Grupo Wagner continua sem aparecer no acampamento na Bielorrússia

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Acampamento tem capacidade para abrigar cerca de 5.000 soldados e a sua localização também permite a colocação de equipamentos de combate.

Os mercenários do Grupo Wagner que deveriam mudar-se para a Bielorrúsia após o fracasso da rebelião de 24 de junho ainda não compareceram na base disponibilizada pelas autoridades bielorrussas, declarou esta sexta-feira o Ministério da Defesa de Minsk.

Não, os grupos operacionais ainda não chegaram, não tomaram uma decisão, não analisaram nada. Quando o Grupo Wagner tomar a decisão final de se localizar na Bielorrússia, ou não, irá analisar “, disse à agência russa TASS o conselheiro do ministro da Defesa da Bielorrússia, major-general Leonid Kasinski.

O representante militar referia-se a um acampamento de tendas situado perto da cidade de Osipovichi, na região de Mogilev, na Bielorrússia, definida como “um acampamento de verão, construído em coordenação com as autoridades locais”. “Este acampamento foi criado para preparar tanto os militares como os representantes da administração civil no quadro da criação de um sistema de defesa territorial”, explicou o militar bielorrusso.

Segundo Kasinski, este acampamento tem capacidade para abrigar cerca de 5.000 soldados e a sua localização também permite a colocação de equipamentos de combate. “Tudo depende da quantidade deste equipamento. É uma antiga cidadela militar. As infraestruturas foram preservadas, incluindo armazéns. Anteriormente encontrava-se aqui uma brigada de artilharia”, esclareceu.

Apesar do fracasso do motim do Grupo Wagner, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, acordou com o líder dos mercenários, Yevgueni Prigozhin, que os militares se mudariam para a Bielorrússia. Lukashenko disse na quinta-feira que a decisão final ainda não foi tomada e que “depende da Rússia”.

“Não estamos a construir acampamentos. Oferecemos vários acampamentos militares antigos que foram usados ??em tempos de guerra”, afirmou o estadista. “Mas o Grupo Wagner tem uma visão diferente para sua implantação. Naturalmente, não vou dizer qual”, acrescentou. Entre as ofertas de Minsk, Lukashenko mencionou o campo de Osipovichi.

Em todo o caso, sublinhou que, caso os mercenários sejam finalmente deslocados para a Bielorrússia, o enquadramento em que irão operar no país será determinado através de uma lei ou de um decreto presidencial. O Presidente bielorruso destacou que o Grupo Wagner é a unidade “mais experiente em combate” e que “pode servir a defesa da Bielorrússia se o país for atacado”, mas acrescentou que ninguém será atacado a partir do território bielorrusso, incluindo a Ucrânia.

O Kremlin afirmou na quinta-feira que não segue os movimentos do líder do Grupo Wagner, que ter-se-á exilado na Bielorrússia após o motim falhado de 24 de junho, mas que Minsk garante que está atualmente na Rússia. “Não. Não seguimos os movimentos [de Prigozhin]. Não temos tempo, nem vontade de o fazer”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, na habitual conferência de imprensa matinal.

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Farmacêuticos voltam às greves em 24 de julho perante “silêncio” do Governo

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Ronda de greves inicia-se a 24 de julho, com a paralisação em todo o país, e prossegue a 5 de setembro nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e regiões autónomas.

Os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) voltam à greve em 24 de julho, a primeira de uma nova ronda de protestos que se estende por setembro com paralisações nacionais e por distritos, anunciou esta sexta-feira o sindicato.

Após mais três dias de greve dos farmacêuticos do SNS com elevada adesão, o Ministério da Saúde continua em silêncio e sem manifestar qualquer intenção de iniciar um processo negocial sério“, adiantou o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF).

Segundo o pré-aviso que a Lusa teve acesso, esta ronda de greves inicia-se em 24 de julho, com a paralisação dos farmacêuticos em todo o país, prosseguindo em 5 de setembro nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Para 12 de setembro está marcada greve em Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, terminando o protesto em 19 setembro com mais uma greve de âmbito nacional.

Entre as reivindicações do SNF consta a atualização das grelhas salariais, a contagem integral do tempo de serviço no SNS para a promoção e progressão na carreira, a adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.

“Contrariamente ao que se verifica com outras estruturas sindicais da área da saúde, que têm mantido negociações com o ministério mesmo com protestos e greves agendadas e a decorrer, a reunião agendada com o SNF para 02 de junho foi adiada”, lamentou o sindicato.

Passado mais de um mês desse adiamento, sem que fosse agendada uma nova data, “só podemos depreender que o ministério abandonou as negociações”, salientou ainda o sindicato, ao garantir que os farmacêuticos “vão manter várias formas de luta até garantirem o início de negociações sérias com o Ministério da Saúde”.

Esta é a segunda ronda de greves deste ano, depois dos três dias de paralisações em junho, para exigir um avanço nas negociações com o Governo. Em janeiro realizou-se uma reunião entre as duas partes que o sindicato considerou uma “absoluta desilusão” e os encontros posteriores terminaram sem avanços significativos. Nas greves do início de junho a adesão foi de cerca de 90%, de acordo com os números do sindicato.

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Rute Gonçalves assume direção de marca, marketing e conveniência da Galp

A profissional, na Galp há 25 anos, vai substituir Filipa Appleton que, como avançou o +M na última semana, vai assumir a direção de brand marketing do Continente.

Rute Verschneider Gonçalves é a nova diretora de marca, marketing e conveniência da Galp. A responsável, há 25 anos na companhia e que no último ano liderou o projeto C-Store Transformation, através do qual a energética está a transformar a sua rede de retalho na Península Ibérica, vai substituir Filipa Appleton, que como o +M avançou na última semana vai assumir a função de diretora de brand marketing do Continente.

Temos de garantir uma marca relevante para os clientes, alinhada com uma estratégia que impulsione os nossos negócios, construindo plataformas que nos permitam conhecer e interagir com o nosso cliente propondo ofertas e experiências integradas, relevantes e inovadoras”, diz citada em comunicado a profissional, que com a agregação de marca, marketing e conveniência tem como objetivo “ter uma visão holística e integradora” para a estratégia de marca.

No negócio da Conveniência, que abrange as Lojas Galp e parcerias, o objetivo é “desenvolver parcerias estratégicas, testar novos conceitos, e proporcionar uma experiência de abastecimento de energia completa na nossa rede de retalho, numa lógica de ‘Energia para os veículos e Energia para os nossos clientes’”, prossegue.

Rute Gonçalves iniciou o seu percurso na Galp em 1998, tendo sido gestora de produto por ocasião do lançamento do Cartão FastGalp, o primeiro cartão de fidelização no setor dos combustíveis em Portugal, recorda a empresa. Desempenhou depois funções na área de retalho e foi responsável pelo marketing do GPL da empresa. Integrou a direção de marketing estratégico em 2002, para liderar a área de brand management, planning & research, onde desenvolveu e implementou o rebranding da Galp para a sua marca atual.

Entre 2006 e 2018 foi responsável pela gestão da marca Galp, tendo sob sua responsabilidade o planeamento estratégico, a publicidade e comunicação, os patrocínios e canais digitais da empresa. O patrocínio da Galp à Seleção Nacional de futebol – nomeadamente as campanhas ‘Menos Ais’ (2004), ‘A Carta’ (2012), ‘Vuvuzelas’ (2010); ‘Leva Portugal a Peito’ (2018) –, e a campanha de lançamento da Pluma (2006) estão entre os principais projetos que liderou, destaca a Galp.

Entre 2019 e 2022 fez uma pausa na carreira para levar a cabo o projeto 5 a Bombordo. Desempenhei aí a função mais importante da minha vida: fui esposa, mãe e professora, 24/24h durante mais de 3 anos”, diz, sobre o período em que gozou uma licença sem vencimento para fazer com o marido e os três filhos uma viagem de veleiro à volta do mundo.

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Mais de 10 mil incêndios florestais em 2022 representam aumento de 26% face a 2021

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

O número de incêndios florestais em 2022 ultrapassou as 10 mil ocorrências, um aumento de 26% face a 2021, sobretudo devido ao aumento de fogos de renovação de pastagens.

O número de incêndios florestais em 2022 ultrapassou as 10 mil ocorrências, um aumento de 26% face a 2021, sobretudo devido ao aumento de fogos de renovação de pastagens, não havendo nenhuma morte de civis a registar desde 2017.

De acordo com os dados apresentados esta sexta-feira do Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais de 2022, este foi um ano de seca, “com 60 dias nas piores classes de meteorologia“, havendo registo de 10.389 incêndios.

A redução do número de ocorrências consolida uma tendência iniciada em 2018, tendo sido de 46% face à média 2010-2019“, lê-se no documento. No entanto, o mesmo número significa um aumento de 26% face a 2021 “devido ao acréscimo de ocorrências de fogos de renovação de pastagens na primavera”.

Na apresentação do documento, o presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), responsável por coordenar e supervisionar a estratégia inscrita no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, salientou que nos últimos cinco anos, entre 2018 e 2022, o país conseguiu “evitar um desastre”.

“Zero vítimas fatais civis diretas dos incêndios, uma redução para metade do número de incêndios, incluindo nos dias de pior meteorologia, a área ardida reduziu-se para um terço da média histórica”, disse Tiago de Oliveira.

Na opinião do responsável, isso deveu-se não à redução do uso do fogo nos meses de verão, mas também ao reforço dos meios humanos e materiais.

Adiantou que nos últimos cinco anos baixou também o número de incêndios com mais de 500 hectares.

“Em 2022, 70% da área ardida foi causada por 29 incêndios, que tiveram mais de 500 hectares, quando habitualmente eram acerca de 40 a 50 incêndios que tinham mais de 500 hectares e este número reduziu-se”, apontou.

Acrescentou que a média histórica de área ardida reduziu para um terço, uma vez que rondava 3% do território nacional e agora está em 1%.

“Fruto deste esforço dos últimos 5 anos, observámos que 33% dos recursos humanos dedicados à prevenção e ao combate aumentaram 39% dos quais recursos terrestres e 23% dos recursos aéreos”, apontou o responsável, acrescentando que no ano passado o país investiu 62% do orçamento em prevenção contra 20% em 2017.

Tiago de Oliveira defendeu, por isso, que “o caminho está a ser feito”, mas tem de ser acelerado para que seja possível “evitar de facto um desastre”. “Este desastre é garantir que Portugal não arde da forma que ardeu em 2017 e não resultam em perdas de vidas que tivemos”, sublinhou.

Adiantou que o objetivo para o futuro passa por manter uma média anual de área ardida nos 60 mil hectares, apoiar uma gestão ativa dos recursos florestais, melhor regulação desses mesmos recursos, mais hectares geridos de forma sustentável e, sobretudo, conseguindo “reduzir para 80% o número de incêndios”, ou seja, cerca de 5 mil incêndios por ano.

“O que é desejável é que nós consigamos manter este sentido de urgência, manter a aposta da prevenção, não a cair na armadilha do combate”, defendeu, apesar de admitir que “os recursos de combate são sempre relevantes”.

No âmbito do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, defendeu “uma discussão sobre o propósito da floresta, sobre o sentido da propriedade e a questão do regime sucessório e também sobre a partilha dos benefícios entre quem produz madeira.

Tiago de Oliveira disse ainda que quer continuar “a chamar todos os portugueses”, porque trata-se de um “desafio coletivo” no sentido de melhor gerir a floresta e proteger melhor as pessoas.

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Parlamento chumba projetos para converter violação num crime público

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

O crime de violação mantém, assim, um caráter semipúblico. Deputados alargam o prazo durante o qual é possível apresentar queixa dos atuais seis meses para um ano.

O parlamento chumbou esta sexta-feira diversos projetos de lei para a passagem da violação a crime público e com dispensa de queixa, apesar de ter aprovado por unanimidade o reforço da proteção de vítimas de crimes contra a liberdade sexual. No plenário realizado na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda (BE) optou por retirar o seu diploma que previa que violação, coação sexual e abuso sexual de pessoa incapaz de resistência se tornassem crimes públicos.

Já o projeto de lei similar da Iniciativa Liberal (IL) foi a votos e acabou chumbado por PS, PSD e PCP, embora os liberais tenham recolhido votos favoráveis de BE, PAN, Chega e Livre, além de uma abstenção na bancada social-democrata. A mesma votação iria repetir-se em relação ao diploma do PAN para consagrar a natureza pública dos crimes de violação e de outros crimes contra a liberdade sexual.

O Chega viu também PS, PSD e PCP chumbarem o seu projeto de lei para alterar a legislação penal a fim de atribuir maior proteção às vítimas da criminalidade sexual. O diploma teve apenas os votos favoráveis de Chega, IL e PAN e as abstenções de BE, Livre e da deputada Joana Barata Lopes (PSD).

No entanto, o parlamento viria a aprovar por unanimidade o texto final da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias sobre o projeto de lei do PS para o reforço da proteção das vítimas de crimes contra a liberdade sexual, com consequentes alterações ao Código Penal e à lei de acesso ao Direito e aos tribunais.

Relativamente a esta matéria, o BE acabou por levar a plenário a votação na especialidade de três propostas de alteração, com emendas e aditamentos ao projeto do PS que foi trabalhado na primeira comissão. Porém, todas as propostas dos bloquistas foram rejeitadas.

O crime de violação mantém, assim, um caráter semipúblico, com o texto final hoje aprovado a estipular que, “quando o procedimento pelos crimes previstos nos artigos 163.º [coação sexual] e 164.º [violação] depender de queixa, o Ministério Público pode dar início ao mesmo, no prazo de um ano a contar da data em que tiver tido conhecimento do facto e dos seus autores, sempre que o interesse da vítima o aconselhe”.

O diploma trabalhado pela primeira comissão definiu também o alargamento do prazo durante o qual é possível apresentar queixa dos atuais seis meses para um ano. Ficou ainda definida a criação de uma ‘via verde’ no acesso ao direito, dispensando as vítimas da prova de insuficiência económica, à semelhança do que acontece com as vítimas de violência doméstica.

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Quadro de árbitros aumenta para 23. Vítor Ferreira despromovido

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Em maio, uma alteração ao regulamento de arbitragem passou a permitir que os árbitros pudessem continuar em atividade até aos 50 anos.

O quadro de árbitros de futebol da primeira categoria vai aumentar para 23, mais um do que em 2022/23, com quatro subidas, face à despromoção de Vítor Ferreira e o fim da carreira de Rui Costa e Manuel Mota.

Em comunicado, o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu conta das promoções de David Silva, da associação do Porto, e Iancu Vasilica, de Vila Real, que regressam à primeira categoria, e de Bruno Vieira, de Beja, e José Bessa, do Porto.

Vítor Ferreira, da associação de Braga, 21.º e último classificado na lista de árbitros C1 da época passada, foi despromovido à categoria inferior (C2), deixando o quadro, tal como Manuel Mota e Rui Costa, que, aos 46 e 47 anos, respetivamente, colocaram termo às suas carreiras, depois de terem terminado a temporada nos 20.º e 19.º postos.

Em maio, uma alteração ao regulamento de arbitragem passou a permitir que os árbitros pudessem continuar em atividade até aos 50 anoso atual limite está fixado nos 45 anos, podendo, face a essa alteração, prolongar-se até aos 50, caso o CA da FPF concorde.

O árbitro Nuno Almeida, da associação do Algarve, vai ser o mais velho do quadro nacional, com 47 anos, depois de ter sido o quarto classificado em 2022/23, atrás de Artur Soares Dias, primeiro, João Pinheiro, segundo, e Manuel Oliveira, terceiro.

Com sete árbitros, a associação do Porto é a mais representada no quadro, seguida de Lisboa, com quatro, Leiria e Braga, com dois cada, enquanto os restantes juízes são todos de estruturas regionais ou distritais diferentes. Contactada pela Lusa, fonte oficial da FPF confirmou que o quadro de videoárbitros (VAR) vai ser divulgado mais tarde.

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PRR vai apoiar 179 projetos de descarbonização. Empresas vão receber 500 milhões

O IAPMEI recebeu 1.886 candidaturas, tendo sido selecionadas 1.608 projetos. “À data, estão contratualizados 1.360 projetos, tendo sido efetuados adiantamentos no montante de 29,1 milhões de euros”.

Foram 179 os projetos escolhidos para receber apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para descarbonizar a indústria. Em causa está um investimento de 1,1 mil milhões de euros que irá receber um apoio de cerca de 500 milhões de euros.

“O processo de avaliação das candidaturas ao concurso para o Apoio à Descarbonização da indústria, culminou na seleção de 179 candidaturas, já notificadas, envolvendo um investimento elegível superior a 1,1 mil milhões de euros e um apoio de cerca de 500 milhões de fundos do PRR a contratualizar nas próximas semanas”, anunciou o Ministério da Economia, em comunicado.

As indústrias podiam tentar obter apoio para processos e tecnologias de baixo carbono, adoção de medidas de eficiência energética e incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia.

Estes apoios inserem-se na Componente 11 do PRR, no âmbito da qual “já abriram, até ao momento, três avisos: o primeiro para roteiros de descarbonização, destinado a associações empresariais e centros tecnológicos, e os dois seguintes destinados a empresas”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. Estas 179 candidaturas notificadas referem-se ao segundo aviso da C11, mas o primeiro dirigido às empresas.

“Este aviso tinha sido aberto com uma dotação total de 705 milhões de euros, dos quais 200 milhões estavam afetos preferencialmente a PME”, recordou a mesma fonte. De acordo com as regras, havia ainda 200 milhões “cuja aplicação estava dependente da superação de pelo menos 20% da meta de 300 projetos”. Uma meta que estava definida na bazuca como um dos marcos a alcançar.

Mas essa “meta não era passível de ser atingida” porque o número de candidaturas apresentado foi inferior a esse objetivo. Assim, o Governo decidiu abrir um segundo aviso dirigido às empresas. O então presidente do IAPMEI, Francisco Sá, anunciou no Parlamento que o novo aviso seria lançado no início de 2023, mas os prazos foram antecipados e o concurso acabou por abrir a 7 de novembro. Neste novo aviso foi incorporada a dotação remanescente de 200 milhões.

Recorde-se que este aviso tinha uma modalidade de projetos simplificados mais orientada para PME (para projetos até 200 mil euros). E cada empresa, além de poder apresentar uma candidatura aos projetos simplificados, também podia apresentar uma outra aos apoios do RGIC – Regulamento Geral de Isenção por Categoria. No entanto, cada candidatura tinha de abranger estabelecimentos diferentes para permitir a autonomização dos impactos ao nível da redução de gases de efeito de estufa e aferição do cumprimento da condição de redução média de, pelo menos, 30% das emissões diretas e indiretas de gases com efeito de estufa nas instalações industriais apoiadas.

O Ministério da Economia revelou ainda que, no âmbito da Componente 11, o IAPMEI recebeu 1.886 candidaturas, tendo sido selecionadas 1.608 projetos. “À data, estão contratualizados 1.360 projetos, tendo sido efetuados adiantamentos no montante de 29,1 milhões de euros”, precisou o comunicado da Horta Seca.

As empresas vão poder voltar a candidatar-se a apoios à descarbonização, porque, no âmbito da reprogramação do PRR – que ainda aguarda luz verde de Bruxelas – está previsto o reforço da C11 em mais 122 milhões de euros, o que “permitirá a abertura de um novo concurso no regime de projetos simplificados durante o quarto trimestre de 2023”, acrescenta o mesmo comunicado, sublinhando e face o sucesso da medida.

“A abertura do novo aviso, que será o terceiro dirigido a empresas, só será possível com o reforço da dotação decorrente da reprogramação, uma vez que não se espera que dos avisos anteriores resulte orçamento por aplicar”, acrescentou ao ECO fonte oficial.

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Direção-Geral do Património espera que Metro do Porto evite demolições de casas previstas na Linha Rubi

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Entre os projetos que podem ser demolidos está uma escola primária, desenhada por Fernando Távora, 4 edifícios na Rua Conde Dom Pedro e mais "dois edifícios a demolir na Rua Diogo Couto" em Gaia.

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) pressupõe, segundo respostas enviadas à Lusa, que o projeto da Linha Rubi evite demolições de casas numa Zona Especial de Proteção (ZEP) em Gaia, mas o mesmo prevê que venham a acontecer.

“O pressuposto da DGPC é que o Projeto de Execução fará o possível para se evitar as referidas afetações”, refere a entidade em resposta a questões da Lusa sobre as casas que a Metro do Porto prevê demolir na ZEP da Escola Básica do Cedro, em Vila Nova de Gaia, desenhada por Fernando Távora.

Porém, de acordo com os documentos do projeto, consultados pela Lusa, haverá “quatro edifícios a demolir na Rua Conde Dom Pedro” e “dois edifícios a demolir na Rua Diogo Couto”, inseridas na ZEP da Escola do Cedro, algo que os desenhos do mesmo também comprovam.

A escola primária construída entre 1958 e 1960 representa “um dos contributos pioneiros para o desenvolvimento da arquitetura contemporânea em Portugal”, segundo a portaria que estabeleceu aquele estabelecimento de ensino como monumento de interesse público, em 2013.

A demolição prevista resulta do facto de a Metro do Porto, após apresentar duas opções no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha Rubi (outubro de 2022), projetar a inserção do túnel do metro em Santo Ovídio através da chamada solução base, ao contrário da solução alternativa, que propunha o túnel ao longo da Rua António Rodrigues da Rocha, evitando as demolições, mas com um trajeto menos eficiente do ponto de vista ferroviário.

Nas respostas consultadas pela Lusa, a DGPC refere que “relativamente aos subsequentes procedimentos que o proponente se encontrará a desenvolver, como concursos para conceção do projeto de execução e respetivos estudos, a DGPC não tem qualquer conhecimento nesta fase, nem foi objeto de contacto por qualquer das eventuais partes envolvidas”.

“Nas fases preparatórias dos projetos, poderá haver algum tipo de solicitação de informação das bases de dados patrimoniais da DGPC por parte dos consultores de ambiente ou dos arqueólogos que venham a ser contratados para o desenvolvimento dos estudos ainda a realizar e a apresentar no RECAPE [Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução], mas não temos conhecimento que tal tenha já sucedido”, referiu a DGPC à Lusa.

A entidade salienta que “só com o Projeto de Execução desenvolvido e a respetiva fase de ‘Procedimento de verificação da conformidade do projeto de execução’ com a DIA é que, usualmente, a DGPC terá conhecimento concreto das soluções adotadas”, e aí se pronunciará.

A DGPC relembra que, no âmbito da Comissão de Acompanhamento do EIA, o seu parecer considerava “como sendo a menos desfavorável do ponto de vista do Património Cultural a Solução Alternativa proposta”, ao contrário do que veio a ser escolhido pela Metro do Porto, que optou pela solução base e pelas demolições dentro da ZEP.

No entanto, refere também que a DIA vai “no sentido de evitar as demolições a todo o custo, mas sem as excluir totalmente”, algo que é possível, em abstrato, em Zonas Especiais de Proteção, com decisões “fundamentadas na ausência de valor arquitetónico/patrimonial dos edifícios ou em função da sua irrecuperabilidade”.

Na segunda-feira, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, lembrou, numa resposta à Lusa, que a DIA recomenda “todos os esforços para evitar demolições ou, se tal for inviável, garantir as reconstruções”, frisando, no entanto, que “a escola não é afetada, estando o objeto da ZEP protegido”. No âmbito deste processo, a Lusa já questionou também a Agência Portuguesa do Ambiente e a Metro do Porto sobre as demolições e eventuais reconstruções, encontrando-se a aguardar resposta.

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Bancos e Estado lideram lista de credores da Soares da Costa. CGD é o maior credor

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

O valor reclamado ultrapassa os 550 milhões de euros, com os maiores credores a serem quatro bancos e a Segurança Social. O maior credor é a CGD, com 186,2 milhões de euros,

Os maiores credores da construtora Soares da Costa são bancos e o Estado, sendo que, no total, a lista de dívidas ascende a quase 600 milhões de euros, segundo documentos a que a Lusa teve acesso. Assim, o valor reclamado ultrapassa os 550 milhões de euros, com os maiores credores a serem quatro bancos e a Segurança Social.

No relatório do administrador de insolvência, Francisco Areias Duarte, é revelado que o maior credor é a Caixa Geral de Depósitos, com 186,2 milhões de euros, seguida do BCP, com uma dívida de 106,9 milhões de euros. O terceiro lugar é ocupado pelo BPI, instituição que reclama 40,9 milhões de euros e o quarto é o Bankinter, com 22,8 milhões de euros.

O quinto maior credor da Soares da Costa é a Segurança Social, com uma dívida de 20,5 milhões de euros. O relatório do administrador de insolvência identifica ainda dívidas à Autoridade Tributária de 5,8 milhões de euros. Na lista de credores, com quase 600 páginas, contam-se ainda outras instituições bancárias, como o Abanca, com uma dívida de quase 10 milhões de euros e o Bic (agora EuroBic) credor de mais de 11 milhões de euros.

O Santander Totta reclama quase sete milhões de euros à Soares da Costa, de acordo com a lista. Ainda segundo o relatório do administrador, “à data da insolvência, a empresa tinha cerca de 380 trabalhadores ao serviço” sendo que, explicou, como não foi apresentado um plano de recuperação, “todos os trabalhadores foram despedidos”.

Nas suas conclusões, e depois de examinar a situação da empresa, o administrador de insolvência disse que “a aprovação de um plano de insolvência não se afigura viável”, indicando que “o encerramento da empresa é irreversível” e recomendando que “se deve passar de imediato à liquidação do ativo, dada a existência de créditos a cobrar sobre clientes”.

A assembleia de credores da Soares da Costa aprovou esta sexta, em Vila Nova de Gaia, a liquidação dos ativos da empresa, avaliados em cerca de 20 milhões de euros, seguindo a indicação do administrador judicial.

“A proposta do administrador judicial, que sou eu, é no sentido de passarmos de imediato à liquidação do ativo, tendo em conta que com o produto da venda dos ativos que foram quantificados em perto de 20 milhões de euros, consigamos, num curto espaço de tempo, ressarcir a maior parte dos credores”, disse hoje aos jornalistas, no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), Francisco Areias Duarte.

O administrador judicial frisou que “a maior parte dos credores são os trabalhadores, e todos estes ativos, ou quase todos, serão para liquidar os créditos dos trabalhadores, que já há muito tempo estão a sofrer com esta situação”, sendo mais de 1.200 os que reclamam créditos.

“Há vários anos que a empresa não labora, propriamente dito, e então é urgente que se passe à liquidação do ativo e que possamos ressarcir os credores, fundamentalmente os credores trabalhadores”, vincou. Segundo Francisco Areias Duarte, os trabalhadores reclamaram, no total, 45 milhões de euros de créditos em dívida.

Em 13 de maio, tinha sido proferida pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia uma sentença de declaração de insolvência, depois de a empresa já ter tentado vários processos de recuperação nos últimos anos. A Soares da Costa foi fundada em 1918 e foi dos maiores construtores civis em Portugal, com presença no estrangeiro e empregadora de mais de oito mil trabalhadores.

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30% do aumento da receita fiscal e contributiva deveu-se à inflação, avança BdP

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Estudo do Banco de Portugal antecipa que o impacto do aumento da inflação seja ainda maior do que em 2022, devido à evolução dos salários e do deflator do Produto Interno Bruto (PIB).

O Banco de Portugal estima que, no ano passado, 30% do aumento da receita fiscal e contributiva se deveu à subida da inflação, segundo o estudo divulgado esta sexta-feira. De acordo com o banco central, do total do aumento da receita fiscal e contributiva em 2022, que ascendeu a 11.156 milhões de euros, houve 3.212 milhões de euros que resultaram da subida da inflação.

O maior impacto foi da receita do IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado), o imposto aplicado às vendas de produtos ou prestações de serviços em Portugal. Já no IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) e nas contribuições sociais, o BdP diz que “o efeito é menor dado que a diferença na variação dos salários entre 2021 e 2022 é inferior à observada nos preços do consumidor”.

Ainda no caso do IRS, diz o BdP que “este efeito mitiga o impacto da progressividade do imposto”. Para este ano, o estudo estima que o impacto do aumento da inflação seja ainda maior do que em 2022, devido à evolução dos salários e do deflator do Produto Interno Bruto (PIB).

A taxa de inflação foi de 7,8% em 2022, o valor mais elevado em 30 anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este ano, o BdP prevê que a taxa de inflação seja de 5,2%.

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Terceiro Governo de Costa já teve 13 baixas em apenas 16 meses

Já saíram dois ministros e 11 secretários de Estado desde que o Governo tomou posse, a 30 de março de 2022.

O Governo já completou pouco mais de um ano de mandato, mas nem todos os membros do Executivo original celebraram esse aniversário. Com a mais recente baixa, de Marco Capitão Ferreira, são já 13 as demissões desde a tomada de posse, a maioria após polémicas que tornaram inviável a continuidade dos protagonistas no elenco governamental.

“O primeiro-ministro apresentou ao senhor Presidente da República a proposta de exoneração do Secretário de Estado da Defesa Nacional, que lhe foi transmitida pela Ministra da Defesa Nacional, a pedido do próprio”, revelou o gabinete do primeiro-ministro na manhã desta sexta-feira. Marco Capitão Ferreira pediu para sair do Governo no dia em foi noticiado pelo Expresso que o governante contratou um “assessor fantasma” quando era presidente da holding das indústrias de Defesa. A demissão já foi aceite pelo Presidente da República e o governante demissionário, entretanto, foi constituído arguido no caso “Tempestade Perfeita”, suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.

A anterior saída do Governo tinha ocorrido nos primeiros dias de 2023: substituindo Rui Martinho como secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves tinha sido empossada pelo Presidente da República em janeiro, mas a polémica “estalou” depois de o Correio da Manhã ter noticiado que a nova governante tinha várias contas bancárias arrestadas na sequência de uma investigação judicial envolvendo o marido, Américo Pereira, ex-presidente da Câmara de Vinhais. Carla Alves viria a ocupar o cargo durante 24 horas, tendo sucumbido à pressão e pedido a demissão.

Todos somado, foram já 13 os membros do Governo – o terceiro de António Costa – que deixaram funções desde a tomada de posse do elenco inicial em março de 2022. Entre estes, encontram-se dois ministros: Marta Temido, que deixou a pasta da Saúde em agosto depois da sucessão de casos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), particularmente nas urgências de obstetrícia; e Pedro Nuno Santos, que era ministro das Infraestruturas e Habitação e que apresentou a demissão no final do ano passado.

O “tiro de partida” das saídas do Governo foi dado por Sara Guerreiro, secretária de Estado das Migrações, que pediu a demissão por motivos de saúde 33 dias depois de ter tomado posse. Já António Lacerda Sales e Maria de Fátima Fonseca saíram em conjunto com a então ministra da Saúde, Marta Temido.

Em novembro, deu-se a saída de Miguel Alves, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, por ter sido acusado do crime de prevaricação pelo Ministério Público no âmbito de um processo que nasceu da Operação Teia.

Seguiram-se Rita Marques e João Neves, secretários de Estado que foram demitidos pelo ministro da Economia, António Costa Silva. A decisão que levou à demissão dos secretários de Estado da Economia teve a ver com divergências com o ministro, nomeadamente em relação à política fiscal que o Governo deve seguir para as empresas.

Já o caso de Alexandra Reis tornou-se bastante falado nos últimos tempos, tendo levado à criação da comissão de inquérito à TAP. Foi em dezembro que o ministro das Finanças demitiu a então secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, depois de ser divulgada a resposta da administração da TAP e os detalhes da rescisão do contrato que levou a que recebesse 500 mil euros de indemnização. Grande parte do dinheiro foi, entretanto, devolvida pela própria.

Este caso ainda está a ter consequências, tendo já levado, direta ou indiretamente, a várias demissões. Apesar disso, o primeiro-ministro tem dito que apenas quer retirar conclusões da comissão de inquérito à TAP após a votação do relatório, dia 19 de julho.

O número de demissões podia ter sido superior, tivesse o primeiro-ministro aceitado o pedido de demissão de João Galamba, atual ministro das Infraestruturas, na sequência do caso que ficou conhecido por “Galambagate”. A decisão de Costa de não aceitar a demissão do ministro abriu um conflito institucional entre São Bento e Belém.

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Prazo para inscrever alunos no 5.º ano vai ser alargado

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Ministério da Educação explicou que "há um problema informático que está a ser resolvido" e que "o prazo das matrículas vai ser alargado".

O Ministério da Educação decidiu alargar o prazo de inscrição dos alunos que transitam para o 5.º ano, devido a um problema informático que está a impedir os encarregados de educação de fazer a matrícula.

A inscrição dos alunos que terminaram o 4.º ano começou na quinta-feira e tinha como prazo limite o dia 10 de julho, segunda-feira, mas vários encarregados de educação relataram à Lusa que o portal das matrículas está a bloquear a meio, não permitindo concluir o processo.

Questionado pela Lusa, o gabinete do Ministério da Educação explicou que “há um problema informático que está a ser resolvido” e que “o prazo das matrículas vai ser alargado”. Sobre as novas datas, o ministério explicou que estão dependentes da “garantia de resolução do problema por parte da empresa informática” e que nessa altura “serão indicados os novos prazos para compensação do tempo em que o Portal esteve inoperacional”.

Várias famílias contaram esta sexta-feira à Lusa que não estavam a conseguir inscrever as crianças que transitam para o 5.º ano, uma informação que foi confirmada pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Segundo a presidente da Confap, Mariana Carvalho, algumas famílias estão “a aguardar para ver se, durante o dia de hoje, conseguem finalmente fazer a inscrição”.

As matrículas são exigidas para os alunos que mudam de ciclo de ensino ou que pretendam mudar de escola e, neste momento, estão a decorrer apenas as inscrições dos estudantes que vão para o 5.º ano.

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