Portugal iguala Espanha e Malta com consumo per capita de 85% face à média europeia

Apesar do avanço de um ponto percentual em relação a 2021, Portugal surgiu com o 9.º CIE per capita mais baixo da região, em ex-áqueo com Espanha e Malta, numa lista liderada pelo Luxemburgo.

Portugal igualou Espanha e Malta com um consumo individual efetivo (CIE) per capita de 85% em relação à média da União Europeia (UE) em 2022, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

Apesar do avanço de um ponto percentual em comparação com o ano anterior, Portugal surge com o 9.º CIE per capita mais baixo da região, em ex-áqueo com os espanhóis e malteses, numa lista liderada pelo Luxemburgo (138%), Alemanha (119%) e Áustria (118%).

O CIE refere-se aos bens e serviços efetivamente consumidos pelas famílias em determinado período, independentemente de terem sido adquiridos e pagos pelas famílias, governo ou instituições sem fins lucrativos.

Embora o PIB per capita seja um indicador importante para avaliar o nível de riqueza de cada país, o CIE per capita pode ser mais útil para avaliar o bem-estar dos consumidores em relação aos outros países.

Na UE, o CIE variou entre 67% (Bulgária continua na cauda da região) e 138% (Luxemburgo, que se mantém na liderança) no ano passado. Foram nove os países onde CIE superou a média europeia.

Além dos consumidores luxemburgueses, alemães e austríacos, também Suécia (108%), França (109%), Finlândia (109%), Dinamarca (111%), Bélgica (115%) e Países Baixos (116%) apresentaram índices de consumo acima da média.

Quanto a Portugal, foi nos anos de 2005 e 2006 em que mais se aproximou da média da UE, anos em que o CIE esteve “apenas” oito pontos aquém dos pares europeus.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ISEP desenvolve modelo de mercado de eletricidade que permite redução de 15% na fatura

Investigadores do ISEP desenvolveram um novo modelo de mercado de eletricidade 100% limpo. Permite que uma família reduza em 15% a sua fatura de luz.

Um grupo de investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) está a desenvolver “inovadores” modelos de mercados de eletricidade, capazes de responder às necessidades da sociedade, assentes num sistema de energia 100% renovável, avança ao ECO/Local Online a instituição de Ensino Superior. Este projeto, denominado TradeRES, permite a uma “família convencional — quatro pessoas por habitação — reduzir em até 15% os custos da conta de energia, adotando as abordagens de mercado inovadoras propostas”.

Estes são os resultados preliminares deste projeto que “desenvolve, estuda e promove novas abordagens e modelos de mercado de eletricidade para suportar a operação do sistema elétrico 100% baseado em produção com origem em fontes renováveis“. Este projeto incentiva operações e investimentos eficientes, assegurando o “fornecimento estável de eletricidade, mantendo os custos baixos e distribuindo os riscos de forma justa”.

“Ao adotar este sistema, uma família pode ver a sua fatura da luz reduzida em 15%“, garante o ISEP.

Ao adotar este sistema, uma família pode ver a sua fatura da luz reduzida em 15%.

Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

Segundo o instituto do Porto, os modelos de mercado tradicionais, nomeadamente ao nível de mercado grossista, onde se transaciona a maior parte da energia elétrica, “foram desenhados há várias décadas e mantêm-se praticamente estáticos”. Mais, aponta, “nestes mercados, as ofertas de compra e venda de energia são efetuadas com um dia de antecedência, o que torna impossível compreender estimativas realistas da produção de energia disponível no dia seguinte. Isto leva ao desperdício de uma enorme parte da produção proveniente de fontes de energia renovável”.

Entre os diferentes níveis de mercado contemplados no modelo de mercado desenvolvido consta o continental (europeu), o regional (por exemplo, o ibérico), e o local. O propósito é desenvolver novas formas de garantir o aproveitamento completo da energia renovável e incentivar o seu uso.

O encurtamento do horizonte das ofertas em mercado — de um dia de antecedência para apenas alguns minutos –, a redução da dimensão dos períodos de negociação — de períodos de horas para minutos — e a incorporação de modelos que permitem lidar com as incertezas da produção e a sua variabilidade são algumas das mais-valias destes modelos propostos neste projeto TradeRES.

“Na verdade, a operação do sistema elétrico baseado em fontes como o vento — que varia constantemente e de forma por vezes abrupta — requer que outras fontes sejam conjugadas de forma otimizada para que não falte energia em cada instante”, afirma Zita Vale, responsável pelo projeto no ISEP. Ora, sublinha a investigadora, “o consórcio do TradeRES combina esforços de grupos de investigação, bem como universidades, uma grande concessionária de energia elétrica, uma empresa de otimização da gestão de energia e uma empresa de previsão de produção de energia renovável, num total de seis países europeus” refere Zita Vale, responsável pelo projeto no ISEP.

Nestes mercados [tradicionais] as ofertas de compra e venda de energia são efetuadas com um dia de antecedência, o que torna impossível compreender estimativas realistas da produção de energia disponível no dia seguinte. Isto leva ao desperdício de uma enorme parte da produção proveniente de fontes de energia renovável.

ISEP

Na prática, este novo modelo diferencia-se pela elevada integração de fontes de energia renovável em mercado suportada pelo desenvolvimento de novos modelos de mercado eficientes, testados e validados num ambiente de simulação sofisticado.

“O TradeRES destina-se aos consumidores, grandes e pequenos produtores de energia, operadores de rede e legisladores, envolvendo-os nas várias fases do projeto desde o desenho dos novos modelos de mercado, assim como dos modelos de otimização e simulação, garantindo a aceitação social dos resultados da investigação”, explica o ISEP.

O modelo está desenvolvido e entrou em fase final de testes. Está numa etapa de desenvolvimento e teste de alternativas para diferentes tipos de mercados de eletricidade que possam atender às necessidades da sociedade num sistema de energia quase 100% baseado em fontes renováveis. Existem, por isso, três etapas diferentes: modelar e simular novos agentes, procedimentos e mecanismos de mercado; desenvolver ferramentas de acesso aberto e analisar mercados de eletricidade com quase 100% de energia renovável; por último, envolver as principais partes interessadas no desenvolvimento, melhoria e uso das novas ferramentas de simulação de mercado.

O Grupo de Investigação em Engenharia e Computação inteligente para a Inovação e o Desenvolvimento (GECAD), do ISEP, integra o projeto TradeRES, financiado pelo programa de Investigação e Inovação Horizonte 2020 da Comissão Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal Sotheby’s Realty arranca com recrutamento de líderes. Tem 20 vagas

A nova equipa fará duplicar a estrutura comercial atual da Portugal Sotheby’s Realty e pretende dar resposta ao crescimento e expansão da empresa. O processo de recrutamento já está a decorrer. 

A Portugal Sotheby’s Realty acaba de lançar o Leadermaker, um programa nacional de recrutamento de líderes com o objetivo de encontrar os diretores comerciais mais bem preparados para integrar na imobiliária residencial de luxo. A nova equipa fará duplicar a estrutura comercial atual da Portugal Sotheby’s Realty e pretende dar resposta ao crescimento e expansão da empresa. O processo de recrutamento já está a decorrer e contempla 20 vagas, sabe o Trabalho by ECO.

“Mais do que diretores comerciais, procuramos os próximos líderes do mercado imobiliário de luxo, com dedicação, espírito de equipa e foco em resultados. Um diretor comercial tem a enorme responsabilidade de recrutar, formar e acompanhar os brokers por isso está na linha da frente da atividade da empresa”, afirma Miguel Poisson, CEO da Portugal Sotheby’s Realty.

A imobiliária procura candidatos entre os 28 e os 40 anos, com experiência mínima de dois anos na liderança e gestão de equipas, e, preferencialmente, com licenciatura nas áreas de Gestão, Economia ou Engenharia.

“A experiência em funções comerciais é recomendável (sendo valorizado o percurso no setor da mediação imobiliária), assim como conhecimentos básicos de informática (Excel, Word e Power Point). Já o domínio de idiomas – em particular da língua inglesa – é considerado fator essencial”, detalha a empresa em comunicado.

O processo de recrutamento é para todos os escritórios: Lisboa, Cascais, Porto, Algarve e Madeira. A primeira fase, de candidaturas, já está a decorrer e daí segue-se a fase a entrevistas. O processo de recrutamento irá culminar no Assessment Day, que acontecerá a 27 de junho.

Miguel Poisson é o CEO da Portugal Sotheby’s RealtyHugo Amaral/ECO

O programa decorre durante todo o dia, começando às 9h e prolongando-se até à tarde, e conta com apresentações, conversas, exercícios de grupo entre outras atividades. O objetivo é proporcionar o maior contacto com a estrutura da empresa, estando para isso presentes consultores de operações, assim como algumas das lideranças de topo.

Presente em Portugal desde 2007, a Sotheby’s International Realty é uma empresa britânica histórica que atualmente está em 81 países, detendo cerca de mil escritórios e colaborando com 26 mil brokers.

Os interessados podem submeter a sua candidatura através deste link.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

KPMG e Politécnico de Setúbal assinam protocolo nas áreas da formação e recrutamento

Um dos principais resultados desta parceria será a criação de um prémio de mérito, a atribuir aos melhores estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal.

A KPMG Portugal e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) assinaram um protocolo de cooperação que prevê a promoção de iniciativas nas áreas da formação, recrutamento e partilha de conhecimento entre as duas organizações.

Através da parceria, os melhores estudantes dos cursos de Contabilidade e Finanças e de Gestão de Recursos Humanos do IPS vão ser reconhecidos com um prémio de mérito, materializado através da sua integração na KPMG, e do pagamento da propina anual dos mestrados ministrados pelo IPS nestas áreas.

O protocolo prevê igualmente a participação da KPMG em atividades de promoção da empregabilidade organizadas pelo IPS, entre as quais feiras de emprego, debates ou speed interviews, bem como um contributo significativo na formação dos estudantes do IPS, através, por exemplo, da realização de estágios profissionais.

“Na KPMG Portugal acreditamos que a proximidade entre as empresas e a academia é fundamental para o desenvolvimento económico do nosso país. O protocolo com o Instituto Politécnico de Setúbal é mais um importante passo na concretização desta nossa visão e permite-nos contribuir de uma forma direta para a capacitação dos seus talentosos estudantes e beneficiar do enorme conhecimento académico de todos os seus docentes”, afirma Vítor Ribeirinho, CEO e Chairman da KPMG Portugal, citado em comunicado.

Para a presidente do IPS, Ângela Lemos, “este protocolo com a KPMG enquadra-se na política institucional de reforço na relação com o tecido empresarial, permitindo, para além da transferência de conhecimento e tecnologia, dinamizar uma relação de proximidade com os nossos estudantes e diplomados. Esta relação será concretizada através da participação em workshops, aulas abertas e em formações, bem como na realização de estágios curriculares ou extracurriculares. A aposta nesta estratégia constitui um importante contributo para a empregabilidade dos nossos diplomados, assim como para a realização de projetos de investigação envolvendo os profissionais da KPMG e os estudantes e docentes do IPS”.

A assinatura do protocolo contou com a presença de Vítor Ribeirinho, CEO e chairman da KPMG Portugal, Ângela Lemos, presidente do IPS, André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pardal, diretor da Escola de Ciências Empresariais do IPS, e Carlos Mata, vice-presidente do IPS.

A KPMG assume-se com um dos maiores empregadores a nível nacional e desde outubro de 2022, já integrou mais de 300 novos colaboradores na sua estrutura, com vários processos de recrutamento em aberto que podem ser consultados através deste link.

Em entrevista ao ECO/Pessoas, Catarina Azevedo, que assumiu a gestão de pessoas da consultora em junho, admitiu que a empresa pretende “contratar mais 500 pessoas até final de setembro” na área de advisory (que implica tecnologia, management consulting e deal advisory), seguida de auditoria e tax.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Instituto do Porto cria plataforma para reutilizar excesso de energia térmica

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

A plataforma online EMB3Rs permite "analisar de forma integrada diferentes soluções de aproveitamento de calor residual”, fazendo a correspondência entre quem produz e quem consome.

O Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), no Porto, desenvolveu uma plataforma que apresenta soluções para recuperar, converter, transportar e reutilizar o excesso de energia térmica, aproximando consumidores e produtores.

Em comunicado, o instituto do Porto afirma que no setor industrial há empresas que geram calor em excesso e outras que procuram calor para utilizar nos seus processos industriais, mas também consumidores que procuram aquecer as suas casas.

“Agora há uma maneira de se encontrarem”, refere o INEGI, destacando a plataforma online EMB3Rs, que, desenvolvida pelos seus investigadores, permite “analisar de forma integrada diferentes soluções de aproveitamento de calor residual”, fazendo a correspondência entre quem produz e quem consome.

A plataforma, que é gratuita, resulta de um projeto com o mesmo nome liderado pelo INEGI, que tinha como objetivo “melhorar a competitividade das indústrias com utilização intensiva de energia na Europa”.

O projeto, financiado pelo programa Horizonte 2020 em cerca de quatro milhões de euros, reuniu 16 entidades de oito países europeus.

Citada no comunicado, a responsável pelo projeto no INEGI, Mafalda Silva, explica que o calor residual é “um subproduto resultante de processos produtivos” que, por várias vezes, “é libertado na atmosfera ou segue para torres de refrigeração”.

No entanto, salienta Mafalda Silva, “existem tecnologias que permitem evitar este desperdício e reutilizar essa energia”.

Dando como exemplo uma empresa de produção de vidro que usa fornos de alta temperatura para derreter as matérias-primas, o INEGI afirma que, com a nova plataforma, a empresa pode descobrir como reutilizar o calor noutros processos dentro da própria fábrica ou com um fabricante vizinho, por exemplo, de móveis, que precisa de calor para secar a madeira antes do processamento.

“O reaproveitamento é importante para a eficiência energética e consequente rentabilidade financeira”, salienta Mafalda Silva, destacando também a importância do reaproveitamento a nível ambiental, “já que 80% desta energia é de origem fóssil”.

Com o intuito de aproximar produtores e consumidores, a plataforma apresenta “as melhores soluções”, permitindo aos utilizadores explorar de forma autónoma as soluções possíveis para “rentabilizar a energia em excesso”.

Ao reduzir o tempo necessário à realização de estudos de viabilidade técnica e económica, o instituto salienta que este é “um recurso ideal para as pequenas e médias empresas (PMEs) que tipicamente têm menores recursos para investir”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IP investe quatro milhões para reabilitar ponte sobre o Rio Zêzere

A obra, que tem um prazo de execução de 420 dias, irá garantir a reforço das condições de circulação e segurança da travessia que liga os concelhos de Vila de Rei e Ferreira do Zêzere.

A Infraestruturas de Portugal (IP), 28 anos depois da inauguração da ponte sobre o Rio Zêzere, vai dar início à empreitada de reabilitação e reforço estrutural da ponte que liga os concelhos de Ferreira do Zêzere, no distrito de Santarém, e de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco. Em causa está um investimento de quatro milhões de euros.

O projeto foi consignado na passada quarta-feira, dia 14 de junho e tem um prazo de execução de 420 dias. A Ponte sobre o rio Zêzere, sobre a albufeira de Castelo de Bode, tem uma altura de 100 metros acima do leito do rio e uma extensão total de 385 metros, de acordo com a IP. A ponte caracteriza-se ainda por ser uma estrutura em arco e possuir um vão de 224 metros.

No âmbito da empreitada serão desenvolvidos trabalhos de limpeza geral da obra, com projeção de jato de água, substituição e reparação de aparelhos de apoio, tratamento da fendilhação, zonas porosas e delaminação por corrosão na face inferior da laje, das vigas e das carlingas, impermeabilização e pavimentação do tabuleiro, tensionamento dos cabos de pré-esforço e pintura geral da ponte.

A ponte sobre o rio Zêzere foi inaugurada a 26 de março de 1995 por Cavaco Silva que era na altura o primeiro-ministro. Já na altura, o ex primeiro-ministro dizia em declarações à RTP que “o investimento em vias de comunicação deve continuar no futuro”. A inauguração desta ponte veio aproximar os distritos de Santarém e Castelo Branco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

3º episódio das Conversas Com Talento: Política

  • Conteúdo Patrocinado
  • 20 Junho 2023

Neste episódio das "Conversas Com Talento" da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, reúnem-se diferentes gerações para discutir a experiência na política e as semelhanças que encontram com a advocacia.

No 3º episódio desta série da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, ouvimos o testemunho entusiástico de três advogados pela sua atividade na política. Cecília Meireles, Clara de Sousa Alves e Pedro Silva e Sousa juntam-se para debater sobre a importância da defesa de causas, tanto no plano político, como na advocacia.

Para Cecília Meireles: “o principal motivo é a defesa de causas”, acreditando sempre que “uma ideia bem defendida pode mudar o curso das coisas”.

Clara de Sousa Alves destaca também a importância da proximidade das pessoas na política: “a política faz-nos estar de certa forma, próximos das pessoas, perceber quais são os seus reais problemas”.

Pedro Silva e Sousa defende que na política “independentemente do quadrante ideológico” as pessoas procuram “defender o bem comum”.

Saiba mais e subscreva as Conversas com Talento da Cerejeira Namora, Marinho Falcão AQUI.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Agricultura defende que acordo UE-Mercosul deve contemplar “boas práticas” agrícolas

  • Lusa e ECO
  • 20 Junho 2023

Maria do Céu Antunes apela a que o acordo seja feito "o mais rápido possível" e adiantou que Portugal vai contar com um adido agrícola em Brasília.

A ministra da Agricultura de Portugal afirmou que o acordo comercial entre os blocos da União Europeia (UE) e Mercosul deve ser “feito o mais rápido possível”, mas que tem de contemplar “boas práticas” agrícolas.

“Todo um conjunto de condições que devem ser exploradas, que devem ser trabalhadas e, nomeadamente, com transparência mostrar boas práticas que equiparem aquilo que é feito pelos agricultores europeus e que é feito pelos agricultores noutros pontos do mundo“, afirmou, na segunda-feira, à Lusa, Maria do Céu Antunes, em Brasília, após uma reunião com o homólogo brasileiro, Carlos Fávaro.

Ainda assim, a ministra da Agricultura frisou que “Portugal sempre demonstrou a sua concordância a este acordo”. “Nós achamos mesmo que a União Europeia, não sendo autossuficiente”, tem de “criar as relações sólidas com outros países, com outros estados”, disse.

Nós defendemos que o acordo seja feito o mais rápido possível, mas também há espaço para que, do ponto de vista bilateral, as coisas venham a acontecer“, acrescentou.

Maria do Céu Antunes esteve no Brasil desde quinta-feira, com uma agenda que incluiu, entre outros, encontro com empresas do setor agroalimentar no Consulado-Geral de Portugal em São Paulo, reunião com responsáveis da Confederação Nacional de Agricultura, num evento de promoção de vinhos portugueses e, em Brasília, uma reunião com Carlos Fávaro.

Numa destas reuniões, de acordo com um comunicado da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) do Brasil, a diretora de Relações Internacionais, Sueme Morri, relatou “a preocupação do agro brasileiro com as legislações europeias discutidas à margem do acordo, como a Lei Antidesmatamento”.

É muito importante ter um parceiro como Portugal apoiando um acordo ao qual nem todos os países do bloco são favoráveis. Os laços históricos que os dois países compartilham reforçam esse relacionamento”, acrescentou a responsável brasileira, de acordo com a mesma nota.

Também na segunda-feira, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse que aproveitará o encontro na quinta-feira com o homólogo francês, Emmanuel Macron, para discutir as exigências ambientais da UE nas negociações com o Mercosul.

“Vou almoçar com Macron e eu quero discutir com Macron a questão do Parlamento francês que aprovou o endurecimento do acordo Mercosul e União Europeia”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva no seu programa semanal nas redes sociais e na TV Brasil, antes de embarcar para o périplo europeu que se inicia esta terça-feira e no qual se reunirá também com o Papa Francisco e o Presidente de Itália, Sergio Matarella.

“A União Europeia não pode tentar ameaçar o Mercosul, de punir o Mercosul, se não cumprir isso ou aquilo. Se somos parceiros estratégicos vocês não têm que fazer ameaça. Isso eu vou conversar muito com o Presidente de França”, frisou Lula da Silva.

Estas afirmações acontecem numa altura em que a UE aguarda contrapropostas do Mercosul (do qual fazem parte Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) ao instrumento de garantias ambientais proposto pelos europeus nas novas negociações do acordo comercial que ambos os blocos assinaram em 2019 e que está pendente de ratificação.

Enquanto a UE exige garantias de que não importará produtos do Mercosul que contribuam para a desflorestação ou para as alterações climáticas, alguns membros do Mercosul, como o Brasil, pedem para renegociar o que já foi acordado sobre compras governamentais.

Portugal terá adido agrícola no Brasil para resolver entraves comerciais

Também na segunda-feira, a ministra da Agricultura de Portugal anunciou que o país terá um adido agrícola no Brasil para resolver entraves comerciais apontados por empresários portugueses do setor e para “potenciar o mais possível” as relações comerciais bilaterais.

Pela primeira vez, o Ministério da agricultura de Portugal vai ter um adido da agricultura” em Brasília de forma a “potenciar o mais possível aquilo que são as relações comerciais”, afirmou, à Lusa, Maria do Céu Antunes, após a reunião com o homólogo brasileiro. “Durante o verão isso vai acontecer” garantiu a ministra.

Durante a reunião, Carlos Fávaro disse que o Brasil terá “mais 10 adidos em vários países”, um dos quais poderá ser Portugal, adiantou a ministra portuguesa.

“Queixaram-se os nossos empresários de um excesso de burocracia, nomeadamente de não terem um interconetor direto dentro Ministério da Agricultura do Brasil” para resolverem entraves que se arrastam há meses e há anos, recordou a ministra.

Para além disso, no acesso ao mercado por parte dos viticultores, um dos maiores setores de exportação portuguesa para o gigante sul-americano, existem ainda “taxas demasiado altas e são muitas vezes proibitivas para quem exporta” e que, por vezes, correm o risco de verem os seus produtos falseados ao chegarem ao mercado brasileiro, salientou.

Por essa razão, para além do adido agrícola que chegará no verão a Brasília, o Governo comprometeu-se a trabalhar de forma mais próxima com o setor.

Ainda sobre a reunião entre os dois ministros, Maria do Céu Antunes disse ter pedido a Carlos Fávaro um “ponto focal” do Ministério da Agricultura do Brasil para trabalhar com o Governo português e com a embaixada de Portugal em Brasília “de forma muito efetiva” as questões comerciais agrícolas entre os dois países.

Em comunicado, o ministro brasileiro frisou que o Brasil tem “a missão de resgatar as relações comerciais” para “abrir novas oportunidades tanto para brasileiros como para os portugueses”, disse.

O Ministério da Agricultura do Brasil garantiu ainda que “trabalha fortemente para combater a fraude e a pirataria de produtos agropecuários, como o azeite”.

De acordo com dados do Governo brasileiro, o comércio entre Brasil e Portugal foi de aproximadamente 4,82 mil milhões de euros em 2022, um aumento de 50,8% em relação ao ano anterior.

Deste valor, o Brasil vendeu para Portugal produtos avaliados em 3,91 mil milhões de euros, com os produtos agrícolas a representarem 20% do total exportado.

Já os produtos agrícolas portugueses representam cerca de 45% do total exportado para o Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conversas de Praia. MOCHE com NERVO no MEO Sudoeste: um case de crescimento partilhado

  • Conteúdo Patrocinado
  • 20 Junho 2023

A terceira temporada das Conversas de Praia começa com um um case de crescimento partilhado: MOCHE com NERVO no MEO Sudoeste.

As Conversas de Praia são uma iniciativa promovida pelo WYgroup desde 2021, em parceria com o ECO, que pretendem abordar temas transversais da atualidade, como tecnologia, comunicação, inovação e media, em conversas descontraídas (quase) com o pé na areia.

MOCHE com NERVO no MEO Sudoeste: um case de crescimento partilhado, juntou à conversa Luís Montez, Música do Coração; Miguel Guerra, MEO / ALTICE; Miguel Pires e Tiago Tarracha da NERVO, com a moderação de Ana Filipa Rosa.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD quer eliminar propostas “mais danosas” para AL em acordo com o setor

  • Lusa e ECO
  • 20 Junho 2023

Entre as propostas a eliminar estão a contribuição extraordinária para o setor, o agravamento do IMI e o alargamento generalizado a todo o país da intransmissibilidade dos registos para AL.

O PSD apresentou propostas de alteração e eliminação às iniciativas “mais danosas” do Governo sobre Alojamento Local, como a contribuição extraordinária ou a caducidade dos registos em 2030, com acordo da “principal associação representativa do setor”, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

Em comunicado, os sociais-democratas dizem ter mantido “um diálogo aberto e construtivo com os vários agentes do setor”, incluindo a ALEP, “em flagrante contraste com a incapacidade de diálogo com o Governo”.

O Governo socialista parece estar a querer ‘condenar à morte’ o Alojamento Local em Portugal“, critica o partido, dizendo partilhar com a ALEP o diagnóstico de que as medidas do Executivo “violam o direito de propriedade privada e a livre iniciativa privada” e colocam em causa a viabilidade de um setor “que teve e tem um contributo fundamental para a atividade económica e o emprego em Portugal”.

Depois de aprovados na generalidade o pacote do Governo ‘Mais Habitação’ e diplomas do PSD, a votação na especialidade arranca na quarta-feira no grupo de trabalho criado no âmbito da comissão parlamentar de Economia.

O PSD vai propor a eliminação das propostas do Governo que considera “mais danosas para o Alojamento Local”: a contribuição extraordinária para o setor, o agravamento do IMI para este tipo de imóveis, o alargamento generalizado a todo o país da intransmissibilidade dos registos de alojamento local, bem como a caducidade dos registos em 2030 “e incerteza sobre eventual renovação”.

No comunicado, o partido reitera que, “caso o Partido Socialista insista em fazer aprovar agora essas medidas danosas, o próximo Governo do PSD revogará tais medidas danosas quando iniciar funções”.

Na discussão na especialidade, o PSD vai ainda apresentar propostas de alteração aos diplomas do Governo para procurar “regular o AL com moderação, razoabilidade e sustentabilidade”.

Os sociais-democratas propõem que, “quando uma assembleia de condóminos se oponha à existência de AL, o presidente da Câmara Municipal possa submeter a situação a mediação, com acordo das partes“, bem como prever que uma assembleia de condóminos ou a Câmara Municipal “possa exigir que os AL disponham de mecanismos de controlo de ruído e/ou linha telefónica 24 horas para reclamações e emergências”.

O PSD propõe ainda, como propostas de alteração aos diplomas do Governo, que a definição de novas áreas de contenção e a avaliação periódica das existentes “se tenha de basear em estudo que avalie concentração e impactos”, determinando ainda que estas avaliações periódicas “passem a ser feitas no mínimo de três em três anos”.

O partido propõe ainda criar na lei uma nova figura de “áreas de crescimento sustentável”, que permitiria às autarquias “estabelecer algumas exigências de sustentabilidade aos AL (estado mínimo de conservação ou de eficiência energética) ou de que os imóveis em causa não tenham sido objeto de arrendamento urbano nos dois anos anteriores ao pedido de registo”.

Montenegro insta PS a corrigir propostas

Entretanto, também esta terça-feira, o líder do PSD reafirmou o compromisso de revogar as medidas anunciadas pelo Governo para o alojamento local, pedindo ao PS que “possa corrigir parte dos erros que tem nestas propostas”, ainda que sublinhe que não tem “esperança que o faça na totalidade”, disse Luís Montenegro, em Setúbal.

“Espero sinceramente que esta atividade possa subsistir a este ataque do Governo e do Partido Socialista, para que, num futuro próximo, nós possamos reencontrar-nos e dar ao alojamento local a dignidade e as condições de operacionalidade que são importantes para criar emprego, para criar oferta, para termos uma atividade regulada e não aquilo que tínhamos antes de haver o alojamento local como nós o conhecemos hoje”, acrescentou.

Luís Montenegro defendeu ainda que que o alojamento local não prejudica o setor da habitação. “Há dez, quinze anos atrás, os edifícios de alojamento local, a maior parte deles, estavam abandonados, deteriorados, sem nenhum tipo de ocupação”, disse o líder do PSD, assegurando que também havia muitas operações de alojamento local, mas que não eram declaradas e que, por isso, ficavam “fora do crivo das regras de salubridade, regras de fiscalidade, regras de condições que são dadas aos clientes do alojamento local”.

“Estou hospedado no alojamento local, como, aliás, faço sempre que venho passar estas semanas da iniciativa Sentir Portugal aos distritos, e posso comprovar que, por exemplo, o edifício que eu estou a usar esta semana não teria sido reabilitado se não tivesse tido esta finalidade. É um erro pensar-se que aquela reabilitação teria ocorrido para fins habitacionais, porque não era rentável”, frisou Luís Montenegro.

O líder do PSD, que durante a viagem de `ferry-boat´ entre Setúbal e Troia também defendeu a inclusão daquele percurso fluvial no passe Navegante, tinha à sua espera, do outro lado do rio, o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda.

“O erro [do Governo] começa ao associar o alojamento local no pacote Mais Habitação, ao inserir a discussão de um setor tão importante, com tantas questões aprofundadas que exigem um outro tratamento no pacote Mais habitação. O alojamento local não é o problema nem é a solução para a habitação”, disse Eduardo Miranda.

“Foi uma opção do Governo. O Governo avançou, apresentou a sua proposta ao Parlamento, mas também deixou a indicação que seria esse o momento, no parlamento, para debate, para discussão. A nossa associação não apresenta leis e, por isso, fomos conversar com os partidos e ver qual era a sensibilidade daqueles partidos que estariam interessados em aprofundar o tema”, acrescentou.

Segundo Eduardo Miranda, o PSD mostrou interesse e abertura para tentar encontrar soluções e apresentar uma proposta alternativa, “mostrando que é possível esse equilíbrio entre a habitação, entre os condomínios, entre os vizinhos, entre o alojamento local”.

O Parlamento aprovou em 19 de maio, na generalidade, apenas com o voto favorável do PS, a proposta do Governo com as medidas do programa ‘Mais Habitação’.

Aprovado em Conselho de Ministros no dia 30 de março, o programa ‘Mais Habitação’ inclui medidas como o arrendamento forçado de casas devolutas, a suspensão de novas licenças de Alojamento Local ou o fim dos vistos gold.

Em março, o PS tinha viabilizado na generalidade um conjunto de diplomas do PSD sobre habitação, através da abstenção, que incluem medidas como a flexibilização dos licenciamentos, apoios ao arrendamento, garantias do Estado para ajudar à compra pelos mais jovens e desagravamento fiscal generalizado no setor.

(Notícia atualizada às 16h26 com as declarações do presidente do PSD e do presidente da ALEP)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cidades ucranianas alvo de ataques aéreos noturnos da Rússia

  • ECO
  • 20 Junho 2023

A Rússia levou a cabo um ataque aéreo na Ucrânia. O principal alvo foram instalações militares e de infraestrutura em Kiev e outras cidades. Não há detalhes dos danos.

Durante a noite desta terça-feira, a Rússia levou a cabo um ataque aéreo na Ucrânia. Segundo a Reuters, o alvo foram instalações militares e de infraestrutura em Kiev e outras cidades. A Ucrânia afirma ter abatido 32 dos 35 drones lançados pelos russos.

Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev, referiu que o alerta aéreo na capital durou mais de três horas, mas não deu detalhes sobre os danos nem sobre se houve baixas civis.

Através do Telegram, a Força Aérea afirmou que os ataques dos drones tiveram como principal direção Kiev e que “mais de duas dúzias” de Shaheds foram destruídos.

Este ataque surge num momento em que está a decorrer a contraofensiva ucraniana que tem registado avanços, mas entrou na terceira semana com resultados mistos, perante a superioridade aérea e linhas defensivas de quilómetros de extensão das forças russas, especialmente no leste e na região sudeste de Zaporijia.

O saldo ucraniano até agora é de oito pequenas localidades reconquistadas a sul de Donetsk e em Zaporijia, sendo a última Piatijatki, que foi tomada após uma dura batalha, segundo um vídeo publicado pelo comandante-em-chefe das Forças Armadas, Valerii Zaluzhnyi.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, reconheceu, por sua vez, que a situação “no leste é difícil”, porque a Rússia está a realizar uma ofensiva direcionada a Liman (Donetsk) e Kupiansk (Kharkiv) para tentar tirar a iniciativa a Kiev. Para isso, “concentrou um número significativo das suas unidades no leste, especialmente as de assalto aéreo”, sublinhou Hanna Malear.

Por outro lado, as tropas de Kiev, numa tentativa de alcançar as cidades ocupadas de Berdiansk e Melitopol para quebrar o corredor terrestre criado ao longo do Mar de Azov, empurraram as forças russas para Zaporijia a uma distância de sete quilómetros e libertaram 113 quilómetros quadrados, acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia não reconheceu a perda de nenhuma cidade e continua a afirmar diariamente que está a repelir os ataques ucranianos.

No entanto, o presidente do movimento “Juntos com a Rússia” em Zaporijia, Vladimir Rogov, admitiu na véspera a perda do controlo operacional de Piatikhatki, ao mesmo tempo que afirmou hoje que os soldados ucranianos “lançaram mais uma ofensiva na direção de Orikhiv”, um dos epicentros das batalhas no sudeste.

Desde Piatijatki, os ucranianos podem chegar a Vasilivka, através da qual uma importante autoestrada leva ao sul até Melitopol, perto do Mar de Azov, que é um importante centro logístico e de abastecimento para as tropas russas.

Em Oríjiv, as tropas de Kiev também avançaram para o sul, onde fica Tokmak, de onde partem duas rodovias para Melitópol e Berdiansk, mas o caminho para estes pontos estratégicos em Zaporijia não será fácil para o Exército ucraniano.

A Rússia começou a construir em outubro uma extensa linha defensiva, que começa na Crimeia, passa pelo sul e leste da Ucrânia e estende-se do lado russo da fronteira com a Bielorrússia.

A inteligência britânica alertou que nos últimos dez dias a Rússia começou a redistribuir elementos do grupo de forças Dnieper da margem esquerda do rio homónimo para “reforçar os setores Zaporijia e Bakhmut” no Donbass.

O Reino Unido acredita que a Rússia pode ter ganho uma vantagem temporária no sul, especialmente com helicópteros de ataque que empregam mísseis de longo alcance contra alvos terrestres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores não docentes anunciam greve entre 31 de julho e 4 de agosto

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

O objetivo é "denunciar e impedir o recurso forçado dos trabalhadores não docentes das escolas da rede pública para funções relativas à Jornada Mundial da Juventude".

Trabalhadores não docentes das escolas da rede pública vão estar em greve entre 31 de julho e 4 de agosto para “denunciar e impedir o recurso forçado” para funções à Jornada Mundial da Juventude.

O pré-aviso de greve apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, que tem a data desta terça-feira, está decretado para entre as 00h00 e as 24 horas do período entre 31 de julho e 4 de agosto, sendo que Jornada Mundial da Juventude (JMJ) se realiza em Lisboa de 1 a 6 de agosto deste ano.

De acordo com o pré-aviso, publicado num jornal, o objetivo é “denunciar e impedir o recurso forçado dos trabalhadores não docentes das escolas da rede pública para funções relativas à Jornada Mundial da Juventude”, o “impedimento do gozo de férias na última semana de julho e a primeira semana de agosto que lesam os trabalhadores e prejudicam a organização do próximo ano letivo” e o facto “ilegal” dos mapas de férias não estarem afixados no prazo previsto na lei (15 de abril).

A greve do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas visa também contestar as mudanças de horário “que estão a ser impostas aos trabalhadores bem como a imposição de trabalho em dia de descanso semanal ou de dia descanso complementar”.

No âmbito da paralisação, os trabalhadores querem “impedir o recurso abusivo” a trabalho suplementar, exigir o “respeito pelos trabalhadores não docentes relativamente ao seu conteúdo funcional, que devem estar em funções para a comunidade educativa”.

Os trabalhadores vão fazer também greve ao trabalho suplementar fora do período normal de trabalho, em dias de descanso complementar, em dias de descanso obrigatório e em dias de feriados municipais entre os dias 22 de julho e até 8 de agosto.

A greve abrangerá também os dias de descanso complementar e obrigatório nos fins de semana de 22 de julho e 23 de julho, 29 e 30 de julho e 5 e 6 de agosto.

A paralisação abrange os trabalhadores não docentes em funções nas escolas da rede pública de ensino, assistentes operacionais e restantes trabalhadores de carreiras gerais das escolas estão sob gestão das autarquias da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

O pré-aviso abrange escolas sob a gestão das Câmaras de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira) e todas as juntas de freguesia a AML.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.