Luís Araújo sai do Turismo de Portugal. Carlos Abade é o senhor que se segue

Demissão de Luís Araújo, que garantem ao ECO é por motivos pessoais, é o mote para uma remodelação mais profunda do Turismo de Portugal. Carlos Abade vai ser o novo presidente.

Luís Araújo apresentou a demissão da liderança do Turismo de Portugal. Carlos Abade é o senhor que se segue, apurou o ECO. O responsável, que estava à frente do instituto ao longo dos últimos sete anos, sai por vontade própria e por “motivos pessoais”. Esta é mais uma grande remodelação nos organismos tutelados por António Costa Silva. Banco de Fomento, IAPMEI e ANI são os exemplos mais mediáticos. A informação foi confirmada ao início da noite pelo Ministério da Economia, através de comunicado.

A saída de Luís Araújo, que garantem ao ECO acontece por motivos pessoais, é o mote para uma remodelação mais profunda deste instituto que tem forte capacidade financeira. É dos poucos, por exemplo, que tem capacidade para lançar linhas de crédito próprias, financiadas pelo seu próprio orçamento, sem ter de recorrer a fundos europeus. Assim, para o seu lugar entra Carlos Abade que era até agora vogal do conselho diretivo do Turismo de Portugal. Também de saída está o vogal Filipe Silva.

Para a direção sobe também Lídia Monteiro que era a diretora com responsabilidade pela promoção nacional e internacional do país. A responsável vai ocupar de vogal a par com Catarina Paiva, que é presentemente diretora do ISEG Executive Education. Onde não há mexidas é na vice-presidência: Teresa Monteiro vai manter-se no cargo.

O ECO tentou contactar Luís Araújo, mas sem sucesso.

Em comunicado, o ministro Costa Silva mostrou-se “agradecido” pelo trabalho de Luís Araújo e de Filipe Silva, “os quais contribuíram para a afirmação de um setor muito relevante para a economia nacional, o turismo, cujo trabalho e resultados podem servir de exemplo e inspiração a outros setores da economia”.

“Dirigir o Turismo de Portugal foi dirigir uma equipa de excelência, uma equipa que está de parabéns pelo trabalho que tem vindo a ser realizado e que, certamente, irá continuar a demonstrar toda a sua capacidade de trabalho e de inovação em prol deste importante setor de atividade”, referiu Luís Araújo.

O ministro da Economia nunca demonstrou qualquer problema em mudar as equipas com quem trabalha. Começou pela cúpula do Banco Português de Fomento, com a qual não estava satisfeito. Saiu Beatriz Freitas e entraram Paula Carvalho e Celeste Hagatong. Depois foram os próprios secretários de Estados da Economia e do Turismo, João Neves e Rita Marques, respetivamente. A entrada de Pedro Cilínio deixou um desconforto no IAPMEI, que levou à demissão de Francisco Sá, o qual por sua vez foi substituído por Luís Guerreiro, que era adjunto do ministro da Economia. Soma-se ainda a saída da presidente da ANI e a administração da CMVM.

“É importante darmos dinâmica aos nossos organismos”, disse Costa Silva, em entrevista ao Expresso. “E, às vezes, começar um ciclo novo pode ser muito importante”, acrescentou o ministro que se pauta pela apresentação de resultados, muito ao estilo do setor privado, de onde vem.

 

(Notícia atualizada às 21h14 com comunicado do Ministério da Economia e do Mar)

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Negociação do V regime da zona franca da Madeira já começou em Bruxelas, diz Miguel Albuquerque

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Um dos objetivos do executivo madeirense é, através do regime de benefícios fiscais da zona franca, apostar na atratividade de empresas tecnológicas e ligadas aos setores da transição energética.

O presidente do executivo madeirense disse esta sexta-feira que a negociação do V regime da Zona Franca já se iniciou e considerou que a aquisição pelo Governo Regional da totalidade da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira foi a “decisão mais lógica”.

A decisão que tomámos na altura foi a decisão mais lógica e visava, no fundo, aquilo que acabou de acontecer”, disse Miguel Albuquerque, referindo-se ao facto de a Comissão Europeia ter anunciado, na quinta-feira, que arquivou o processo contra o Estado português relativo à prorrogação, em 2017, da gestão da Zona Franca à Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) por ajuste direto.

Na altura, a operação foi considerada “ferida de ilegalidade” porque não ter observado as regras das concessões de serviços públicos, já que o capital social da SDM era então maioritariamente privado. O Governo Regional (PSD/CDS-PP) decidiu, por isso, avançar com a aquisição da totalidade do capital social da SDM, situação que se concretizou em 2021, e agora motivou o arquivamento do processo movido pela Comissão Europeia contra o Estado português.

Miguel Albuquerque, que falava à margem da inauguração do Mercado Quinhentista de Machico, na zona leste da ilha, adiantou, por outro lado, que já teve início a negociação para o V regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), também designado por Zona Franca. “Já fizemos as démarches iniciais em Bruxelas, sobretudo junto de técnicos da Comissão. Neste momento, tudo se encaminha para fazermos uma boa negociação do próximo regime”, afirmou.

O governante explicou que um dos objetivos do executivo é, através do regime de benefícios fiscais da Zona Franca, apostar na atratividade de empresas tecnológicas e ligadas aos setores da transição energética. O Centro Internacional de Negócios da Madeira inclui três áreas investimento – a Zona Franca Industrial, o Registo Internacional de Navios e os Serviços Internacionais – e opera com base num regime especial de benefícios fiscais concedido pela União Europeia, estando em vigor o IV regime, que terminou em 2020, mas produz efeitos até 2027.

Entretanto, na sequência da pandemia de covid-19, a Comissão Europeia autorizou o licenciamento de novas empresas até 2023, ao abrigo do Regime Geral de Isenções por Categorias (RGIC), mas o Governo português optou por aplicar a medida comunitária ano a ano.

O CINM conta com mais de 2.400 empresas registadas, que são responsáveis por 82% do volume de exportações da região, gerando receitas fiscais na ordem dos 100 milhões de euros, e representam cerca de 6.000 postos de trabalho diretos e indiretos.

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TAP: Audição de Mendonça Mendes será “data limite” para Governo prestar esclarecimentos

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Rui Rocha considerou que, "se isso ajudar à descoberta da verdade", a comissão parlamentar de inquérito á TAP "pode prolongar-se por mais algum tempo".

O líder da IL considerou esta sexta-feira que a audição do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, na próxima terça-feira, será a “data limite” para o Governo prestar esclarecimentos e admitiu viabilizar um prolongamento da comissão de inquérito.

“Eu acho que essa é a data limite para que sejam prestados esclarecimentos. Mendonça Mendes tem omitido esclarecimentos, tem fugido: há um órgão de comunicação social que contou quase 30 fugas ao esclarecimento quer por parte do primeiro-ministro, quer por parte de Mendonça Mendes. Isso é de facto uma coisa lamentável”, afirmou Rui Rocha em declarações à agência Lusa após ter visitado os terrenos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa.

O líder da IL salientou que todos os membros do Governo que foram citados pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, como tendo sido contactados na noite de 26 de abril, já “vieram confirmar isso”, com a exceção do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. “Porque é que há um único caso que continua envolto em mistério?”, questionou.

Para Rui Rocha, “os pontos essenciais” que faltam esclarecer é se o telefonema de João Galamba a Mendonça Mendes “existiu ou não e em que termos” e se o primeiro-ministro “teve conhecimento dele ou não”. Interrogado se a IL é favorável ao prolongamento da comissão de inquérito à TAP – tal como foi proposto pelo Chega –, Rui Rocha respondeu que, para o seu partido, “a celeridade da conclusão da comissão de inquérito não é um valor em si mesmo”.

É óbvio que é importante que rapidamente se conheçam os factos, mas se houver factos ainda que necessitem de esclarecimento, isso para nós faz sentido”, salientou. Rui Rocha considerou que, “se isso ajudar à descoberta da verdade”, a comissão de inquérito “pode prolongar-se por mais algum tempo”, reforçando que o seu partido está “muito disponível” para levar a sua conclusão para “datas um pouco mais afastadas”.

No entanto, o líder da IL considerou que, caso se prolongue a comissão de inquérito, não “seria uma prioridade” ouvir João Galamba outra vez, numa alusão a outro requerimento apresentado pelo Chega que pede uma nova audição do ministro das Infraestruturas. Para Rui Rocha, já se ouviram “três, quatro, cinco versões de João Galamba sobre os acontecimentos”, pelo que uma nova audição do governante traria apenas “mais uma”, o que “não acrescenta grande coisa”.

“O primeiro-ministro gosta de falar de ‘horas e horinhas’, pois nós também já tivemos mentirinhas, mentiras e talvez algumas mentironas ao longo deste processo. E, portanto, não precisamos de mais versões, o que nós precisávamos era de descobrir a verdade”, disse. Para tal, segundo Rui Rocha, o que “parece essencial” é que tanto o primeiro-ministro como Mendonça Mendes prestem esclarecimentos.

“Esses dois esclarecimentos são aqueles que nos parecem fundamentais. Ouvir uma nova versão de um ministro como João Galamba, cujo capital político está completamente arrasado, não nos parece que seja realmente uma prioridade”, sublinhou.

O Chega pediu esta sexta a prorrogação do prazo da comissão parlamentar de inquérito à TAP por mais três meses, pretendendo ainda voltar a ouvir o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e a sua chefe de gabinete, Eugénia Correia. Reagindo a este pedido, o coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Bruno Aragão, considerou que, neste momento, não é necessário prolongar os seus trabalhos, defendendo que os portugueses pedem conclusões “doa a quem doer”.

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Nova ponte sobre o Douro vai chamar-se Ferreirinha

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

A proposta de nome para a nova ponte sobre o Douro recebeu 45% dos votos.

A nova ponte a ligar Vila Nova de Gaia ao Porto, no âmbito da construção da Linha Rubi do metropolitano, vai chamar-se Ferreirinha, anunciou esta sexta-feira a diretora do Jornal de Notícias, numa conferência na Reitoria da Universidade do Porto. Numa declaração durante a conferência do Jornal de Notícias “135 anos a criar pontes”, Inês Cardoso revelou que a proposta para a nova ponte sobre o Douro recebeu 45% dos votos.

Boa viagem, Ferreirinha, Douro, Boa passagem, União e Engenheiro Joaquim Sarmento foram os nomes propostos e cuja escolha, fruto de uma votação online, foi hoje anunciada após validação da comissão composta pelo ex-presidente da Metro do Porto, Ricardo Fonseca, pelo coordenador do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, Fernando Sousa, e pela professora da Faculdade de Letras do Porto, Fernanda Ribeiro.

O nome Ferreirinha, explica o jornal promotor da votação, tem “como objetivo evocar uma das figuras mais marcantes do Douro e do Vinho do Porto”. A nova ponte entre o Porto e Vila Nova de Gaia integra o projeto de construção da Linha Rubi do metropolitano e cujo concurso foi lançado em maio. Com um custo estimado de 435 milhões de euros, a obra deverá iniciar-se em novembro e estar pronta em 2026.

A segunda linha de metro entre as duas cidades poderá atingir aos 12 milhões de validações ao longo do ano, estima a Metro do Porto, de um projeto aberto também a quem a quiser atravessa a pé ou de bicicleta. A linha Rubi ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, inclui a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro e do custo total de 435 milhões de euros, 299 milhões são financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.

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CP alerta para perturbações de greve parcial dos revisores durante um mês

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

A CP já publicou ligações para listas de comboios que prevê vir a cancelar por causa da greve entre as 00:00 do dia 5 de junho e as 23:59 do dia 5 de julho de 2023.

A CP alertou esta sexta-feira para perturbações entre as 00:00 horas de segunda-feira e as 23:59 horas de cinco de julho devido a nova greve, desta vez parcial, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

“Informamos que, por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, para o período compreendido entre as 00:00 do dia 5 de junho e as 23:59 do dia 5 de julho de 2023, preveem-se perturbações na circulação ferroviária, em todos os serviços, com possível impacto nos dias anterior e seguinte ao período da greve, a 4 de junho e a 6 de julho”, avisou a operadora, no seu site.

Na mesma nota, a CP publica ligações para listas de comboios que prevê vir a cancelar por causa da greve entre os dias 4 e 12 de junho, nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional e urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra.

Num acórdão publicado pelo Conselho Económico e Social (CES) ficaram fixados serviços mínimos apenas no caso dos “serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações, bem como os serviços de emergência que, em caso de força maior, reclamem a utilização dos meios disponibilizados pela CP”, assim como nos comboios de socorro e na garantia de que “todas as composições que tenham iniciado a sua marcha deverão ser conduzidas ao seu destino e ser devidamente estacionadas em condições de segurança da própria composição e da eventual circulação”.

Na reunião para fixação de serviços mínimos, que teve lugar na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o representante do sindicato salientou que “se trata de uma greve parcial, não excedendo, em regra, mais de duas horas por dia, pelo que não se justificaria decretar serviços mínimos”. A CP, por seu turno, tinha pedido serviços mínimos de 50% nos comboios regionais e de 75% para os urbanos de Coimbra, o que justificou, segundo o acórdão, como forma de garantir “a comodidade dos passageiros”.

O SFRCI cumpriu, na passada quarta-feira uma greve de 24 horas que levou à supressão de centenas de comboios. O sindicato contesta o que diz ser a “falta e equidade na CP” e teme que sejam colocados em causa os postos de trabalho. A operadora já veio garantir que isso não irá acontecer, tendo chegado a acordo com os restantes sindicatos.

No seu aviso hoje publicado, a CP recordou que “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

A troca ou o reembolso podem ser efetuados no site da transportadora “até aos 15 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras”. Passado esse prazo e até 10 dias depois do final da greve o cliente pode pedir o reembolso através de um formulário online.

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Ana Paula Fernandes nomeada para a direção do instituto Camões

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Ana Paula Fernandes assumirá funções a partir de 17 de julho deste ano, substituindo no cargo o embaixador João Ribeiro de Almeida.

O Governo português nomeou Ana Paula Fernandes, atual chefe de unidade de Prospetiva, Reforma de Políticas e Relações Globais e coordenadora da Direção de Desenvolvimento da OCDE nestas áreas, para presidente do conselho diretivo do instituto Camões. De acordo com a edição do Diário da República, a nomeação de Ana Paula Fernandes foi assinada pelo primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

O despacho refere que foram apresentadas três propostas para o cargo e que Ana Paula Fernandes “evidencia perfil adequado e demonstrativo da aptidão e experiência profissional necessárias ao desempenho do cargo”. A comissão de serviço da futura presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua é de cinco anos, renovável por igual período.

Ana Paula Fernandes assumirá funções a partir de 17 de julho deste ano, substituindo no cargo o embaixador João Ribeiro de Almeida.

Natural de Guimarães, Ana Paula Fernandes tem 50 anos e uma licenciatura em Relações Internacionais pela Universidade do Minho, uma pós-graduação em Assuntos Europeus pelo ISEG e um mestrado em Cooperação Internacional pelo ISCTE.

Entre as várias funções que desempenhou foi assessora do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (2005-2009) e conselheira técnica na Delegação Permanente de Portugal junto da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assumindo a vice-presidência do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) durante quatro anos.

Desempenhava atualmente as funções de chefe de unidade de Prospetiva, Reforma de Políticas e Relações Globais e coordenadora do trabalho da Direção de Desenvolvimento da OCDE nestas áreas.

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Ministro admite “momento crítico” para alunos e avisa para “grande clivagem” entre ensino público e privado

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2023

"Este é um momento crítico para os alunos e temos de entender que quem é penalizado nestas greves, verdadeiramente, são os alunos, que dependem da escola pública", afirma João Costa.

O ministro da Educação, João Costa, admitiu esta sexta-feira que a escola pública atravessa um “momento crítico” com as greves de professores aos exames e avaliações finais, alertando para uma “grande clivagem” entre os alunos do ensino público e os alunos do ensino privado.

“Estamos preocupados, porque este é um momento crítico para os alunos e temos de entender que quem é penalizado nestas greves, verdadeiramente, são os alunos, que dependem da escola pública“, afirmou o governante.

João Costa falava à RTP3 a partir do Ministério da Educação, depois de o STOP ter anunciado que se juntava às nove organizações sindicais que já tinham avisado que iam fazer greve às avaliações de todos os anos de escolaridade. O Governo, por seu lado, já pediu que fossem decretados serviços mínimos.

Segundo o ministro, está a estabelecer-se “uma grande clivagem entre os alunos do ensino público e os alunos do ensino privado”, visto que os alunos da escola pública “não podem pagar explicações, não têm pais em casa que consigam ajudar”.

Lembrando os “passos” que o Executivo já deu em prol das exigências dos professores, João Costa sublinha que é necessário “garantir que os alunos, as famílias, os próprios professores têm direito à conclusão de um ano letivo sereno, num período que é de grande tensão para aqueles alunos que vão concorrer ao Ensino Superior ou que estão a terminar o ensino básico e têm de fazer escolhas para o 10.º ano”.

“Por isso, o nosso objetivo é voltar a ativar os pedidos de serviços mínimos para que as avaliações possam ocorrer e para que a escola pública como um todo não saia prejudicada“, disse.

A contestação dos professores dura desde dezembro, com a realização de greves e protestos de forma quase ininterrupta para exigir a recuperação de todo o tempo de serviço que não foi contabilizado após o descongelamento da carreira.

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Benfica, Vieira e Soares de Oliveira pedem instrução e refutam crimes no processo ‘Saco Azul’

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

A SAD do Benfica é acusada de dois crimes de fraude fiscal, com o MP a acusar também a sociedade Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento.

A SAD do Benfica, a sociedade Benfica Estádio, o ex-presidente ‘encarnado’ Luís Filipe Vieira, o administrador Domingos Soares de Oliveira e o ex-diretor Miguel Moreira pediram a abertura de instrução no processo ‘Saco Azul’, refutando todos os crimes.

Segundo o requerimento de abertura de instrução (RAI) destes arguidos, a que a Lusa teve acesso, a acusação do Ministério Público (MP) não apresenta provas e assenta numa “estória inconsistente, ilógica, intrinsecamente contraditória e inviável”, sublinhando-se os “seis longos anos” do processo e a ausência de indícios que apontassem para a existência de um “saco azul”. Por isso, a defesa dos arguidos pede para não serem pronunciados para julgamento.

“É artificial e inútil esperar que em audiência de julgamento se faça outra luz sobre as provas já existentes nos autos”, lê-se no RAI, que acrescenta: “Em face dos indícios recolhidos nos presentes autos, inexiste qualquer possibilidade razoável ou probabilidade de os requerentes, em face dos mesmos e por sua razão, virem, em julgamento, a ser condenados numa pena”.

A acusação do MP, de fevereiro deste ano, imputa ao ex-presidente do clube da Luz três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documento, tal como Domingos Soares de Oliveira – que se manteve na SAD do Benfica após a saída de Vieira da presidência (em 2021) – e o ex-diretor financeiro do Benfica Miguel Moreira. Estes crimes são imputados em coautoria com a empresa QuestãoFlexível e o arguido José Bernardes, que liderava esta sociedade.

A SAD do Benfica é acusada de dois crimes de fraude fiscal, com o MP a acusar também a sociedade Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento. Para a defesa destes arguidos, a tese do MP exigiria três aspetos: a simulação dos serviços prestados, o regresso do dinheiro ao Benfica em numerário, e que este seria usado para fins que levariam à sua dissimulação ou ocultação, numa conduta ilícita.

No entanto, é citado o relatório da Polícia Judiciária, de agosto de 2022, que admitiu que “não foi possível apurar as circunstâncias em que os referidos montantes regressaram ao Grupo Benfica, nem tão pouco a quem é que estes foram efetivamente entregues e qual o seu destino final”.

Considerando que a tese do saco azul “caiu em saco roto”, os advogados destacam ainda que os serviços prestados às sociedades ‘encarnadas’ foram reais – e não simulados – e que faltou fazer prova da intenção em defraudar o Fisco: “Não faz qualquer sentido que alguém pague, e por isso perca, quase dois milhões por serviços alegadamente inexistentes para obter em vantagem fiscal (apenas) cerca de meio milhão, ou coisa que o valha”.

O RAI contesta ainda a existência do alegado plano criminoso concebido por Luís Filipe Vieira para fazer sair dinheiro das contas do Benfica sob a forma de pagamentos para fazê-lo regressar em numerário, mediante a contratualização de serviços de consultoria e assistência informática prestados pela empresa QuestãoFlexível e que o MP entendia serem fictícios.

“O MP não quer estragar uma boa história com a verdade”, sustenta a defesa, ao sublinhar que seria lógico que os levantamentos em numerário só fossem feitos após os pagamentos das sociedades ‘encarnadas’, mas que tal não se verificou, realçando ainda que também as escutas efetuadas não apontaram qualquer evidência do alegado plano criminoso.

Argumentando que Vieira e Soares de Oliveira não têm responsabilidade criminal objetiva, uma vez que “não eram responsáveis pela contabilidade, não se relacionando com fornecedores, não controlavam os pagamentos ou recebimentos”, a defesa refere que a acusação assenta numa “generalização sem qualquer fundamento factual”. Uma lógica similar é aplicada a Miguel Moreira, ao vincar que, sendo os serviços prestados reais, os factos imputados pelo MP carecem de relevância criminal.

Nesse sentido, a defesa contesta os crimes de fraude e falsificação, salientando acerca do primeiro crime que ficaram por preencher os elementos necessários para a sua validação e que não existiu dolo, enquanto para o segundo crime também não se cumpriram os elementos ou que, no limite, deveria estar em causa um único crime continuado e não 19 crimes.

“Uma acusação como esta (…) não tem hipótese de andar. Está atrofiada de morte”, resume a defesa, que pediu a inquirição de 14 testemunhas para esta fase processual facultativa que visa verificar se os indícios são suficientemente fortes para levar os arguidos a julgamento. Por último, os advogados invocam uma eventual suspensão provisória do processo, por considerarem que se verificam os critérios para a aplicação deste mecanismo processual, sem prejuízo de uma decisão de não pronúncia que defendem como incontornável.

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Início do julgamento da ação da SIC contra Cristina Ferreira foi adiado

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Com este adiamento, também as alegações finais, que estavam agendadas para 07 de julho, serão adiadas.

O início do julgamento do processo que a SIC interpôs contra a apresentadora Cristina Ferreira foi adiado, de acordo com informação disponível no portal Citius. O início do julgamento estava previsto para 21 de junho no Tribunal de Sintra, mas agora a indicação que surge é que o mesmo foi adiado.

Em setembro de 2020, a SIC deu entrada com um processo contra a apresentadora e diretora de ficção e entretenimento da TVI, Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, para o pagamento de uma indemnização de 20 milhões de euros.

O montante apurado tem em conta, além do incumprimento do contrato que estava em vigor até 2022, os prejuízos calculados por perdas de receitas em IVR (concursos com chamadas de valor acrescentado), em publicidade, em patrocínios e em ações comerciais.

A saída de Cristina Ferreira da SIC foi conhecida em 17 de julho de 2020, altura em que foi anunciado que iria regressar à TVI dali a dois meses como diretora e tornar-se acionista da Media Capital.

Quase três anos depois, Cristina Ferreira, que sempre disse que “a referida quantia não tem qualquer fundamento ou base contratual”, ia ser ouvida em 21 de junho no processo que a estação do grupo Impresa colocou. Nesse mesmo dia, seria também ouvido o presidente executivo (CEO) da dona da SIC, Francisco Pedro Balsemão.

Com este adiamento, também as alegações finais, que estavam agendadas para 07 de julho, serão adiadas.

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) iniciou uma greve atípica no dia 29 de maio, realizada em moldes diferentes consoante os serviços e comarcas, o qual decorre até 14 de julho. Esta greve não é contínua e o pré-aviso de greve incide nos dois últimos dias de maio, 01, 02, 05 a 09, 12 a 16, 19 a 23 e 26 a 30 de junho, e nos dias 03 a 07 e 10 a 14 de julho.

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Ajay Banga toma posse como presidente do Banco Mundial

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Para atingir "essas ambições é preciso evoluirmos, sermos criativos, maximizar os recursos e criar novas parcerias com a sociedade civil", disse Banga aos trabalhadores do Banco Mundial.

O novo presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, assumiu esta sexta-feira oficialmente o cargo sucedendo a David Malpass, que deixou a liderança da instituição na quinta-feira, segundo fontes citadas pela AFP. Ajay Banga, 63 anos, um indo-norte-americano indicado pelos Estados Unidos como candidato ao cargo, acabou por ser eleito em maio.

Afirmou várias vezes que pretende dar prioridade ao financiamento da luta contra as alterações climáticas e à reforma do Banco Mundial (BM). O novo presidente do BM nasceu e cresceu na Índia e foi anteriormente presidente do grupo de serviços financeiros Mastercard.

Numa mensagem dirigida aos colaboradores e a que AFP teve acesso, Banga sublinhou a sua vontade de “criar um mundo livre de pobreza, num planeta habitável”. Para atingir “essas ambições é preciso evoluirmos, sermos criativos, maximizar os recursos e criar novas parcerias com a sociedade civil”, apontou.

O conteúdo das reformas da instituição deve ser conhecido na próxima reunião anual do BM e do Fundo Monetário Internacional (FMI) que vai decorrer em outubro em Marraquexe. Historicamente, o Banco Mundial é liderado por um norte-americano e um europeu lidera o FMI.

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Consumo de eletricidade caiu 2% em maio. Gás natural tombou 24,6%

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

A Nigéria foi o maior fornecedor de gás de Portugal, “com uma quota de 54,2%, seguindo-se os EUA com 45,8%”.

O consumo de energia elétrica caiu 2% em maio e o de gás natural reduziu-se em 24,6%, em termos homólogos, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pela Adene – Agência para a Energia.

Num comunicado, a entidade revelou que “em maio de 2023, o consumo de energia elétrica totalizou 3.972 GWh [gigawatts hora] menos 2% face ao mês homólogo”, destacando que as energias renováveis abasteceram 49% do consumo de eletricidade em Portugal, e que o saldo importador foi de 34%. As não renováveis abasteceram 17% do consumo, disse a Adene.

Segundo a entidade, a distribuição do abastecimento do consumo de eletricidade teve a seguinte desagregação por fonte: eólica 28%, térmica não renovável 17,0% (essencialmente gás natural), solar fotovoltaico 9% e hídrica e biomassa, ambas com 6%.

A Adene realçou que o mês de maio “destaca-se pela forte produção eólica e solar, com crescimentos superiores a 32% face a maio de 2022”, sendo também “de assinalar a queda de 44% da produção hídrica para igual período”. A entidade revelou ainda que, quanto ao gás natural, em maio o consumo foi de 3.800 GWh, “menos 24,6% face ao mês homólogo”.

Segundo a Adene, “o mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por aproximadamente 28% do consumo, sendo os restantes 72% destinados ao mercado convencional”.

A agência revelou ainda que a Nigéria foi o maior fornecedor de gás de Portugal, “com uma quota de 54,2%, seguindo-se os EUA com 45,8%”, indicando que “não houve importação de gás natural através das interligações com Espanha”.

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Freguesia lisboeta do Beato ultrapassa rácio de alojamento local e ficam suspensos novos registos

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

Com esta atualização, passa a estar suspensa a emissão de licenças de alojamento local em 16 das 24 freguesias de Lisboa.

A freguesia do Beato, em Lisboa, tem mais de cinco licenças de alojamento local por cada 200 fogos de habitação permanente, ultrapassando o rácio de 2,5%, pelo que a autorização de novos registos está suspensa, indicou a câmara.

Com esta atualização, passa a estar suspensa a emissão de licenças de alojamento local (AL) em 16 das 24 freguesias de Lisboa: Ajuda, Alcântara, Areeiro, Arroios, Avenidas Novas, Beato, Belém, Campo de Ourique, Campolide, Estrela, Misericórdia, Parque das Nações, Penha de França, Santa Maria Maior, Santo António e São Vicente”, referiu a câmara, em resposta à agência Lusa.

A informação de que o Beato entrou para o grupo de freguesias de Lisboa onde a autorização de novos registos está suspensa foi avançada esta sexta pelo jornal Diário de Notícias. Após questões da agência Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) informou que “a freguesia do Beato ultrapassou o rácio de 2,5% de AL definido pela suspensão atualmente em vigor na cidade de Lisboa” e, por isso, passam a estar suspensas as emissões de novos títulos de AL.

De acordo com a autarquia, passaram a existir na freguesia do Beato “mais de cinco licenças de AL por cada 200 fogos de habitação permanente, o que significa que não podem ser atribuídos novos títulos de exploração”.

A suspensão de novos registos de AL nas freguesias onde se verifique um rácio entre o número de estabelecimentos de alojamento local e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5% entrou em vigor em 15 de abril de 2022, com duração prevista de pelo menos seis meses, mas o período de vigência foi prorrogado, por duas vezes, vigorando até à aprovação da alteração ao Regulamento Municipal do Alojamento Local.

Proposta pelos vereadores de PS, BE e Livre na CML, a medida foi sempre aprovada com os votos contra dos eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que governam sem maioria absoluta, sob presidência do social-democrata Carlos Moedas. Atualmente, as freguesias com um maior rácio são Santa Maria Maior, com 67%; Misericórdia, com 50,3%; Santo António, com 24,4%; São Vicente, com 19,1%; e Arroios, com 13,3%.

As restantes 11 freguesias onde se aplica a suspensão de novos registos de AL têm um rácio inferior a 10%, nomeadamente Estrela (8,8%), Avenidas Novas (7%), Alcântara (6%), Campo de Ourique (5,4%), Parque das Nações (4,9%), Penha de França (4,9%), Ajuda (3,9%), Belém (3,9%), Areeiro (2,9%), Beato (2,8%) e Campolide (2,7%), segundos dados da CML.

Em 19 de abril, a Câmara de Lisboa aprovou a proposta dos vereadores da oposição, apresentada em alternativa à da vereadora do Urbanismo, para que antes da alteração ao Regulamento Municipal do Alojamento Local (RMAL) seja aprovada a Carta Municipal de Habitação.

A proposta da vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação “Novos Tempos” PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que fica adiada até que seja viabilizada a Carta Municipal de Habitação, pretendia submeter a consulta pública, “pelo período de 30 dias úteis”, o projeto de alteração do RMAL, que apresenta novos rácios para as áreas de contenção absoluta e relativa.

Os novos rácios iriam resultar num novo mapa, com proibição de novos registos de AL em cinco das 24 freguesias da cidade, bem como a limitação de licenças em três freguesias e em 19 bairros de outras nove freguesias, segundo o projeto proposto pela vereadora do Urbanismo.

Sobre o impacto das medidas do programa do Governo Mais Habitação na alteração do RMAL, a CML referiu: “Apesar de o Governo ter optado por não ouvir os municípios na preparação do pacote Mais Habitação, que tem impacto significativo no AL, sabemos a importância de ajustar o RMAL à realidade atual da cidade de Lisboa”.

“Mantemos o foco na alteração do RMAL para adaptar as regras municipais para a atividade do AL à situação atual, sempre numa lógica de equilíbrio, com reforço da fiscalização e sem suspensões ou proibições arbitrárias”, reforçou a câmara, em resposta escrita à Lusa.

Sob proposta do Governo, o parlamento aprovou, apenas com os votos a favor do PS (partido que tem maioria absoluta), que as novas licenças de AL vão ser suspensas até 31 de dezembro de 2030, em todo o território nacional, com exceção de cerca de 200 concelhos e freguesias do interior, e que os registos emitidos à data de entrada em vigor das novas regras caduquem a 31 de dezembro de 2030, sendo, a partir daí, renováveis por cinco anos.

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