Brisa faz proposta vinculativa por concessão grega

O grupo liderado por Pires de Lima apresentou uma proposta vinculativa pela concessão da autoestrada grega Attiki Odos. Brisa quer ter um terço de negócio internacional.

A Brisa apresentou esta segunda-feira uma proposta vinculativa pela concessão de autoestradas grega Attiki Odos, por um prazo de 25 anos, a começar em 2024, em parceria com o grupo Intrakat. “O concurso é muito competitivo, uma verdadeira fase final entre as melhores empresas de infraestruturas do Mundo“, revelou António Pires de Lima, numa declaração escrita ao ECO.

O concurso internacional desta concessão foi lançado pelo governo grego. “A concessão grega, com 70km de autoestradas, desempenha um papel fundamental nas ligações logísticas e nos movimentos pendulares na região de Atenas”, referiu ao ECO uma fonte oficial da Brisa. Trata-se de uma circular na área metropolitana de Atenas e é estrutural no sistema rodoviária da região de Attica, um eixo que liga que liga Atenas, Patras, Tessalónica e Evzoni.

Há cerca de um ano, o consórcio da Brisa foi selecionado para a fase final deste concurso que inclui o financiamento, a operação, a manutenção e a exploração da autoestrada de Attica. “Independentemente do resultado final, que só conheceremos dentro de algum tempo, estamos orgulhosos da nossa equipa e dos parceiros gregos da Intrakat. Concorreremos a outras oportunidades no futuro. Até 2028, queremos atingir 1/3 da atividade da Brisa fora de Portugal“, disse António Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva do Grupo Brisa.

De acordo com informações já públicas, a Brisa não será a única empresa a apresentar uma proposta vinculativa. Há a expectativa de que outros cinco consórcios internacionais vão apresentar-se ao concurso lançado pelo Fundo de Desenvolvimento de Ativos grego.

A Brisa é agora controlada em 81,1% pelo grupo Rubicone – um agrupamento internacional que integra a holandesa APG, o National Pension Service da Coreia do Sul e a Swiss Life.

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Regulação das apostas desportivas: quais são os próximos passos?

  • BRANDS' ECO
  • 17 Julho 2023

Há poucas semanas, o governo anunciou a criação de uma plataforma de combate à manipulação das competições desportivas.

Um dos objetivos desta plataforma é recolher e transmitir dados relevantes sobre, por exemplo, apostas desportivas que possam ter sido feitas de forma irregular e que levantem suspeitas.

No entanto, há várias questões relacionadas com as apostas desportivas e jogo online que poderão igualmente exigir ação por parte do estado, seja a nível de regulação ou de inspeção.

Estas são algumas das mais importantes:

Banalização da Publicidade ao Jogo Online

O sucesso das apostas desportivas e casino online em Portugal é inegável. Segundo o relatório do SRIJ acerca do 1º trimestre de 2023, a receita bruta das apostas e jogos de azar atingiu os 196,4 milhões de euros, um aumento de 24.8% comparando ao mesmo período do ano anterior.

Com o crescimento desta indústria, também a publicidade passou a ser muito mais presente. Um exemplo concreto é o dos patrocínios a plataformas de jogo nas camisolas – na temporada de 2022/2023, sites de apostas como a Moosh ou Solverde tinham destaque em alguns equipamentos desportivos de equipas portuguesas.

No total, 12 das 18 equipas da Liga Portugal tinham algum tipo de patrocínio a um operador de apostas ou jogo legal, e também o naming de competições como a liga ou a taça de Portugal mudou, graças ao patrocínio da Bwin (Liga Portugal Bwin) e do Placard (Taça de Portugal Placard).

Em alguns países, já não existem patrocinadores ao jogo nas camisolas, ou a sua exclusão está para breve. Um exemplo mediático é o da Premier League, no Reino Unido, ainda que a liga inglesa reconheça que esta medida acarreta uma perda de lucro.

A principal razão mencionada pelo organismo é o possível impacto em grupos de risco (como jovens ou jogadores atingidos pelo vício do jogo), uma vez que falamos de uma liga com grande mediatismo e que chega a muitos potenciais jogadores.

Segundo Ricardo Quaresma, diretor de comunicação da Liga Portugal, uma proibição semelhante da publicidade nas camisolas não está em cima da mesa no futebol português.

Promoção de Casinos e Casas de Apostas Ilegais

A publicidade a casas de apostas e casinos online sem licença é outro problema.

O caso mais conhecido já data de 2019, mas terá deixado a sua marca num grande número de utilizadores jovens, entre os 18 e os 25 anos, e mesmo menores de idade.

Na altura, vários youtubers populares à data, como Windoh, Wuant ou Numeiro, publicaram vídeos com promoção a jogos e a casas ilegais nos seus canais do Youtube.

Os vídeos destes e de outros influencers foram removidos, num esforço conjunto entre SRIJ e Youtube, mas não parece tarefa fácil erradicar a promoção ao jogo ilegal em plataformas menos reguladas, como o Instagram.

No que diz respeito às casas ilegais propriamente ditas, é muito fácil para estas criar novos endereços e promessas de ganhos com que uma casa regulada não pode competir.

Resta uma ressalva: estes problemas não são exclusivos de Portugal. Países como Espanha, Reino Unido ou Países Baixos parecem estar a caminhar para uma maior regulação geral do jogo, de forma a reduzir o possível impacto negativo das apostas, em particular das ilegais.

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Leiria integra rede de cidades e vilas que caminham para incentivar à mobilidade pedonal

Leiria integra rede de cidades e vilas que caminham para incentivar a mobilidade suave e os meios pedonais em prol de uma cidade mais participada e acessível.

Com o objetivo de “reforçar o compromisso de uma cidade mais participada, acessível e promover a mobilidade suave e os meios pedonais”, a Câmara Municipal de Leiria passa a integrar a rede de cidades e vilas que caminham.

Esta iniciativa, que incentiva e valoriza as boas práticas na área da mobilidade, resulta da assinatura do protocolo entre o município de Leiria e o Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM). “A mobilidade é responsável por cerca de um terço das emissões e, por isso, temos de evitar andar de automóvel nas curtas deslocações, já que 60% das deslocações em cidades têm menos de três quilómetros“, apela a presidente do ICVM, Paula Teles.

A mobilidade é responsável por cerca de um terço das emissões e, por isso, temos de evitar andar de automóvel nas curtas deslocações, já que 60% das deslocações em cidades têm menos de três quilómetros.

Paula Teles

presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM)

Para o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, a integração nesta rede vem ao encontro do trabalho que tem sido feito no município no âmbito da aposta na mobilidade. “Vem reforçar o trabalho que tem sido feito e a necessidade de termos cidades inteligentes e amigas de quem caminha, de quem possa usar o espaço público em segurança e sem barreiras”, sublinha o autarca socialista.

“As ações e a forma como temos estruturado e modificado a cidade contribuem para esta lógica de mobilidade suave, mais integradora daquilo que é a nossa evolução”, completa o vereador da mobilidade, Luís Lopes. O autarca chama ainda a atenção para a intenção do município em “reforçar o compromisso de uma cidade mais participada, mais acessível e promover a mobilidade suave e os meios pedonais”.

Constituída em 2022, a Rede de Cidades e Vilas que Caminham visa incentivar a adoção de políticas e de medidas que contribuam para novos hábitos nas deslocações diárias dos cidadãos, “ao mesmo tempo que procura capacitar técnicos e partilhar informação, práticas e entre os municípios aderentes“, resume o município.

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Conselho de Estado sobre TAP não incomoda Galamba

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

João Galamba garantiu não estar incomodado por o Presidente da República poder levar a gestão da TAP a Conselho de Estado.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu esta segunda-feira que não está incomodado por o Presidente da República poder levar a gestão da TAP ao Conselho de Estado, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa tem o direito de o fazer.

João Galamba falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, quando foi questionado sobre se o incomodava se o Chefe de Estado levasse o tema da companhia área ao Conselho de Estado. “Tem direito de levar o que entender ao Conselho de Estado. Não me incomoda de todo”, disse.

O Presidente da República admitiu, na quinta-feira passada, vir a falar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Tutela Política da Gestão da TAP ao Conselho de Estado desta semana, e publicamente, depois de ler o relatório final. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a TAP “é um tema sobre o qual o Presidente da República pode pronunciar-se”.

O PS aprovou, nesse dia, sozinho o relatório final da comissão parlamentar de inquérito à TAP, tendo os deputados de PSD, Chega, IL, PCP e BE votado contra. Na véspera dessa votação foi conhecida a nova versão do relatório na qual a relatora, a socialista Ana Paula Bernardo, incluiu cerca de 40% das propostas de alteração apresentadas por PS, Chega, PCP e BE, tendo sido os comunistas a liderar no número de propostas acolhidas.

Questionado sobre as notícias vindas a público sobre a Altice, João Galamba recusou-se a fazer comentários. “Sou ministro que tutela as telecomunicações e como é evidente não faz qualquer comentário sobre processos judiciais envolvendo personalidades ou empresas do setor das telecomunicações. Deixarei, como é a minha obrigação, esse processo seguir o seu rumo normal”, disse.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público, a operação desencadeada na quinta-feira, que levou a três detenções, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, entre as quais instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país.

Em causa está, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

Ministro das Infraestruturas defende seriedade do estudo da Comissão Independente

O ministro das Infraestruturas recusou ainda que exista falta de transparência no trabalho da Comissão Técnica Independente de avaliação do novo aeroporto, defendendo a seriedade do estudo e mostra-se confiante de que não haverá atrasos na entrega.

João Galamba negou também qualquer tipo de conflito com o facto da coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, ter feito parte da equipa do LNEC que esteve no estudo que depois levou a uma das opções em 2008.

“A coordenadora da CTI fez o estudo que lhe foi pedido comparando duas alternativas e agora encabeça uma equipa multidisciplinar, muito vasta, cuja competência técnica não é posta em causa por ninguém, cuja composição não foi indicada pelo poder político”, justificou. O governante defendeu que “houve entidades independentes de reconhecida competência técnica que fizeram as sugestões”.

“Temos todas as condições para ter aqui, de facto, um estudo sério que é o que se pretende”, disse. Para João Galamba, “o facto de uma pessoa ter no passado feito um estudo sobre uma alternativa em concreto não invalida de todo” o desempenho de futuras atividades. “Mostra apenas que tem competência na área e já trabalhou no setor. Estranho seria se quem coordenasse este tipo de estudo não tivesse qualquer experiência nem nunca tivesse tido qualquer envolvimento”, acrescentou.

Questionado sobre eventuais atrasos na entrega do estudo, o ministro da tutela salientou que, como a coordenadora da CTI explicou na semana passada, apesar de ter havido um atraso, os “trabalhos estão a decorrer com normalidade e até bastante acelerados”.

“O prazo de entrega do estudo mantém-se igual ao inicial, isto é, no final do ano”, disse. Ainda assim, e apesar de não ser o cenário central, admite que “num cenário pior” abriu-se a porta a que a entrega pudesse ocorrer no início de janeiro.

Na semana passada, o Governo autorizou o LNEC a fazer ajustes diretos quando o valor for inferior a 215.000 euros para a realização de trabalhos pela Comissão Técnica Independente (CTI), depois de a coordenadora da CTI ter indicado que apenas estão contratados quatro dos 25 estudos necessários. Ainda assim, Rosário Partidário garantiu que os atrasos estão a ser absorvidos.

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Autoridade de seguros suspendeu mediador da Figueira da Foz que criou fundo falso

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

A ASF suspendeu preventivamente a atividade Paulo Pinto, mediador de seguros na Figueira da Foz . Recebimento de prémios fora dos casos legalmente previstos e divulgação de dados falsos são causas.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) suspendeu preventivamente a atividade do mediador da Figueira da Foz que criou um produto financeiro falso, imputando-lhe 16 contraordenações graves, divulgou hoje aquela entidade.

Em edital publicado hoje, a entidade reguladora informou que foi decidido aplicar à empresa unipessoal do mediador Paulo Pinto “a medida cautelar de suspensão preventiva do exercício da atividade de distribuição de seguros, até à respetiva revogação pela ASF ou por decisão judicial”.

No mesmo edital, a ASF imputa “aos arguidos a prática, na forma dolosa e em concurso efetivo”, de um total de 16 contraordenações graves.

Quatro dessas contraordenações foram aplicadas “pelo incumprimento do dever de atuar em conformidade com os melhores interesses dos clientes, de forma honesta, correta e profissional”.

O “recebimento de prémios fora dos casos legalmente previstos” somaram, por seu turno, 11 contraordenações graves, e a “divulgação de dados falsos ou incorretos relativamente a empresas de seguros” resultou na aplicação de uma contraordenação grave permanente.

De acordo com a “notificação da acusação e da aplicação de medida cautelar”, publicada pela ASF na edição de hoje do Diário As Beiras, a sociedade unipessoal tem, a partir de terça-feira, um prazo de 10 dias úteis para apresentar por escrito a sua defesa e um prazo de cinco dias úteis para se pronunciar sobre a suspensão preventiva da atividade.

No início de maio, em declarações à agência Lusa, Paulo Pinto, o mediador de seguros com 38 anos de atividade e ex-presidente da Junta de Freguesia do Paião, localidade do sul do município da Figueira da Foz, assumiu a criação do instrumento financeiro falso que, segundo o próprio, lesou quatro clientes em 328 mil euros.

O esquema, que está a ser investigado pelo Ministério Público, passava pelo uso de um “símbolo” da Liberty Seguros “aposto na folha” e um nome parecido com o da seguradora.

Na altura, Paulo Pinto alegou que os proveitos de cerca de 328 mil euros, arrecadados pelo fundo durante 10 anos, “entre 2009 e 2019”, foram investidos na sua empresa. Reiterou que o produto financeiro “não existia”, era um produto “semelhante ao que existiu, no passado, numa outra seguradora“, mas que acabou “vendido às pessoas como se fosse da Liberty“.

No final de 2022, a Liberty Seguros rescindiu com “justa causa” o contrato com Paulo Pinto, por este “ter violado os deveres de lealdade e boa-fé”, avisando, por carta e em ‘letras gordas’, os clientes do mediador a não lhe fazerem “qualquer pagamento”.

A seguradora representava 85% da atividade da empresa unipessoal, numa carteira de 4.500 apólices, avaliada em cerca de um milhão de euros em prémios comerciais, que garantiam um rendimento anual que podia chegar aos 200 mil euros.

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Marcelo promulga novo regime de avaliação do ensino secundário. Mas deixa críticas

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Presidente da República contesta, em particular, o caso da matemática, que "poderá contribuir para o enfraquecimento do sistema nacional de avaliação da qualidade das aprendizagens".

Presidente da República promulgou esta segunda-feira, com críticas, o novo regime de avaliação do ensino secundário, lamentando a opção política do Governo de reduzir o número de exames nacionais obrigatórios para conclusão deste nível de escolaridade.

Em causa está um decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros em 1 de junho. Marcelo Rebelo de Sousa contesta, em particular, o caso da matemática.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado refere que a redução do número de exames nacionais obrigatórios “permitirá a conclusão do ensino secundário nos cursos de ciências e tecnologia e ciências socioeconómicas sem a realização do exame nacional de matemática”.

Alteração que não decorre da realização de estudo independente conhecido, nem de mais aprofundada discussão pública, nem sequer da consulta das associações nacionais de matemática”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa, para quem esta mudança “poderá contribuir para o enfraquecimento do sistema nacional de avaliação da qualidade das aprendizagens”.

O Presidente da República promulgou, ainda assim, este diploma, “considerando, por outro lado, que tal exame de matemática continuará, no entanto, a ser obrigatório para quem queira aceder ao ensino superior, em áreas em que seja imprescindível”.

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Fundação PHC lança “Programar do Zero”. Ensina programação a 30 jovens gratuitamente

A iniciativa decorreu ao longo da semana passada, mas deverá repetir-se em breve, garante a presidente da Fundação PHC.

A Fundação PHC esteve a ensinar programação a 30 jovens entre os 12 e os 15 anos gratuitamente. A iniciativa “Programar do Zero” decorreu pela primeira vez na semana passada e teve como formadores voluntários da tecnológica, que se juntaram com o objetivo de promover a equidade digital de diferentes gerações e fomentar o desenvolvimento de competências essenciais para a integração na sociedade do futuro. A iniciativa deverá repetir-se em breve. Além disso, preparar uma iniciativa de inclusão para os mais seniores faz também parte dos planos.

“Lançámos a iniciativa do Programar do Zero Summer Camp, uma primeira edição que conta com a participação de mais de três dezenas de jovens, entre os 12 e 15 anos. Acompanhados por mentores da PHC com carreira em tecnologia, os inscritos aprenderem bases técnicas da programação. No futuro, associado ao Programar do Zero, queremos também preparar uma iniciativa de inclusão para os mais seniores, que enfrentam outros desafios devido à digitalização de acesso a serviços, como o tratamento do IRS ou de receitas médicas“, adianta Rute Ablum, presidente da Fundação PHC e chief management officer na PHC Software, em declarações ao Trabalho by ECO.

“Mais do que um Summer Camp para os mais novos, a iniciativa representa o início de um longo caminho onde queremos que ninguém fique de fora, independentemente da sua idade, aptidão ou localização. Todos devem ter a oportunidade de adquirir as competências necessárias para enfrentar os desafios que temos pela frente”, acrescenta.

Juntamente com a PHC, a Inovlabs, a APAV, a Semear e a consultora financeira Carina Meireles também contribuíram para fazer acontecer a iniciativa, ficando encarregues de temas como a prevenção de cyberbullying e de proteção de dados online, bem como o desenvolvimento de competências cidadania e de literacia financeira.

Mais do que um Summer Camp para os mais novos, a iniciativa representa o início de um longo caminho onde queremos que ninguém fique de fora, independentemente da sua idade, aptidão ou localização. Todos devem ter a oportunidade de adquirir as competências necessárias para enfrentar os desafios que temos pela frente.

Rute Ablum

Presidente da Fundação PHC

Rute Ablum admite que a seleção dos 30 jovens que participaram no “Programar do Zero” não foi fácil e que foram ocupadas todas as vagas alocadas a esta primeira edição. E deixa ainda um anúncio: “Teremos novas edições em breve. Este é um modelo que queremos expandir a outras localidades em parceria com autarquias e associações.”

Recentemente, a Fundação PHC conduziu um estudo sobre a literacia digital em Portugal que revelou que apenas 28% da população diz ter algum conhecimento de programação informática.

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Novo centro desenvolvido pela Efacec “muda paradigma” da gestão de resíduos nos Açores

A nova instalação da Musami, desenvolvida pela Efacec, foi dimensionada para processar 12 mil toneladas de resíduos orgânicos o que servirá para produzir 4.574 toneladas de composto por ano.

O Centro de Tratamento Biológico (CTB) da Musami já está em funcionamento na ilha de São Miguel e tem como missão melhorar a gestão de resíduos na região. A Efacec assegura que o projeto vai “mudar o paradigma da gestão de resíduos nos Açores”.

O novo espaço da Musami, empresa que gere os resíduos dos seis concelhos da ilha de São Miguel, foi desenvolvido pela Efacec, que liderou o consórcio (53%), juntamente com a empresa de construção civil Marques S.A. (47%). A instalação teve um custo de cerca de 7,6 milhões de euros, com cofinanciamento a 85% do POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos).

O Centro de Tratamento Mecânico de Resíduos Sólidos Urbanos “apresenta as condições para o cumprimento das exigentes metas europeias em matéria de valorização de resíduos, nomeadamente através do tratamento de resíduos biodegradáveis provenientes de recolha seletiva, para produção de biogás através de digestão anaeróbia e produção de composto através de sistema de compostagem”, anunciou a Efacec num comunicado.

Citado na mesma nota, António Mendes, responsável da Efacec pela gestão do projeto, realçou que a instalação foi dimensionada para processar 12 mil toneladas de resíduos orgânicos de recolha seletiva, nomeadamente porta a porta e de grandes produtores, tais como restaurantes, hotéis e supermercados. Vai produzir 4.574 toneladas por ano de composto para ser usado como corretivo orgânico e 960.000Nm3/ano (metros cúbicos normais) de biogás, que será utilizado para produção de energia elétrica.

Ao longo da sua atividade, a “Efacec tem desenvolvido soluções inovadoras e sustentáveis, posicionando-se como uma criadora de tendências globais na cultura da economia circular, sempre abordando os resíduos como um recurso valioso”, refere o comunicado.

Em mais de uma década, a Efacec tem desenvolvido projetos de referência em Portugal e em Malta, nomeadamente quatro em Portugal: CTA – Central de Triagem Automática – Suldouro; CTM – Reforço capacidade de Central de Tratamento Mecânico (CTM) – Valorsul; CTA – Central de Triagem Automatizada e a CTM – Central de Tratamento Mecânico e Biológico, estes dois últimos para a Resulima; assim como a Central de Tratamento Mecânico e Biológico em Malta.

O comunicado é divulgado no dia em que se sabe que o fundo alemão Mutares já notificou Autoridade da Concorrência (AdC) da compra da Efacec. Segundo um anúncio publicado na imprensa, a AdC recebeu na sexta-feira de 7 de julho uma “notificação de uma operação de concentração” no sentido da aquisição, pela Mutares, do “controlo exclusivo” da Efacec. O Estado detém mais de 70% da empresa.

A notificação surge depois de o fundo alemão ter assinado com o Governo, no dia 23 de junho, um acordo para a compra da empresa portuguesa, esperando fechar a operação no terceiro trimestre. No entanto, como o ECO noticiou, a transação depende de algumas condições, nomeadamente a aprovação da AdC e das autoridades europeias.

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Mealhada defende traçado do eixo 4 para linha ferroviária de alta velocidade

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Município da Mealhada defende traçado do eixo 4 para a linha ferroviária de alta velocidade Lisboa-Porto. Alega "menor impacto para a população e para o desenvolvimento do concelho".

A Câmara Municipal da Mealhada aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, a adoção do traçado do eixo 4 para a linha ferroviária de alta velocidade Lisboa-Porto, por trazer “menor impacto para a população e para o desenvolvimento do concelho“.

A decisão foi tomada durante a manhã, em reunião extraordinária do executivo municipal, seguindo agora para votação e discussão em sessão de Assembleia Municipal, agendada para esta segunda-feira à noite.

Para o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, a adoção do eixo 4 representa “menor impacto para toda a região“, seja para região da Bairrada ou para Cantanhede e Mealhada. “Afeta poucas construções. Uma grande parte do traçado passa em zona florestal e, quando passa em zona de vinha — também temos de defender a nossa vinha –, é por viaduto”, acrescentou.

No seu entender, “o impacto é muito menor para a população“, tanto a nível social, como económico, prejudicando em menor escala o desenvolvimento do concelho. “O eixo quatro, embora esteja previsto o impacto negativo em duas habitações, mas ao nível de engenharia ou de alguma obra de arte, dá para proteger as habitações. Portanto, podemos dizer que são zero habitações”, referiu.

Este traçado [eixo 5], que se desenvolve sobre as povoações de Barcouço, Rio Covo, Silvã, Pedrulha, Casal Comba e Antes, deverá ser totalmente desconsiderado, sob pena de uma parte do capital social e económico deste concelho ficar estrangulado.

António Jorge Franco

Presidente da Câmara Municipal da Mealhada

Já sobre o traçado do eixo 5, o edil não tem dúvidas de que irá criar “vários problemas” ao concelho da Mealhada. “Rasga de norte a sul o nosso concelho, deitando abaixo muitas construções de habitações, cerca de 25, e impedindo o nosso desenvolvimento ao nível da nova concessão para habitação, mas também ao nível industrial, já que há uma faixa muito grande que deixará de estar afeta a áreas urbanas”, sustentou.

Segundo o autarca, eleito pela lista Mais e Melhor – Movimento Independente (MMMI), o eixo 5 terá “um impacto muito negativo” para a Mealhada, bem como para toda a região. “Este traçado [eixo 5], que se desenvolve sobre as povoações de Barcouço, Rio Covo, Silvã, Pedrulha, Casal Comba e Antes, deverá ser totalmente desconsiderado, sob pena de uma parte do capital social e económico deste concelho ficar estrangulado”, disse.

Em sintonia estiveram os vereadores da oposição, com o socialista José Morais a evidenciar que, apesar dos dois eixos propostos terem impactos para o concelho, o eixo 4 é o que “menos prejudica a Mealhada”.

“O eixo 5 é para rejeitar, o próprio estudo diz que o eixo 5 tem mais impacto. Não somos nós que o dizemos, são eles”, alegou.

Também o antigo presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, e a vereadora Sónia Leite consideraram que o eixo 4 é o que menos prejudicará o concelho.

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Guimarães é o município que tem mais freguesias com bandeira verde

Dezanove freguesias de Guimarães foram distinguidas com o Galardão Verde Eco-Freguesias XXI 2023 pelas boas práticas ao nível da sustentabilidade ambiental e socioeconómica.

Guimarães é o município português com o maior número de freguesias – um total de 19 – galardoadas com bandeira verde da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Este prémio distingue as freguesias com melhores práticas de sustentabilidade ambiental, socioeconómica e cultural, adotadas ao longo dos últimos dois anos.

As freguesias de Caldelas e Brito foram duas das principais vencedoras, ao arrecadarem a bandeira de ouro. No escalão de freguesias com até dez mil habitantes, Caldelas foi considerada, a nível nacional, a eco-freguesia com melhor índice, tendo o Programa de Termalismo Sénior sido considerado uma boa prática no âmbito do indicador Saúde e Bem-Estar.

Uma dezena de freguesias do município – Creixomil, Sāo Torcato, Urgezes, Costa, Barco, Ronfe, Guardizela, Prazins Santo Tirso e Corvite, Fermentões, Briteiros Santo Estevão e Donim– foi galardoada com a bandeira de prata. A bandeira de bronze foi atribuída a Silvares, Aldāo, Leitōes, Oleiros e Figueiredo, Longos, Ponte, Gondar e Penselo.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, congratulou todas as candidatas e sublinhou que “este é o caminho da sustentabilidade que Guimarães promove, do local para o global”. Domingos Bragança referiu que o município continuará a apoiar técnica e financeiramente a participação das freguesias neste programa da ABAE, reforçando “o ecossistema de governança, a importância que têm para a monitorização das políticas públicas ambientais e para a mudança dos cidadãos, rumo a uma cidade que se quer neutra climaticamente até 2030”, afirma o autarca, citado em comunicado.

A cerimónia Galardão Bandeira Verde Eco-Freguesias XXI 2023 decorreu no domingo na Casa das Artes de Miranda do Corvo. O Galardão Bandeira Verde Eco-Freguesias XXI tem como intuito incentivar as freguesias, através do reconhecimento dos seus esforços, a implementar ações no âmbito da educação ambiental, participação pública e apoio social, promoção do território e mobilidade sustentável, proteção e restauro da biodiversidade, gestão dos espaços públicos e verdes

Guimarães destacou-se, também, como o município, a nível nacional, que mais candidaturas apresentou. Das 178 freguesias que submeteram candidatura para o biénio 2022/2023, 28 localizam-se no concelho.

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Caixa recusa aplicar aumento extra de 1% anunciado pelo Governo, acusa sindicato

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Em alternativa, administração da CGD propôs um pagamento “em formato de apoio extraordinário, ou seja, um valor a definir e a pagar uma única tranche apenas aos trabalhadores no ativo”, relata o STEC.

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) afirmou esta segunda-feira que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai aplicar o aumento extraordinário de 1% anunciado pelo Governo.

“O STEC informa que reuniu com o Presidente da Comissão Executiva, tendo sido reiterada a informação de que a CGD não iria cumprir esta determinação do Governo”, refere o sindicato em comunicado.

O sindicato regista que, em alternativa, a CGD propôs um pagamento “em formato de apoio extraordinário, ou seja, um valor a definir e a pagar uma única tranche apenas aos trabalhadores no ativo”, a que não se opõe, desde que seja efetuado “de forma transparente, justa e igualitária”.

O STEC teme uma repetição da “discriminação ocorrida em 2022”, que deixou de fora pré-reformados e trabalhadores com rendimento bruto acima de 2.700 euros, e insiste que “não abdicará do cumprimento” do aumento intercalar de 1% determinado pelo executivo liderado por António Costa.

“Nesse sentido o STEC vai, nos termos da legislação em vigor, requerer o início do processo de conciliação no Ministério do Trabalho, e solicitar audiências aos grupos parlamentares da Assembleia da República, Ministério das Finanças e Comissão de Orçamento e Finanças”, regista, lembrando que a empresa entre janeiro de 2022 e março de 2023 teve lucros superiores a mil milhões de euros.

O Governo anunciou em março um aumento salarial intercalar de 1% para a administração pública este ano, bem como um aumento de 5,20 euros para seis euros no subsídio de alimentação. Segundo anunciou em 11 de abril o ministro das Finanças, Fernando Medina, este aumento salarial intercalar será pago a partir de 20 de maio, estando prevista a correção do mecanismo de retenção.

“O aumento extraordinário dos funcionários da administração pública será pago a partir de 20 de maio, com efeitos retroativos a janeiro deste ano, estando prevista a correção do mecanismo de retenção para os trabalhadores não serem prejudicados sobre esse acréscimo no mês”, afirmou o governante durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no âmbito do requerimento potestativo apresentado pelo Chega sobre a medida do IVA zero do cabaz de alimentos definidos pelo Governo.

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Da gestão do e-waste à construção eficiente, conheça os vencedores do ClimateLaunchpad

Três startups portuguesas representam Portugal na "maior competição de ideias cleantech do mundo" com soluções que potenciam a redução do impacto negativo no ambiente.

Uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de e-waste (resíduos eletrónicos), um software de automação que otimiza a produção de produtos agrícolas de forma sustentável, e uma solução para a construção de edifícios mais eficientes. Estas são as três ideias vencedoras da final nacional do ClimateLaunchpad 2023 que vão representar Portugal na corrida europeia “da maior competição de ideias cleantech do mundo”, no último trimestre deste ano, avança a UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.

Com o objetivo de encontrar soluções que potenciem a redução do impacto negativo no ambiente, entre as startups premiadas está o projeto da Santa Farm Technology que “repensa a agricultura através de um software de automação que permite otimizar a produção, e gerar soluções com baixo impacto ambiental, que coloquem produtos locais e sempre frescos à disposição da população”, descreve a UPTEC. Na prática, resume, “a solução controla todo o processo, desde a semente até à embalagem, com uma aposta na eficiência, sustentabilidade, no cultivo vertical e evolução contínua”.

A edição portuguesa ClimateLaunchpad 2023 é uma iniciativa da UPTEC, LIPOR e Fórum Oceano/Hub Azul, que também distinguiu a startup Simby e a build.ing. Esta última — desenvolve edifícios mais eficientes, na fase de conceção, para a indústria da construção — apostou na plataforma online de conceção construtiva que se debruça sobre as valências arquitetónica e estrutural de forma integrada. E recorre a técnicas de inteligência artificial, engenharia e arquitetura para a criação de modelos e estudos de desempenho energético com materiais de “pegadas ecológicas”.

Já a Simby desenvolve e gere uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de e-waste. Aposta numa economia circular na gestão destes resíduos, “permitindo que indivíduos e empresas vendam os seus dispositivos eletrónicos indesejados ou em fim de vida”, descreve a UPTEC.

ClimateLaunchpad 2023
Vencedores do ClimateLaunchpad 202317 julho, 2023

Além de entrarem na corrida da final europeia para representar Portugal, os três vencedores vão ser incubados na UPTEC, durante quatro meses, assim como têm formação nas áreas de impacto, sustentabilidade e/ou marketing no valor de 1.000 euros. As startups distinguidas neste concurso também recebem vales de formação de 1.000 euros da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, 16 horas de consultoria da Point Green Venture e S317 Consulting, entre outros prémios atribuídos pela Faber, Câmara Municipal de Matosinhos, Crowe, Prio, Galp, Smart Waste Portugal e Pacto Português para os Plásticos.

Na final portuguesa concorreram ainda as startups Amaze Warriors Consulting — com a proposta de melhoria da conectividade à rede de energia solar –, InBfusion — uma escova de dentes vitalícia e sustentável –, e a Smart LPG — uso de inteligência artificial na previsão de consumos de energia em África.

Ao todo, já se candidataram ao ClimateLaunchpad quase 14 mil ideias de negócio de 59 países desde que esta iniciativa arrancou em 2014.

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