EUA elogiam Portugal por decisão de banir empresas chinesas do 5G

Embaixadora dos EUA vê com agrado a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança que excluiu a Huawei do 5G. Palavras de elogio foram dadas no dia em que a decisão foi publicamente conhecida.

Os EUA ficaram satisfeitos com a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança que impede a utilização de equipamentos de fabricantes chineses, como a Huawei, nas redes de 5G e obriga à remoção dos já existentes num prazo de cinco anos. Decisão vai ao encontro de uma reivindicação antiga de Washington.

A posição dos EUA foi partilhada pela embaixadora em Portugal, Randi Charno Levine, num discurso proferido num jantar da AmCham: Câmara de Comércio Americana em Portugal, que teve lugar na quinta-feira da semana passada, dia 25 de maio. O mesmo dia em que a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança foi divulgada no site do Gabinete Nacional de Segurança. O documento tem a data de 23 de maio.

Segundo o relato feito ao ECO por um dos presentes no jantar, Randi Charno Levine sublinhou no seu discurso a longa amizade entre os dois países, abordou a guerra na Ucrânia, mas o tema de fundo foi a China e a necessidade de reduzir o risco de exposição ao país, que norteia a política externa americana liderada por Antony Blinken. Foi neste contexto que a embaixadora congratulou Portugal pela decisão de Portugal adotar uma solução para as redes 5G que não depende de fabricantes chineses. O ECO tentou contactar por várias vezes a embaixada, mas até ao momento não teve resposta.

Há vários anos que os EUA pedem que Portugal avance com uma medida já adotada por outros países, embora sem a mesma abrangência. A Huawei entrou para a “lista negra” americana em maio de 2019, pela mão do então presidente dos EUA, Donald Trump, com a justificação, sempre negada pela tecnológica chinesa, de que era usada para atividades de espionagem por Pequim.

A pressão atravessou o Atlântico, com Washington a ameaçar deixar de partilhar informação confidencial caso as redes 5G fossem construídas com equipamentos de empresas chinesas. Portugal não foi exceção. O anterior embaixador em Portugal, George Glass, deixou o mesmo alerta em fevereiro de 2019, defendendo que se a Huawei fosse incluída no desenvolvimento das redes 5G poderiam ser afetadas as relações dos EUA com Portugal no quadro da troca de informações entre países membros da NATO.

“Quando estamos a falar de infraestruturas críticas e necessidade de segurança social, não podem trabalhar com a China. (…) Preferíamos que não houvesse qualquer equipamento da Huawei na rede 5G”, reafirmou George Glass numa entrevista ao Expresso em setembro de 2020.

A pressão aumentou a partir do momento que Pequim se aproximou de Moscovo após a invasão da Ucrânia e os EUA apontaram a China como o seu grande adversário estratégico no plano económico, político e militar. Em janeiro, o presidente Joe Biden, anunciou que ia deixar de conceder licenças às empresas americanas para exportarem tecnologia para o gigante chinês das telecomunicações.

A União Europeia também tem demonstrado preocupação em relação à segurança das redes 5G. Em 2020, adotou o “Cybersecurity of SG networks: EU Toolbox of risk mitigating measures”, onde se inclui a aplicação de “restrições adequadas aos fornecedores considerados de alto risco, incluindo exclusões necessárias, no respeitante aos ativos essenciais”.

A deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança vem possibilitar que seja determinada “a exclusão” dos equipamentos considerados de “alto risco” não apenas da rede principal como também dos sistemas de gestão, das redes de acesso via rádio, das redes de transmissão e de transporte e dos sistemas de interligações entre redes.

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“Nem Rússia nem Ucrânia vão ganhar a guerra”

  • Lusa e ECO
  • 2 Junho 2023

João Lourenço garante que Angola está contra a invasão da Ucrânia, mas pede diálogo entre Zelenski e Putin. Militarmente ninguém vai ganhar.

João Lourenço afirma que Angola está contra a invasão da Ucrânia e considera que não haverá vitória militar de qualquer das partes, pelo que é urgente realizar conversações, “antes que seja tarde”. “A nossa posição é muito clara (…) condenamos a ocupação, pior do que isso, a anexação de parte do território ucraniano pela Rússia, mas para se pôr fim a isso, é preciso conversar, porque militarmente ninguém vai ganhar, nem a Rússia (…) vai tomar a Ucrânia, nem a Ucrânia vai tomar Moscovo“, declara João Lourenço, numa entrevista conjunta concedida à Lusa e ao jornal Expresso.

Segundo o Presidente angolano, militar de formação, a “tendência de rearmamento da Ucrânia, que está no direito legítimo de se defender”, não vai levar “necessariamente” a uma vitória militar sobre a Rússia, nem vice-versa. “Antes que seja tarde, é preciso sentar à mesa de conversações“, apela.

João Lourenço adverte que, se o sentido da guerra for para piorar, não é “utópico” o risco de uma confrontação nuclear: “E, aí, não será entre a Rússia e Ucrânia, será entre as grandes potências”.

Para o chefe de Estado angolano, a iniciativa dessas negociações deve caber aos líderes dos dois países, Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, mas os Estados Unidos e a China poderão encorajar essa ação. “Penso e já tenho defendido que os Estados Unidos da América e a China, se chegarem a um entendimento, (…) deixando temporariamente de lado a questão de Taiwan, e decidirem que nos próximos três ou seis meses vão trabalhar juntos a favor da paz na Ucrânia, acredito que estaremos muito mais próximos de a alcançar“, afirma.

Apesar de “lamentar” esta guerra, João Lourenço teme que se estejam a esquecer outros conflitos no mundo, que também ceifam vidas, destroem património e causam ondas de refugiados.

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“Angola recebe muitos recados por causa da China”

  • Lusa e ECO
  • 2 Junho 2023

João Lourenço revela que a maior empresa chinesa que entrou em Angola foi a Huawei, admite que recebe muitos "recados" por causa do investimento chinês, mas não vê razões para isso.

O chefe de Estado angolano rejeita a ideia de que há um grande investimento chinês em Angola, ao contrário do que acontece na Europa e na América. “A maior empresa chinesa que assentou arraiais aqui em Angola é a Huawei, não há mais nenhuma, de resto, são micro e pequenas empresas de cidadãos chineses, muitos deles que vieram empregados das empresas que eram contratadas para as empreitadas e acabaram por ficar e fazem os seus negócios“, diz João Lourenço em entrevista conjunta à Agência Lusa e ao Expresso.

Segundo o Presidente, a entrada do capital chinês em Angola verificou-se na sequência da fracassada conferência de doadores prevista para 2002 em Bruxelas e que nunca chegou a realizar-se, apesar do país necessitar de ajuda para reconstruir o país depois da guerra. “Quem nos estendeu a mão nessa altura foi a China, que concedeu uma linha de financiamento para recuperação de infraestruturas (…) e que Angola vai ter que pagar, já está a pagar (…) e os valores não são poucos“, relata, comparando as relações económicas: “Entre quem empresta dinheiro e quem investe, é uma diferença muito grande“.

Questionado sobre os eventuais receios vindos a público, por parte dos Estados Unidos, relativamente à presença chinesa em Angola, Lourenço descartou-os, considerando que o seu país “está aberto para todos” e “há espaço para todos”.

"Portanto, não basta dizer cuidado com a China (…) e o caricato é que os que nos vêm dizer para ter cuidado, recebem investimento privado chinês todos os dias na suas terras e vêm-nos dizer a nós (…) aqui, que não temos investimento privado chinês.”

João Lourenço

A título de exemplo, o Presidente angolano citou o caso do corredor do Lobito, que será financiado com recursos americanos. À obra concorreu um consórcio chinês, mas foi um outro, europeu, formado por uma empresa portuguesa, outra suíça e uma belga, que venceu. “Há concorrência sim, mas em Angola não é tão grande assim, aqui está tudo por fazer, ninguém pode se queixar“, diz.

João Lourenço realça que Angola recebe “muitos recados para ter cuidado”, mas que esses mesmos recados, oriundos “de muitos pontos” e de “concorrentes”, não são capazes de explicar as razões para essa advertência. “Portanto, não basta dizer cuidado com a China (…) e o caricato é que os que nos vêm dizer para ter cuidado, recebem investimento privado chinês todos os dias na suas terras e vêm-nos dizer a nós (…) aqui, que não temos investimento privado chinês“.

Referindo-se em concreto ao caso da Huawei, sobre a qual surgiram noticias de que o Governo português remeteu para a Anacom a eventual possibilidade de aplicar restrições ao uso dos equipamentos daquela marca no âmbito do 5G, Lourenço especificou que se houver razões objetivas para aplicar sanções a empresas, Angola terá que “parar para pensar”. “Mas enquanto isso não acontecer e se a concorrência que fizerem for leal e respeite a legislação em vigor, não vemos nada contra o investimento chinês”, concluiu.

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Lourenço quer mais investimento português em Angola

  • Lusa
  • 2 Junho 2023

O Presidente angolano elogia o estado das relações com Portugal em vésperas de receber António Costa.

O Presidente angolano, João Lourenço, elogia o estado das relações com Portugal em vésperas de receber o primeiro-ministro português e apela a um maior investimento das empresas portuguesas para diversificar a economia do seu país. “As relações estão muito boas, nunca estiveram tão bem quanto agora, precisamos é de aumentar o investimento português em Angola e onde for possível“, afirma o Presidente angolano, numa entrevista conjunta concedida à Lusa e ao Expresso.

Dizendo esperar da visita de António Costa, entre 5 e 6 de junho, “o reforço das relações de amizade e de cooperação económica entre os dois países“, João Lourenço vê no aumento de uma linha de crédito para investimento um incentivo à deslocação das empresas, que incluiu nos aspetos da “mobilidade económica”.

Um dos acordos que será assinado em Luanda durante a visita de António Costa é precisamente o aumento da linha de financiamento de 1,5 mil milhões para dois mil milhões de euros, negociado no início de abril numa visita do ministro das Finanças português, Fernando Medina. Esta linha de financiamento permanente garante o pagamento à empresa em caso de incumprimento do Estado angolano e permite financiar projetos definidos Angola. Segundo João Lourenço, o crédito à exportação “incentiva a deslocação das empresas portuguesas para Angola, uma vez que elas se sentem mais confortáveis e com a garantia de que o que vêm fazer a Angola fica coberto por esse crédito“. Para o Presidente angolano, esse crédito deverá ser utilizado “em princípio”, para a construção de infraestruturas, nomeadamente a construção da Basílica da Muxima e um conjunto de estradas nacionais.

"As relações estão muito boas, nunca estiveram tão bem quanto agora, precisamos é de aumentar o investimento português em Angola e onde for possível.”

João Lourenço

Além disso, João Lourenço assinalou em particular alguns setores da economia nos quais Luanda gostaria de ver um maior investimento português. “Onde pretendemos maior investimento privado estrangeiro é, nomeadamente, na agropecuária, turismo — onde o investimento português é mais baixo comparativamente com investimentos em outros países — (…), na agricultura, nas pescas, nas indústrias, fora a indústria petrolífera”, indica.

Para Lourenço, Luanda gostaria também de ver os investidores portugueses a adquirir mais ativos que estão a ser alienados, no quadro das atuais privatizações. “Há um conjunto grande de ativos na esfera pública que queremos passar para a esfera privada, os investidores portugueses estão convidados a habilitarem-se à compra desses mesmos ativos“, destaca ainda. E sublinha: “O investimento português não tem baixado, mas nós não estamos ainda satisfeitos, pensamos que ainda há muito espaço para crescer, pode haver muito mais do que aquele que Angola tem recebido”.

De acordo com o chefe de Estado angolano, depende apenas da capacidade do empresariado português aumentar a sua presença, porque — insiste — “o interesse [de Angola] nunca deixou de existir, o interesse sempre foi grande“.

Nesta entrevista, o Presidente João Lourenço reconhece também que Luanda está “em falta” para com algumas empresas portuguesas relativamente a créditos por liquidar, estando ainda por pagar cerca de 100 milhões de euros da chamada “dívida certificada”, a que é reconhecida pelo Estado angolano. “Estou a referir-me à dívida certificada, que anda à volta dos 500 milhões de euros, um pouco mais de 500 milhões“, diz, assinalando que, desse valor, Angola pagou quase 400 milhões. “Isto significa dizer que estamos em falta para com algumas empresas portuguesas no valor de cerca de 100 milhões de euros, isso com relação à dívida certificada”, afirma o dirigente angolano.

Quanto à dívida “não certificada”, diz que ascende a cerca de 200 milhões de euros, que ainda precisam de ser validados pelas autoridades angolanas.

"Há um conjunto grande de ativos na esfera pública que queremos passar para a esfera privada, os investidores portugueses estão convidados a habilitarem-se à compra desses mesmos ativos.”

João Lourenço

Outro dos aspetos relevantes da relação entre os dois países é o que diz respeito ao destino das participações da Sonangol, no Millennium BCP e na Galp, bem como da Efacec.

Sobre a decisão da Galp de alienar os blocos petrolíferos que detinha em Angola, João Lourenço limitou-se a dizer: “É evidente que se permanecessem seria melhor, mas eles terão as suas razões para se terem retirado“.

Já no que respeita à possibilidade de a Sonangol vir a alienar as suas participações naquelas empresas portuguesas, João Lourenço disse que não há qualquer decisão. “Se algum dia houver esse interesse da parte da Sonangol, esse interesse será manifestado, se não acontecer, está tudo bem, vamos continuar”, diz.

Já quanto ao destino da Efacec, que foi nacionalizada por Portugal, João Lourenço assegura que o Governo português “não deu passo nenhum sem consultar as autoridades angolanas“. “No quadro da recuperação de ativos, o importante é que Angola não perca e, em princípio, temos assegurado que Angola não vai perder. Eu não posso, ao meu nível, entrar no detalhe, a única garantia é que devo dar é que os interesses de Angola estarão sempre salvaguardados”, conclui.

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CGD adia decisão sobre dividendos

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

O banco público tinha confirmado a distribuição de 352 milhões de euros em dividendos, a que deverá acrescer a entrega do edifício-sede o Estado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) adiou para nova assembleia geral de acionistas, a realizar este mês, a deliberação sobre a distribuição de dividendos, informa o banco em comunicado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A deliberação relativa à proposta de aplicação de resultados será tomada em nova Assembleia Geral a realizar no corrente mês de junho”, afirma a CGD, no comunicado sobre as deliberações da assembleia geral de 31 de maio. Nessa assembleia, a CGD deliberou a aprovação do Relatório de Gestão e as Contas individuais e consolidadas, do Relatório de Governo Societário e do Relatório de Sustentabilidade referentes ao exercício de 2022.

Quando apresentou os resultados do primeiro trimestre, há cerca de três semanas, o banco público confirmou a distribuição de 352 milhões de euros em dividendos sobre o ano passado, a que deverá acrescer a entrega do edifício-sede como dividendo em espécie.

A CGD registou lucros de 285 milhões de euros no primeiro trimestre, quase o dobro dos 146 milhões de euros dos primeiros três meses de 2022.

Entre janeiro e março, mais de 300 milhões de euros em depósitos saíram da CGD, segundo os resultados divulgados. No final de março, na atividade em Portugal, a CGD tinha 69.288 milhões de euros em depósitos, menos 339 milhões de euros do que em final de 2022, quando tinha 69.627 milhões de euros em depósitos.

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Preço regulado do gás sobe em média 0,6% em outubro

Os preços de venda a clientes finais do mercado regulado para os consumidores domésticos vai aumentar 0,6% a partir de outubro face aos preços atuais e 1,3% face ao ano anterior, avança o regulador.

Os preços de venda a clientes finais do mercado regulado para os consumidores domésticos vai aumentar 0,6% a partir de outubro face aos preços atuais e 1,3% face ao ano anterior, avança o regulador.

Face ao preço médio do gás no anterior (2022-2023), os consumidores em mercado regulado registarão, a partir de outubro (ano gás 2023-2024), um acréscimo médio de 1,3% no preço de venda final.

“Contudo, tendo presente a atualização trimestral, ocorrida em janeiro de 2023, os consumidores em mercado regulado irão observar, em outubro de 2023 face aos preços em vigor, um aumento médio de 0,6%”, explica o regulador.

Neste sentido, a fatura do gás para um casal sem filhos (normalmente com um consumo de 1610 kWh/ano) vai subir para os 13,69 euros, mais 15 cêntimos que em setembro deste ano. Já um casal com dois filhos (com um consumo de 3407 kWh/ano) aumenta em 10 cêntimos a fatura, para os 25,78 euros.

Já os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 31,2% sobre as tarifas de venda a clientes finais.

Preços do mercado livre pressionados

Estão sujeitos a estas variações os cerca de 431 mil consumidores que permaneciam, no final de abril de 2023, no Comercializador de Último Recurso e que representam cerca de 4,1% do consumo nacional.

No entanto, as decisões publicadas esta quinta-feira pelo regulador podem afetar indiretamente os clientes que optam pelo mercado livre, na medida em que as tarifas de Acesso às Redes são pagas por todos os consumidores. As tarifas de Acesso às Redes nos preços de venda a clientes finais do mercado livre, com consumos superiores a 10.000 metros cúbicos por ano (essencialmente consumidores industriais) vão subir 2,9% a partir de outubro, em alta pressão, e 3,3% em média a baixa pressão.

“De referir que, o impacte total nos consumidores em mercado liberalizado depende, não apenas das tarifas de Acesso às Redes, mas também, da componente de energia adquirida por cada comercializador nos mercados internacionais”, conclui o regulador.

(Notícia atualizada às 21:06 com mais informação)

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BRICS debatem nova ordem multipolar na África do Sul

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

O chefe da diplomacia da Índia instou o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a "enviar uma forte mensagem de que o mundo é multipolar, e que está a reequilibrar-se".

Os chefes da diplomacia dos países do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), começaram a debater esta quinta-feira, na Cidade do Cabo, a criação de uma nova ordem “multipolar” mundial. Os ministros defenderam a nova ordem no início de uma reunião de dois dias, em que também estão a preparar a cimeira de chefes de Estado e de Governo, agendada para agosto na África do Sul.

Na abertura do encontro, a ministra das Relações Internacionais e Cooperação sul-africana, Naledi Pandor, indicou que o BRICS deve “aportar na liderança de um mundo fraturado pela tensão geopolítica, desigualdade e deterioração da segurança global”. Pandor defendeu também a “inclusão de África e do mundo num mundo mais justo e equitativo baseado no respeito mútuo e soberania igual das nações”.

A África do Sul, que preside atualmente ao grupo BRICS, indicou que pelo menos 19 países da Ásia, América Latina e Europa, enviaram por escrito pedidos de adesão ao grupo regional, salientando que a agenda de expansão integra o potencial estabelecimento de uma moeda comum.

Nesse sentido, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, frisou que “o mundo está a mudar”, salientando que “os países da América Latina, Ásia e África estão a fortalecer as suas posições e a mostrar disposição para manterem os seus interesses nacionais e desempenhar um papel igualitário nos processos globais”.

“A ordem mundial que estava orientada a gerar benefícios para um país ou para um grupo de países é um tema do passado”, vincou o chefe da diplomacia russo. O ministro russo denunciou que “o Ocidente está a envolver-se na chantagem e as sanções tratam de influenciar a seleção de modelos económicos”, garantindo que “os BRICS desempenharão um papel cada vez mais importante nos assuntos globais, especialmente porque esta união é um verdadeiro exemplo de multilateralismo, inclusão e não discriminação”.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou no início da reunião que o BRICS “é um mecanismo indispensável para construir uma ordem mundial multipolar que reflita as vozes e necessidades dos países em desenvolvimento”. O governante brasileiro elogiou a recente nomeação da ex-chefe de Estado brasileira Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS.

Por seu lado, o chefe da diplomacia da Índia, SubrahmanyamJaishankar, instou o BRICS a “enviar uma forte mensagem de que o mundo é multipolar, e que está a reequilibrar-se”, defendendo a reforma dos organismos de decisões globais como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). “A arquitetura internacional atual não reflete a política, a demografia ou as aspirações atuais”, indicou.

Está previsto que no final do encontro, em que interveio também o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, o grupo divulgue um comunicado conjunto. No final do primeiro dia, os ministros do BRICS reiteraram ainda o “reforço do multilateralismo”, incluindo o cumprimento dos princípios da carta da ONU, expressando preocupação com “o uso de medidas coercivas unilaterais, que são incompatíveis com os princípios da carta da ONU e produzem efeitos negativos notadamente no mundo em desenvolvimento”.

A reunião na Cidade do Cabo contará ainda com a presença de delegados de países como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e o Cazaquistão, que manifestaram intenção de integrar o grupo das principais economias emergentes no mundo, segundo o embaixador sul-africano no BRICS, Anil Sooklal. O Brasil, a Rússia, a Índia e a China criaram em 2006 o grupo BRIC, a que se juntou a África do Sul em 2010, em Joanesburgo.

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PSD diz que Costa assume que Galamba mentiu e deixa dúvidas sobre utilidade de inquérito

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

"Se temos ministros a mentir numa CPI com a anuência do primeiro-ministro, colocamos em causa a sua utilidade, se for para os ministros continuarem a mentir", disse o secretário-geral do PSD.

O secretário-geral do PSD considerou que o primeiro-ministro assumiu esta quinta-feira que o ministro das Infraestruturas mentiu na comissão de inquérito à TAP e ao país, e deixou dúvidas sobre a utilidade de um inquérito parlamentar nestas condições.

Hugo Soares reagia, em conferência de imprensa na sede nacional do partido, às respostas enviadas pelo primeiro-ministro, António Costa, ao PSD relativas à atuação dos serviços de segurança na recuperação de um computador levado do Ministério das Infraestruturas, em que afirma que a ação do SIS não envolveu qualquer autorização sua nem resultou de sugestão do seu secretário de Estado Adjunto, António Mendonça Mendes.

Questionado se o PSD admite avançar com uma comissão de inquérito à atuação das “secretas”, Hugo Soares reafirmou que o partido não exclui qualquer instrumento, até porque ainda falta ouvir no parlamento Mendonça Mendes, mas deixou algumas dúvidas sobre a utilidade deste mecanismo. “Se temos ministros a mentir numa comissão parlamentar de inquérito com a anuência do primeiro-ministro, colocamos em causa a sua utilidade, se for para os ministros continuarem a mentir”, disse.

O dirigente social-democrata acusou ainda o Governo de parecer “ter interesse em prolongar esta novela”: “Sinceramente, dá a sensação de que o Governo não fala propositadamente com clareza e com verdade ao país, porque enquanto esta novela prossegue, há uma vida real lá fora”, disse.

Face às respostas hoje dadas pelo primeiro-ministro, das duas uma: ou demite imediatamente o ministro João Galamba, a quem imputou de ter mentido ao parlamento numa comissão de inquérito e ao país ou podemos dizer que o senhor primeiro-ministro se demitiu do país”, afirmou.

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Maioria dos consumidores quer que as marcas despertem emoções, diz relatório

Segundo um relatório da Wunderman Thompson, 49% das pessoas são mais propensas a realizar compras de marcas que lhes deem uma sensação de alegria e 45% de marcas que as surpreendam e encantem.

A maioria das pessoas quer que as marcas lhes desperte emoções, sendo que 65% dos consumidores diz querer ser surpreendido por elas. Esta é uma das conclusões de um recente relatório da Wunderman Thompson, que inquiriu três mil adultos do Reino Unido, dos EUA e da China.

Entre os inquiridos, 63% diz querer que as empresas e marcas proporcionem experiências multissensoriais e 61% quer que as marcas os ajudem a sentir emoções fortes.

Estas pretensões parecem ser mais vincadas entre as gerações mais novas, tendo em conta que, entre gerações, a que apresentou uma maior percentagem de pessoas que dizem “querer viver num mundo onde as marcas pensam que dar arrepios aos consumidores é importante” foi a geração Z. (65%)

Esta percentagem desce muito ligeiramente entre os millenials (64%), mas apresenta diferenças maiores quanto mais velhas são as gerações, nomeadamente a geração X (53%) e os Baby Boomers (36%).

“É tempo de refazer o mundo através das lentes do ‘reencantamento’ onde as novas métricas das marcas são queixos caídos, corações inchados e arrepios. As marcas conseguem ajudar as pessoas a transcender tempos difíceis e a afastar um mal-estar duradouro através de uma celebração emocionante, inspiradora e mágica”, refere no relatório Marie Stafford, diretora global da Wunderman Thompson Intelligence.

Segundo os dados avançados por Stafford, 49% das pessoas são mais propensas a realizar compras de marcas que lhes deem uma sensação de alegria e 45% de marcas que as surpreendam e encantem. Por outro lado, apenas 26% é mais suscetível de comprar de marcas que “apenas” cumpram com o que disseram que iam fazer.

No entanto, as marcas parecem não estar a conseguir responder a estes desejos, tendo em conta que 70% dos inquiridos afirmam não se lembrar da última vez que uma marca fez alguma coisa que os tenha deixado empolgados.

Na verdade, segundo o relatório, 61% das pessoas consideram até que atualmente as empresas e marcas “não estão a fazer nada de original”.

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Macron e Scholz pedem repetição de eleições autárquicas no Kosovo

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

A Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, disse que estava "disponível para considerar" a proposta feita pela França e pela Alemanha.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediram esta quinta-feira a realização de novas eleições em municípios disputados no norte do Kosovo, cenário de confrontos recentes.

Pedimos a ambas as partes que organizem novas eleições nestes quatro municípios, o mais rapidamente possível”, com um “compromisso do Kosovo” e “uma participação nestas eleições de forma clara por parte do lado sérvio”, disse Macron, após uma reunião quadripartida com os presidentes sérvio e kosovar em Chisinau, na Moldova, à margem da cimeira da Comunidade Política Europeia que hoje decorreu naquele país.

A Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, disse pouco depois que estava “disponível para considerar” a proposta feita pela França e pela Alemanha. A União Europeia (UE) também prometeu reunir ministros de ambos os países para tentar encontrar uma solução para este problema.

O chefe de Estado francês criticou ainda “a lamentável organização de eleições quando não foram dadas as garantias de um desfecho adequado”, bem como a eleição de “quatro autarcas com menos de 5% dos eleitores, o que obviamente não é condição de legitimidade”.

Pelo quarto dia consecutivo, dezenas de manifestantes sérvios concentraram-se diante das câmaras de três municípios do norte do Kosovo para exigir a saída dos presidentes de câmara albaneses, cuja autoridade não reconhecem, e da polícia kosovar.

Os protestos decorrem em Zvecan, Leposavic e Zubin Potok, em frente às instalações municipais, onde os soldados da missão de paz da NATO no Kosovo (KFOR) colocaram barreiras metálicas e arame farpado. A situação é de uma calma aparente, após os violentos confrontos de segunda-feira entre manifestantes e as forças de segurança em Zvecan, que fizeram cerca de 80 feridos, 30 soldados da KFOR e 50 manifestantes sérvio-kosovares.

Segundo os meios de comunicação social locais, a KFOR reforçou a presença em vários pontos de Zvecan a pedido dos sérvios, que receiam incidentes com a polícia kosovar. Os líderes políticos da comunidade sérvia apelaram aos manifestantes para que protestem pacificamente e não entrem em conflito com a KFOR.

O primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, rejeita a possibilidade de afastar os presidentes de câmara eleitos destes municípios, apesar dos apelos dos Estados Unidos para que esses autarcas trabalhem fora dos edifícios oficiais e para que a polícia especial seja retirada da área para reduzir as tensões.

Entretanto, no setor sul (albanês) da cidade de Mitrovica, a polícia kosovar pediu aos cidadãos que ignorassem o apelo nas redes sociais para uma marcha de protesto em direção ao norte da cidade, onde vivem os sérvios.

O Kosovo, uma antiga província sérvia povoada por uma grande maioria de albaneses, proclamou a independência em 2008, decisão que a Sérvia não reconhece. Os dois países estão a negociar a normalização das relações sob os auspícios da UE e com o apoio dos Estados Unidos.

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Governo reforça medidas para seca no Algarve mas garante que não faltará água nas torneiras

"Posso dar a garantia de que não faltará água nas torneiras este ano", disse o ministro do Ambiente.

O Governo indica que 36% do território se encontra em seca severa ou extrema, sendo que o Algarve e Alentejo são as zonas que suscitam maiores preocupações. As novas medidas, decididas esta quinta-feira, incidem sobretudo sobre o Sotavento algarvio.

Na barragem de Odeleite vai ser imposta a redução da cota de água para uso agrícola e para os campos de golfe em 20%. No caso de os campos de golfe terem capacidade para reutilização de água, a limitação sobe para os 50%.

Em paralelo, vai ser criada uma task force” para rever os títulos de utilização dos recursos hídricos que foram atribuídos, e é imposta uma redução de 15% do consumo de água de massas subterrâneas. Vai ser iniciada em meados de junho uma campanha no Algarve dedicada à moderação do consumo de água, dirigida a todos os cidadãos, e que deverá ser alargada, posteriormente, ao resto do país.

Estas medidas resultam da 14.ª reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca. De acordo com os dados que foram partilhados nesta mesma reunião, os níveis de água nas barragens estão em melhor situação do que no ano passado, nos 79%, e acima dos níveis de Espanha, que se ficam pelos 48%. Em resposta aos jornalistas, garantiu que a Convenção de Albufeira (acordo entre Portugal e Espanha relativo aos níveis de água) está a ser respeitada.

No entanto, “a situação é assimétrica no país e, em detalhe, o Alentejo e Algarve são as situações que mais nos preocupam”, afirmou Cordeiro, justificando desta forma o destino das medidas. No Norte e Centro, por exemplo, entende que por agora não é necessário avançar com restrições ao nível da produção de energia elétrica nas barragens, à semelhança do que aconteceu no ano passado. E foi mais longe: “Dou a garantia de que não faltará água nas torneiras este ano“.

O ministro acrescentou que esta sexta-feira irá reunir com a associação de municípios do Algarve e nessa ocasião deverá ser assumido o compromisso, por estes municípios, de não aumentar o consumo de água este ano em relação ao ano anterior.

Nesta sede, o Governo recomendará a redução da água que é usada na rega dos espaços verdes e a eliminação de lavagem de equipamentos, exceto contentores.

Duarte Cordeiro aproveitou para anunciar que estão a ser ultimadas alterações à Lei da Água, por iniciativa do regulador do setor, no sentido de reforçar o enquadramento legal para as decisões tomadas no âmbito da limitação de utilização da água no contexto de seca. O objetivo é “fortalecer a capacidade de tomar decisões”, disse.

250 milhões focados na pecuária e cereais

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, aponta um “problema sério” nos sistemas extensivos de sequeiro, já que as chuvas não têm sido suficientes para repor o nível de água no solo. “Sabemos que os pastos não se desenvolveram ou já foram consumidos. Logo, os agricultores têm de adquirir alimentos a preços muito mais caros“, explicou.

Nesse sentido, o acesso ao pacote de apoio de 250 milhões da Comissão Europeia, solicitado esta terça-feira, vai priorizar a “pecuária extensiva e cereais, mais afetados com esta matéria”.

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Corretora NacionalGest cresce comissões em 18% e entra no TOP 15

No primeiro ano depois de ascender de mediadora a corretora, a empresa do Algarve anuncia subida de negócios, lojas e colaboradores e atingiu a neutralidade carbónica.

A NacionalGest registou em 2022 um crescimento de comissões de 18,4%, crescendo, como refere, “muito acima da média de crescimento do mercado nacional que, em 2022, foi de 7,4%”. O volume de negócios chegou aos 4 milhões de euros, com um crescimento de 15,8% face ao ano transato, afirma a empresa.

O diretor geral Cláudio Gonçalves avançará agora para “uma nova visão e ambição, com um protagonismo crescente na consolidação do mercado”.

A produção nova de seguros cifrou-se em 6,9 milhões de euros em prémios cobrados e com cerca de 24 mil novas apólices emitidas, sendo que o total da carteira superou as 90 mil apólices, um crescimento de cerca de 7 mil contratos face ao ano anterior.

Este resultado assegurou um lugar no TOP 15 da distribuição de seguros em Portugal, cumprindo-se assim, com três anos de antecedência, o objetivo estratégico traçado no momento de lançamento da marca única e materializado no Plano Estratégico 2020-2025”, refere a NacionalGest em comunicado.

O ano de 2022 foi também marcado pela passagem da NacionalGest a corretora de seguros, em resultado da operação de integração da corretora SeguraAssiste, tendo a ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões aprovado a classificação como Corretores de Seguros, com o cumprimento integral dos critérios definidos pelo regulador para acesso a esta categoria.

Cláudio Gonçalves, Diretor Geral da NacionalGest, destaca o facto de “mais uma vez conseguirmos crescer claramente acima do mercado, ganhando posições no ranking, mas sobretudo amadurecendo e consolidando a organização para competir num mercado cada vez mais competitivo, tecnológico e sofisticado”.

O Diretor Geral da NacionalGest lembra que a origem deste projeto está “num caminho que começou em 2001 com a abertura de uma loja de mediação de seguros no Algarve, tomou nova forma com a consolidação e lançamento do projeto NacionalGest em 2018 e avançará agora para uma nova visão e ambição, com um protagonismo crescente na consolidação do mercado”.

O crescimento da NacionalGest teve também expressão na rede de lojas que subiu de 28 para 32, melhorando a cobertura geográfica e o potencial de contacto comercial com a população ativa residente em Portugal e agregando 18 novos colaboradores, a maioria deles em funções comerciais.

A NacionalGest conta com 32 lojas de norte a sul do país e dispõe de soluções para empresas e particulares com todas as companhias do mercado, entre as quais Tranquilidade, Fidelidade, Lusitania, Allianz, Liberty, Mapfre, Caravela, Victoria, Zurich e Ageas Seguros, UNA, AIG, APRIL, Metlife, PREVOIR, Predictable e Real Vida Seguros.

Neutralidade carbónica foi atingida

Entretanto, a NacionalGest declarou ser o primeiro Corretor de Seguros, na Península Ibérica, a atingir a neutralidade carbónica, tendo iniciado o processo de compensação das emissões de GEE (Gases de Efeito de Estufa) contabilizadas em âmbitos 1, 2 e 3 associadas à atividade da empresa durante o ano de 2022.

A certificação é da responsabilidade da Terraprima, entidade que presta serviços de contabilização de emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) de empresas. Ao iniciar este processo de compensação das emissões feitas em 2022, a NacionalGest, está a capturar um total de 309,604 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e).

Para obter este resultado a corretora afirma estar “a caminhar para ter 100% de mobilidade elétrica, pratica uma economia circular com a compra de equipamento informático recondicionado, bem como de mobiliário. A NacionalGest destaca ainda a digitalização de processos como outra forma encontrada para reduzir o consumo de papel sendo a eficiência energética das unidades de negócio, outro dos desafios que se propõe a melhorar.

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