Governo nomeia antigo chefe de gabinete para diretor-geral da Segurança Social

  • ECO e Lusa
  • 8 Agosto 2023

Nomeado através de um recrutamento por escolha, António Santos Luiz tinha sido escolhido em março deste ano para chefe de gabinete do secretário de Estado do Trabalho. Miguel Fontes.

António Santos Luiz, antigo chefe de gabinete do secretário de Estado do Trabalho Miguel Fontes (na foto) e mestre em economia e política social, foi nomeado diretor-geral da Direção-Geral da Segurança Social.

António Santos Luiz foi nomeado através de um recrutamento por escolha, depois de o procedimento concursal não ter reunido as condições para a formação da lista de três candidatos.

O despacho de nomeação, publicado em Diário da República esta terça-feira, tem a data de 31 de julho e foi assinado pelo secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, estando em vigor desde o início deste mês.

Nascido a 05 de novembro de 1954, António Santos Luiz tinha sido nomeado chefe de gabinete de Miguel Fontes em março, depois de também já ter sido adjunto do secretário de Estado da Inserção Social e do secretário de Estado dos Transportes entre 1995 e 2002.

Ainda segundo a nota curricular inserida no despacho, foi ainda docente universitário na Universidade Europeia e Faculdade de Direito da Universidade e Clássica de Lisboa, além de mesário e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de 2005 a 2011.

Advogado desde 1982, com a inscrição suspensa a seu pedido, integrou ainda a assembleia de freguesia de Benfica, depois de eleito na lista do Partido Socialista nas autárquicas de 2021. Trabalhou numa empresa de seguros entre 1971 e 2011, tendo sido membro da comissão diretiva da Caixa Sindical de Previdência dos Profissionais de Seguros entre 1979 e 1990.

A nota curricular de António Santos Luiz regista ainda que este “publicou vários artigos em compilações e coautor de livros, todos sobre temas de segurança social”.

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Mão-de-obra pressiona custo de construção de casas novas, que subiu 2,9% em junho

Em junho, construir uma casa ficou 2,9% mais caro face ao mesmo mês do ano passado. Apesar de os preços dos materiais de construção terem caído, custos da mão-de-obra continuam a pesar.

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 2,9% em junho, face ao mesmo mês de 2022, o que representa um aumento de um ponto percentual face ao registado em maio (2,8%), segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No que toca às componentes do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), apesar de os preços dos materiais de construção terem caído 0,6%, o custo da mão-de-obra continua a pesar, tendo aumentado 7,9% face ao mesmo período do ano passado.

Evolução da taxa homóloga do ICCHN

Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão o cimento, com uma subida homóloga do preço superior a 20%, bem como as madeiras e derivados de madeira e o betão pronto, com aumentos superiores a 15%.

Em sentido oposto, o INE destaca o preço do aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada, que apresentaram decréscimos de cerca de 30% face ao período homólogo.

Na comparação em cadeia, a variação dos custos de construção terá sido de 0,1% em junho, estabilizando face ao mês anterior, com o custo dos materiais a baixar 0,4% face a maio, enquanto o custo da mão-de-obra aumentou 0,8%.

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Idea Spaces é um dos 100 melhores espaços de coworking do mundo, segundo a Tally

O Idea Spaces, e a sua localização no Saldanha, é referenciado como tendo "as melhores localizações da cidade, e com uma comunidade incrível que permite ligações com o mundo inteiro".

O Idea Spaces figura, pelo segundo ano consecutivo, no top 100 mundial de coworking spaces da Tally. É o único espaço em Portugal na lista e ocupa a 88.ª posição.

“É uma enorme honra e felicidade sermos reconhecidos pelo que nós próprios mais valorizamos. As pessoas, a sua diversidade e multiculturalidade em colaboração constante, fazem uma comunidade mais rica para todos; e esse é realmente o nosso maior ativo”, comenta João Carlos Simões, CEO do Idea Spaces, citado em comunicado.

A lista de vencedores surge depois de uma análise pormenorizada pela equipa da plataforma, que agrega mais de 660 espaços de trabalho partilhado em todo o mundo. São identificados os seus benefícios, design, vantagens e feedback dos utilizadores de cada espaço, assim como o seu propósito e cultura, e selecionados os que apresentam melhores indicadores.

O Idea Spaces — e a sua localização no Saldanha — é referenciado como tendo “as melhores localizações da cidade, e com uma comunidade incrível que permite ligações com o mundo inteiro”.

Fundado em 2014, o projeto 100% português opera, atualmente, cinco localizações em Lisboa sob as marcas Idea Spaces e NOW — totalizando mais de 15.000 metros quadrados e 1.700 postos de trabalho –, representando uma comunidade empreendedora com mais de 3.270 membros e mais de 410 empresas.

Percorra a fotogaleria para ficar a conhecer as instalações do Idea Spaces no Saldanha.

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Expectativa de consumo dos europeus baixa para mínimos de março de 2022

Há mais de um ano que as expectativas de consumo das famílias da Zona Euro não era tão baixa. Além disso, os consumidores continuam a antever uma contração do PIB na região nos próximos 12 meses.

O impacto da inflação nos orçamentos das famílias europeias está longe de passar. Segundo o inquérito mensal do Banco Central Europeu (BCE), divulgado esta terça-feira, as expectativas de consumo dos europeus para os próximos 12 meses encolheram de 3,5% em maio para 3,4% em junho, para o nível mais baixo desde março de 2022. Esta tendência é transversal, sendo sinalizada quer pelos mais jovens (18 a 24 anos) quer pelos mais velhos (55-70 anos).

O inquérito do BCE revela que, no último ano, os consumidores antecipam que os seus gastos tenham aumentado 6,7%, face aos 6,8% antecipados em maio. Ao mesmo tempo, antecipam que o seu rendimento nominal aumente 1,2% nos 12 próximos meses — as expectativas estão em linha com o registado no mês anterior.

Por outro lado, os inquiridos continuam a antever uma contração da economia da Zona Euro, contudo, as expectativas sobre a evolução económica têm melhorado: se em maio os europeus apontavam para uma contração de 0,7% da economia do espaço da moeda única nos próximos meses, em junho apontavam para uma contração de 0,6%. No que respeita à taxa de desemprego, as expectativas mantêm-se inalteradas, mantendo-se nos 11%.

Quanto à inflação, os consumidores europeus preveem agora uma inflação na Zona Euro mais baixa nos próximos 12 meses, face ao que anteviam em maio. As previsões apontam agora para uma inflação de 3,4% nos próximos 12 meses, face aos 3,9% que eram indicados em maio. De notar que, em junho, a inflação na Zona Euro abrandou para 5,5%. Para os próximos três anos, baixou de 2,5% em maio para 2,3% em junho, ou seja, ainda acima da meta de 2% do BCE. As expectativas sobre a inflação são mais baixas entre os mais jovens do que entre os inquiridos mais velhos.

Quanto aos preços das casas, as expectativas mantêm-se inalteradas, com os consumidores a anteciparem que aumente 2,1% nos próximos 12 meses. Por outro lado, as expectativas em relação às taxas de juro de hipotecas para os próximos 12 meses diminuíram ligeiramente para 5% (contra 5,1% em maio).

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Euribor sobe a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 8 Agosto 2023

Esta terça-feira, a taxa Euribor subiu a três e a 12 meses, para 3,765% e 4,065%, respetivamente, e desceu a seis meses para 3,921%.

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceu a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta terça-feira para 4,065%, mais 0,010 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
  • Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 7 de julho de 2022, baixou esta terça-feira, ao ser fixada em 3,921%, menos 0,028 pontos do que na segunda-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
  • A Euribor a três meses avançou esta terça-feira, para 3,765%, mais 0,011 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

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PRR

Governo aprova programa de despesa para PRR enquanto aguarda “luz verde” de Bruxelas

Para garantir “previsibilidade” e “assegurar a não disrupção da execução dos projetos” incluídos no PRR, avança com plano plurianual de despesa para investimentos abrangidos pela reprogramação.

Enquanto aguarda pela resposta da Comissão Europeia à proposta de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que submeteu no final de maio, o Governo português avançou com uma programação plurianual de despesa no âmbito dos investimentos abrangidos nessa revisão submetida a Bruxelas para garantir a “previsibilidade” e “assegurar a não disrupção da execução dos projetos incluídos no plano”.

“Encontrando-se ainda em discussão a referida proposta de reprogramação, processo que se prolongará ao longo dos próximos meses, cumpre garantir, independentemente do resultado do referido processo, a boa execução dos investimentos abrangidos, por via do recurso a fontes de financiamento alternativas, que poderão ser reduzidas na proporção do financiamento obtido na sequência da atualização do PRR”, justifica o Executivo.

No final de julho, em conferência de imprensa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva apresentou esta medida como “um instrumento que antecipa a capacidade de ou se abrirem concursos ou se adequarem contratos aos novos preços”. “O que fazemos é, no fundo, antecipar, dando mais margem ao conjunto das instituições, sejam elas câmaras municipais, IPSS ou empresas, que têm obras no terreno e que precisam de as acelerar, em função do aumento de custos”, sem terem de aguardar pela resposta da Comissão.

A reprogramação apresentada a 26 de maio engloba o aumento da dotação máxima do PRR com a atualização do montante de subvenções e o recurso a empréstimos adicionais; a integração da dotação financeira do REPowerEU e da não utilizada da Reserva de Ajustamento ao Brexit (BAR); e ainda o reforço financeiro dos investimentos já previstos e a alteração das respetivas metas ou calendarização devido às “alterações da conjuntura económica” e para “suportar o aumento de ambição de investimentos já existentes e o financiamento de novos investimentos”.

Uma resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da República esta terça-feira, autoriza mais de 20 entidades da Administração Central — como o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana ou as várias Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) —, enquanto beneficiários intermediários do PRR, a realizar a despesa e a assumir os respetivos encargos plurianuais no âmbito da contratualização com beneficiários finais. E prevê que “na exclusiva medida em que a reprogramação não assegure a cobertura dos valores adicionais” face à previsão inicial, esses gastos são satisfeitos por verbas provenientes de financiamento nacional, “prioritariamente através de receita própria”.

Além disso, entre outras regras, o diploma estabelece que estas fontes de financiamento nacionais que seja necessário mobilizar são inscritas no orçamento dos beneficiários “desde que os meios materiais e financeiros para a execução do projeto estejam já garantidos nos termos contratualmente previstos”, e que “apenas terá lugar para garantir a execução dos projetos inscritos no âmbito do PRR cujo prazo de conclusão não ultrapasse o prazo de execução física do plano”.

A Comissão Europeia já aprovou dois pedidos de desembolso do PRR português. O Governo fala, no entanto, em “inegáveis constrangimentos” à sua execução, em particular nos grandes investimentos em infraestruturas. A resolução assinada pelo primeiro-ministro e pela ministra da Presidência, com data de 27 de julho, destaca as dificuldades na contratação de mão-de-obra e na aquisição de matérias-primas e equipamentos, com uma “subida drástica de preços, especialmente no setor da energia, assim como dificuldades de acesso a financiamento por parte das empresas”.

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2023 é até agora o terceiro ano mais quente de sempre

Até ao momento, as temperaturas "invulgarmente elevadas" vividas até julho fazem de 2023 como o terceiro ano mais quente de sempre. Copernicus apela a corte urgente nas emissões.

As temperaturas médias globais da superfície da terra e do mar chegaram a julho com a mesma tendência verificada desde abril: temperaturas “invulgarmente elevadas” e, em alguns momentos, em níveis recorde. Estes resultados colocam, para já, o ano de 2023 como o terceiro mais quente até à data.

Segundo os cálculos do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), implementado pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas, durante o mês de julho as temperaturas médias globais da superfície do mar foram 0,51 graus Celsius superiores à média de 1991-2020. Já as temperaturas da superfície da terra, estiveram 0,72 graus Celsius acima da média de 1991-2020 para julho e 0,33 graus Celsius mais quentes do que o anterior mês mais quente, julho de 2019.

Em comunicado, Samantha Burges, diretora adjunta da Copernicus revela que “as temperaturas atmosféricas globais e as temperaturas globais à superfície dos oceanos estabeleceram novos recordes de sempre em julho“, e que os dados recolhidos pela CS3 sugerem, ainda que de forma prematura, que “2023 é atualmente o terceiro ano mais quente até à data”.

Segundo a responsável, as informações anunciadas “mostram a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa, que são o principal motor por detrás destes registos.”

No relatório divulgado no final de julho, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, alertava que “a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa é mais urgente do que nunca. A ação climática não é um luxo, mas uma obrigação”, disse.

Já olhando para o conjunto do ano até julho, a Copernicus indica que “a média global para 2023 é a terceira mais elevada de que há registo, com 0,43 graus Celsius em relação a 1991-2020″, que comparam com o excedente de 0,49 graus Celsius registado em 2016, e de 0,48 graus Celsius referente a 2020, detalha a responsável.

O CS3 prevê que a diferença entre 2023 e 2016 continue a diminuir nos próximos meses, uma vez que os últimos meses de 2016 foram relativamente frios (reduzindo a média anual para 0,44°C), “enquanto o resto de 2023 deverá ser relativamente quente à medida que o atual evento El Niño se desenvolve”, explica Samantha Burges.

A OMM vê uma probabilidade de 98% de que, pelo menos, um dos próximos cinco anos seja o mais quente de sempre, e uma probabilidade de 66% de se exceder temporariamente os 1,5°C acima da média de 1850-1900 durante pelo menos um dos próximos cinco anos.

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Governo italiano cria imposto de 40% sobre lucros extraordinários da banca

  • ECO e Lusa
  • 8 Agosto 2023

Imposto de 40% sobre lucros extraordinários dos bancos é limitado aos anos de 2022 e 2023, sem exceder 25% do património líquido. Receitas destinadas a apoiar plano de habitação e reduzir impostos.

O Governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, aprovou a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, que deverá ser pago até junho do próximo ano e aplicado aos exercícios de 2022 e 2023, sem exceder 25% do património líquido.

A taxa de 40% será aplicada se a receita líquida de juros registada em 2022 exceder o valor do exercício de 2021 em pelo menos 3%, sendo assim aplicada à parte excedentária do exercício anterior. Para os lucros registados em 2023, em comparação com 2022, o limiar a partir do qual o imposto será cobrado aumenta para 6%.

Entretanto e através de comunicado, o Ministério da Economia italiano esclareceu que este novo imposto não poderá ser superior a 0,1% do total dos ativos, isto depois de alguns analistas terem estimado que as receitas fiscais poderiam chegar a cerca de 0,5% do total dos ativos ponderados pelo risco (RWA), refere a Reuters.

As receitas serão inteiramente destinadas a “apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos”, justificou o Governo transalpino.

“É uma medida congruente e vai alimentar as reduções fiscais e apoiar as hipotecas”, afirmou o vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes e Infraestruturas italiano, Matteo Salvini. “Não estamos a falar de alguns punhados de milhões, mas de milhares de milhões”, sublinhou o responsável político.

O novo imposto foi incluído de surpresa no último decreto aprovado pelo Executivo de Meloni, antes das férias de verão, uma vez que não constava do projeto publicado pelos meios de comunicação social italianos nos dias anteriores à aprovação.

Em Portugal, tal como noutros países europeus, foi adotada no final do ano passado uma taxa extraordinária para as empresas de energia e distribuição alimentar que registem um aumento de 20% dos lucros em relação aos últimos quatro anos.

Ações da banca italiana caem mais de 6%

Ao final da manhã, na sequência deste anúncio inesperado, as ações dos bancos europeus afundaram. Um dos índices que mede os bancos da Zona Euro caiu 3,7%, marcando a maior queda diária desde a turbulência no setor bancário em março, quando o Credit Suisse entrou em colapso. Já os bancos europeus recuaram 2,7%, enquanto o índice pan-europeu Stoxx 600 cedeu 0,7%.

Os bancos italianos, como seria de esperar, lideram as perdas. Os dois maiores, Intesa Sanpaolo e UniCredit, perdem 7,9% e 6,6%, respetivamente. O BPER Banca desvaloriza 9,2% e o FinecoBank cai 8,2%.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h35 com esclarecimentos do governo italiano)

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Municípios agravam IMI a 32 mil prédios devolutos e degradados

  • ECO
  • 8 Agosto 2023

Este ano, houve cerca de 32 mil prédios devolutos e degradados que foram obrigados a pagar mais IMI, de acordo com os dados Autoridade Tributária e Aduaneira.

Este ano, houve quase 11 mil prédios que foram obrigados a pagar mais IMI por se encontrarem devolutos há mais de um ano, o que representa mais 454 face ao ano anterior. Outros 4.104 que também viram a fatura fiscal agravada por se encontrarem em ruínas. A estes somam, ainda, 17.079 imóveis degradados. No total, há cerca de 32 mil imóveis urbanos com imposto agravado, segundo os dados da Autoridade Tributária disponibilizados ao Jornal de Negócios (acesso pago).

No ano passado, houve 36 câmaras municipais que decidiram penalizar os prédios devolutos, isto é, mais 11 face a 2021, tendo 46 autarquias aplicado mais imposto aos imóveis em ruínas, isto é, mais seis do que em 2021, contabiliza fonte oficial.

De acordo com o mesmo jornal, este ano a coleta de IMI ascende a 1.567 milhões de euros, o que representa mais 55,5 milhões do que no ano passado e uma diferença de 3,7%. Trata-se do segundo ano consecutivo em que o valor pago pelos proprietários aumenta. No total, a AT contabilizou um universo de 19,8 milhões de prédios, entre rústicos e urbanos.

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Governo quer fundos regionais e privados a financiar ensino superior público

  • ECO
  • 8 Agosto 2023

Modalidade prevista no novo modelo orçamental destina-se a universidades e politécnicos em regiões ultraperiféricas, como regiões autónomas, ou em zonas de menor pressão demográfica, como o interior.

Os governos regionais, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e as autarquias podem ser chamados a pagar o funcionamento das instituições de ensino superior nos próximos anos. Os novos contratos-programa de desenvolvimento são um dos dois tipos de contratos de financiamento previstos para o ensino superior no novo modelo orçamental, avança o Público.

Segundo o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, vão funcionar numa lógica de matching funds, com o Governo a comprometer-se com uma verba – um terço do valor do contrato –, sendo o restante dinheiro para as universidades e politécnicos públicos assegurado por fundos regionais, através dos governos regionais ou CCDR, ou por outras entidades como autarquias locais, entidades privadas e outras instituições não-governamentais.

Esta modalidade destina-se a instituições localizadas em regiões ultraperiféricas, como as regiões autónomas, ou em zonas de menor pressão demográfica, como o interior do país. O novo modelo de financiamento tem vindo a ser discutido com os parceiros do setor nas últimas semanas, mas, escreve o jornal, apesar desta modalidade com pendor regional já estar fechada, ainda não foi discutida com os governos regionais ou com as CCDR.

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Hoje nas notícias: IMI, universidades e Moedas na JMJ

  • ECO
  • 8 Agosto 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Este ano, houve cerca de 32 mil prédios devolutos e degradados que foram obrigados a pagar mais IMI. O Governo quer que os fundos regionais e as instituições privadas passem a financiar as instituições de Ensino Superior. O trabalho não declarado em Portugal será responsável pela perda de mais de 3,5 mil milhões de euros por ano para os cofres do Estado, segundo a estimativa de Bruxelas. Conheça estas e outras notícias nas manchetes nacionais desta terça-feira.

Municípios agravam IMI a 32 mil prédios devolutos e degradados

Este ano, quase 11 mil prédios foram obrigados a pagar mais IMI por se encontrarem devolutos há mais de um ano, o que representa mais 454 face ao ano anterior. Destes, 5.956 estão localizados em áreas de pressão urbanística, pelo que têm de pagar seis vezes mais imposto, enquanto outros 4.104 também a fatura fiscal agravada por se encontrarem em ruínas. A estes somam, também, 17.079 imóveis degradados identificados também penalizados no IMI. No total, há cerca de 32 mil imóveis urbanos com imposto agravado, segundo os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo quer fundos regionais e privados a financiar ensino superior

Nos próximos anos, os fundos regionais geridos pelas regiões autónomas ou pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), bem como as verbas das autarquias e até mesmo de instituições privadas podem passar a pagar o funcionamento das instituições de Ensino Superior. Esta é a intenção do Governo que criou a figura dos contratos-programa de desenvolvimento no novo modelo de financiamento.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Sá Fernandes sobre Moedas na JMJ: “cada um tem de se pôr no seu lugar”

José Sá Fernandes, coordenador do grupo de projeto para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), assume que “houve crises” e “coisas que correram mal” na relação com o presidente da Câmara de Lisboa, mas diz que esse tema fica para mais tarde. Sá Fernandes fez ainda questão de “agradecer a todos”, desde os trabalhadores da autarquia lisboeta e a Carlos Moedas, mas sublinhou que “cada um tem de se pôr no seu lugar, [pois] os protagonistas foram o Papa e a juventude”.

Veja a entrevista completa na Sic Notícias (acesso livre).

Portugal perde 3,5 mil milhões com trabalho não declarado

O trabalho não declarado, que a partir deste ano passou a ser criminalizado, será responsável pela perda de mais de 3,5 mil milhões de euros por ano para os cofres do Estado, de acordo com novas estimativas da Comissão Europeia. O valor será o equivalente a 3,9% da despesa pública nacional, com base em dados de 2019 a partir dos quais o estudo procura distinguir o peso relativo que o fenómeno de trabalho não declarado tem em cada país. Ainda assim, é o quarto mais baixo do bloco comunitário.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

70% do mercado externo de Portugal está estagnado, mas o pior é a Alemanha

Mais de 70% do mercado externo de Portugal está estagnado e a tendência pode ser para piorar, apontam os analistas. O mercado em causa é a União Europeia (UE) que, anualmente, compra mais de 55 mil milhões de euros em exportações nacionais. Mas o caso mais dramático é a Alemanha, que já entrou em recessão técnica e depois disso estagnou. A economia alemã compra 11% das exportações portuguesas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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DeSantis desfaz ambiguidade e admite que “é claro” que Trump perdeu eleições de 2020

  • Lusa
  • 8 Agosto 2023

Após anos de respostas ambíguas sobre o tema, o candidato presidencial republicano e governador da Florida, Ron DeSantis, assumiu, em definitivo, que o rival Donald Trump perdeu as eleições de 2020.

O candidato presidencial Republicano e governador da Florida, Ron DeSantis, assumiu, em definitivo, que o rival Donald Trump perdeu as eleições norte-americanas de 2020, após anos de respostas ambíguas sobre este tema.

“É claro que perdeu. Joe Biden é o Presidente”, frisou DeSantis, numa entrevista à estação NBC News publicada na segunda-feira. DeSantis sempre evitou perguntas sobre se acreditava que os resultados das eleições de 2020 eram legítimos.

Nos últimos dias, no entanto, o governador da Florida começou a questionar publicamente as alegações, sem provas, que Trump e os seus aliados divulgaram sobre a legitimidade da vitória eleitoral do Democrata Joe Biden.

Na semana passada, Trump foi acusado pelo procurador especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, de quatro crimes relacionados com os seus esforços para anular os resultados da eleição de 2020, que antecedeu a violenta invasão do Capitólio dos EUA, em 06 de janeiro de 2021, por apoiantes do magnata republicano.

A mudança de retórica de DeSantis ocorre numa fase em que Trump procura redefinir a sua campanha para a corrida à Casa Branca em 2024. Trump continua amplamente popular junto da base do Partido Republicano e é o favorito nas primárias presidenciais do partido no próximo ano.

Durante a entrevista, DeSantis começou por não dar uma resposta clara quando questionado sobre se Trump perdeu, referindo: “Quem coloca a mão na Bíblia em 20 de janeiro a cada quatro anos é o vencedor”. Mas o conservador deu uma resposta mais direta quando pressionado novamente.

O governador da Florida expressou também as suas preocupações sobre os métodos de votação da eleição de 2020, criticando a votação pelo correio e a chamada “recolha de votos”. Mas, como outros Republicanos, garantiu que adotará os métodos que criticou. “Nós também vamos fazer isso. Não vamos lutar com uma mão amarrada nas costas”, frisou DeSantis.

DeSantis entrou na campanha como alguém que pode implementar com maior sucesso a política de Trump, rival que tem criticado embora com cautelas. No mês passado, DeSantis referiu que Trump deveria ter feito uma condenação mais forte ao ataque de 6 de janeiro, acrescentando que a invasão do Capitólio não foi uma insurreição, mas um protesto que “acabou por evoluir de uma forma que foi lamentável”.

O governador da Florida defendeu também que os Republicanos perderão em 2024 se estiverem focados nas eleições anteriores e nos problemas judiciais do ex-presidente. Trump está também indiciado de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006, num processo que decorre em Nova Iorque.

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