Presidente do conselho de administração do Hospital Santa Maria demitiu-se

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

Ana Paula Martins, nomeada no início de 2023, demite-se após "profunda reflexão pessoal" ao considerar que a sua função se esgota com a extinção do Centro Hospitalar Lisboa Norte e a criação da ULS.

A presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Ana Paula Martins, apresentou a demissão do cargo, anunciou esta segunda-feira a instituição, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente.

A notícia foi avançada pelo jornal Observador e confirmada pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) em comunicado em que afirma que, “após profunda reflexão pessoal, a presidente do CHULN entende que o mandato para o qual tinha sido nomeada no início de 2023 se esgota com a extinção do Centro Hospitalar Lisboa Norte e a criação da ULS [Unidade Local de Saúde] e que não é elegível para dirigir este novo órgão”.

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Costa classifica política de cativações de “ficção”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Dezembro 2023

O primeiro-ministro defende ainda que as "empresas devem fazer um choque salarial para os jovens". Sobre o novo aeroporto, diz que será um "teste de credibilidade" ao PSD.

António Costa afirmou, na entrevista desta segunda-feira à TVI/CNN Portugal, que as cativações – uma estratégia que, até aqui, permitia ao titular da pasta das Finanças impor aos restantes ministérios restrições quanto às verbas que podiam ser, efetivamente, utilizadas, mesmo estando orçamentadas – “são uma ficção, porque nunca impediram a realização de nenhuma política”.

Num regresso a 2015, ano em que assumiu a liderança do Governo, o ainda primeiro-ministro realçou a importância da decisão de “virar a página da austeridade”, mantendo o país na Zona Euro, repondo salários e pensões e reduzindo impostos, contrariamente ao PSD e CDS, que diziam que, sem austeridade, o país teria de abandonar a moeda única.

“Ir progressivamente aumentando o investimento público, mas, ao mesmo tempo, reduzindo o défice e libertar-nos da dívida. Isso é fundamental não é para sermos bons alunos; é que ter menos dívida hoje significa que pago menos 2.000 milhões de euros por ano de juros, que são 2.000 milhões por ano que ponho a mais no Serviço Nacional de Saúde, por exemplo. Não teria feito o aumento de despesa que fiz no SNS se não tivesse reduzido a dívida”, declarou, na entrevista televisiva.

Para Costa, isso foi “a maior derrota que a direita teve”. “Por isso nunca conseguiram, até agora, apresentar uma alternativa política credível. Um dos grandes ganhos – e se há algo que me orgulha particularmente – é que entrego um país que tem, neste momento, muito mais liberdade de escolha” devido ao excedente orçamental.

Ainda que reconheça que a carga fiscal “não é um mito”, o primeiro-ministro demissionário atribui o seu aumento às maiores contribuições para a Segurança Social e não a um aumento dos impostos, com mais 600 mil pessoas no mercado trabalho e a subida do salário mínimo e do salário médio nos últimos anos. “É uma boa notícia, significa que há mais emprego”, apontou.

Novo aeroporto será “teste à credibilidade” do PSD

Quanto ao novo aeroporto, que a comissão técnica independente (CTI) concluiu que deve ser construído em Alcochete, o primeiro-ministro demissionário antevê que será “um teste à credibilidade do PPD/PSD”.

Costa recordou uma história em que se gerou “um grande consenso nacional” à volta de um estudo da CIP, que ditava a mesma solução da CTI, na altura em que Cavaco Silva era ainda Presidente da República. O então Chefe de Estado patrocinou o acordo, mas, quando mudou o Governo, aceitou que este dissesse que não haveria aeroporto nenhum porque “não haveria crescimento da procura”.

“Quando a evidência era impossível de esconder, inventaram a solução Portela com Montijo e eu, quando cheguei ao Governo, tive a humildade de aceitar essa decisão”, mesmo perante a oposição do PS, disse. Mas, para Costa, a solução confortável é a da comissão técnica independente.

Agora, o Governo que sair das eleições de 10 de março “vai ter o privilégio de, tendo decisão recomendada, poder decidir perante o critério que entender”, acrescentou, considerando que o decisor político tem os elementos suficientes para tomar uma decisão. “Raras vezes tive a possibilidade de decidir com quadro de informação tão rico e diverso”, afirmou, mostrando-se esperançoso de que o PSD não o desiluda nesta matéria.

Costa defende que “empresas devem fazer um choque salarial para os jovens”

O primeiro-ministro acredita também que as empresas em Portugal têm de ser mais “competitivas na contração”, porque concorrem com as empresas europeias. “Empresas devem fazer um choque salarial para os jovens”, defende António Costa, que aponta o dedo à iniciativa privada.

Os jovens, dando o exemplo do próprio filho e até da classe médica, não querem trabalhar tantas horas, segundo o chefe de Governo demissionário. “A nova geração quer viver de uma forma diferente”, remata.

(Notícia atualizada às 22h39)

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Marcelo fez “avaliação errada” ao dissolver Parlamento, reitera Costa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Dezembro 2023

"Para o país, perdeu-se uma boa oportunidade de gerir em estabilidade", afirmou o primeiro-ministro demissionário, sobre a recusa de Marcelo em nomear um novo chefe de Governo.

Desde a passada sexta-feira líder de um Governo em gestão, António Costa voltou a defender que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma “avaliação errada” ao optar pela queda do Executivo em vez de nomear um novo primeiro-ministro – que o ainda chefe de Executivo sugeriu que fosse o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

Devia ter-se feito tudo, do meu ponto de vista, para que a crise política fosse evitada. Acho que o Presidente da República fez uma avaliação errada e só espero que das eleições de 10 de março resulte uma situação mais estável do que aquela que temos atualmente”, reiterou o primeiro-ministro demissionário, na noite desta segunda-feira, em entrevista à TVI/CNN Portugal.

Costa disse desconhecer a existência de manuais de Direito Constitucional que legitimem a ideia de que, num cenário de demissão de um primeiro-ministro – “por muito que tenha contribuído ele próprio para o resultado eleitoral” –, isso determine a dissolução da Assembleia da República. “Foi uma teorização” que Marcelo fez, logo na tomada de posse do Governo, atirou.

Para o chefe do Governo agora em gestão, havia várias alternativas possíveis à dissolução do Parlamento: “Uns tinham maior legitimidade partidária, outros maior legitimidade institucional, outras personalidades que tinham grande reconhecimento junto da opinião pública e que podiam ter assegurado um bom governo até ao termo da legislatura ou, por ventura, se não fosse o caso, que evitassem que, precipitadamente, a legislatura tivesse terminado da forma como terminou”.

“Nem sequer o Conselho de Estado apoiou a ideia da dissolução”, lembrou, referindo-se ao empate entre os membros do órgão consultivo do Presidente da República, com o próprio a admitir, aquando do anúncio da dissolução da Assembleia e da marcação de novas eleições, de que se tratou de uma decisão pessoal.

Sobre a saída da liderança do Executivo, Costa sublinhou que foi um “ato de verticalidade para proteger a integralidade da figura do primeiro-ministro”. “Ninguém imagina que eu desejasse ser colocado, ao fim de quase 30 anos de vida política, nesta situação de suspeição através daquele comunicado“, atirou.

Mirando uma vitória socialista nas eleições antecipadas de 10 de março, o primeiro-ministro demissionário recordou a atual “situação de barafunda” nos Açores, região que vai novamente às urnas no próximo ano, na sequência da queda do Governo de coligação de direita. “É um ensaio geral do que o PSD pretende fazer a nível nacional“, acusou, defendendo que “a única solução estável das eleições de março é uma que tenha por base o PS”.

Quanto ao seu sucessor na liderança do partido, Costa considera que “qualquer um é melhor que o líder da oposição” e que quer José Luís Carneiro, quer Pedro Nuno Santos têm “muito mais competências e qualidades” que Luís Montenegro. Aliás, o chefe de Governo demissionário só vê “gente do passado” no PSD, ao ponto de, “ao fim destes anos todos, o melhor que têm para dar energia ao partido é ir buscar o professor Cavaco Silva para animar” o maior partido da oposição.

O PS tem eleições diretas marcadas para os dias 15 e 16 de dezembro e o primeiro-ministro está confortável com uma mudança de caminho do partido. “Nada me incomoda que o PS venha a eleger um líder que venha a defender coisas diferentes das que eu fiz. Eu fi-las em consciência. Seguramente, o que o PS vai defender no futuro vai coincidir com aquilo que eu fiz“, disse, na mesma entrevista.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h18)

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“Ainda hoje não sei do que sou suspeito”, diz António Costa

O ainda chefe do Executivo diz que está "de consciência tranquila", mas assume que tem "esperança que a Justiça seja diligente".

O primeiro-ministro, António Costa, acredita no sistema de Justiça e que o país tem uma justiça independente e autónoma. “Ninguém está acima da lei, nem eu próprio”, disse, em entrevista à TVI/CNN, esta segunda-feira. “Ainda hoje não sei o que é suspeita em causa em relação a mim”, assumiu.

O ainda chefe do Executivo diz ainda que está de “consciência tranquila sobre o que fiz ou deixei de fazer”. E adianta: “Havendo uma suspeição, através de um comunicado, achei que tinha de ter sentido de Estado perante este contexto”.

Questionado sobre o parágrafo escrito pela própria Procuradora-Geral da República, Costa assumiu que, sem esse parágrafo, teria esperado para tomar uma decisão. E teria esperado pela avaliação do juiz de instrução, recordando a decisão no caso da Operação Influencer.

“Sem o parágrafo da PGR teria aguardado pelo juiz de instrução. Em menos de uma semana, o juiz de instrução concluiu que várias das suspeitas que existiam não deviam ter sido indiciadas”, afirmou. “Aquele parágrafo é acrescentado ao comunicado para dar notícia pública que há uma suspeita sob o primeiro-ministro”, acrescenta.

O primeiro-ministro considera que o grau de confiança dos cidadãos têm de ter para com os políticos não é compatível com a suspeição oficializada de que foi alvo, mas insiste que está tranquilo. “Não tenho a menor das dúvidas que isto vai acabar com uma não acusação ou com um arquivamento” ou com uma “absolvição“, insiste.

Ainda assim, garante que, depois de saber, no dia seguinte, do envelope com 75 mil euros no gabinete de Vítor Escária, o seu ex-chefe de gabinete, “a decisão seria a mesma, independentemente do parágrafo do comunicado da Procuradora-Geral da República [PGR]”. As circunstâncias exigiam a “minha demissão”, disse, sobre o dia 7 de novembro, a partir do momento em que a PGR formalizou a suspeita.

António Costa recorda o momento em que recebeu o comunicado da PGR. “Assim que saiu o comunicado, falei com a minha mulher, a quem gosto de ouvir. É sempre uma voz de serenidade que evita algumas decisões precipitadas. Ela disse-me o óbvio”, relembra.

António Costa recusa-se a avaliar o trabalho da PGR e volta a dizer “à justiça o que é da justiça”. Mas assume: “Estou magoado, mas estou conformado. Aguardo serenamente que a Justiça tome uma decisão sobre o que vai fazer”, admite o primeiro-ministro.

“Não vou avaliar o trabalho do Ministério Público. A única esperança que tenho é que a Justiça trate com a diligência possível”. O tempo da Justiça é um “tempo próprio” e aguarda “serenamente” se o vão ou não constituir “arguido, se vai haver uma acusação”, se será “absolvido”, disse.

“Há uma coisa que não tenho dúvidas: o que também sei é que a figura de um primeiro-ministro não pode estar sob suspeita. Fui falar com o Presidente da República para lhe dizer o óbvio. Agora, é aguardar”, disse. Quanto à declaração de Lucília Gago, esta segunda-feira, Costa disse que “é defensor do estatuto de autonomia do Ministério Público”.

Num discurso proferido na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, a Procuradora-Geral da República vincou esta segunda-feira ainda estar “bem ciente da responsabilidade” do Ministério Público, na sequência das críticas surgidas após a Operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa e à marcação de eleições legislativas antecipadas.

“É de lamentar e refutar abordagens bipolares que tanto parecem enaltecê-lo como, quando fustigado por vendavais que incidem e impacientam certos alvos de investigações, o passam a considerar altamente questionável e inoperante, clamando por redobradas explicações, nunca suscetíveis, desse ponto de vista, de atingir o limiar da suficiência”, acrescentou.

As declarações de Lucília Gago ocorrem no dia em que António Costa se voltou a insurgir em relação ao parágrafo do comunicado da Procuradoria-Geral da República que o visou na investigação relacionada com a Operação Influencer.

“O que se pode é perguntar a quem fez o comunicado, a quem tomou a decisão posterior de dissolver a Assembleia da República, se fariam o mesmo perante aquilo que sabem hoje”, disse o primeiro-ministro demissionário à CNN Portugal, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, antes de participar no debate parlamentar que antecedeu a próxima cimeira europeia.

No âmbito da Operação Influencer, no comunicado enviado pela PGR a 7 de novembro, um parágrafo indicava que “no decurso das investigações surgiu (…) o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido”. Tal como manda a lei, “tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça”.

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IPG Mediabrands lança Mediabrands Content Studio em Portugal

  • + M
  • 11 Dezembro 2023

Com uma equipa de 35 pessoas, a nova estrutura vai ser liderada por André Louraço, que acumula a direção geral da MBCS com a Kinesso.

Mediabrands Content Studio (MBCS), network lançada em 2020 e já presente em 12 mercados, é a nova marca da IPG Mediabrands em Portugal. Trata-se uma unidade que agrega e reforça as competências nas áreas de conteúdos, marketing de influência, conceção criativa de comunicação e ativação de marca, explica o grupo.

Com a assinatura “Content that Moves”, a MBCS surge, em Portugal, da agregação das antigas unidades Brand Xperience e Reprise Creative.

O objetivo é reforçar a oferta integrada de serviços de marketing e publicidade das agências Initiative, UM & Kinesso e também trabalhar para os seus clientes diretos “com a perspetiva de criação de conceitos criativos publicitários, conteúdos e parcerias com o intuito de “mover o coração” das audiências, acompanhar com storytelling diferente e complementar os prospects ao longo de toda a sua jornada do processo de decisão, e trazer cada vez mais componentes de dinamismo alimentado por feeds e inteligência artificial a todos os projetos em que está envolvida”.

Com uma equipa de 35 pessoas, a nova estrutura vai ser liderada por André Louraço, que acumula a direção geral da MBCS com a Kinesso, agência de performance digital do grupo IPG Mediabrands.

Sofia Abrantes é a client service director, Ricardo Beleza o diretor criativo, Vitor Cardoso head of branded content, Pedro Barros, head of projects & partnerships, e Olivia Camargo, head of strategy.

A visão client-centric do grupo IPG Mediabrands exige que constantemente reforcemos e inovemos no que são os serviços de valor acrescentado complementares ao nosso serviço core, que é a compra a planeamento de media. A satisfação e longevidade das nossas relações com os nossos clientes comprovam que, com esta integração de expertise, a eficácia e impacto das suas campanhas é tremendo e diferenciador, e prometemos não ficar por aqui”, refere citado em comunicado Alberto Rui, CEO IPG Mediabrands Portugal.

Propomo-nos a explorar sinergias, somar visões, ser irreverentes e relevantes para as audiências a que nos destinamos, mas, acima de tudo, impulsionar de forma estruturada e recorrente os negócios das marcas nossas clientes”, acrescenta André Louraço.

Sonae Sierra, Unilever, Eleven Sports/DAZN, Cofidis, Super Bock Group ou Delta integram o leque de clientes da unidade.

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Administração do Global Media abre programa de rescisões por mútuo acordo

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

São elegíveis o programa “os trabalhadores com idade até 61 anos (inclusive), com contrato sem termo celebrado com as empresas Global Notícias, Rádio Notícias, Notícias Direct", entre outras.

A Administração do Global Media Group (GMG) abriu um programa de rescisões por mútuo acordo, para trabalhadores até 61 anos, com contrato sem termo, sendo que as compensações serão divididas por 18 meses, segundo um comunicado interno.

“Com base nas conclusões da análise e da auditoria realizadas nestes últimos três meses à situação patrimonial e financeira do universo empresarial do GMG e de cada uma das suas marcas, a Comissão Executiva do GMG decidiu tomar um conjunto de medidas urgentes que visam estancar o crescimento dos prejuízos, salvaguardar o número possível de postos de trabalho e evitar a falência do grupo e das suas empresas, o que inevitavelmente ditaria o encerramento das suas históricas e principais marcas”, justificou a gestão, na mensagem, a que a Lusa teve acesso.

O grupo, que detém o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e O Jogo, disse que a sua situação, “à semelhança do que ocorre em todo o setor, não é a melhor – isto apesar de, contrariamente a outros, não possuir dívida bancária”. “Tal como deixámos desde sempre claro, o momento terá de passar pela contenção de despesas, aumento de receitas, e racionalização de meios e recursos pelo que se torna imperativa também uma nova reorganização empresarial”, garantiu.

Assim, alegando o “objetivo de conjugar os interesses do grupo e dos trabalhadores, a administração decidiu desencadear um programa de rescisões por mútuo acordo com os trabalhadores que a ele desejem aderir”. São elegíveis a este programa “os trabalhadores com idade até 61 anos (inclusive), com contrato sem termo celebrado com as empresas Global Notícias, Rádio Notícias, Notícias Direct, Naveprinter, Açormedia ou RCA há mais de 12 meses e que estejam ao serviço na presente data”.

A gestão detalhou que o programa “não é aplicável aos trabalhadores em situação de suspensão de contrato de trabalho, designadamente requisição ou ausência prolongada ou com processos disciplinares em curso”. A empresa disse ainda que “caso a caso, terá de haver acordo” por parte do GMG, que, “deste modo, se reserva o direito de não considerar as candidaturas”.

O grupo explicou que as condições passam por, “além dos chamados acertos de saída, um valor correspondente à indemnização legal em caso de despedimento, de acordo com as regras legais em vigor”, cujo cálculo da compensação está disponível no site da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que será “acrescido de 10% para valores de compensação apurados de até 30.000 euros” ou de “5% para valores de compensação apurados superiores a 30.000 euros”.

Segundo o grupo, “o total apurado será disponibilizado, de forma repartida, em 18 prestações mensais iguais”. O GMG indicou que o “período para apresentação de pedidos de adesão a este programa termina a 20 de dezembro de 2023”, sendo que “as saídas dos trabalhadores, cujo pedido de adesão seja aceite pela Administração, ocorrerão até 31 de janeiro de 2024, exceto situações especiais em que poderá ser acordada outra data”.

O GMG já tinha dito que iria negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”, como anunciou no dia 06 de dezembro, num comunicado interno.

De acordo com o comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, os acordos de rescisão seriam negociados “num universo entre 150 e 200 trabalhadores nas diversas áreas e marcas” do grupo, sendo o objetivo “evitar um processo de despedimento coletivo” que, segundo a Comissão Executiva, “apenas será opção em último caso”.

“Face aos constrangimentos financeiros criados pela anulação do negócio da Lusa”, a administração do GMG avança ainda que “o pagamento do subsídio de Natal referente ao ano de 2023 só poderá ser efetuado através de duodécimos, acrescido nos vencimentos de janeiro a dezembro do próximo ano”. O GMG atribuiu o fracasso da venda das suas participações na agência Lusa a um “processo de permanente interferência política”, garantindo que a operação financeira “estava totalmente fechada”, com o “acordo expresso” do PSD.

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Borrell denuncia destruição “apocalíptica” em Gaza

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

"Infelizmente, o nível de destruição de edifícios em Gaza é mais ou menos, até mesmo superior, à destruição nas cidades alemãs durante a Segunda Guerra Mundial", disse Josep Borrell.

O chefe da diplomacia europeia denunciou esta segunda-feira uma situação “apocalíptica” em Gaza, devastada por bombardeamentos israelitas, e considerou que o nível de destruição no enclave palestiniano é maior do que o da Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial.

“Infelizmente, o nível de destruição de edifícios em Gaza é mais ou menos, até mesmo superior, à destruição nas cidades alemãs durante a Segunda Guerra Mundial”, disse Josep Borrell, em conferência de imprensa após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), em Bruxelas.

O Alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros descreveu uma situação “apocalíptica” na Faixa de Gaza, que todos os dias nos últimos dois meses, exceto durante a recente trégua de seis dias, tem sido bombardeada pelas tropas israelitas, numa retaliação de Telavive depois de um ataque do movimento islamista palestiniano Hamas de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948.

Israel está a ser pressionado para um cessar-fogo pela generalidade da comunidade internacional, por causa do nível de devastação em Gaza. Em pouco mais de dois meses morreram em Gaza mais de 18 mil pessoas, de acordo com as autoridades palestinianas, a maioria civis, mas também trabalhadores das Nações Unidas e jornalistas.

Para Josep Borrell, a situação em Gaza é um “desafio sem precedentes”. Durante a reunião, segundo revelou Borrell, os 27 Estados-membros não apresentaram objeções à aplicação de sanções contra elementos do Hamas e possíveis financiadores do movimento islamista palestiniano. A proposta foi apresentada pela Alemanha, França e Itália.

Mas também houve países, como a Bélgica, a apresentar uma proposta dirigida a interesses israelitas. Em simultâneo com os bombardeamentos em Gaza, na Cisjordânia ocupada aumentou a onda de violência de colonos israelitas contra palestinianos, que acabam expulsos de casa e até mesmo mortos. Por isso, há Estados-membros a propor sanções contra colonos israelitas, mas “não houve unanimidade” nesta matéria, indicou Josep Borrell, anunciando ainda que vai apresentar uma proposta nesse sentido.

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Bolsa Luís Patrão lançada no turismo com dotação de 500 mil euros

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

A iniciativa inclui “5 bolsas no valor de 40 mil euros" para formação profissional especializada em escolas no estrangeiro” e “5 bolsas no valor de 60 mil euros" em apoio em cursos de pós-graduação.

A Bolsa Luís Patrão, homenagem ao primeiro presidente do Turismo de Portugal, foi esta segunda-feira lançada com uma dotação de 500 mil euros, para apoiar estudantes e líderes no setor, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Economia e do Mar.

A bolsa foi lançada na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, durante uma cerimónia de homenagem póstuma a Luis Patrão, “para apoiar jovens estudantes e líderes para o Turismo, visando promover a criação de uma rede de jovens profissionais e de líderes no turismo, com percursos formativos de excelência e de elevado potencial e talento”.

A Bolsa Luís Patrão terá uma dotação anual de 500 mil euros, distribuída por 10 bolsas”, indicou a tutela, destacando que incluirá “5 bolsas no valor de 40 mil euros cada, num total de 200 mil euros, destinadas a formação profissional especializada em escolas no estrangeiro” e “5 bolsas no valor de 60 mil euros cada, num total de 300 mil euros, alocadas ao apoio em cursos de pós-graduação, mestrado, MBA e formação avançada, em escolas de referência internacional”.

O regulamento encontra-se disponível no site do Turismo de Portugal, para posterior apresentação de candidaturas.

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Ministério do Trabalho “atento” e “preocupado” com Global Media Group

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

"Foi com apreensão e preocupação que acompanhei as últimas notícias", disse o secretário de Estado do Trabalho, sobre o anúncio da demissão de 150 a 200 trabalhadores do grupo.

O secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, mostrou-se “atento” e “preocupado” com a situação no Global Media Group (GMG), num encontro com o Sindicato dos Jornalistas (SJ), segundo o comunicado divulgado esta segunda-feira pela estrutura sindical.

O governante, disse o SJ, expressou “apreensão e preocupação” com a situação no GMG, que detém o Jornal de Notícias, TSF, O Jogo e o Diário de Notícia, garantindo que “vai estar atento ao grupo e que quer ser informado do que for acontecendo”.

“Quis dar um sinal de que estou atento”, disse Miguel Fontes, durante um encontro com SJ, no Ministério do Trabalho da Solidariedade e Segurança Social. “Foi com apreensão e preocupação que acompanhei as últimas notícias”, disse o secretário de Estado do Trabalho, citado pela estrutura sindical.

Segundo o SJ, Miguel Fontes “mostrou grande interesse e conhecimento sobre a situação no GMG” e deu conta das “possibilidades de acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho” do “processo de rescisões por acordo que a empresa anunciou na quarta-feira, primeiro dos dois dias de greve no grupo”.

De acordo com o SJ, o governante “pediu ‘para ser informado’ de desenvolvimentos futuros no grupo e mostrou surpresa com os recentes acontecimentos, desde a intenção de despedir 150 pessoas à comunicação formal de rescisões amigáveis com 200 trabalhadores, num universo de 500”. “As notícias iniciais sobre o grupo vinham em sentido contrário, de investimento com o objetivo de reforçar”, disse.

O SJ alertou, por sua vez, o secretário de Estado para “o perigo que pode representar a entrada de fundos de investimento no capital de empresas de media, como aconteceu no jornal ‘A Bola’, que despediu 2/3 dos trabalhadores, e agora no GMG, que pretende dispensar mais de 1/3 da capacidade de trabalho”.

“Não é apenas uma questão laboral, porque mexe com questões cívicas”, comentou o secretário de Estado, segundo o SJ. O sindicato alertou ainda o secretário de Estado para “o incumprimento generalizado do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) da imprensa, em vigor desde agosto”.

O GMG vai negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”, anunciou no dia 06 de dezembro, num comunicado interno.

De acordo com o comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, os acordos de rescisão serão negociados “num universo entre 150 e 200 trabalhadores nas diversas áreas e marcas” do grupo, sendo o objetivo “evitar um processo de despedimento coletivo” que, segundo a Comissão Executiva, “apenas será opção em último caso”.

“Face aos constrangimentos financeiros criados pela anulação do negócio da Lusa”, a administração do GMG avança ainda que “o pagamento do subsídio de Natal referente ao ano de 2023 só poderá ser efetuado através de duodécimos, acrescido nos vencimentos de janeiro a dezembro do próximo ano”.

O GMG atribuiu o fracasso da venda das suas participações na agência Lusa a um “processo de permanente interferência política”, garantindo que a operação financeira “estava totalmente fechada”, com o “acordo expresso” do PSD.

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Paulo Macedo aponta para “descida das taxas de juro mais cedo”

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

Desemprego baixo e medidas têm travado aumento do malparado, diz o CEO da Caixa.

O presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, considerou esta segunda-feira que, apesar do preço das casas, o conjunto de reestruturações efetuado, conjugado com baixas taxas de desemprego tem travado o crédito malparado.

Tem-se conseguido um conjunto de medidas, designadamente um conjunto vasto de restruturações que tem feito – conjugado com o elevado preço das casas e com taxas de desemprego baixas – que, basicamente, não tem havido aumento de malparado” nem junto das empresas nem dos particulares, referiu Paulo Macedo.

O gestor falava em mais um “Encontros Fora da Caixa” que decorreu em Lisboa, e que teve por tema geral “perspetivar 2024”, e em que abordou a questão das taxas de juro e o impacto da sua subida junto das famílias e das empresas.

Paulo Macedo referiu-se ainda aos novos indicadores do mercado de futuros que levam a que as perspetivas apontem agora para uma baixa de taxas de juro mais cedo, ainda que acredite que não devem esperar-se descidas no primeiro trimestre. “As perspetivas são de uma descida das taxas de juro mais cedo”, referiu notando que uma das preocupações das famílias e empresas é, além do nível absoluto atual das taxas, o período durante o qual os juros vão continuar altos.

Num painel que se seguiu à apresentação de Paulo Macedo e referindo-se à questão dos juros, Pedro Brinca, economista e investigador associado da Nova SBE, salientou o desfasamento de tempo que existe entre a subida das taxas de juro e o seu impacto na economia real, que oscila entre os 12 e os 18 meses, notando que este timing sugere que “o grosso” dos impactos ainda estará para chegar.

O economista e presidente do ISEG João Duque, outro dos convidados do mesmo painel, referiu, por seu lado, que junho poderá ser o “ponto de viragem” em relação às taxas de juro, ainda que acredite que o timing será sobretudo influenciado pelo impacto que a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) possa ter nas grandes economias dos países do centro da Europa.

Orador convidado da “Conversas fora da Caixa”, o presidente da Comissão Executiva da Mota Engil, Carlos Mota Santos, referiu que a empresa regista neste momento um valor “histórico” da carteira de encomendas: 14 mil milhões de euros, que compara com os 12,6 mil milhões registados no final do ano passado. O volume de faturação, disse também, ascendeu aos quatro mil milhões de euros no terceiro trimestre.

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Seguradora Fidelidade Angola aumenta capital

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

A seguradora Fidelidade Angola aumentou o seu capital social em cumprimento com as exigências do regulador, mantendo inalteradas as participações sociais dos seus acionistas.

A seguradora Fidelidade Angola aumentou o seu capital social para 3,5 mil milhões de kwanzas (3,8 milhões de euros), em cumprimento com as exigências do regulador, mantendo inalteradas as participações sociais dos seus acionistas, foi anunciado.

Segundo a seguradora, a operação foi efetuada através do aumento do valor nominal de cada ação de 7,8 milhões de kwanzas (8,6 mil euros) para 9,0 milhões de kwanzas (10 mil euros) à luz das exigências feitas pela Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

A ARSEG estabelece o ajuste do capital social das seguradoras com as características da Fidelidade Angola para um mínimo de 3,5 mil milhões de kwanzas.

A formalização da operação estava prevista e programada para a data concretizada, “com vista a dar antecipadamente cabal cumprimento ao definido na norma regulamentar, que permite que tal acontecesse até ao final de 2024”, refere a seguradora.

O CEO da Fidelidade Angola, Luís Alves, citado em comunicado, manifestou satisfação pelo aumento do capital social da empresa considerando que, “mais uma vez, a Fidelidade Angola concretiza este importante marco na vida da seguradora”.

Herdeira de um grupo segurador com mais de 200 anos de atividade em Portugal e num total de 13 países, a Fidelidade Angola constituiu-se em 2011, como Universal Seguros, abrindo a primeira agência em 2013, em Luanda.

A Fidelidade Angola, que adquiriu o nome atual em 2017, conta atualmente com mais de 30 pontos de venda nas províncias de Luanda, Benguela, Bié, Cabinda, Cuando-Cubango, Huambo, Huíla e Malanje.

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Maternidade Alfredo da Costa não está a receber grávidas via INEM

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2023

"As altas podem surgir a qualquer momento e nesse caso pode ganhar-se algum espaço e com isso volta a abrir o atendimento ao CODU, mas para já não há essa previsão", indica a maternidade.

A Maternidade Alfredo da Costa não está a receber grávidas encaminhadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM e não há previsão de quando o atendimento será reaberto, confirmou à Lusa fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central.

Desde a manhã desta segunda-feira que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) está fechada ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), altura em que havia cinco mulheres em trabalho de parto, uma vaga para emergência e três mulheres à espera de alta.

As altas podem surgir a qualquer momento e nesse caso pode ganhar-se algum espaço e com isso volta a abrir o atendimento ao CODU, mas para já não há essa previsão”, disse a fonte do centro hospitalar, que, além da MAC, integra os hospitais de São José, Capuchos, D. Estefânia, Curry Cabral e Santa Marta.

A mesma fonte adiantou que a MAC está a ter “um acréscimo de 30% de partos” devido ao fecho de serviços de urgência de vários hospitais, tendo atendido no domingo na urgência 60 grávidas, mais 12 do que no mesmo dia de 2022, e no sábado atendeu 78, mais 17.

Este ano, até 3 de dezembro, a MAC já realizou 3.383 partos, mais 17,4% do que em 2022 (2.881), segundo dados do centro hospitalar, que precisa que o maior número foi registado em outubro, totalizando 362, mais 30,2% do que em 2022, seguido de novembro, com 343 (+32,4%), setembro, com 340 (+26,4%), agosto, com 336 (+24,4%) e julho, com 329 (+23,2%).

As limitações nos serviços de urgência também estão a ter impacto no Hospital São José, que viu aumentar a afluência no passado fim de semana. “Os fins de semana que por natureza são dias calmos neste caso foram dias complicados com maior número de casos e com maior gravidade”, disse a fonte do CHULC, observando que diariamente cerca de 40 doentes aguardam vaga para serem internados no hospital.

No feriado de 8 de dezembro, o Hospital São José recebeu nas urgências 770 doentes, mais 169 do que no mesmo dia de 2022, no sábado o número subiu para 793 (mais 79) e no domingo baixou ligeiramente para os 758 (mais 102). Diariamente, cerca de 40 doentes aguardam vaga para serem internados no Hospital São José.

Em relação ao Hospital de Santa Maria, fonte hospitalar adiantou à agência Lusa que atualmente há 180 doentes em circulação nas urgências, dos quais 120 são casos “complexos ou muito complexos”. “Temos 180 doentes em circulação na urgência, nas várias fases do processo – na triagem, na primeira observação, a aguardar exames, à espera de resultados, de diagnóstico, de internamento”, indicou.

A mesma fonte disse ainda que no domingo foram assistidas 230 crianças na urgência pediátrica. “Foi um dos maiores números deste ano e um dos maiores dos últimos anos”, salientou. Sobre o que está a ser feito para contornar a sobrelotação, segundo a fonte, o hospital está a “tentar agilizar internamentos”, reconhecendo que “os tempos de espera não são os ideais, mas não são ainda muito dilatados”.

Cria uma grande pressão no serviço e forçosamente levará a tempos de espera que são indesejáveis”, acrescentou. Segundo a Direção Executiva do SNS, 33 serviços de urgência vão estar a funcionar com limitações esta semana e 50 unidades a funcionar em pleno (60%), dos 83 pontos em todo o país.

As especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há quatro hospitais que apresentam, em alguns dias, limitações nas urgências da Via Verde AVC, nomeadamente Viana do Castelo, Guarda, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.

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