Há uma marca que une e amplifica a identidade do Porto, Matosinhos e Gaia

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  • 11 Julho 2023

O Greater Porto nasceu para consolidar a posição internacional desta região. Mas como criar, implementar e definir uma marca territorial estratégica?

Ana Vasconcelos, do Greater Porto, e Filipa Montalvão e Marta Vasconcelos da White Way, juntam-se na quarta conversa da 3ª temporada das nossas Conversas de Praia para falar sobre este projeto de branding territorial, visível a 360º, que nasceu para dinamizar e atrair investimento para a região.

Assista aqui à conversa que reuniu Ana Vasconcelos, Filipa Montalvão e Marta Vasconcelos.

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Há mais de sete mil pedidos de vistos gold à espera de aprovação

  • ECO
  • 11 Julho 2023

Desde o início deste regime e até junho deste ano, foram concedidos 12.396 vistos gold, num investimento total de 7.157 milhões de euros, revela ainda o SEF.

Atualmente, há mais de 21 mil pedidos relacionados com o regime de Autorização de Residência para Investimento em fase de pré-análise, dos quais 7.802 são “pedidos de cidadãos estrangeiros investidores” e 13.562 dizem respeito a “pedidos de cidadãos estrangeiros que pretendem beneficiar deste regime através do reagrupamento familiar”, de acordo com os dados Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) fornecidos ao Público (acesso condicionado).

Só no mês passado, foram concedidos 179 vistos gold, dos quais 114 para investimentos imobiliários. Entre os países com o maior número de pedidos encontraram-se os Estados Unidos (47 vistos), Reino Unido (26) e China (17), segundo o SEF. De notar que a estes, somam-se 192 autorizações de residência ligadas a familiares reagrupados.

Os dados fornecidos dão ainda conta de que desde o início deste regime, e até junho deste ano, foram concedidos 12.396 vistos gold, num investimento total de 7.157 milhões de euros. A China lidera com 5.366 vistos, seguindo-se o Brasil, com 1229, e os EUA, com 713.

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Portugal é o 10º melhor país para expatriados. Caiu seis lugares

Devido a fatores como a burocracia e as perspetivas de carreira, Portugal caiu da quarta para a décima posição no ranking Expat Insider.

Portugal está a perder terreno entre os melhores destinos para os expatriados, tendo caído seis lugares no ranking Expat Insider 2023. Está agora na 10º posição, depois de no ano passado ter ficado em 4º lugar. A qualidade de vida é um dos pontos positivos para os estrangeiros que escolhem vir para cá trabalhar, mas o mercado laboral desaponta.

O ranking elaborado pela InterNations, que contempla 53 países e é novamente liderado pelo México, avalia vários indicadores, sendo que Portugal já só está no top 10 do índice de Qualidade de Vida (7º). Indicadores como a Facilidade de Instalação (13º) e Finanças Pessoais (12º) ainda se destacam entre a avaliação que os expatriados fazem do país.

Já no índice que mede os essenciais para os expatriados, o país fica em 31º lugar, sendo o pior resultado mesmo no indicador que avalia o trabalho no estrangeiro (43º). Nos elementos essenciais, os estrangeiros criticam as burocracias de Portugal e “um em cada quatro (25%) não está satisfeito com a disponibilidade de serviços governamentais online“, segundo indicam em comunicado.

Mas o que penaliza a posição do país neste ranking é o trabalho no exterior: “O país tem o pior desempenho na subcategoria perspetivas de carreira” (49º), sendo que também se destacam pela negativa as oportunidades de carreira locais. Ainda assim, Portugal fica acima da média mundial no equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, ainda que a avaliação dos horários de trabalho seja negativa.

Neste ranking, onde participaram 12 mil pessoas, o pódio fala espanhol: México, Espanha e Panamá são os melhores destinos para expatriados, nomeadamente por serem locais onde é fácil integrarem-se. Seguem-se locais na Ásia, com a Malásia, Taiwan e Tailândia a ocupar as posições seguintes do índice.

Já no fundo da lista encontram-se alguns países europeus, como Noruega, Alemanha, Itália e Malta, maioritariamente pela dificuldade na instalação dos estrangeiros.

Veja o top 10 dos melhores países para expatriados:

  1. México
  2. Espanha
  3. Panamá
  4. Malásia
  5. Taiwan
  6. Tailândia
  7. Costa Rica
  8. Filipinas
  9. Bahrein
  10. Portugal

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Multiplicar postos de abastecimento verdes, reduzir emissões na agricultura e aumentar eficiência energética. Europa ruma ao Objetivo 55

Emissões poluentes mais apertadas no setor agrícola e marítimo, a multiplicação de estações de abastecimento de combustíveis limpos e metas vinculativas de eficiência energética vão a votos.

O Parlamento Europeu está “a braços” com vários diplomas relacionados com o ambiente, e uma mão cheia deles vai ser votado esta terça-feira, depois de terem sido debatidos segunda-feira. Emissões industriais, eficiência energética, infraestrutura que sirva transportes mais limpos e o combustível usado no setor marítimo são alguns dos temas que vão estar em cima da mesa.

O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, teve uma sessão de debate alargada onde couberam vários diplomas relacionados com o “Objetivo 55”, isto é, a meta europeia de reduzir em pelo menos 55% as emissões poluentes até 2030, que está inscrita como uma obrigação legal.

As propostas no que diz respeito à eficiência energética foram das mais aplaudidas nas intervenções dos eurodeputados, enquanto a inclusão da agricultura entre os setores abrangidos pela diretiva das emissões industriais foi alvo da maior parte dos comentários negativos. O ECO/Capital Verde faz-lhe um resumo do que está em causa.

Diretiva das Emissões Industriais e Portal das Emissões Industriais

Vai ser discutida uma proposta de alteração da Diretiva de Emissões Industriais, que pretende torná-la mais ambiciosa, abrangendo também as instalações da indústria extrativa (minas), as grandes instalações que fabricam baterias (exceto as que montam exclusivamente módulos e baterias) e a criação de gado em maior escala, bem como mais explorações de suínos e aves de capoeira em comparação com as regras atuais. Em paralelo, será proposta a criação de um Portal das Emissões Industriais, que facilite a comunicação de dados ambientais de instalações industriais.

“Uma indústria competitiva e inovadora”, é o que o relator, Radan Kanev, espera que resulte da diretiva, afirmou o mesmo no debate desta segunda-feira. No entanto, o “tema quente” da discussão ao longo da sessão plenária foi o impacto no setor agrícola. O eurodeputado Benoît Lutgen, do Partido Popular Europeu, aponta “custos insuportáveis para o setor” e Sara Skyttedal, do mesmo partido, defende que “as nossas vacas não são fábricas de emissões. Não precisamos de complicar a vida aos agricultores”.

Em contraposição, Jutta Paulus, dos Verdes, afirma que “sem o gado” [na diretiva] não será possível “alcançar os objetivos”, climáticos e de biodiversidade. A eurodeputada portuguesa Marisa Matias denuncia a existência de uma “campanha agressiva do lobby de agricultura industrial” e considera que a diretiva acaba por ser “mais fraca do que devia”.

Criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos

As novas regras sobre infraestruturas para combustíveis alternativos têm como objetivo aumentar a implantação de estações de carregamento ou de abastecimento alternativos para automóveis, camiões ou aviões. Desta forma, espera-se “facilitar a mudança, por parte dos utilizadores, dos combustíveis tradicionais para novas alternativas, mais amigas do ambiente”, explicou o relator Petar Vitanov, em declarações ao ECO/Capital Verde. Para o eurodeputado, um dos objetivos é que o uso de um posto de carregamento elétrico ou de um posto de abastecimento de hidrogénio seja “tão fácil” como o de um posto de gasolina.

Neste sentido, deverão existir estações de hidrogénio gasoso a cada 200 quilómetros do centro da rede transeuropeia de transportes já em 2030, o que significa uma estação de abastecimento em cada centro urbano.

Além disto, de forma a promover transportes mais limpos, “os preços cobrados pelos operadores deverão ser transparentes e razoáveis”, pelo que os Estados-membros deverão fiscalizá-los, defende. E também não deve haver discriminação do uso de postos consoante a marca do veículo. Outra simplificação passa pelo reforço da disponibilização da opção de pagar com cartão nestes postos.

O acordo em causa está “pronto para ser aprovado no seu todo”, já que tem uma “forte maioria” a apoiá-lo, tanto no Parlamento Europeu como no Conselho, afirma este eurodeputado.

Combustíveis marítimos sustentáveis (Iniciativa Fuel EU Transportes Marítimos)

O combustível usado pelos navios também estará em foco esta terça-feira. Quer-se promover a adoção de combustíveis renováveis e hipocarbónicos, com os olhos postos na descarbonização do setor marítimo.

Os eurodeputados acordaram a redução gradual de emissões de gases com efeito de estufa no setor. “Nunca antes uma potência global como a União Europeia (UE) fez algo para se atuar nesta frente [da descarbonização do transporte marítimo]”, pelo que se trata do “ato mais ambicioso do mundo” nesta matéria, indicou o relator Jorgen Warborn, perante o plenário.

Apesar de “ambicioso”, considera o acordo também “realista”, garantindo que tem em conta não só o clima mas também aspetos sociais e de competitividade das empresas, até porque “a indústria europeia depende completamente de um setor marítimo eficiente”. Por isso, o ritmo da mudança “começa modesto” e intensifica depois de 2025, dando ao setor “indicações claras” mas também “tempo para iniciativas práticas e para os investimentos necessários”.

O objetivo é reduzir as emissões dos navios em 2% até 2025, 6% até 2030, quase 15% em 2035 e em 80% em 2050, em comparação com os níveis de 2020. Uma medida que se aplica aos navios de maior porte, responsáveis por 90% das emissões de dióxido de carbono, e incide sobre toda a energia usada a bordo e nos portos europeus. Em 2028 a Comissão Europeia deverá rever as regras para decidir se as exigências serão alargadas a navios mais pequenos.

Diretiva da Eficiência Energética

“Uma diretiva boa para o ambiente e má para o senhor Putin”, afere o eurodeputado Niels Fuglsang, na apresentação que fez do diploma em plenário. Depois da crise energética em que a Europa caiu, como consequência, em grande medida, da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, “temos de garantir um sistema energético eficiente” e esta diretiva traz “mudanças significativas”, como a imposição de uma redução do consumo de energia de 11,7% até 2030, face a 2020.

Todos os anos, e até 2030, deve ser economizado 1,5% de energia, começando em 1,3% até 2025 e aumentando para 1,9% até ao final de 2030. O setor público em particular deve reduzir o seu consumo final de energia em 1,9% ao ano e renovar 3% dos edifícios.

Sandra Pereira, relatora-sombra deste diploma, mostra contudo algumas reservas em relação à definição de metas vinculativas, pois “exigirá a uns Estados mais esforços do que a outros”. A eurodeputada defende que as medidas de eficiência energética acautelem o eventual efeito indesejado de pressionar os preços da habitação, e que os fundos mobilizados para este fim não sejam quantificados na dívida pública.

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Hoje nas notícias: IRS, vistos gold e Galamba

  • ECO
  • 11 Julho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal entre os países da UE que mais subiu as taxas máximas de IRS. Há mais de sete mil pedidos de vistos gold à espera de “luz verde”. Galamba mandou desclassificar quase todos os documentos que tinha considerado segredo de Estado. Conheça estas e outras notícias nas manchetes nacionais desta terça-feira.

Portugal foi dos países europeus que mais subiu as taxas máximas de IRS

Nas últimas duas décadas e meia, Portugal esteve entre os poucos países da União Europeia (UE) que aumentou as taxas máximas do imposto sobre o rendimento, de acordo com o relatório anual da Direção-Geral de Impostos e União Aduaneira da Comissão Europeia, tendo sido mesmo, dos que aumentou mais. No documento, Bruxelas nota que “na maior parte dos Estados-membros e ao nível da União Europeia, se registou uma diminuição das taxas máximas de imposto”, sendo que a par de Portugal também na Grécia e na Letónia se verificou um aumento, ainda que neste último caso se mantenha num nível baixo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Há 7.802 pedidos de vistos gold à espera de aprovação

Atualmente, há mais de 21 mil pedidos relacionados com o regime de Autorização de Residência para Investimento (vulgarmente conhecidos como vistos gold) em fase de pré-análise, dos quais 7.802 são “pedidos de cidadãos estrangeiros investidores” e 13.562 dizem respeito a “pedidos de cidadãos estrangeiros que pretendem beneficiar deste regime através do reagrupamento familiar”, de acordo com os dados Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) fornecidos ao Público.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Galamba desclassifica documentos que considerou segredos de Estado

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, mandou desclassificar 101 dos 105 documentos que tinha pedido que passassem a ser classificados como “segredo de Estado” a 21 de abril. O novo despacho aponta que o grau de “confidencial” foi atribuído a título preventivo, tendo-se constatado, após análise superveniente, que, à exceção de quatro desses documentos, o seu conteúdo “não justifica o grau de classificação inicial”, pelo que 101 documentos passaram para “grau reservado”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Semapa quer ter dez participadas daqui a cinco anos

O CEO da Semapa adianta que a estratégia da empresa passa por comprar empresas para ter até “dez participadas daqui a cinco anos”. Em entrevista ao Jornal de Negócios, Ricardo Pires explica que “serão empresas que têm de ter uma resposta para o desafio da sustentabilidade e ao mesmo tempo capacidade de crescimento”, nomeadamente na área da indústria, “mas podem ser também serviços que façam sentido”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

EDP acelera em terras de Vera Cruz com OPA sobre a EDP Brasil

O grupo EDP vai realizar, esta terça-feira, o leilão da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Brasil, com o intuito de aumentar a sua participação para 44% na empresa cotada na Ibovespa, a bolsa canarinha. “A transação tem como objetivo a simplificação da estrutura corporativa e organizacional da EDP, conferindo assim maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas operações no Brasil, e alinhado com a sua estratégia de foco em energias renováveis e redes de eletricidade”, aponta a empresa liderada por Miguel Stilwell.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 11 de julho

  • ECO
  • 11 Julho 2023

Ao longo desta terça-feira, 11 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Tecnológicas querem solução conjunta na UE para impostos sobre serviços digitais

15 empresas tecnológicas enviaram uma carta a cada ministro das Finanças na UE, desafiando os líderes a encontrar uma solução conjunta para o fim dos impostos sobre serviços digitais (ISDS).

Um total de 15 plataformas tecnológicas redigiu e enviou uma carta a cada ministro das Finanças da União Europeia (UE), onde desafiam os líderes a encontrar uma solução conjunta para o fim dos impostos sobre serviços digitais (ISDS). A lista de empresas em causa inclui o Spotify, Booking, Glovo, Just Eat, adevinta, AirHelp, Allegro, Catawiki, Criteo, Delivery Hero, Schibsted, Trustpilot, Vinted, Wolt e Zalando.

Segundo a carta, as plataformas ameaçam subir o preço dos serviços em resposta ao Imposto Sobre Determinados Serviços Digitais (ISDS), um imposto espanhol que as tecnológicas consideram ser uma medida fiscal discriminatória e unilateral.

As empresas acusam o imposto espanhol de acarretar “danos substanciais” para o crescimento, investimento, inovação e criação de emprego, pelo que, nos termos atuais, o preço ao consumidor pode aumentar, pois as plataformas podem ser obrigadas a passar esses custos aos utilizadores, cita o El Economista.

No documento, as tecnológicas destacam ainda o “Primeiro Pilar” do acordo sobre a tributação mínima global da OCDE, um de dois objetivos estabelecidos pela OCDE, sendo o segundo a garantia de uma taxa de imposto efetiva de 15% para os grandes grupos empresariais.

As tecnológicas consideram que o objetivo da OCDE pode ser uma oportunidade para criar um quadro fiscal internacional mais justo e estável, que evita a dupla tributação, aumenta a segurança fiscal e elimina os impostos sobre serviços digitais e outras medidas semelhantes.

Neste sentido, as empresas tecnológicas recomendam que os governos aceitem estender o acordo sobre os ISDS da OCDE para além de 31 de dezembro de 2023, algo que iria impedir a aplicação de novos ISDS e daria tempo aos vários governos para concluir as negociações em torno do acordo da OCDE.

De igual modo, as tecnológicas incentivam ainda todos os governos que se encontrem a cobrar ISDS a pararem de o fazer, imediatamente, se um acordo for alcançado em julho.

Em outubro de 2021, a OCDE alcançou um acordo para alterar o sistema fiscal internacional, acordo este assente em dois pilares. Enquanto o Pilar 1 procura centrar a tributação de grandes grupos empresariais de elevado volume de negócios e elevada rentabilidade nas jurisdições do seu mercado, o Pilar 2 procura garantir uma taxa de imposto efetiva de 15% para grupos empresariais cujo volume de negócios ultrapasse os 750 milhões.

Embora a proposta não tenha avançado a nível comunitário na UE por falta de unanimidade, os legisladores nacionais têm agora a tarefa de integrar a regulamentação prevista nos seus respetivos sistemas jurídicos internos. No entanto, as regras têm de ser aprovadas em 2023 e entrar em vigor até 2024.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Julho 2023

Esta terça-feira estará em foco a cimeira da NATO, mas, por cá, destaca-se a discussão dos fatores críticos para a decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.

Na capital da Lituânia, reúnem-se, esta terça-feira, os líderes dos 31 países da NATO, para uma cimeira que ganhou um novo fôlego na véspera, com a Turquia a concordar em enviar ao seu Parlamento a proposta de adesão da Suécia. Destaca-se também uma nova conferência da comissão técnica independente para o novo aeroporto de Lisboa, que vai apresentar os fatores críticos para a decisão. Há ainda dados do Banco de Portugal sobre as empresas, propostas para alterar as conclusões da comissão de inquérito à TAP e um relatório da OCDE sobre o mercado de trabalho.

Cimeira da NATO

Vilnius, a capital da Lituânia, acolhe a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) esta terça e quarta-feira, a primeira desde a recente adesão da Finlândia. Entre os temas em discussão estará o apoio à Ucrânia, embora ainda sem convite formal para a adesão à Aliança Atlântica, e a adesão da Suécia, que ainda aguarda a ratificação necessária da Turquia – que aceitou na segunda-feira enviar o protocolo de adesão sueco ao Parlamento – e da Hungria.

Propostas de alteração do PSD ao relatório da CPI à TAP

O deputado social-democrata Paulo Moniz fala esta terça-feira, em conferência de imprensa, sobre o relatório preliminar com as conclusões da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela política da gestão da TAP. O PSD deverá apresentar as propostas de alteração ao documento, cujo prazo para sugerir mudanças terminou na segunda-feira. Bloco de Esquerda, PCP e Chega já anunciaram as respetivas propostas de alteração.

Fatores de decisão para a localização do novo aeroporto

A Comissão Técnica Independente (CTI), que vai propor a localização do novo aeroporto de Lisboa, realiza uma conferência de imprensa, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, para apresentar os fatores para a decisão que terá de ser tomada acerca desta infraestrutura. O relatório, a que o ECO teve acesso, identifica cinco fatores críticos: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. A consulta pública do documento teve início na segunda-feira e termina no dia 4 de agosto.

Perspetivas de emprego nos países da OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga o Employment Outlook 2023, um relatório anual com os dados e as análises mais recentes sobre a situação do emprego nos 38 países membros da OCDE, incluindo o impacto da crise do custo de vida nos salários e recomendações sobre o que os governos podem fazer para apoiar os trabalhadores e as famílias. A edição deste ano centra-se no impacto da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho, incluindo as conclusões do primeiro inquérito transnacional sobre o impacto da IA.

Dados sobre rendibilidade das empresas

O Banco de Portugal publica as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao 1.º trimestre deste ano, que integram um conjunto de indicadores sobre o setor das sociedades não financeiras. No final do último trimestre de 2022, a rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, foi de 9,2%, representando um aumento de 1,6 pontos percentuais quer em relação ao ano anterior, quer relativamente a 2019 (período pré-pandemia).

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Afinal, não foi só a PLMJ. Morais Leitão, VdA e Abreu também foram alvo do hacker Rui Pinto

O hacker – que 5ª conhece decisão do primeiro processo – esteve dois anos com acesso a emails da Morais Leitão e dois meses aos da VdA. Violação de emails da Abreu será investigado autonomamente.

Morais Leitão, Vieira de Almeida e Abreu Advogados. Estas três sociedades de advogados – que fazem parte do top ten dos maiores escritórios de advogados em Portugal – foram também alvo do hacker português, Rui Pinto. Segundo a acusação do Ministério Público – a que o ECO teve acesso mas divulgada em primeira mão pela revista Sábado –relativamente a novas investigações mas que nasceram do primeiro processo em que Rui Pinto é arguido e cuja decisão é conhecida esta quinta-feira, foram ainda alvo de ataque informático as sociedades CCA, Vaz Serra & Associados, Caldeira, Cernadas, Sousa Magalhães e Associados, Esteves, Ribeiro, Araújo & Associados, Barrocas & Associados, RPS Advogados e a Pacheco de Amorim.

Mas no conteúdo da acusação, a investigação relativa a acesso ilegítimo aos sistemas informáticos do Clube Desportivo do Tondela, Futebol Clube do Porto, Clube Desportivo Nacional, Vaz Serra e Associados, Câmara Municipal de Cascais/ Carlos Carreiras, Promovalor, RPS Advogados, Partners 2U, SIGA Lisboa, Abreu Advogados e a Pacheco de Amorim, sociedade de advogados, foi autonomizada para outro processo que se encontra ainda em investigação. “Assim, determina-se a extração de certidão em formato digital da integralidade destes autos para continuação da investigação dos factos que implicam acessos ao sistema informático, correio eletrónico e ou dispositivos particulares de colaboradores”.

O documento – assinado pela procuradora Vera Camacho – revela que foram alvo do hacker os advogados Carlos Osório de Castro, Paulo Rendeiro, Pedro Pardal Goulão (sócios da Morais Leitão), Hugo Vaz Serra (sócio da Vaz Serra & Associados), Hugo Teixeira (da Abreu Advogados), Henrique Salinas (sócio da CCA), João Vieira de Almeida e Miguel Pinto Cardoso (senior partner e sócio da Vieira de Almeida).

Contactada pelo ECO, a Morais Leitão assume que foi notificada na semana passada da acusação deduzida contra Rui Pinto. “Os factos relativos à sociedade eram já conhecidos desta e respeitam a um incidente isolado ocorrido em 2017, que mereceu resposta rápida dos nossos serviços de segurança informática. Até à data, não existem evidências de qualquer outro incidente, acesso ou intrusão nos nossos sistemas informáticos ou a informação de clientes”, segundo fonte oficial do escritório garantiu ao ECO. O incidente a que se refere a Morais Leitão em 2017, de comprometimento de credenciais de um utilizador, permitiu a Rui Pinto configurar uma mailbox da Morais Leitão, cujo acesso poderá ter ocorrido até 2019.

Já a Vieira de Almeida remete para a resposta dada ao ECO, em janeiro de 2020. Mas acrescenta, esta segunda-feira ao ECO, que “esta acusação confirma que houve uma situação de hacking a que estivemos sujeitos entre 2017 e 2018; o que, por sua vez, confirma plenamente aquilo que referimos na nossa resposta de 2020 (a informação “é incorreta e profundamente enganadora. Faz referência a uma situação de hacking ocorrida há mais de dois anos…”. Ou seja: “em 2020 confirmámos uma situação ocorrida 2 anos antes, a qual foi agora objeto de acusação”.

Da parte da Abreu Advogados, fonte oficial garante que o escritório “não tem registo de acesso indevido ou extração de informação. Os nossos servidores registaram, em 2018, a tentativa de um acesso externo não autorizado mas que não foi bem-sucedido – uma vez que a Abreu Advogados tem um sistema de Multi Factor Authentication (MFA), no âmbito do nosso plano e sistema de cyber segurança, em que não basta utilizar as credenciais de um advogado para entrar no sistema”.

Morais Leitão: um dos principais alvos

A acusação descreve como a 15 de maio de 2017 Rui Pinto acedeu ao e-mail do advogado Carlos Osório de Castro, advogado de Cristiano Ronaldo, configurou-a no seu próprio email para “a exfiltrar e aceder sem restrição até 16 de janeiro de 2019”. Pelo correio eletrónico de Osório de Castro circulavam comunicações com clientes e colegas, documentos pessoais e contratos, incluindo informação de Cristiano Ronaldo.

No total, foram quase dois anos de acesso ilegítimo por Rui Pinto ao mailbox do sócio da Morais Leitão.

O arguido, após exfiltrar a caixa de correio de Carlos Osório de Castro, acedeu ao seu conteúdo sem restrição pelo menos até 16 de janeiro de 2019. Para além disso, o arguido Rui Pinto teve, ainda, acesso às credenciais das contas particulares de correio eletrónico de Carlos Osório de Castro. Por configuração criada pela sociedade, a pedido de Carlos Osório de Castro, as mensagens de correio por este recebidas na caixa de correio profissional, eram encaminhadas automaticamente para o endereço pessoal, pelo menos até junho de 2017.

O sócio da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro.

 

0 arguido Rui Pinto teve, ainda, conhecimento das credenciais de acesso à sua conta na plataforma da Baker Mackenzie e dos códigos do cartão de crédito do advogado, que utilizou até ao ano de 2021. “Por forma que se desconhece, Rui Pinto teve conhecimento, igualmente, de informação sobre os dados de acesso à dropbox de Pedro Pardal Goulão – bem como da data de nascimento e número de telemóvel associado à conta de Paulo Castro Rendeiro, sócio da ML“, diz a acusação do MP.

Servidores da Vieira de Almeida vigiados por Rui Pinto

No período compreendido entre 30 de novembro de 2017 e até 2 de Janeiro de 2018, o arguido Rui Pinto acedeu à estrutura, serviços e computadores da rede interna da Vieira de Almeida.

Segundo o MP, no período acima referido, o arguido Rui Pinto “explorou a estrutura por forma que lhe permitiu alcançar um website interno. Efetuou 28 acessos a partilhas de rede e realizou 115 acessos remotos a computadores”. E exfiltrou, em concreto, caixas de correio do, à data, managing partner João Vieira de Almeida e do sócio Miguel Pinto Cardoso. Em dia não apurado, mas próximo de 17 de Dezembro de 2017, o arguido Rui Pinto, após aceder ao sistema informático do escritório, através do uso de um IP húngaro e por meio de uso de credenciais de um utilizador do sistema, exfiltrou e apagou dois documentos. “Tais documentos diziam respeito a um cliente da Sociedade de Advogados e estavam guardados dentro de pasta com a sua respetiva identificação, juntamente com informações trocadas a coberto da relação advogado/cliente e mensagens de e-mail. Em 24 de dezembro de 2018, o arguido Rui Pinto copiou dois ficheiros com tamanho total de 118,602 MiB”, diz a acusação.

VII Encontro de Academias Corporativas VdA - 19JAN23
João Vieira de Almeida, Senior Partner VdA

Hugo Amaral/ECO

Por via dos referidos acessos ao sistema informático e caixas de correio eletrónico, o arguido torneou conhecimento de informação confidencial e sujeita a sigilo de advogado, “para o que não estava autorizado”, diz ainda a magistrada Vera Camacho.

Em setembro de 2020, a Polícia Judiciária (PJ) já tinha confirmado que a Vieira de Almeida (VdA) teria sido alvo de ataque informático de Rui Pinto e que essa violação na correspondência eletrónica de um dos três maiores escritórios portugueses estava a ser alvo de investigação, num processo autónomo.

Segundo o inspetor da PJ, José Amador, na audiência de julgamento do primeiro processo que envolve Rui Pinto (ver abaixo) o escritório de advogados que representava a Doyen terá sido igualmente visado – à semelhança do que foi imputado a Rui Pinto no primeiro processo, prestes a chegar ao fim, em relação ao Sporting, Doyen, Federação Portuguesa de Futebol, à sociedade de advogados PLMJ e à Procuradoria-Geral da República – por ter sido encontrada uma denúncia do CEO do fundo de investimento à então procuradora-geral Joana Marques Vidal nos dispositivos apreendidos ao criador da plataforma.

“No meio de outras entidades que tiveram o mesmo tipo de problema foi o escritório de advogados que representava a Doyen, a Vieira de Almeida. Com elevada probabilidade, [os documentos] terão sido exfiltrados do escritório Vieira de Almeida”, afirmou a testemunha do processo Football Leaks na audiência de julgamento, sublinhando que foi extraída uma certidão deste processo e que estava nessa altura em investigação e sob segredo de justiça. E que, por isso, disse o inspetor, não pôde revelar mais pormenores ao coletivo de juízes e audiência. À data, contactado pelo ECO, fonte oficial do escritório de João Vieira de Almeida não quis comentar o facto.

Mas em janeiro desse mesmo ano, oito meses antes, a sociedade de advogados Vieira de Almeida garantia ao ECO/Advocatus que não tinha sido alvo de pirataria informática no âmbito deste processo. “Essa informação está totalmente incorreta e profundamente enganadora. Faz referência a uma situação de hacking ocorrida há mais de dois anos, não havendo, como admite a própria notícia, qualquer evidência de ligação ao Luanda Leaks”.

À data do primeiro processo, apenas a violação à correspondência eletrónica e ao sistema informático da PLMJ foi alvo de investigação deste processo e cujo julgamento está prestes a chegar ao fim.

O primeiro processo: Rui Pinto acusado de 90 crimes em março de 2019

Dois anos e sete meses após o início do julgamento, a leitura da decisão está marcada para 13 de julho, depois de terem sido alegadas alterações dos factos relativas ao Sporting e à Doyen.

Rui Pinto estava acusado de 90 crimes, sendo 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra e os advogados José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

Em 2019 Rui Pinto assumiu que era o criador do site “Football Leaks”, criado em 2015. Segundo o arguido, esta plataforma surgiu após a divulgação do escândalo de corrupção na FIFA, que levou à detenção de vários dirigentes, e tinha como objetivo divulgar a “parte oculta do futebol”. Assim, a partir de Budapeste e através desta plataforma, Rui Pinto divulgou diversos documentos polémicos sobre futebol nacional e mundial.

No âmbito de um mandato de detenção europeu, foi detido no dia 16 de janeiro de 2019 em Budapeste. Após o “rebentar” do escândalo, em março de 2019, Rui Pinto foi entregue pelas autoridades húngaras à justiça portuguesa, tendo ficado em prisão preventiva no âmbito de um inquérito do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Inicialmente foi apenas indiciado por seis crimes.

Rui Pinto esteve em prisão preventiva entre o dia 22 de março de 2019 e 8 de abril de 2020 e em prisão domiciliária até ao dia 7 de agosto de 2020, tendo sido libertado “devido à sua colaboração” com a PJ e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

Rui Pinto, a 4 de setembro de 2020, numa sessão de julgamento no Campus de Justiça, em Lisboa.MARIO CRUZ/LUSA

O segundo processo: Rui Pinto acusado de 377 crimes em Junho deste ano

Na sexta-feira, foi tornado público que o Ministério Público abriu um novo processo contra Rui Pinto, fundador do Football Leaks, no qual é acusado de 377 crimes: 202 são de acesso ilegítimo qualificados, 134 de crimes de violação de correspondência, 23 de violação de correspondência agravados e 18 de dano informático.

A acusação tem por base o facto de o hacker ter acedido ao sistema informático do Benfica e posteriormente ter entregado e-mails ao diretor de comunicação do Futebol Clube do Porto, Francisco J. Marques. Além disso, Rui Pinto terá acedido de forma indevida às caixas de correio eletrónico de vários procuradores, juízes, advogados, empresas de Isabel dos Santos, a Liga de Clubes e jornalistas.

“A investigação não se mostra finda e não se prevê que o órgão de polícia criminal a quem foi atribuído o encargo de proceder à mesma (Polícia Judiciária) a venha a finalizar nos meses próximos“, escreve a procuradora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

O que diz a defesa de Rui Pinto

A defesa de Rui Pinto acusou o Ministério Público (MP) de querer “eternizar o percurso judicial” do criador do Football Leaks, denunciando a sua intenção de avançar com sucessivas acusações ao arguido.

“A presente acusação insere-se na estratégia do Ministério Público de eternizar o percurso judicial de Rui Pinto, uma vez que estão em causa factos alegadamente ocorridos entre 2016 e 2019 e que, por opção da Sra. Procuradora da República, não foram incluídos no processo cujo julgamento já foi realizado e cuja leitura do acórdão se encontra marcada para o próximo dia 13”, refere a equipa de defesa de Rui Pinto, em comunicado.

Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui PintoMARIO CRUZ/LUSA

“Saliente-se que, ao mesmo tempo que deduz esta nova acusação por factos antigos, a Sra. Procuradora anuncia que se seguirá ainda um terceiro processo contra Rui Pinto por outros factos também ocorridos entre 2016 e 2019 e que se reconduzem ao mesmo tipo de crimes, mas que a Sra. Procuradora entendeu também não incluir neste segundo processo, com fundamento em circunstâncias pessoais e absolutamente alheias ao bom funcionamento da justiça”, criticam os causídicos Francisco Teixeira da Mota, William Bourdon e Luísa Teixeira da Mota.

“Este entendimento perverso de que os factos de um processo podem ir sendo sucessivamente divididos e prolongados em novos processos, não visa a realização da justiça, mas, antes, colocar Rui Pinto numa batalha judicial interminável na qual se encontra em desigualdade de armas com a acusação, assim se violando, de forma grave, os seus direitos de defesa e os princípios básicos que presidem ao direito penal”, concluem.

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Decisão instrutória do caso BES em risco devido a greve nos tribunais

A greve total e sem serviços mínimos de funcionários judiciais pode levar a que a decisão se Salgado vai ou não a julgamento, no âmbito do caso BES, seja adiada.

Está agendada para sexta-feira, dia 14 de julho, a leitura da decisão instrutória do processo BES/GES, ou seja, se Ricardo Salgado vai ou não a julgamento. Mas a greve total de funcionários judiciais pode levar a que essa decisão e centenas de outras diligências sejam adiadas. A semana passada o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) marcou uma greve total para o dia 14 de julho, sem serviços mínimos, que coincide com o último dia da greve atípica que decorre desde o final de maio.

De acordo com o pré-aviso de greve do SFJ, a paralisação vai “vigorar no dia 14 de julho de 2023, das 9h00 às 17h00, em todas as unidades orgânicas/juízos, para todos os funcionários judiciais a exercer funções nos tribunais e serviços do Ministério Público, bem como noutros departamentos e serviços do Estado português”. A data de 14 de julho corresponde ao último dia de trabalho nos tribunais antes das férias judiciais, que decorrem entre 15 de julho e 31 de agosto.

Caso a greve não provoque o adiamento da leitura da decisão instrutória, a mesma decorrerá pelas 14h00 no tribunal de Monsanto, em Lisboa, e será levada a cabo pelo juiz de instrução Pedro Santos Correia.

A realização do debate instrutório ocorreu um ano após o arranque da fase de instrução no Tribunal Central de Instrução Criminal, no dia 26 de abril de 2022, então ainda nas mãos do juiz Ivo Rosa, que foi substituído por Pedro Santos Correia em setembro, por decisão do Conselho Superior da Magistratura, e quase três anos depois de ser conhecida a acusação do Ministério Público (MP).

No dia 14 de julho de 2020, a investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) traduziu-se na acusação a 25 arguidos (18 pessoas e sete empresas), entre os quais o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado.

Foram imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

O que reivindicam os funcionários judiciais?

O Sindicato dos Funcionários Judiciais está a levar a cabo uma série de greves por diversas razões. Em causa está “a atual situação socioprofissional e a falta do cumprimento dos compromissos assumidos e das deliberações da Assembleia da República”. Assim, no dia 14 de julho não haverá indicação de serviços mínimos, por se considerar que esta greve não colide com os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos.

Não podem os trabalhadores em greve ser substituídos por trabalhadores não aderentes que, normalmente, não estejam afetos ao serviço materialmente competente”, diziam no pré-aviso dirigido ao primeiro-ministro, António Costa, à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.

O SFJ reclama no imediato a abertura de procedimento para acesso a todas as categorias profissionais (escrivão adjunto, técnico de justiça adjunto, escrivão de direito, técnico de justiça principal e secretário de justiça), bem como a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual pago a 14 meses e com retroativos a janeiro de 2021.

Por outro lado, aponta à negociação coletiva os temas do preenchimento dos lugares vagos da carreira de oficial de justiça através de concurso plurianual, um regime especial de aposentação e acesso ao regime de pré-aposentação para os funcionários judiciais, a revisão da tabela salarial e, finalmente, a revisão do estatuto profissional da carreira.

A greve atípica atualmente em curso desde 29 de maio decorre “num formato criativo”, que não é coincidente em comarcas, horários ou jurisdições, ou seja, a greve pode decorrer de uma forma e horário num tribunal judicial e de outra diferente nos serviços do Ministério Público, ou dentro de uma mesma comarca decorrer de forma diferente nos diversos tribunais que a compõem.

Greve já causou mais adiamentos que no período da pandemia

São já mais de cinco milhões os atos processuais adiados nos tribunais e 60 mil diligências, na sequência da greve dos Funcionários Judiciais (SFJ), iniciada a 24 de maio e que foi prolongada até 14 de julho. Estes números de adiamentos e atrasos superam os existentes no período pandémico. Os julgamentos já começaram a ser reagendados para finais de 2024.

E mesmo depois do Governo ter já anunciado a abertura de 561 vagas para a promoção de carreiras dos oficiais de Justiça, os mais de sete mil funcionários judiciais não cedem e mantêm a paralisação a que chamaram com “características atípicas”.

Os funcionários que todos dias estão nas secretarias judiciais pedem o descongelamento das carreiras e a integração do suplemento de compensação na remuneração, com um aumento de 10%, a ser recebido 14 meses por ano, tal como já recebem os magistrados.

Desde 2019 que não se registavam promoções de trabalhadores pertencentes a esta carreira. Diz o Governo que este “é mais um sinal de que o Ministério da Justiça reconhece e partilha das legítimas preocupações que têm sido transmitidas pelas estruturas sindicais representativas do pessoal da carreira oficial de justiça, tendo até agora desenvolvido todos os esforços para encontrar soluções que permitam alcançar o regular funcionamento dos tribunais e a desejável paz social”.

António Marçal, presidente do sindicato dos funcionários judiciais, em entrevista ao ECO/Advocatus - 21DEZ21
António Marçal, presidente do sindicato dos funcionários judiciais, em entrevista ao ECO/Advocatus – 21DEZ21Hugo Amaral/ECO

O presidente do SFJ, António Marçal, sublinhou que Catarina Sarmento e Castro “está a faltar à verdade”, ao ter sinalizado a abertura destas vagas como “um grande passo” do Governo para ir ao encontro das reivindicações do setor. “Aquilo que está aqui em causa é que o governo não tinha outra opção senão fazer as promoções, porque a isso o obriga o facto de vivermos num estado de direito democrático. Existe uma decisão judicial transitada em julgado referente a 2021 que obriga a ministra a começar a cumprir esse procedimento”, afirmou.

“Não há aqui nenhuma benesse ou boa vontade do governo, aquilo que há concretamente é a execução de uma decisão dos tribunais, lembrando que falta ainda esperar pelo resultado do julgamento da inconstitucionalidade referente ao movimento de 2018, que terá mais consequências, designadamente nas categorias de chefia”, reforçou.

Julgamentos e diligências dos casos mediáticos adiados

  • O julgamento do antigo presidente da Câmara de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, e da empresária Manuela Couto foi adiado a 15 de junho. As novas sessões estão agendadas para 14 de setembro e 4 de outubro. Previsto para ter início em Viana do Castelo, esta é a terceira vez que este julgamento é adiado.
  • A 9 de junho, o interrogatório do ex-ministro Eduardo Cabrita na fase de instrução do processo do atropelamento mortal na A6 foi interrompido e reagendado para o dia 30 de junho, devido à greve. O interrogatório do antigo governante chegou a iniciar-se, mas foi suspenso, às 15:30, quando a funcionária judicial que acompanhava os trabalhos iniciou a greve. O juiz de instrução ainda andou pelo tribunal a tentar arranjar uma funcionária que pudesse cumprir a diligência, mas não foi possível.
  • O início do julgamento do ativista antirracista Mamadou Ba foi adiado a 23 de abril devido à primeira fase de greve dos funcionários judiciais. O ativista antirracista Mamadou Ba ia ser julgado por difamação, publicidade e calúnia, num processo colocado pelo militante neonazi Mário Machado e no qual Ba conta com a ex-ministra Francisca Van Dunem como testemunha;
  • No mesmo dia, foi também adiado, pela mesma razão, uma sessão da repetição do julgamento do processo Aquiles, relacionado com tráfico de cocaína e em que são arguidos dois ex-inspetores da Polícia Judiciária;
  • A continuação do julgamento do processo relacionado com a queda da árvore no Monte foi adiada, em maio, pela quarta vez, devido à greve convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais. São arguidos no caso a ex-presidente da Câmara do Funchal Idalina Perestrelo e o chefe de divisão Francisco Andrade. Pelo menos este último compareceu esta manhã no tribunal instalado no Edifício 2000, mas a falta de oficiais de justiça impediu a realização da audiência.
  • O julgamento no Tribunal Judicial de Faro da mega burla, relacionado com a apropriação ilegal de prédios alheios, só começou depois das 10H00, no dia 14 de junho, por conta da greve dos funcionários judiciais. à porta do tribunal estavam vários oficiais de justiça envergaram t-shirt’s onde se lia: “justiça para quem nela trabalha”.
  • A sessão de julgamento, do dia 6 de Junho, relativa ao homicídio de Jéssica, a menina de três anos morta em junho do ano passado, foi adiado. No banco dos réus estão cinco arguidos, a mãe da criança, a ama, o marido e a filha.

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BE diz-se “revoltadíssimo” com “pressões” do MAI junto da RTP sobre cartoon

  • Lusa e + M
  • 10 Julho 2023

O BE diz-se "revoltadíssimo", Nicolau Santos não pede desculpa e Pedro Adão e Silva diz que humor e cartoon "deve ser um espaço que deve gozar de particular autonomia e de não interferência editorial”

O líder parlamentar do BE afirmou-se esta segunda-feira “revoltadíssimo” com “as pressões” que considera que o ministro da Administração Interna exerceu sobre o Conselho de Administração da RTP a propósito do cartoon emitido sobre polícia e racismo.

Também estou bastante revoltado com o que está a acontecer. Ouvimos o senhor ministro da Administração Interna dizer ao país que, perante algo que foi divulgado pela RTP, pegou no telefone e ligou ao Conselho de Administração da RTP e a pergunta aqui é: quem é o ministro da administração interna para andar a fazer pressões sobre jornalistas ou sobre conselho de administração da RTP. Em que democracia é que nós vivemos?“, respondeu Pedro Filipe Soares quando questionado pelos jornalistas sobre o cartoon emitido pela RTP sobre polícia e racismo.

Na “democracia que o BE defende”, continuou, “a liberdade de expressão é o bem maior”, com todas as “responsabilidades que daí advenham”, sublinhando que “a censura não tem espaço na democracia, que a RTP tem um espaço de liberdade e tem um espaço de idoneidade que tem de manter e que não está refém do interesse de um qualquer governo“.

“E o ministro da Administração Interna que acha que tem o direito de ligar ao Conselho de Administração da RTP a tirar satisfações de qualquer acontecimento na RTP mostra muito de como está a Partido Socialista e do que é este Governo do Partido Socialista”, criticou.

Pedro Filipe Soares ressalvou que não está “a discutir se determinado cartoon resulta de bom senso ou de mau senso, se é de bom ou de mau gosto, se é muito afrontoso ou pouco afrontoso“.

“E por isso, sim, eu estou revoltadíssimo com estas declarações do senhor ministro da Administração Interna e com a atuação que o Governo teve nesta matéria”, condenou.

José Luís Carneiro admitiu hoje ter expressado o seu desconforto com o cartoon emitido pela RTP sobre polícia e racismo e assegurou que as forças de segurança portuguesas garantem o cumprimento do principio da igualdade.

“Na sexta-feira, tive oportunidade de falar com o presidente do Conselho de Administração da RTP para manifestar desagrado com o facto de um cartoon daquela natureza ter sido exibido num festival que tem tantos milhares de jovens“, disse o ministro.

O ministro da Administração Interna falava à margem da cerimónia de apresentação do plano de prevenção e segurança da praia de Matosinhos. Questionado pelos jornalistas, lamentou a exibição de um cartoon, durante a cobertura do festival de música Nos Alive na RTP, alusivo à polícia e ao racismo.

O cartoon, da autoria de Cristina Sampaio, colaboradora do coletivo Spam Cartoon, que tem uma rubrica semanal na RTP, chama-se “Carreira de tiro” e mostra um polícia a atirar ao alvo com cada vez mais intensidade. No final, mostra os alvos, que foram escurecendo à medida da agressividade do polícia, servindo de metáfora ao tema do racismo nas forças de segurança.

Reconhecendo o respeito pela liberdade de expressão, o ministro sublinhou, por outro lado, a necessidade de chamar a atenção da administração da RTP para “o sentido de responsabilidade, para que a liberdade de expressão não coloque em causa a imagem e o prestigio das instituições“.

Entretanto esta segunda-feira, Nicolau Santos, presidente do conselho de administração da RTP, garantiu em declarações à TSF que a estação não vai pedir desculpa à PSP por causa do cartoon.

A RTP não se vai retratar de nenhuma forma. Eu, no dia seguinte à emissão do cartoon, tive a possibilidade de falar com o senhor diretor geral da PSP e explicar que o cartoon tinha a ver com a situação em França e não com a Polícia de Segurança Pública“, afirmou Nicolau Santos à TSF.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, também já defendeu que os humoristas e ‘cartoonistas’ devem ter autonomia, destacando que a animação alusiva à polícia e ao racismo transmitida no canal público alude à “realidade francesa”.

É um cartoon e eu acho que devemos levar a sério essa autonomia do que é o humor e o humor sobre a atualidade política nacional e internacional”, afirmou o governante, ao ser questionado pelos jornalistas sobre a animação polémica.

Pedro Adão e Silva, que falava em Vila Viçosa, no distrito de Évora, insistiu que “o humor e o cartoon deve ser um espaço que deve gozar de particular autonomia e de não interferência editorial”.

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PSD propõe auditoria à indústria da Defesa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Julho 2023

O requerimento do PSD nota que a holding idD – Portugal Defence não ter publicou no seu website os relatórios e contas dos anos de 2021 e 2022.

O PSD propôs esta segunda-feira, “com caráter de urgência”, a realização de uma “auditoria suplementar” pelo Tribunal de Contas a “todos os processos de contratação e de aquisição da idD – Portugal Defence” feitos entre 2020 e 2022, período que corresponde aos anos em que o ex-secretário de Estado da Defesa presidia a empresa pública.

Num requerimento enviado ao deputado Filipe Neto Brandão (PS), presidente da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, os sociais-democratas justificam o pedido de autoria à idD – Portugal Defence com o facto de a holding não ter publicado no seu website os relatórios e contas dos anos de 2021 e 2022. Uma notícia do Expresso de há cerca de duas semanas revelava que as contas de 2020, ano em que Marco Capitão Ferreira foi nomeado presidente da idD, foram as últimas conhecidas.

O Presidente da República tinha apoiado, também esta segunda-feira, a realização de uma auditoria às indústrias do setor da Defesa, na sequência da exoneração do secretário de Estado Marco Capitão Ferreira por suspeitas na contratação de um “assessor fantasma” quando liderava a holding idD – Portugal Defence.

A auditoria foi inicialmente sugerida pelo líder parlamentar do PS, em entrevista à Rádio Renascença na passada sexta-feira. “Devemos olhar com particular atenção para as aquisições na área da Defesa. Os episódios repetem-se com alguma frequência, parece haver algum padrão. O conjunto das Forças Armadas e do Ministério da Defesa têm de olhar. Se fosse ministro, faria uma auditoria geral aos processos de aquisição do Ministério da Defesa Nacional”, declarou Eurico Brilhantes Dias.

Fazem parte da idD as seguintes empresas: o Arsenal do Alfeite, a ETI e a EXTRA, todas detidas a 100% pelo Estado; e empresas onde partilha o capital com privados, como a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A, a Navalrocha, a EID, ou a Edisoft.

 

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