplicáveis à cessação dos contratos”.

O regulador explica que aplicou à Meo, em cúmulo jurídico, uma coima única no valor de 117.500 euros por ter constatado que a empresa incumpriu, em cinco situações, normas aplicáveis à construção, acesso e instalação de redes e infraestruturas de comunicações eletrónicas”.

Em causa, adianta, “estão quatro contraordenações por a Meo não ter utilizado as infraestruturas de telecomunicações já instaladas nos edifícios, tendo procedido a alterações nas infraestruturas em causa, quando estas permitiam suportar os serviços a prestar e a tecnologia a disponibilizar, e uma contraordenação por ter efetuado a ligação de uma infraestrutura de telecomunicações do edifício às redes públicas de comunicações em data anterior à emissão do respetivo termo de responsabilidade pela execução da instalação”.

A Anacom salienta que “as condutas adotadas põem em causa o bom funcionamento dos serviços de comunicações eletrónicas, legalmente considerados como serviços essenciais, na medida em que foram feitas alterações em infraestruturas já instaladas que eram adequadas à prestação dos serviços e por ter sido ligada uma infraestruturas de telecomunicações de um edifício à rede pública de comunicações sem que tivesse sido previamente emitido, por um instalador devidamente credenciado, o respetivo termo de responsabilidade de execução”.

Acrescenta que o prazo para impugnação judicial desta decisão “está ainda a decorrer”.

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